Efeito de uma ortótese tornozelo-pé na marcha e na mobilidade após AVC - estudo clínico (original) (raw)

Efeitos imediatos da ortótese dinâmica na marcha da criança com paralisia cerebral espástica unilateral

2018

O presente trabalho aborda alguns aspetos relacionados com o recurso à tecnologia assistida, designadamente à ortótese dinâmica, Therasuit (TS), como meio facilitador da marcha em crianças com Paralisia Cerebral espástica unilateral (PCE-U), e avalia a sua possível inclusão em programas de (re)habilitação. Um dos maiores objetivos da intervenção terapêutica em crianças com PCE-U, prende-se com a melhoria dos desvios no padrão de marcha, resultantes dos défices motores, alterações do tónus e assimetria corporal presentes no hemicorpo contralateral ao hemisfério cerebral afetado. O TS consiste numa ortótese dinâmica (OD) macia, composta por vários constituintes, que se interligam entre si através de bandas elásticas, colocados topograficamente, em função das necessidades particulares de cada criança. Apesar do Suit Therapy (ST) ser referida como uma das abordagens terapêuticas em crianças com Paralisia Cerebral (PC), a evidência sobre a sua efetividade ainda é inconclusiva. Neste cont...

Efeitos do exercício de tronco na recuperação funcional da marcha em pacientes pós acidente vascular cerebral: uma revisão sistemática

Revista Interdisciplinar de Promoção da Saúde

Introdução: o acidente vascular cerebral (AVC), acarreta deficiências que variam em função da topografia, tipo e extensão da lesão, mas na maioria das vezes apresentam alterações cognitivas, motoras, sensoriais e autonômicas variadas. Entre essas alterações, a força de tronco reduzida após o AVC aumenta o trabalho mecânico para a marcha, repercutindo na capacidade funcional do paciente. Objetivo: investigar quais as técnicas mais utilizadas para o fortalecimento de tronco. Método: foram realizadas buscas nas bases de dados: Pubmed, Bireme, Scielo e PEDro. Foram incluídos estudos clínicos randomizados e controlados que compararam os efeitos do fortalecimento de tronco na marcha em pacientes acometidos pelo AVC. Resultados: dos 109 estudos encontrados, 10 foram selecionados e avaliados pela escala PEDro, e apresentaram boa qualidade metodológica. A intervenção mais encontrada foram os exercícios de estabilidade dos musculos mais profundas do tronco e da pelve. Conclusão: os exercícios...

Efeitos da indução miofascial do quadrado lombar na estabilidade postural em pé após acidente vascular cerebral

2019

Introdução: Após acidente vascular cerebral (AVC) é comum persistirem alterações sensoriomotoras que se refletem no comprometimento do controlo postural (CP), interferindo com a funcionalidade dos indivíduos. A redução da mobilidade e a presença de posturas assimétricas prolongadas após-AVC podem afetar as propriedades do sistema fascial, o qual possui um papel propriocetivo importante, potenciando assim a disfunção sensoriomotora, a qual influencia o esquema corporal que serve de base para o CP e movimento. Dessa forma, a indução miofascial surge como uma intervenção com o propósito de promover a sua remodelação e mobilidade. Objetivo: Avaliar os efeitos imediatos e após 24h da indução miofascial do quadrado lombar na estabilidade postural em pé em indivíduos após-AVC. Métodos: Foi desenvolvido um estudo randomizado controlado, duplamente cego, no qual participaram 10 indivíduos de ambos os sexos, em fase crónica após evento vascular único no território da artéria cerebral média, c...

Efeitos da dupla tarefa com demanda motora e demanda cognitiva na marcha de sujeitos hemiparéticos pós-AVC

Revista Neurociências, 2015

Objetivo. Verificar qual tipo de dupla tarefa, a de demanda cognitiva ou motora, causa maior alteração no número de passos e/ou na velocidade da marcha em sujeitos hemiparéticos pós Acidente Vascular Cerebral (AVC). Método. Trata-se de um estudo experimental observacional transversal. A amostra foi composta por 17 sujeitos com AVC, os quais foram comparados a outros 17 sujeitos sem lesão neurológica. Posteriormente, foi realizada a avaliação do número de passos e da velocidade da marcha de forma auto-selecionada pelo sujeito em um percurso de 10 metros, sendo estas variáveis analisadas durante a realização da marcha simples, marcha com demanda cognitiva e marcha com demanda motora. Resultados. Foi observado que os sujeitos pós-AVC aumentaram o número de passos apenas na dupla tarefa com atividade motora (p=0,01). E ocorreu diminuição da velocidade da marcha nestes sujeitos somente durante a dupla tarefa com demanda cognitiva (p=0,01). Conclusão. A execução da dupla tarefa com demanda motora interfere na marcha dos sujeitos hemiparéticos pós-AVC, causando aumento no número de passos. Paralelamente, a implementação de demanda cognitiva também altera a marcha destes sujeitos causando redução na velocidade da mesma.

