Museu e escola : espaços de sentidos (original) (raw)

Patrimônio cultural museus por uma educação dos sentidos

Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n. 58, p. 55-67, out./dez. , 2015

We believe that the relations between heritage, education and museums are rich and complex. In face of the political and economic crises, we seek to live in a world crossed by the most diverse antagonisms, especially those pertaining to the human relations with the environment, the natural and cultural heritage; so we must consider the interfaces between culture and economy, but not lose sight of the importance of social awareness, which is sensitive and of citizens.

O museu de ciências como espaço de provocação dos sentidos

2020

Esta pesquisa teve, como tema, a educacao estetica e, como objetivo, discutir como o museu de ciencias pode ser tambem espaco de provocacao dos sentidos, de educacao estetica. Museus de arte sao indiscutivelmente lugares de educacao estetica e os museus de ciencias geralmente sao relacionados a espacos de conhecimento, com foco no inteligivel e nao no sensivel. Esta pesquisa qualitativa ocorreu no Museu Oceanografico da Universidade do Vale do Itajai, Balneario Picarras, Santa Catarina, Brasil, e os instrumentos de coleta de dados foram diarios de campo dos pesquisadores, fotos e entrevista com o curador do museu. A analise da entrevista e do diario pautou-se na analise de conteudo de Franco (2008) e a das imagens segundo os conceitos de punctum e studium , de Barthes (2010). O aporte teorico de sustentacao contou com Bachelard (2000), Franklin (2019), Heidegger (2015) e Martins (2012, 2014), entre outros. Como resultados, foi possivel evidenciar que: o museu oceanografico possui es...

Patrimônio cultural e museus: por uma educação dos sentidos

Educar em Revista

Resumo Acreditamos que são ricas e complexas as relações entre patrimônio, educação e museus. Frente às crises políticas e econômicas, buscamos viver em um mundo atravessado por antagonismos os mais diversos, sobretudo, aqueles referentes às relações dos seres humanos com o ambiente, com o patrimônio cultural e natural, assim devemos considerar as interfaces entre cultura e economia, mas não perder de vista a importância da consciência social, sensível e cidadã.

O Museu e a Escola

O museu é, no seu próprio contexto geográfico, o mais valioso espólio do património local. Nele se deposita a memória dos nossos antepassados e através dele poderemos fazer uma verdadeira e alucinante viagem no tempo. Aí se contacta com testemunhos insubstituíveis cuja observação e estudo nos farão compreender melhor a nossa história. Porém, há que preparar convenientemente essa visita para que não nos confrontemos com situações ou peças museológicas que nada nos dizem por lhes desconhecermos o significado. Não vale a pena levar as crianças a visitar uma praça-forte sem terem previamente uma noção do que foi e em que consistiu o feudalismo.

Submergir-se entre Escolas e Museus: perspetivas críticas

Este texto visa dar conta da participação da Associação de Professores de Expressão e Comunicação Visual (APECV) no projecto ITEMS (2010-2012), no que respeita às actividades que dinamizou no âmbito do mesmo e às reflexões que se tornaram possíveis, sobre a relação entre escolas e museus em Portugal. Apesar de, num primeiro estudo, termos descoberto que as relações entre os profissionais da educação (professores) e os profissionais dos serviços educativos de museus (mediadores/educadores) não eram fáceis, encontrámos, também, sinais de boas práticas e, sobretudo, vontade de realizar projetos em conjunto. O projeto ITEMS, para a APECV, foi um ponto de partida para a tomada de consciência das grandes possibilidades pedagógicas que podem existir nos museus respeitando as diferentes funções e propósitos das instituições. Embora tenhamos tomado consciência de que existe desigualdade na relação dos museus com as escolas e de que a escola se encontra demasiado voltada para os programas escolares, relacionando-se pouco com o exterior, os estudos e discussões que o projecto ITEMS permitiu concluir que os serviços educativos dos museus e os professores têm muitos objetivos em comum e que podem criar sinergias que desafiam rotinas e preconceitos. Apresentamos caso de relevo, como o Projeto 10x10 da Fundação Calouste Gulbenkian, através do Programa Educação para a Cultura e Ciência, e o programa educativo do Museu das Comunicações, que superaram constrangimentos na relação que estabeleceram com as escolas e no comprometimento com as comunidades locais.

Museu: espaço dialógico de formação

Em Aberto

Artigo original que contextualiza a produção acadêmica na área da educação em museus referente à formação de pessoas nesses espaços. O diálogo entre situações vivenciadas no setor educativo de um museu de arte contemporânea, cujo foco é a formação do sujeito visitante em processo de fruição, evidencia a complexa relação entre os museus e os sujeitos que se formam em seus espaços. A temática é abordada por meio de conceitos sobre o diálogo, do filósofo russo Mikhail Bakhtin, que propiciam compreensões acerca dos diversos elementos que contribuem para os processos formativos serem possíveis e se configurarem em eventos únicos. Desde o momento em que a obra é selecionada, a elaboração de uma ação educativa perpassa a dimensão dialógica e envolve a(o) artista, as pessoas da montagem, a equipe do setor educativo e os visitantes. Parte desses diálogos são anotados em textos de campo, dos quais surge uma fundamentação metodológica para a formação da própria equipe. O registro de uma ação e...

Museu e imaginação histórica

2019

Neste artigo apresentamos as linhas gerais de uma proposta metodologica de educacao museal, concebida no Museu do OuroIbram e inspirada na Teoria da Historia de Robin Collingwood, tendo em vista a instauracao de predisposicoes favoraveis ao desenvolvimento da imaginacao historica em estudantes. A partir da escuta de multiplas vozes sociais, elaboramos cartas indutoras da imaginacao, com base no acervo do museu. Em seguida, convidamos um grupo de estudantes para criar a trama de um jogo, estimulados pelo uso das cartas. Nossa preocupacao fundamental foi captar como os jogadores se implicaram na proposta e que sentidos emergiram da experiencia. Pode-se dizer que a reconstituicao imaginativa do passado mobilizada pelos estudantes no processo de construcao do jogo contribuiu para neles suscitar a empatia museal e o gosto pela Historia. O desenvolvimento da pesquisa nos possibilitou pensar de forma diferente o que esta colocado no museu enquanto relacao com o publico escolar.

Museus e educação

2020

Liberdade, esperança, luta, utopia: Paulo Freire e a educação contra-hegemônica em museus Maíra de Oliveira Dias | Educação museal e definição de museu: construindo conceitos Milene Chiovatto | Formação com professores no Inhotim: espaços de encontro e de entrelaçamento entre a escola e o museu

Museu escolar: sentidos, propostas e projetos para a escola primária (séculos 19 e 20)

História da Educação, 2013

O presente artigo tem como objeto de estudo os museus escolares introduzidos em escolas brasileiras no final do século 19 e ao longo do século 20. Sua motivação partiu da constatação que existiram diversas propostas, formas de operacionalizar e diferentes objetos nomeados museus escolares. Buscamos, a partir disso, identificar diferenças em impressos pedagógicos e na legislação do ensino, privilegiando o Estado de Santa Catarina como contexto de referência para mobilizar o segundo tipo documental. Como resultado, chegamos a seis acepções que assumem formatos distintos, embora visem ao mesmo objetivo: tornar os meios de ensino mais concretos. Apresentar tais acepções é o objetivo principal deste artigo, que se insere na discussão acerca dos materiais de ensino e de sua introdução na escola.