APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ: MEDIEVOS E MEDIEVALIDADES A PARTIR DE UMA HISTÓRIA DA ARTE GLOBAL (original) (raw)
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APRESENTAÇÃO DOSSIÊ: HISTÓRIA E HUMOR
Apresentação do dossiê História e Humor, publicado na Revista Fênix, v 15, ano XV, n. 1, jan-jun 2018. Disponível em: http://www.revistafenix.pro.br/PDF41/artigo\_01\_dossie\_humor\_Apresentacao\_fenix\_jan\_jun\_2018.pdf
Apresentação do dossiê: A arte antiga no tempo presente
Modos: Revista de História da Arte, 2019
Conhecer o Brasil significou para o projeto modernista visitar e reconhecer a antiguidade artística nacional, registrar suas manifestações e estudá-las para maior compreensão da nossa constituição histórico-cultural. Foi também uma oportunidade de lançar um olhar menos colonizado e europeizado sobre a arte brasileira, mestiça, nascida dos tantos encontros de culturas e tradições que se realizaram em solo nacional. Essas ações tiveram momentos de maior e menor dinâmica no decorrer da segunda década do século XX. A partir de um olhar retrospectivo, por diversas ocasiões a produção de arte no Brasil se valeu de releituras e reinterpretações de manifestações do passado nacional, buscando ressignificar essa herança e mesmo dar significado às obras contemporâneas. Nos últimos anos, ainda, o avanço dos cursos de pós-graduação fomentou uma retomada das pesquisas que revisaram o conhecimento existente e inovaram com abordagens de bens culturais ainda por identificar e olhares inéditos sobre as manifestações artísticas, incluindo e abrangendo representações marginalizadas pelos binômios centro-periferia, capital-interior pelas discriminações de gênero, de classe social, de raça, cor e etnia. Nesse contexto surgiram expressões da arte contemporânea que se apropriam da arte antiga e lhe conferem outros significados sob a égide do pensamento descolonizador. Na oitava edição da Revista MODOS pretendemos reunir reflexões sobre o tema, resultados de pesquisas e análises críticas. Para tanto convidamos os pesquisadores para contribuírem com seus escritos e enriquecerem essa discussão.
A INVEJA NA ARTE MEDIEVAL E RENASCENTISTA
A inveja é uma paixão – ou um sentimento – que, desde os mais remotos tempos, sempre exerceu notável papel na História. Encontram-se traços dela em todas as épocas, na Mitologia, na História e na Literatura de todos os povos. Seu traço comum é a tristeza pelo bem alheio que não se possui. O invejoso se atormenta porque outro tem algo que ele queria ter, ou é alguma coisa que ele queria ser. E, em consequência, ele se esforça para privar o outro daquele bem, ainda que não possa vir a possuí-lo, somente pelo gosto de não ver outro que, a algum título, seja superior a ele. A inveja se distingue do ciúme e da cobiça: ciúme é o desejo obsessivo de não perder algo que já se possui; cobiça é o desejo de possuir algo não possuído. A inveja, mais do que o desejo do bem alheio, é a tristeza pelo fato de outra pessoa possuir algo que não se tem. Consiste na deformação de um sentimento que, em sua origem, é de si legítimo: o amor de cada qual por si mesmo. Esse sentimento está na origem de toda forma de progresso e aprimoramento humano, mas quando exacerbado e envenenado pelo amor próprio, transforma-se em algo perigoso.
A EXPOSIÇÃO COMO DISPOSITIVO PARA A HISTÓRIA DA ARTE
O presente artigo apresenta a exposição como um dispositivo para a escrita de uma história da arte em consonância com o contemporâneo. Partindo da noção de “Exposição como dispositivo” proposta por Ana Carvalho (2012), utilizando-se do conceito de dispositivo trabalhado por Giorgio Agamben (2009) e com o foco na escrita de uma história problemática da arte (Georges Didi-Huberman, 2013), propõe-se a exposição como ferramenta para uma história da arte escrita a partir da noção de montagem.
OS MAGOS NA ARTE OCIDENTAL: O IMAGINÁRIO MEDIEVAL NA AMÉRICA PORTUGUESA
Esta comunicação de pesquisa visa à compreensão da construção das imagens dos Reis Magos, criadas e recriadas desde os primórdios do cristianismo, e tem um foco, concomitante às transformações do imaginário social, entre os séculos XIII e XIV, sendo, dessa forma, um dos elementos da cultura artística e da cultura popular no medievo que resistiu ao tempo e chegou à contemporaneidade, como visto nos presépios a cada natal, nas folias de reis e nas pinturas ainda reverenciadas, e também, no dia 06 de janeiro, o Dia dos Reis, persistir em ser considerado feriado em muitos países, como Portugal. Nesse sentido, analisaremos o retábulo atribuído ao Jesuíta Belchior Paulo (1554-1619) e incorporado à Igreja e Residência dos Reis Magos, na ocasião do termino do altar-mor da Igreja, no ano de 1702, em Nova Almeida (antiga Aldeia dos Magos) no município de Serra, no Espírito Santo e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1943. Para tanto, será necessário: identificarmos as características estéticas da obra selecionada para análise e efetuar uma interpretação comparativa sobre as transformações e ressignificações figurativas dos referidos tomando como fonte principal a obra que se encontra na igreja; e também, analisarmos os distintos contextos históricos, artísticos e sociais que se dão tais transformações imagéticas.
APONTAMENTOS PARA UMA HISTÓRIA DO TEMPO NO BRASIL (APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ
Ciência dos homens, no tempo": eis a célebre definição de história oferecida há mais de sete décadas por Marc Bloch 1 , e cuja primeira palavra permite maior discordância do que as demais. Pois se é controversa a condição científica da história, é unânime que seu foco deva estar em seres humanos e no tempo. Esta última palavra, aliás, também pode nos remeter a um fenômeno social: partindo-se de uma história de homens no tempo, é possível tomar o tempo como objeto da história 2 . Um objeto qualquer, como tantos outros? Não exatamente, na medida em que este apresenta potencial singular de requalificar uma reflexão teórica inescapável: o problema da dívida tanto da realidade social como de seu conhecimento para com aquilo que aquela palavra revela (ou encobre). Com o avanço desse duplo tratamento de tempo -como condição da história, como objeto da história -logo o simples singular deve ensejar um singular coletivo. Afinal não há, a rigor, um único tempo da história, de uma época ou de uma sociedade. Sempre, como nos ensina Braudel, toda e qualquer história é sempre constituída por uma pluralidade de tempos simultâneos: uns mais lentos e longos, outros mais 1 BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001, p.55.
TRANSVERSALIDADES NAS ARTES VISUAIS -RELAÇÕES ENTRE HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARTE NO BRASIL
Anais do 18º Encontro Nacional da ANPAP, 2009
The concept of modernity that linked the Brazilian artistic production to the European avant-garde movement is discussed here. The idea of modernity is already present at the end of the 19th century among professors and students of the Academy. In the years 1940/1950, a new concept of modernity linked to abstraction works against the practice of artists who represent the 1922 modernist movement. With these observations, the author proposes to understand the relationship between art history and the strategic discourse of artists and critics in search of conquest of an space in the world of art. Key words: modernity; history of art; Brazilian art; art criticism.