Murders of Transvestites and Transsexual in Rio Grande do Sul: crimes based in gender? Asesinatos de travestis y transexuales en Rio Grande do Sul: ¿crímenes basados en el género? Assassinatos de Travestis e Transexuais no Rio Grande do Sul: crimes pautados em gênero? (original) (raw)

Assassinatos de travestis e transexuais no Rio Grande do Sul : crimes pautados em gênero?

2013

Travestis e transexuais constituem uma população exposta a diferentes situações de vulnerabilidade, devido à orientação sexual, identidade de gênero e relações com a sociedade. Propusemos esta pesquisa para analisar os assassinatos dessa população no Rio Grande do Sul, entendidos como homicídios baseados em gênero. Este artigo apresenta as mudanças metodológicas ocorridas ao longo do processo da pesquisa e da imersão dos pesquisadores no campo, a partir de quatro eixos: a contextualização da pesquisa; os assassinatos de travestis e transexuais como homicídios de gênero; a geração de dados e as reflexões para subsidiar a construção de um campo explicativo. Com esse estudo, esperamos contribuir com a construção de metodologias para a abordagem desse tema.

Asesinatos de travestis y transexuales en Rio Grande do Sul: ¿crímenes basados en el género?

Athenea Digital Revista De Pensamiento E Investigacion Social, 2013

Travestis e transexuais constituem uma população exposta a diferentes situações de vulnerabilidade, devido à orientação sexual, identidade de gênero e relações com a sociedade. Propusemos esta pesquisa para analisar os assassinatos dessa população no Rio Grande do Sul, entendidos como homicídios baseados em gênero. Este artigo apresenta as mudanças metodológicas ocorridas ao longo do processo da pesquisa e da imersão dos pesquisadores no campo, a partir de quatro eixos: a contextualização da pesquisa; os assassinatos de travestis e transexuais como homicídios de gênero; a geração de dados e as reflexões para subsidiar a construção de um campo explicativo. Com esse estudo, esperamos contribuir com a construção de metodologias para a abordagem desse tema.

Murders of Transvestites and Transsexual in Rio Grande do Sul: crimes based in gender?

Athenea Digital. Revista de pensamiento e investigación social, 2013

Travestis e transexuais constituem uma população exposta a diferentes situações de vulnerabilidade, devido à orientação sexual, identidade de gênero e relações com a sociedade. Propusemos esta pesquisa para analisar os assassinatos dessa população no Rio Grande do Sul, entendidos como homicídios baseados em gênero. Este artigo apresenta as mudanças metodológicas ocorridas ao longo do processo da pesquisa e da imersão dos pesquisadores no campo, a partir de quatro eixos: a contextualização da pesquisa; os assassinatos de travestis e transexuais como homicídios de gênero; a geração de dados e as reflexões para subsidiar a construção de um campo explicativo. Com esse estudo, esperamos contribuir com a construção de metodologias para a abordagem desse tema.

Suicídio No Estado Do Rio Grande Do Norte Sob a Perspectiva De Gênero

(SYN)THESIS

Em contextos de crise, os fatores de risco para o suicídio são exacerbados na população, entre eles, o aumento nas dificuldades para atender aos papéis tradicionais de gênero. O objetivo do estudo é avaliar a tendência de suicídios no Rio Grande do Norte (RN) entre 2011 e 2020, buscando dialogar com a perspectiva de gênero bem como lançar luz sobre as possíveis implicações da pandemia de COVID-19 para os suicídios no estado. Os dados utilizados são do Observatório da Violência da UFRN (OBVIO). A tendência temporal foi avaliada com modelos de regressão binomial negativa. Observou-se tendência ascendente para ambos os sexos, com maior crescimento para as mulheres (RR homens=1,05, p=0001; RR mulheres RR=1,07, p=0001). As maiores taxas de mortalidade por suicídio ocorreram em 2020 (homens=13,17 por 100 mil; mulheres = 3,29 por 100 mil), evidenciando os efeitos da pandemia da COVID-19 e da crise socioeconômica associada.

Gênero e Suicídio no Rio de Janeiro

Suicídios são fenômenos quantitativamente relevantes. Considerando subnotificações significativas devido à perda de seguros e de direitos, é provável que mais de 200 mil cidadãos brasileiros tenham cometido suicídio desde que o país começou a coletar dados de maneira sistemática sobre as mortes violentas até hoje. No estado do Rio de Janeiro, que apresenta características e tendências diferentes das encontradas no país como um todo, entre 300 e 400 pessoas se suicidam a cada ano. Embora o suicídio não seja geralmente considerado crime, é um tema legítimo da segurança pública, e que, sem dúvida, é preocupação central de qualquer política preventiva nessa área.

O SERIAL KILLER DE TRAVESTIS: Sobre criminalização, gênero e sexualidade (Capítulo do livro "Sistema de Justiça Criminal e Gênero: diálogos entre as criminologias crítica e feminista", de 2020).

Sistema de Justiça Criminal e Gênero: diálogos entre as criminologias crítica e feminista, 2020

No presente texto, parte de um esforço de pesquisa mais amplo de esquadrinhar os conflitos e materializações que compõem narrativas judiciais acerca de mortes de LGBT , nós procuramos analisar os manejos de convenções morais de gênero e de sexualidade que participam das disputas em torno das figurações da vítima e do algoz num caso judicial amplamente associado à ideia de homofobia . Detemo-nos em especial na compreensão das formas como aquelas convenções morais se articulam a processos de criminalização. Para tanto, valemo-nos de um corpus de análise diverso, formado pelos autos do inquérito policial e do processo judicial referentes à morte de Suzana dos Santos – ou Suzanita, como se tornou conhecida – e por uma miríade de documentos públicos, matérias jornalísticas e entrevistas a respeito do “caso do serial killer de travestis”, disponíveis on-line.

