Paul Ricoeur, leitor de Santo Agostinho (original) (raw)
Quem, ainda que por uma vez apenas, na sua inevitável viagem para Tebas, não se confrontou já com a questão: Quem sou? Como um assaltante na estrada, a pergunta brota. E quer uns se circunscrevam ao que pergunta revela acerca da dimensão interrogante daquele que a põe, ou outros avancem precipitadamente para as respostas possíveis, o certo é que a pergunta persiste e resiste às investidas de uns e de outros. E, contudo, a própria questão parece trazer já consigo um princípio de resposta. Na pergunta “quem?” parece estar já implicitamente pressuposto ou aceite que há um “quem”. Todavia, este primevo índice de uma identidade é constantemente assolado pela experiência de uma radical impermanência, já desvelada pela pergunta, impermanência que salta desse choque, como uma faúlha.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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