Macau 500 anos depois: a plataforma da China para o mundo lusófono (original) (raw)

«Fernando Pessoa Bilingue Impresso em Macau» / Portugal-China: 500 anos. Coordenação de Miguel Castelo-Branco e Paulo J. S. Barata. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2014. p. 294-298

No que à história da tipografia portuguesa no Extremo Oriente diz respeito poder -se -iam escolher várias edições que simbolizem as inter -relações China -Portugal -China. Abordaremos, porém, apenas duas, relacionadas com Fernando Pessoa, por se tratar de um autor que ganhou notoriedade mundial, sendo uma delas praticamente ignorada quer da bibliografia chinesa quer dos reportórios da obra pessoana. Não, não nos referimos à edição Mar portuguez: doze poemas, publicada em Macau, numa «edição gratuita oferecida aos alunos das escolas de Macau», em 28 de maio de 1936, evocando a passagem do «ano X da Revolução Nacional» 1 , mas sim a duas publicações relacionadas com a Sessão de Homenagem a Fernando Pessoa, realizada no Liceu Nacional Infante D. Henrique, em Macau, aos 30 -XI -59.

Macau e a presença portuguesa seiscentista no Mar da China

Ao Professor Doutor João Marinho dos Santos, orientador desta tese, pelos ensinamentos, incentivos e críticas construtivas, imprescindíveis à execução de um bom trabalho, bem como pelas palavras de amizade que não deixaram esmorecer o projecto. Ao Professor Doutor Rui Manuel Loureiro, co-orientador, pelo apoio, paciência e disponibilidade para orientações, esclarecimentos de dúvidas, indicação de documentação e Bibliografia.

A Abelha da China nos seus 200 anos. Lisboa&Macau: CCCM/UM, 2022

2022

Este volume de estudos de diversas áreas das humanidades tem por foco o primeiro jornal de Macau em língua portuguesa. Imbuída das doutrinas liberais, A Abelha da China foi uma breve, mas intensa publicação periódica (1822-23) que veio dar corpo à ideia de que não há verdadeira liberdade sem imprensa e sem a liberdade desta. Plenamente alinhada com os debates do seu tempo, o seu projeto seria tomado por outros agentes políticos. Todavia, o seu legado de insubmissão acabaria por vingar. Jornal que fez as vezes de boletim oficial, e também de arena de confronto político, não descurou uma dimensão cultural e até literária, pois trazia em si a missão de instruir os seus leitores e de denunciar a tirania absolutista que, mais tarde, em refluxo, se apoderaria do próprio jornal. Assistimos também na Abelha às primeiras articulações de uma ideia de autonomia sempre ligada à oligarquia local. Nesse sentido, o jornal mostra também as alianças e os contactos múltiplos que o atravessam: com a China, onde sempre se enraizou, a Metrópole, o Brasil e Goa. Por entre as suas páginas circulam figuras e influências de todas as proveniências, mostrando como Macau se integrava plenamente nos movimentos políticos e culturais do seu tempo, e onde a comunidade chinesa se encontrava ativa face a eles. E daí os casos, as figuras e os confrontos que gravitam em seu torno, e que os ensaios de historiadores e críticos da cultura e do jornalismo dissecam nesta obra: Jin Guoping, Cátia Miriam Costa, Jorge Arrimar, Pablo Magalhães e Tereza Sena. Duzentos anos depois, este livro mostra um renovado interesse na história de Macau, na história do jornalismo na China e em língua portuguesa, na história sociopolítica e cultural do território. O pólen que a Abelha trouxe consigo-com seu trabalho e coragem-aqui está.

Após Macau: perspectivas sobre as relações luso-chinesas depois de 1999

IV Congresso Português de Sociologia - Sociedade Portugesa: Passados Recentes, Futuros Próximos, 2000

Após 444 anos de presença contínua portuguesa em Macau, as relações entre Portugal e a China podem-se classificar como sendo relativamente intensas no plano político-diplomático, mas exíguas nos domínios comercial, financeiro e cultural, no século XX. Com a reunificação de Macau à China Continental, no passado dia 20 de Dezembro, que perspectivas se abrem às relações luso-chinesas nas próximas décadas? Vão continuar a centrar-se na vertente político-diplomática ou vão, também, começar a acentuar-se nos domínios comercial, financeiro e cultural? Neste trabalho procuraremos identificar alguns dos eventuais cenários da evolução das relações luso-chinesas após 1999.

Macau e os jesuítas na China (séculos XVI e XVII)

História Unisinos, 2011

Resumo. Os Jesuítas foram a primeira Ordem Religiosa a estabelecer-se em Macau, bem como na China (através de Macau). Assim sendo, pretendemos mostrar a sua acção nos séculos XVI e XVII na China e em Macau. Do Colégio de S. Paulo de Macau e do Colégio de S. Paulo de Goa saíram os missionários jesuítas que iam para as missões do Japão,