Português para todes: ensino não binário de língua e justiça social (original) (raw)

Uma Proposta Didática De Ensino De Inglês Como Língua Estrangeira Para Promoção Da Justiça Social

Revista X

Este artigo relata a experiência pessoal de uma professora, também autora deste texto, ao realizar uma atividade com seus alunos do curso de Licenciatura em Letras da Universidade Estadual de Minas Gerais - UEMG no segundo semestre de 2018, com o intuito de suprir uma carência da biblioteca da escola estadual onde também atuava como professora efetiva. Ao constatar que a biblioteca exibia apenas três exemplares de livros literários em inglês, a docente propôs aos alunos da universidade que confeccionassem livros que pudessem ser trabalhados pelos professores da rede pública de ensino, dentro de um viés crítico, visando ao empoderamento dos alunos que ali estudam. O artigo busca relatar e detalhar a atividade desenvolvida, bem como as impressões registradas ao longo da atividade quanto ao cumprimento da proposta de se trabalhar a ideia de Letramento Crítico e Justiça Social com os alunos do curso de Letras. A atividade resultou na confecção de 29 livros infantis cuidadosamente elabor...

Protótipo “Teaching English to Teachers” pela perspectiva de justiça social

Revista e-Curriculum

Este artigo objetiva apresentar e analisar um protótipo (Teaching English to Teachers) para as aulas de línguas de programas de formação de professores de Inglês e analisar quais princípios de justiça social foram desenvolvidos e transpostos didaticamente. A proposta está embasada no ensino de línguas pela perspectiva da justiça social (FREIRE, 1974; ADAMS; BELL, 2016; BELL, 1997; ZEICHNER, 2008), na perspectiva do Pós-Método (KUMARAVADIVELU, 2003) e no conceito de material didático da proposta do web currículo (ALMEIDA, 2014) e dos protótipos (ROJO, 2017a). Os resultados apontam para diversos princípios da justiça social transpostos didaticamente. Concluímos que protótipos pensados a partir da perspectiva da justiça social e do pós-método para as aulas de língua inglesa têm potencial de propiciar práticas pedagógicas que contribuem para a construção de identidade docente com princípios ético-cidadãos.

Por um ensino de língua portuguesa sociolinguisticamente orientado

2020

This text presents a critical and collaborative review of the lecture Bases towards a pedagody of linguistic variation given by the linguist Carlos Alberto Faraco (UFPR) and mediated by Professor Raquel Meister Ko. Freitag (UFS) at the ABRALIN AO VIVO – LINGUISTS ONLINE, which was held by the Brazilian Linguistics Association, Abralin. Faraco argued for the bases towards a pedagogy of linguistic variation (FARACO, 2008; ZILLES; FARACO, 2015). The lecturer discussed basic sociolinguistic concepts as the notion of linguistic norms. He approached the principles and objectives of this pedagogic proposal, pointing out the difficulties of implementing it in the teaching of Portuguese language at elementary education. He also highlighted the advances in the pedagogic proposals based on a pedagogy of linguistic variation.

MEMES NO APRENDIZADO DE LÍNGUAS: UMA PRÁTICA MULTILETRADA NA FORMAÇÃO DOCENTE PARA A JUSTIÇA SOCIAL

The argumentative thesis of this article arises from the discussions on pedagogical practice of language teachers in the research group EAL-Ensino e Aprendizagem de Línguas: abordagens, metodologias e tecnologias (CNPq,/UERJ) and was reiterated in readings and studies of a postgraduate course discipline. The focus of this discussion is the belief that teacher education in contemporary times has not to be seen as a prescription, but as reflection and attention to the singularities of educational contexts in a critical way. Thus, the text materializes the opportunity to discuss, update and bring the concept of multiliteracies closer to teacher development. To do so, the text is presented in four parts: initial considerations, which briefly presents the concept of multiliteracies; a discussion on teacher education, which seeks social justice; an example of application of memes to teaching and learning of Spanish and finally, the text is closed with some final considerations.

