NOTA DO EDITOR (original) (raw)

Todos os direitos reservados Tradução autorizada a partir da edição em língua inglesa publicada por Routledge, membro do grupo Taylor & Francis © 2016 Editora UNESP Direito de publicação reservados à: Fundação Editora da Unesp (FEU) _______________ 1 Restringiremos ao mínimo as referências aos escritos de Marx e não forneceremos dados da sua vida. Isso parece desnecessário, pois qualquer leitor que desejar uma lista daquelas e um esboço desta encontrará tudo de que precisa em qualquer dicionário, mas especialmente na Encyclopaedia Britannica ou na Encyclopaedia of the Social Sciences. O mais conveniente é iniciar o estudo de Marx pelo primeiro volume de Das Kapital (primeira tradução inglesa de S. Moore e E. Aveling, editada por F. Engels, 1886). Apesar da enorme quantidade de trabalho mais recente, acho que a biografia de F. Mehring é a melhor, pelo menos do ponto de vista do leitor comum. tem muito mais importância no sistema marxista do que a medida do sucesso com que resolve o problema imediato. É preciso enxergar essa função se quisermos entender como um analista da estatura de Marx pôde tolerar as suas limitações. Existem, e sempre existiram, certos entusiastas que admiram a teoria marxista das classes sociais. Porém, muito mais compreensíveis são os sentimentos dos que admiram a força e a grandeza dessa síntese como um todo a ponto de se dispor a tolerar praticamente qualquer quantidade de defeitos nas partes componentes. Vamos tentar avaliar isso mais adiante (capítulo 4). Mas antes temos de ver como a mecânica econômica de Marx se isenta da tarefa que o seu plano geral lhe impõe. _______________ 1 Publicada pela primeira vez no feroz ataque à Philosophie de la misère de Proudhon, intitulado Das Elend der Philosophie, 1847. Outra versão foi incluída no Manifesto comunista, 1848. 2 Isto se refere às investigações de Weber da sociologia das religiões e particularmente ao seu estudo Die protestantische Ethik und der Geist des Kapitalismus, republicado nas suas obras completas. 3 A palavra alemã Wissenssoziologie e os melhores nomes a mencionar são os de Max Scheler e Karl Mannheim. O artigo deste sobre o assunto no Dicionário alemão de sociologia (Handwörterbuch der Soziologie) pode servir de introdução. 4 Conheci vários radicais católicos, entre eles um padre, todos muito devotos, que adotavam essa opinião e, aliás, se declaravam marxistas em tudo, salvo nas questões relacionadas com a sua fé. 5 Posteriormente, Engels admitiu isso sem reservas. Plekhanov avançou ainda mais nessa direção. 6 O leitor há de perceber que as nossas opiniões sobre o que são classes e sobre o porquê da sua existência não determinam quais são os interesses dessas classes e como cada classe agirá sobre o que "ela"-os seus líderes, por exemplo, ou a massa que a compõe-considera ou sente, a longo ou a curto prazo, errônea ou corretamente, que são interesses seus. O problema do interesse de grupo é espinhoso e traiçoeiro, independentemente da natureza dos grupos estudados.