Saúde mental, gênero e tecnologias: interseções entre pesquisas (original) (raw)

Grupo de estudos sobre relação de gênero e tecnologia: dez anos de produção científica

2009

O objetivo deste artigo e resgatar a historia dos dez anos de existencia do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Relacoes de Genero e Tecnologia (GeTec), vinculado ao Programa de Pos-Graduacao em Tecnologia (PPGTE) da Universidade Tecnologica Federal do Parana - UTFPR. Apresentar-se-a informacoes sobre o trabalho desenvolvido ao longo desta decada bem como as pesquisadoras4 que tem contribuido para a consolidacao do GeTec como um Grupo de importância reconhecida no cenario nacional. O estudo evidencia a contribuicao das pesquisas realizadas no GeTec para o crescimento e visibilidade dos estudos em Ciencia, Tecnologia e Genero (CTG) nas esferas nacional e internacional.

Inserção produtiva, gênero e saúde mental

Cadernos de Saúde Pública, 2000

A cross-sectional study was conducted in Olinda, Pernambuco, to investigate a possible association between unemployment, informal work, and common mental disorders (CMD) assessed by the Self Reporting Questionnaire . While women working in the formal labor market showed significantly better mental health as compared to informal workers (OR = 3.02,2), housewives (OR = 2.29, 95% CI 1.0-5.0), and unemployed (OR = 2.66, 95% CI 1.1-6.3) and inactive women (OR = 3.19,, no difference was found among men. The actual pattern of the odds ratios suggests a modifying effect of gender in the association between employment status and CMD. However, the interaction term added to the final model was statistically significant for informal work, but not for unemployment. The results of the present study suggest that the experience of informal work may be different for men and women. This finding highlighted the need to incorporate a gender approach (reflecting a social dimension of sex-related inequalities) to the theoretical framework based on social classes adopted here.

Interlocuções sobre feminismos/gênero no campo científico da psicologia

2015

O presente trabalho visa apresentar um recorte de projeto de tese de doutorado em andamento, que versa sobre como o genero e experimentado no campo cientifico da psicologia por professores(as)/pesquisadores(as) de instituicoes publicas de ensino superior em Pernambuco, as quais consistem em espacos educativos. Essas experimentacoes relacionam-se as formas construidas culturalmente associadas a ser homem ou ser mulher, por exemplo, as quais muitas vezes estao pautadas na desigualdade de genero. Toma-se como referencia nao apenas mulheres e homens, professores(as), mas extrapola-se essa discussao para as diversas possibilidades de subjetivacao. Nesse cenario, sabemos que historicamente o campo cientifico foi construido associado ao “masculino”. A metodologia da pesquisa e bibliografica. Sera apresentado um levantamento teorico do que vem sendo pesquisado sobre a tematica, bem como serao debatidas algumas categorias-chave nessa discussao. A partir do levantamento e discussao realizado...

Gênero no contexto da produção científica brasileira em psicologia

Gênero no contexto da produção científica brasileira …, 2005

Nesses quase cinco anos estive com muitas pessoas, compartilhando vivências, angústias, conhecimentos e informações, cujo valor e intensidade seria impossível registrar aqui. Essa tese não resultou apenas de meu esforço pessoal, mas também do apoio que recebi de amigos, colegas e professores que foram fundamentais em tudo que construi a partir de minha trajetória como aluno de doutorado. Por isso, agradeço: À CAPES pela bolsa PQD que tive durante três anos e que viabilizou os investimentos necessários à pesquisa de campo. À Liana, funcionária dedicada e atenciosa aos alunos do doutorado, que me manteve sempre informado de tudo e encaminhou com agilidade minhas solicitações. Ao professor Hector Leis pela liderança exercida junto ao Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, tornando-o um Programa de Pós-Graduação de excelência na pesquisa interdisciplinar brasileira e a todos/as os/as professores/as que colaboraram para a melhoria e consolidação deste doutorado. Aos colegas de doutorado e de núcleo de pesquisa, com quem travei ricas discussões através dos vários seminários de tese e jornadas de discussão que participei do NIGS (Núcleo de Pesquisa sobre Identidade de Gênero e Sexualidade/UFSC), especialmente os que deram contribuições valiosas para construção dessa tese, como

Gênero e Diagnóstico Em Saúde Mental: Que Relação É Essa?

