Demarcação da atividade anti-helmíntica do albendazol. Estudo referente à estrongiloidíase humana (original) (raw)

Avaliação da atividade terapêutica do albendazol em ratos experimentalmente infectados com Strongyloides venezuelensis

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, 1986

Com a finalidade de demarcar mais precisamente o espectro de ação do albendazol, foi estudada a atividade terapêutica desse anti-helmíntico em ratos experimentalmente infectados com Strongyloides venezuelensis, tendo sido usada, como termo de comparação, a ação do cambendazol e do mebendazol, dois outros benzimidazólicos. Os três compostos mostraram-se eficientes quando utilizadas doses únicas de 6,75, 12,5, 25 e 50 mg/kg, pois motivaram desaparecimento total das formas adultas no intestino. Com a posologia de 5 mg/kg sucederam porcentagens médias de reduções dos números de vermes de 87%, 98% e 80%, respectivamente, como decorrência do emprego do albendazol, do cambendazol e do mebendazol, traduzindo superioridade da segunda droga citada.

Avaliação in silico da atividade anti-helmíntica do monoterpeno Ascaridol

Research, Society and Development, 2020

As enteroparasitoses constituem um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, sendo causadas por parasitas como os helmintos que provocam danos nutricionais e podem levar o hospedeiro ao óbito. Os fármacos utilizados no tratamento de helmintoses podem agir de diversas maneiras, contudo, as opções desses medicamentos no mercado ainda encontram-se limitadas. Sabe-se que o Ascaridol tem demonstrado grande potencial farmacológico em terapias anti-bacterianas, anti-fúngicas, anti-viral e anti-neoplásica. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar a atividade anti-helmítica do Ascaridol através de um estudo in silico. Como metodologia utilizou-se o software gratuito Pass Online® para análise da probabilidade de atividade da molécula. O Ascaridol demonstrou um bom resultado para probabilidade de ativação (Pa) em relação aos valores da probabilidade de inativação (Pi) nas atividades anti-helmíntica nematoide e anti-helmíntica fasciola. Conclui-se que esse monoterpeno apresent...

Diagnóstico sorológico da estrongiloidíase humana através do método imunoenzimático

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 1988

O presente trabalho demonstra a eficácia do método imunoenzimático utilizando antígeno solúvel de larvas de Strongyloides stercoralis no diagnóstico da estrongiloidíase humana. Foram avaliados 27 pacientes com as diversas formas clínicas da parasitose, sendo demonstrados títulos significativos em 25 (92%) dos casos. Em 17 controles, com ou sem outrasparasítoses intestinais, títulos significativos estavam presentes em 3 (18%). A sensibilidade do teste foi de 92% e a especificidade de 82%. São também relatados 3 casos clínicos, nos quais o diagnóstico da doença foi feito inicialmente pela determinação de anticorpos contra larvas de S. stercoralis, havendo posteriormente demonstração parasitológica em 2 dos casos. É ressaltada a importância do teste no diagnóstico da estrongiloidíase aguda e em situações onde eosinofilia não esteja associada a outras condições clínicas.

Impacto da infecção por HTLV-1 nas manifestações clínicas e no tratamento de pacientes com estrongiloidíase

2018

A estrongiloidiase e uma enfermidade que acomete cerca de 100 milhoes de pessoas em todo mundo. Essa parasitose apresenta alta prevalencia e tem maior gravidade clinica entre individuos imunossuprimidos, principalmente aqueles portadores do virus linfotropico de celulas T humana tipo 1 (HTLV). Este fato torna a coinfeccao por esse virus em pacientes parasitados por Strongyloides stercoralis um grave problema de saude publica. O presente estudo teve por objetivo revisar os estudos sobre coinfeccao por HTLV/S. stercoralis. Foi realizada busca eletronica completa de dados disponiveis sobre a coinfeccao entre o virus e S. stercoralis. As publicacoes foram capturadas a partir das bases de dados PubMed e SciELO, sendo utilizados os seguintes descritores “virus linfotropico de celulas T humanas tipo 1”, “HTLV-1”, “S. stercoralis” e “estrongiloidiase”. A infeccao por HTLV em pacientes parasitados representa fator de risco para o desenvolvimento de estrongiloidiase grave e, nesses individuos...

Implicações clínicas e imunológicas da associação entre o HTLV1 e a estrongiloidíase

Revista Da Sociedade Brasileira De Medicina Tropical, 2002

Resumo A estrongiloidíase é uma das mais importantes helmintíases em países tropicais e estudos epidemiológicos têm demonstrado associação desta parasitose com o vírus HTLV-1. Em regiões onde estes dois agentes são endêmicos a coinfecção pode resultar no desenvolvimento de formas disseminadas da estrongiloidíase assim como em estrongiloidíase recorrente. Enquanto que o vírus HTLV-1 está relacionado com uma alta produção de IFN-γ e desvio da resposta imune para o tipo Th1, a proteção contra helmintos está associada a uma resposta Th2. Devido a este viés da resposta imune, indivíduos infectados pelo HTLV-1 apresentam redução na produção de IL-4, IL-5, IL-13 e IgE, componentes participantes dos mecanismos de defesa contra S. stercoralis. Estas anormalidades constituem a base para a ocorrência de maior freqüência e de formas mais graves da estrongiloidíase em pacientes infectados pelo HTLV-1. Palavras-chaves: Estrongiloidíase. HTLV-1. Strongyloides stercoralis.

Avaliação Da Atividade Tripanocida, Leishmanicida e Citotóxica Do Geraniol e Citronelal

Cadernos de Cultura e Ciência, 2015

Leishmanioses e tripanossomíases são doenças parasitárias globalmente difundidas com elevado índice de mortalidade e morbidade. O arsenal terapêutico é restrito e de efeitos colaterais indesejáveis. No entanto, a biodiversidade de plantas brasileiras representa rica fonte de novos compostos com potencial antiparasitário. O geraniol é um monoterpeno encontrado em plantas como Cymbopogon winteranus e Cymbopogon martinii. Ocitronelal é um fitoconstituínte monoterpenóide de Eucalyptus citriodora e Cymbopogon citratus. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antiparasitária in vitro desses terpenoides isolados contra formas epimastigotas e promastigotas de Trypanosoma cruzi e Leishmania. brasiliensis, bem como verificar sua citotoxicidade em células de mamíferos. As substâncias foram testadas nas concentrações de 50 e 100 µg/mL, contudo, geraniol demonstrou baixa atividade contra T. cruzi, nestas concentrações, não demonstrando efeito contra promastigotas de L. braziliensis e revelando elevada citotoxicidade sobre células de mamíferos. O citronelal apresentou atividade moderada antipromastigota revelando altos índices de citotoxicidade.