Territórios, Redes e Desenvolvimento Regional (original) (raw)

Redes e Território

1999

A questão a qual se direciona este ensaio pode ser assim formulada: como a multiplicação e o adensamento das redes na atualidade estão contribuindo para alterar a concepção do território como espaço delimitado e fechado?

Territórios, Redes e Desenvolvimento Regional: Perspectivas e Desafios

Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, 2018

UNISC e tem como objetivo promover a reflexão, a análise e o debate interdisciplinar sobre a temática do desenvolvimento regional, entre pesquisadores, docentes e estudantes brasileiros dos Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e demais Programas de Pós-Graduação das áreas de Ciências Sociais e Humanas, bem como de pesquisadores e estudantes estrangeiros que desenvolvem pesquisas sobre essa temática. Em 2017, a oitava edição do VIII SIDR foi um sucesso em termos de público e de sua representatividade institucional e de várias partes do Brasil e do exterior, participaram 350 pessoas, entre pesquisadores e professores e alunos de pós-graduação e de graduação, pesquisadores de instituições científicas dos diferentes estados do Brasil e de países como Argentina, Equador, Canadá, Áustria, Uruguai, Chile, Alemanha, Portugal entre outros. Foram submetidos 437 trabalhos científicos, dos quais 353 foram selecionados pelo Comitê Científico, e 293 trabalhos foram apresentados nas sessões de comunicação científica e na sessão de pôsteres do evento. A relação das redes com o território no processo de desenvolvimento regional tem sido uma temática atual dada às inúmeras situações existentes na dinâmica atual e contraditória de desenvolvimento econômico e social que assistimos no contexto da globalização econômica, de reestruturação produtiva e de integração dos territórios e regiões, em diferentes escalas espaciais, suscitando

Redes e Territórios

Mercator, 2013

Nos marcos da ciência geográfica estabeleceu-se um debate que evidenciou uma relação tensa entre os conceitos de rede e de território, marcado por antagonismos e dissonâncias, mas, também, por reciprocidades e implicações. Na esteira desse esforço foram difundidas posições dicotômicas que propugnam a incompatibilidade de sua associação, ancoradas na defesa de que redes e territórios seriam portadores de lógicas espaciais distintas e irreconciliáveis. Por outro lado, mesmo admitindo suas especificidades, diversos autores fizeram uso conjugado/articulado desses conceitos, produzindo novas propostas para a tarefa de leitura espacial da sociedade. Seguindo a trilha deste debate e pautado no propósito de sistematizá-lo é que este texto se estrutura.

Redes de Cooperação e Território

O artigo aborda a temática da relação entre redes de cooperação de empresas de menor porte e o território no contexto de incertezas e dificuldades, mas também de oportunidades de mercado advindas da globalização econômica. O objetivo foi o de analisar a dimensão organizacional e territorial presente no processo de constituição e funcionamento de uma dada rede de cooperação de empresas, e expressa nos discursos e nas articulações estratégicas e políticas que seus nós integrantes desenvolvem no território onde atuam. Para tanto, analisou-se o caso da Rede Casanova, constituída em 2003, e que, até 2012, era reconhecida como a maior rede de cooperação no segmento de materiais de construção do Sul do Brasil em quantidade de lojas associadas. O estudo, de natureza qualitativa e de cunho exploratório, envolveu a realização de revisão bibliográfica, pesquisa documental, de entrevistas semiestruturadas e análise de dados primários sobre o processo de constituição e funcionamento da Associação Rede Casanova. A análise do desenvolvimento da Rede Casanova permite identificar a presença de um discurso fundante, permanente e contraditório de cooperação entre os seus nós constituintes (empresas), a existência, no seu território de atuação, de distintas estratégias de ação que vão desde uma maior cooperação horizontal entre os nós a uma maior centralização e concentração do poder, pelo nó central (sede), das decisões quanto à escolha dos novos integrantes e do modo de funcionamento e atuação da rede no mercado, resultando em mudanças significativas na sua organização territorial.

Sobre Territórios e Lugaridades

2013

O que pretendo neste artigo e discutir a microterritorialidade a partir do lugar. Entre os conceitos, ou essencias espaciais, que se referem a materia solida que nos da apoio, tres sao importantes na discussao que faco aqui: mundo, lugar e territorio. Eles delimitam modos de ser-no-mundo, do mais introspectivo e solitario, para o mais interativo e compartilhado. Somos seres-em-situacao, o que significa que constituimos e desvelamos o mundo, a partir de nossa individualidade de ser. Lugares, por sua vez, so existem porque os seres humanos compartilham suas experiencias. A geograficidade, que expressa a materialidade do espaco geografico, e compartilhada em nossas vivencias cotidianas com a lugaridade, que expressa exatamente essa relacao dialogica dos seres em movimento com lugares e caminhos. A essencia do territorio e a fronteira, o limite. Minha tese e de que a expressao mais visivel da microterritorialidade e a lugaridade. Para estudarmos os territorios, precisamos estudar os lug...

Território, ruralidade e desenvolvimento regional

Revista Brasileira de Gestão e …, 2009

Resumo O estudo apresenta a tensão entre o global eo local numa abordagem que descreve uma nova forma de gestão do desenvolvimento que considera o potencial endógeno de desenvolvimento de uma região. Na perspectiva de espaço de reprodução ...

Região e rede regional "gaúcha": entre redes e territórios

Boletim Gaucho De Geografia, 1996

Os objetivos deste trabalho são, basicamente: primeiro, realizar uma breve discussão teórica sobre o conceito de região em Geografia, incluindo aquela que apresentamos em trabalho anterior (HAESBAERf, 1988) e associando-o às concepções de território e rede; segundo, propor um novo debate em tomo do conceito derede regional, produto de uma pesquisa mais recente (HAESBAERT, 1995) que envolveu os migrantes "gaúchos" ou sulistas em seu processo de des-reterritorialização no Nordeste brasileiro.