Cadeirões da Renascença espanhola no Porto – uma história de família (original) (raw)

Os “Cadernos de Encargos” e a Arqueologia de Salvaguarda na cidade do Porto (ERA 8/2008)

Uma das características mais particulares da intervenção municipal na arqueologia de salvaguarda que tem lugar na cidade do Porto é, desde há mais de uma década, o condicionamento de quase todos os trabalhos ao enquadramento normativo de um "caderno de Encargos" de arqueologia, elaborado pelos técnicos da Autarquia e disponibilizado aos promotores e projectistas com carácter vinculativo.

As “Ferrarias del Rey” em Barcarena subsídios para a sua história

informação disponível sobre a sua localização e existência. Intrigou-nos a superficialidade com que se abordava a matéria, que a remetia quase para o campo das memórias perdidas, quando tudo indicava tratar--se de um estabelecimento que teria assumido um claro protagonismo no passado da nossa metalurgia.

As Cadeiras V.N. Prêsa de Colares - a surpreendente modernidade

Presenting a first report about furniture production by Vitorino Nogueira Prêsa, a woodworker and carpenter with a small workshop in Colares, Sintra, whose production included chairs of his own design. Through the analysis that includes the processes and means involved, it is intended to demonstrate the remarkable level of elaboration and development, not only by the identity and character achieved, but also for its functionality, especially from an ergonomic point of view. Keywords: Portuguese furniture / furniture design / design methods / production methods.

Um contexto cerâmico tardo-antigo da Casa do Infante (Porto)

Arqueologia em Portugal: 2023 - Estado da Questão, 2023

No presente artigo damos a conhecer novos dados relativos à ocupação tardo-antiga e alto-medieval da cidade do Porto através da análise de um contexto estratigráfico selado da Casa do Infante. Este consiste num poço abandonado, do qual se recolheu um conjunto cerâmico diversificado, com relativa homogeneidade cronológica. Entre as diversas produções cerâmicas, identificou-se Terra Sigillata Africana da forma Hayes 52B, assim como envases Late Roman Anfora 1. Associando-se estas importações a um copioso conjunto de cerâmica comum de diversas procedências, atribui-se este contexto ao 1º terço do século V. A partir destes dados procuramos refletir acerca de como a cidade de Portucale se inseria na malha de relações comerciais do Noroeste Peninsular no quadro da transição para o seu período Suevo-Visigótico.

Os Ghersi: uma família genovesa em Lisboa Seiscentista

Em 1687, João Tomás Ghersi (m. 1700), mercador genovês estabelecido em Lisboa desde, pelo menos, meados do século, era habilitado a familiar do Santo Ofício. Treze anos antes, fora o seu irmão César Ghersi (1628-1697) quem recebera a habilitação. Estes dois irmãos eram, já naquela data, duas figuras cimeiras da sociedade lisboeta e, sobretudo, da comunidade italiana estabelecida na capital portuguesa. Naturais de Génova, de uma família com raízes no Piemonte (é referida a localidade de Sommariva como local de onde eram originários os seus pais e avós), César e João Tomás integram a primeira geração dos Ghersi que estabeleceu os seus negócios em Portugal. Eram filhos de um mercador, o capitão Simão Ghersi. Ao chegarem a Lisboa, encontraram uma sólida comunidade italiana, na qual os elementos genoveses e florentinos preponderavam. Embora a bibliografia dê particular ênfase aos séculos XV e XVI como os mais marcantes na história da presença italiana em Portugal, relacionando-a com a empresa ultramarina portuguesa e, sobretudo, com a consequente expansão económica do reino, em Seiscentos, essa relevância não se esvanecera e a comunidade italiana revelava-se ainda particularmente activa na economia e sociedade portuguesas, sobretudo se considerarmos o caso de Lisboa 1 . O arquivo paroquial da Igreja de Nossa Senhora do Loreto é uma fonte de documentação particularmente rica para esta época. Entre testamentos, inventários de bens, doações e 1 Desde, pelo menos, o século XII que se conhecem testemunhos da presença de elementos genoveses em Portugal. Porém, é a partir do século XIV que estes se tornam mais notórios. Sobejamente tratado pela bibliografia, encontramos o acordo entre D. Dinis e Manuel Pessanha para a reorganização da marinha portuguesa. Durante os dois séculos seguintes, assistimos ao estabelecimento em Portugal de várias famílias lígures estreitamente relacionadas com a actividade mercantil florescente. Destacam-se os Lomellini, os Spinola, os Cattaneo, os Cassana, os Adorno, os Di Negro, os Centurione, os Doria, entre outros núcleos familiares que contribuíram para a dinamização da economia portuguesa nesse período.

