Educomunicação socioambiental no quilombo Mata Cavalo: narrativas e resistências de uma comunidade tradicional mato-grossense (original) (raw)

Educomunicação e emergência climática: Quilombo Mata Cavalo ecoa tradição e resistência

esferas

Este trabalho, que integra a Rede Internacional de Pesquisadores em Educação Ambiental e Justiça Climática, expõe vozes e ritmos do Quilombo Mata Cavalo. A metodologia é guiada pela Cartografia do Imaginário, nas tessituras da fenomenologia de Gaston Bachelard. Em cinco áudios, a história de tradições e resistência foi entoada. Acreditamos, assim, que a Educomunicação comunica a emergência climática, contribuindo nas audiências das vozes e das manifestações de resistência do povo quilombola.

Educação ambiental: práxis de uma comunidade tradicional no entorno do Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense

Revista Educação, Cultura e Sociedade, 2012

As comunidades tradicionais que vivem no Pantanal Mato-grossense, ao longo do tempo, elaboraram um profundo conhecimento sobre a natureza, combinando formas materiais e simbólicas nas estratégias de ocupação e manejo do território, que lhes garantiu até os dias atuais, a reprodução de seu sistema social e cultural. Para saber como a comunidade da Barra de São Lourenço, situada no entorno do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, interage com o ambiente, bem como a práxis resultante das mesmas relações, foram feitas entrevistas semiestruturadas, incluindo o levantamento de dados sociais e econômicos das famílias e observação participante, realizados em 6 idas a campo com duração de 10 dias cada uma, entre agosto de 2009 e setembro de 2010. Na comunidade vivem aproximadamente 77 habitantes e 19 famílias, constituídas de pessoas que nasceram e cresceram na região, no ritmo do ciclo hidrológico do bioma Pantanal orientado pela transmissão de conhecimento. A interação com o ambiente pantaneiro é fortemente marcada por vínculos econômicos, sociais, culturais e espirituais, e pela transmissão oral de conhecimento realizada na informalidade das ações e práticas cotidianas. Palavras-chave: Pantanal. Interação com o ambiente. Transmissão de conhecimento.

Educação ambiental dialógico-crítica com comunidades tradicionais no Pantanal de Mato Grosso: a solidariedade e os enfrentamentos nas práticas sociais

AMBIENTE & EDUCAÇÃO - Revista de Educação Ambiental

nesta pesquisa de educação ambiental dialógico-crítica realizada no Pantanal em Cáceres-MT dialogamos, durante dois anos, com pescadoras/es tradicionais. A partir do referencial teórico-metodológico freiriano e habermasiano, objetivamos identificar e problematizar quais são os elementos obstaculizadores (processos de colonização do mundo da vida) e transformadores (processos de resistência e enfrentamento à colonização) que dizem respeito à prática da pesca profissional artesanal. Identificamos, dialogicamente, que decorrem destas práticas sociais pantaneiras processos educativos libertadores, de anúncio e denúncia permanentes, fundados em uma solidariedade interna, característica da ética tradicional ribeirinha pantaneira. Também, notamos que pesquisas de educação ambiental embasadas em valores, práticas e conceitos dialógico-críticos potencializam a coordenação de ações.

Narrativas De Comunidades Aprendentes Em Educação Ambiental

RESUMO: Apresentamos a síntese de cinco pesquisas desenvolvidas pela Comunidade Aprendente em Educação Ambiental, Ciências e Matemática, da Universidade Federal do Rio Grande. Este Grupo de Pesquisa-formação integra docentes da educação básica e do ensino superior que, pela escrita narrativa, leitura crítica e re-escrita das suas ações aprendem a ser e a se tornam uma comunidade. Os metatextos obtidos pela Análise Textual Discursiva são narrativas sobre a constituição de educadores ambientais que desenvolveram o sentimento de pertencimento, visando criticar modelos sociais baseados em hierarquias e individualismos, com o intuito de aprender a ser e a se tornar uma comunidade. ABSTRACT: This paper describes a synthesis of researches conducted in Environmental Education carried out by a group called Learning Communities in Environmental Education, Science and Mathematics from the Universidade Federal do Rio Grande. This research group bases its activities on action research with teach...

Educação e Território: A Luta Por Uma Construção Decolonial No Quilombo De Mata Cavalo

Atos de Pesquisa em Educação, 2021

Nos territórios quilombolas, as escolas são espaços centrais para o empoderamento das juventudes. O objetivo deste artigo é apresentar as táticas usadas pela comunidade quilombola de Mata Cavalo para construir uma educação escolar decolonial. O quilombo está localizado em Nossa Senhora do Livramento, Mato Grosso. A metodologia privilegiada no processo de pesquisa foi a Cartografia do Imaginário. As informações foram obtidas durante o processo formativo na Escola da comunidade, por meio de entrevistas. A educação escolarizada tem sido a força motriz da resistência que, através dos componentes curriculares, dos projetos e do cultivo de vínculos fecundos entre a escola e a comunidade do entorno, possibilitam a educação decolonial.

Escolas Sustentáveis No Quilombo De Mata Cavalo

2018

O Grupo Pesquisador em Educacao Ambiental Comunicacao e Arte da Universidade Federal de Mato Grosso realizou, no Quilombo de Mata Cavalo, em parceria com a comunidade quilombola e a Escola Estadual Quilombola “Tereza Conceicao de Arruda' (E.E.T.C.A.) o projeto de extensao: Escolas Sustentaveis no Quilombo de Mata Cavalo. Mata Cavalo esta localizado na zona rural do Municipio de Nossa Senhora do Livramento, distante aproximadamente 55 km de Cuiaba. Participaram deste projeto professoras, estudantes de pos-graduacao e graduacao ligados ao GPEA/UFMT, Professores, estudantes do Ensino Fundamental II, Ensino Medio e da educacao de jovens e adultos (EJA) da E.E.T.C.A. e moradores do quilombo. O projeto teve como objetivo realizar processo formativo em Educacao Ambiental com a comunidade escolar e seu entorno, com enfase na construcao de espacos educadores sustentaveis. O projeto foi desenvolvido durante 4 meses e culminou com a construcao da Casa da Cultura, Projeto Ambiental Escolar ...