REVES - Revista Relações Sociais, 2020

A partir da identificação dos dados epidemiológicos de saúde mental, os quais classificam as mulheres como as maiores portadoras de depressão, teve-se como objetivo realizar uma discussão sobre a abordagem das questões de gênero no momento da realização de um diagnóstico. Como metodologia, este trabalho delineou-se como um Estudo de Caso que utilizou ferramentas de cunho etnográfico, entre elas a entrevista semiestruturada, a observação participante e o Diário de Campo. Após a coleta de todos os materiais, foi realizada uma análise dos dados de forma combinada, delimitando categorias. Dessa forma, neste artigo buscou-se discutir o processo o de gendramento dos diagnósticos em saúde mental e suas implicações frente à construção do diagnóstico de depressão em mulheres.

Género e saúde mental: Uma abordagem

An epidemiologic study was conducted to assess differences between men and women who sought the Psychiatry and Mental Health Service of Amato Lusitano Hospital in Castelo Branco, in terms of presented psychopathology, asked intervention, prescribed psychopharmics, familiar functionality, relatives with previous mental health diagnosis, and suicide attempts. Other

DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO NA SAÚDE MENTAL: Aproximações e experiências no campo da pesquisa

REBEH, 2019

Resumo: Historicamente as diversidades no campo das sexualidades e dos gêneros foram tratadas por vieses tanto conservadores, como moralistas e sobre as mesmas sempre existiu um olhar extremamente negativo e punitivista. Com isso, ao longo dos séculos diversas instituições, e, em particular, as da ordem médica, e, especificamente, as de saúde mental, assumiram o papel de enquadrá-las como patológicas. Atualmente, apesar de as Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) não se enquadrarem como sujeitos com patologias, o processo de sofrimento não as abandonou uma vez que por continuarem subjugadas as mais diversas formas de violência, a população LGBT se torna predisposta a um maior sofrimento mental. Dessa forma, constatou-se a importância desses sujeitos acessarem as políticas de saúde mental, bem como os serviços oferecidos pela mesma, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Desta forma, a partir da inserção em dois dos CAPS da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de uma cidade da Zona da Mata mineira, realizou-se uma pesquisa qualitativa, baseada na análise crítica-reflexiva do cotidiano das instituições a fim de entender o espaço ocupado por essa população dentro desses dispositivos assistenciais. Observou-se que a presença das LGBT dentro dos CAPS se dá minimamente e aquelas que acessam, sofrem com o silenciamento e a invisibilidade de suas sexualidades e identidades sexuais e de gênero e, contudo, também se deparam com condutas profissionais que reforçam o estigma, o preconceito e a discriminação. Logo, reafirma-se a necessidade de efetividade das políticas de atenção à população LGBT, tal como dos compromissos firmados pelos órgãos de fiscalização das profissões que compõem as equipes dos CAPS, com vistas a um trabalho profissional em

Saúde mental e gênero: facetas gendradas do sofrimento psíquico

Fractal : Revista de Psicologia, 2015

Resumo A partir das contribuições do estudo de Zanello e Bukowitz (2011) acerca da participação dos valores e ideais de gênero presentes no sofrimento psíquico de pacientes em crise, internados em um hospital psiquiátrico, o presente trabalho teve como escopo investigar o modo como se dava esta participação em usuári@s de um Centro de Atenção Psicossocial em Brasília. A partir da análise de conteúdo de 15 entrevistas semiestruturadas, os resultados apontam que a experiência do adoecimento psíquico é gendrada e coloca em xeque de maneiras distintas homens e mulheres em processo de tratamento em saúde mental: enquanto a fala delas é marcada sobretudo pelo sofrimento em não conseguir maternar e dar conta dos afazeres domésticos, além de um lugar de silenciamento; na deles destacou-se o sofrimento em não poder trabalhar e prover a família, além da importância e dificuldade em se manter em uma sexualidade masculina hegemônica de “comedor”.