Cavaleiros e Escudeiros no Porto de inícios do século XV

História. Revista da FLUP, 2021

Resumo: Este trabalho procura entender a verificável presença de “cavaleiros” e “escudeiros” nas sessões camarárias do Porto nos finais do século XIV e inícios do século XV, recorrendo aos livros de Atas de Vereação do período em análise, mas também através do cruzamento com outras fontes documentais. Pretendemos compreender de que forma conviveu esta realidade com o privilégio que a cidade há muito guardava e pelo qual permanentemente lutou durante séculos, pelo menos até ao reinado de D. Manuel I, que impedia a residência e/ou permanência de fidalgos no espaço interior dos muros do Porto. Palavras-chave: Privilégios urbanos, Estratos sociais, Nobreza, Elites municipais Abstract: This paper seeks to understand the verifiable presence of “knights” and “squires” in the municipal council meetings in Porto in the late 14th and early 15th centuries, using the books of “Atas de Vereação” of the period under analysis, but also by crossing with other documentary sources. We try to understand how this reality coexisted with the privilege that the city had long held and for which it permanently fought for centuries, at least until the reign of D. Manuel I, which prevented the residence and/or stay of noblemen within the walls of the city. Keywords: Urban privileges, Social strata, Nobility, Municipal elites Résumé: Ce travail cherche à comprendre la présence vérifiable des “chevaliers” et des “écuyers” dans les séances de la mairie de Porto à la fin du XIVe et au début du XVe siècles, en utilisant les livres “Atas de Vereação” de la période analysée, mais aussi en croisant d'autres sources documentaires. Nous voulons évaluer comment cette réalité a coexisté avec le privilège que la ville détenait depuis longtemps et pour lequel elle s'est battue en permanence pendant des siècles, du moins jusqu'au règne de D. Manuel I, qui empêchait la résidence et/ou le séjour des nobles dans l'enceinte de la ville. Mots-clés: Privilèges urbains, Strates sociales, Noblesse, Élites municipales Resumen: Este trabajo trata de comprender la presencia comprobable de “caballeros” y “escuderos” en las sesiones del concejo municipal de Porto a finales del siglo XIV y principios del XV, utilizando los libros de actas del concejo del periodo analizado, pero también mediante referencias cruzadas con otras fuentes documentales. Buscamos entender cómo esta realidad convivía con el privilegio que la ciudad ostentaba desde hacía tiempo y por el que había luchado permanentemente durante siglos, al menos hasta el reinado de D. Manuel I, que impedía la residencia y/o estancia de los nobles dentro de las murallas. Palabras-clave: Privilegios urbanos, Estratos sociales, Nobleza, Elites municipales

Quillinan – Uma Família Irlandesa no Porto

In this study, the author presents the biography of some members of Qullinan family - an Irish family who settled in Portugal in the eighteenth century, including the patriarch, John Quillinan, and his sons, the writer Edward Quillinan (son in law of the known writer British William Wordswoth ), the merchant John Thomas Quillinan and diplomat and general Luis Quillinan.

Inventário dos padres da freguesia de Sé do Porto

Inventário dos padres da freguesia de Sé do Porto Seguido de notas soltas sobre a paróquia portuense nas décadas de 60 e 70 de 1800 e outra documentação avulsa pelo Cónego Manuel Rodrigues do Rosário