A Educação Ambiental Com as Comunidades Tradicionais: Outras Trajetórias De Sustentabilidades

Notandum

Resumo O artigo propõe-se evidenciar outra perspectiva de sustentabilidade. Perspectiva díspar do desenvolvimento sustentável pautado por uma racionalidade econômica. Inicialmente destacaremos a conformação do mundo moderno-colonial e como ocorrem as ressonâncias do conceito de desenvolvimento sustentável, na Educação Ambiental, para posteriormente, apoiados no pós-colonialismo buscarmos possibilidades de sustentabilidades locais. Para isto analisaremos dois documentos que apontam concepções distintas de Educação Ambiental e depois apresentaremos uma trajetória de sustentabilidade existente em uma comunidade tradicional, com histórias narradas pelas mulheres quebradeiras de coco, da Reserva Extrativista do Extremo Norte do Tocantins. O pós-colonialismo alicerça teoricamente e epistemicamente a argumentação presente no texto. O método da análise documental e a técnica da narrativa dão suporte à estrutura metodológica. Como resultados, compreendemos a sustentabilidade sendo produzida em um diálogo com outros saberes, mais especificamente de comunidades tradicionais, rompendo com o produzido pela sociedade moderno-colonial que ao propor uma única maneira de ser sustentável, despreza as experiências vividas e os diversos saberes.

A arte/educação no ambiente da escola quilombola de Mata Cavalo: cultura de diálogos e resistência

2021

No quilombo de Mata Cavalo, a escola é um contexto de aprendizagem rico, porém excludente, repleto de preconceito e injustiças socioambientais. Procura estimular as práticas da arte/educação. Para atender às especificidades educacionais, esta escola planeja as aulas de Arte, junto a uma das disciplinas da parte diversificada do currículo. Entretanto, as manifestações culturais ultrapassam os muros da escola, por meio da educação popular. Temos o objetivo de discutir o ensino de arte e cultura em Mata Cavalo, junto à produção artesanal e as atividades coletivas, que afrontam a hegemonia capitalista. Utilizamos a metodologia Mapa Social, para evidenciar o fortalecimento cultural da comunidade.

DIÁLOGO DE SABERES E MERCADOS VERDES: ABORDAGENS À EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMUNITÁRIA EM BOYACÁ, COLÔMBIA

AMBIENTE EM FOCO: DIÁLOGOS SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA AMÉRICA LATINA, 2024

Este capítulo explora a interseção entre os mercados verdes e a Educação Ambiental Comunitária em Boyacá, Colômbia, destacando como esses espaços fomentam práticas sustentáveis e servem como plataformas de aprendizado e troca cultural. Através de uma abordagem descritiva e qualitativa, o estudo analisa o papel dos mercados verdes na promoção da sustentabilidade ambiental e na geração de diálogo entre saberes tradicionais e contemporâneos. Focando especificamente no mercado verde de Cocuy, observa-se que estes mercados não são apenas pontos de venda de produtos sustentáveis, mas são cenários vivos de interação social, educação ambiental e enriquecimento cultural. Eles contribuem significativamente para a conservação dos recursos naturais, redução do impacto ambiental das atividades produtivas e fortalecimento da economia local. Além disso, os mercados Verdes em Cocuy demonstram ser espaços eficazes para a educação ambiental comunitária, promovendo a conscientização sobre práticas sustentáveis e incentivando a participação comunitária ativa. A pesquisa ressalta a importância desses mercados como modelos sustentáveis, evidenciando o potencial de replicação em outras regiões da Colômbia e contribuindo para o desenvolvimento de políticas públicas e projetos ambientais comunitários.

A Caminhada Das Mulheres Quilombolas De Mata Cavalo Delineando Seu Território Por Entre as Trilhas Da Educação Ambiental

Remea Revista Eletronica Do Mestrado De Educacao Ambiental, 2012

RESUMO: O presente artigo apresentará os caminhos percorridos à compreensão do processo de educação contínua realizada por um grupo de mulheres do quilombo de Mata Cavalo 3 , buscando interpretar à luz da Educação Ambiental a importância do reconhecimento da própria identidade e do seu território como uma forma de aprender a saber lutar politicamente com táticas adequadas e coerentes à causa. Mesmo com o reconhecimento ao direito à terra garantido juridicamente, ainda hoje os herdeiros lutam pelo o seu reconhecimento e posse definitiva, pois existe uma forte contestação por parte dos fazendeiros da região em aceita-los como verdadeiros donos da terra. Para espoliá-los variam métodos como atos de violência, intimidação usando até do aparato policial para isso. A educação Ambiental nos acompanha nessa caminhada na medida em que é entendido que a construção de gênero e suas identidades estão ligadas ao território em que essas mulheres vivem, por sua ligação com a terra pela qual lutam na forma e como se relacionam com o seu próprio ambiente e no movimento de pertencimento ao lugar e reconhecimento do valor de ser quilombola. A metodologia utilizada nessa pesquisa foi a história oral foram entrevistadas mulheres líderes que são bem atuantes na luta.