Observatório de violências de gênero: análise de homicídios envolvendo travestis e transexuais em Minas Gerais

A população de, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) são, diariamente, alvo de violências psicológicas, físicas, institucionais e familiares que recrudescem a situação de vulnerabilidade na qual a população se encontra. A violência letal que incide sobre os corpos de pessoas LGBT no país, apesar de sua considerável invisibilidade, assume números cada vez mais alarmantes 474 . Soma-se a esse quadro de silêncio a lacuna legal nos instrumentos de notificação de delitos, fase primeira para início da ação penal que, até recentemente no estado de Minas Gerais, careciam de campos imprescindíveis para a caracterização dessa violência, como o de "identidade de gênero" e "orientação sexual". Dessa forma, impulsionados pela inoperância dos órgãos públicos na construção de mecanismos capazes de receber e visibilizar as denúncias de crimes contra referida população, os movimentos sociais apostaram na prática de levantamento midiático (notícias de

Crimes de Gênero: notas para uma tipologia dos assassinatos de mulheres

A violência contra as mulheres não é apenas uma das questões prioritárias para a ação política e a investigação de grupos e pesquisadoras feministas, mas um problema social, que desafia os poderes públicos e os organismos internacionais comprometidos com os direitos humanos e das mulheres em particular. No Brasil, desde os anos 1970, diversos setores da sociedade liderados por movimentos feministas mobilizaram-se para denunciar essa violência com base nos assassinatos de mulheres por parceiros ou ex-parceiros afetivos. Nos últimos trinta anos no Brasil foram criadas políticas públicas e sociais relacionadas ao enfrentamento da violência de gênero contra mulheres, como as Delegacias de Apoio às Mulheres – DEAMs, casas abrigo, centros de referência, núcleos e centros de apoio que prestam atendimento e orientação às mulheres vítimas, realizando trabalho de denúncia e conscientização social para o combate e prevenção dessa violência e mais recentemente a Lei Maria da Penha. A partir de uma pesquisa documental sobre assassinatos de mulheres noticiados nos principais jornais do Ceará, nos anos de 2002 a 2006, que identificou 256 casos, foi possível refletir sobre a definição de crime de gênero. Assim foi construída uma tipologia para crime de gênero capaz de expressar diversas modalidades de crimes que vitimam as mulheres em decorrência de seu papel e posição social de mulher.

Violência pós-morte contra travestis de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil

Cadernos de Saúde Pública, 2021

Este artigo busca descrever e analisar as violências vivenciadas pelas travestis em suas trajetórias (que, muitas vezes, culminaram em seus homicídios), direcionando o olhar para as violências que continuam mesmo após a morte. A intenção é compreender um tipo de violência que se manifesta na normalização de gênero pós-morte que busca apagar a história e os rastros da existência travesti. Trata-se de estudo baseado em metodologia qualitativa, por meio de pesquisa etnográfica. A etapa etnográfica deste artigo ocorreu entre os meses de setembro de 2019 e fevereiro de 2020, sendo decorrente do assassinato de cinco travestis. Os resultados indicaram a existência de um dispositivo de normalização pós-morte que atua contra o desejo final das travestis, negando-lhes uma morte digna.

O direito à identidade sexual no contexto dos direitos da personalidade: a mudança do registro civil dos transexuais na jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.

V. 12, N. 03, 2019

O presente estudo trata dos paradigmas encontrados no ordenamento jurídico brasileiro, que exigem firmeza em relação à proteção dos direitos dos indivíduos, em que é cada vez mais necessário que seja repensado o conteúdo das normas que são oferecidas aos cidadãos constituintes de uma sociedade livre, justa e igualitária. A identidade ganha o centro das discussões e assim, passa a fazer parte de um ambiente diverso e complexo, acerca da problemática que gira em torno da mesma e a sua percepção no meio jurídico, desconectando do indivíduo sua condição morfológico-biológica, possibilitando que este possa ter uma vivência de identidades sexuais que estejam desprendidas de seu nascimento. O escopo inicial, é o de tratar da proteção da identidade sexual sob o prisma da proteção dos direitos da personalidade, na ótica da proteção ao nome, enfocando no transexualidade e a problemática relacionada à redesignação sexual, analisando o direito à identidade sexual e a modificação do registro civil de transexuais na jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. O aporte metodológico que sustenta a presente pesquisa possui como norte o Trinômio: Teoria de Base/Abordagem, Procedimento e Técnica. Como método de Abordagem utiliza-se o Método Dedutivo pois foram analisados conceitos presentes na doutrina e legislações pertinentes ao tema, contando com o auxílio do método de procedimento histórico e monográfico, pois a pesquisa se fundamentou em documentos e obras de autoria de pesquisadores através de livros, revistas jurídicas, jurisprudências, notícias e artigos científicos. Nessa perspectiva, após meses de estudo chegou-se ao resultado positivo advindo no ano de 2018, através de decisão do Supremo Tribunal Federal, que unificou as divergências dos tribunais, e decidiu de maneira favorável a modificação do nome no registro civil, podendo esta ser feita sem autorização judicial e sem a realização da cirurgia.