Lingua(gem) e Justiça Social: saberes, práticas e paradigmas

Editora Diálogos, 2021

Este primeiro volume da coletânea Lingua(gem) e justiça social é uma manifestação do axé temperado, cozido e enrolado em nove folhas de mamona da Editora Diálogos. Um axé que aqui é oferecido em nove alguidares, ainda fumegantes e em ebulição; um axé que é oferecido em nove textos. O axé é a força vital que todos os seres possuem. O axé é a força que nos conecta ao mundo e nele nos mantém presentes. Os nove textos que compõem esta coletânea formam um axé discursivo, político e pedagógico, nos convidando a uma agenda dialógica e interventiva no que tange o uso da língua como transe permanente para ver, ser e estar no mundo. Por isso, todos os textos apresentados, após macerarem as violências impostas pela vida na modernidade, firmam o adoxu e urgem nove cortes para a sacralização da língua e seu uso como ensinamento de esteira e de entrincheiramento, ou seja, o seu uso como justiça social.

A sociolinguística para além das variáveis sociais: a promoção de justiça social

Revista da ABRALIN, 2020

Neste texto, resenhamos a conferência intitulada Language as a linguistic matter, ministrada por William Labov no evento Abralin ao vivo em 19 de maio de 2020. Labov discorre sobre as contribuições do estudo da variação do /r/ em Nova Iorque e a descrição do African American Vernacular English (AAVE) para a pesquisa sociolinguística. Segundo o conferencista, a partir desses trabalhos foi possível desenvolver novos métodos de descrição e análise quantitativa dos fatores linguísticos e sociais que atuam nos processos de variação e mudança linguística. Labov aponta como os estudos descritivos podem ser úteis às esferas educacional e jurídica, promovendo um ensino de língua eficiente e atuando como ferramenta para a promoção de justiça social.

O CONFLITO BILÍNGUE NOSSO DE CADA DIA: O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA INDÍGENAS NAS ESCOLAS PÚBLICAS DA ÁREA URBANA DE SANTARÉM-PARÁ

Línguas e Literaturas na Amazônia: pesquisa, ensino e perspectivas, 2021

Este capítulo almeja trazer os resultados de um projeto de pesquisa realizado entre os anos de 2017 e 2019, cujos objetivos são, de um lado, identificar e caracterizar o processo ensinoaprendizagem de alunos indígenas falantes não-nativos de Português; de outro, determinar se o rendimento escolar de tais alunos está ligado ao domínio da língua portuguesa. A metodologia envolveu pesquisas bibliográficas, que ocorreram em duas direções: (i) concernente à legislação que efetivou a educação diferenciada indígena no país e (ii) aos processos e discussão conceitual sobre ensino de português como L2, particularmente para indígenas. As atividades de campo compreenderam idas às escolas para acompanhamento das atividades escolares e seus atores. Buscamos, por fim, estabelecer uma reflexão sobre como as políticas públicas brasileiras para o ensino baseiam-se na ideia de que a língua portuguesa, além de oficial, é, se não a única, aquela que tem hegemonia sobre as demais. Assim, sugerimos considerar, junto ao poder público, as possibilidades de uma política linguística voltada para um ensino bilíngue.

Cidadania global em aulas de português como língua adicional

2021

Este dossiê apresenta uma série de estudos que articulam o ensino do português como língua adicional (PLA) sob o prisma da cidadania global, incluindo estudos teóricos e pedagógicos que fomentam uma abordagem crítica e humanitária em aulas de PLA. Os autores apresentam perspectivas teóricas e aplicações educacionais tendo como referência principal os cursos de português no Brasil, além de cursos na Ásia, em Portugal, no Canadá e na América Central. Consideram-se amplamente os contextos locais e globais dos estudos aqui apresentados. Temas como a globalização e a comunicação intercultural são analisados pelos autores a partir do que Paulo Freire determina como “o educar para humanizar”. Seguindo a proposta freiriana, observa-se ao longo deste dossiê teorias que apresentam os conceitos de cidadania global e pedagogia crítica, incentivando-se um diálogo produtivo, e por vezes desafiador, nas aulas de português como língua adicional (SILVA; SANTOS, 2013; FREIRE, 1987, 1997).