Atividade muscular durante a marcha ap�s acidente vascular encef�lico

Arq Neuro Psiquiat, 2005

Buscar parâmetros da marcha de pacientes após ter sofrido acidente vascular encefálico (AVE) com hemipare s i a. Método: Comparados 15 voluntários pós-AVE e 15 voluntários saudáveis com a m e sma idade, gênero e peso. A comparação foi feita por eletromiografia utilizando cinco pares de eletrodos de superfície do lado comprometido (espástico) e um eletrogoniômetro sobre o eixo articular de rotação da articulação do tornozelo em estudo. Resultados: O início da atividade eletromiográfica, a partir da f a s e de apoio, para os músculos glúteo medial, reto femoral, tibial anterior, sóleo, e porção medial dos isquiotibiais foi significantemente ativados anteriormente durante o ciclo da marcha nos voluntários pós-AVE. O final da atividade eletromiográfica para os músculos reto femoral, tibial anterior, sóleo, e porção medial dos isquiotibiais foi significantemente prolongado nos voluntários pós-AVE. Voluntários pós-AVE demonstraram também mais co-ativação dos músculos agonistas e antagonistas da articulação do tornozelo e joelho durante a fase de balanceio. Conclusão: Essas alterações e co-contrações musculares da marcha permitem que os voluntários pós-AVE adotem um padrão de marcha mais seguro e mais estável para compensar a diminuição da informação sensorial da articulação do tornozelo. PALAVRAS-CHAVE: acidente vascular encefálico, eletromiografia, espasticidade. Muscle activity during gait following stroke ABSTRACT-Objective: To compare muscle activity and joint moments in the lower extremities during walking between subjects with stroke and control subjects. Method: We compared fifteen healthy volunteers and fifteen stroke patients, with the same age gender and weight data had been compared by elect ro m y o g r a p h y. The system of signals acquisition used consisted of five pairs of electrodes of surface, beyond one electrogoniometer on the axis articulate of rotation of the joint of the ankle in study. Results: O n s e t times with respect to heel-strike for the medial gluteus, tibialis anterior, soleus, rectus femoris and medial hamstring muscles were significantly earlier during the gait cycle in subjects with stroke than in contro l subjects. The cessation times of soleus, tibialis anterior, rectus femoris, and medial hamstring muscles were significantly prolonged in subjects with stro k e. Conclusion: Subjects with stroke showed more co-contractions of agonist and antagonist muscles at the ankle and knee joints during stance phase. These gait changes and co-contractions may allow subjects with stroke to adopt a safer, more stable gait pattern to compensate for diminished sensory information from the ankle.

Análise do impacto mecânico nas próteses de um sujeito bi-amputado durante a marcha

Fisioterapia e Pesquisa, 2011

Observa-se o aumento do uso da acelerometria (medida de impactos) na aplicação clínica, especialmente para estudos da marcha acoplando-se os acelerômetros na tíbia. Entretanto, não se tem observado estudos sobre os efeitos dessas vibrações no sistema locomotor de usuários de prótese do membro inferior. O objetivo deste estudo foi medir a quantidade de impacto durante a marcha de um sujeito amputado bilateral transtibial. As coletas foram realizadas durante a marcha do sujeito caminhando a 4 km/h em uma distância de 8 metros com dois acelerômetros piezoelétricos uniaxiais fixados em dois locais distintos da prótese: inicialmente nos encaixes das próteses e posteriormente fixou-se nas hastes metálicas. Utilizou-se estatística descritiva exploratória com Anova One-Way e Post Hoc de Tukey. Constatou-se diferenças significativas com o teste Anova One-Way entre as 10 aquisições em cada local de fixação do acelerômetro. Através do Post Hoc de Tukey observou-se maiores picos de aceleração n...