Robustez de regressões de crescimento frente à incerteza sobre a especificação do modelo: quão robustos são os regressores para o caso brasileiro? (original) (raw)
Related papers
Taxa De Retorno Daescolaridade Nos Estados Brasileiros: Crescente Ou Decrescente?
2011
RESUMO O objetivo deste artigo é de verificar a existência de retornos crescentes de escala advindos da escolaridade em nível de Brasil e Estados. Esta aplicação é estendida para captar diferenciais do sexo masculino e feminino. O modelo teórico e empírico proposto soluciona dois problemas presentes na literatura. O primeiro da não linearidade dos coeficientes Mincerianos e o segundo da presença de viés de seleção. O uso do modelo e de técnicas que permitem testar a presença ou não de retornos de escala em nível marginal contribuiu para obter resultados robustos quanto à presença de retornos crescentes de escala. Em nível de Brasil, os retornos crescentes ocorrem a partir de 4,8 anos de escolaridade no geral, reduzindo para a partir de 4 anos, quando considerados os sexos em separado. Em 50% dos Estados da região Norte e Nordeste, o sexo feminino ainda não atingiu em média a barreira a partir da qual se obtêm retornos crescentes de escala. Mas estas são características também presentes quase na totalidade dos Estados das regiões Centro Oeste e Sul, com exceção para o Paraná. Como resultado geral, a partir das estimativas neste artigo podem ser construídas funções de capital humano dos Estados de forma individual para testes de políticas econômicas. Palavras Chaves: Retorno da escolaridade; modelo não-linear; método de Heckman; capital humano. JEL: E24, O15 e O47 ABSTRAT The objective of this paper is to investigate the existence of increasing returns to formal education in Brazilian states and, by extension, Brazil. We also explore by gender. The theoretical and empirical model used allows us to tackle too problems present in the literature. The first is the non-linearity of Mincerian coefficients. The second is the potential sampling selection bias. The use of this model and technique lead us to obtain robust results for the presence of increasing returns to education at marginal level for Brazil and its states. For instance, at the aggregate level, the increasing returns starts at 4.8 years of formal education and, considering each gender separately, this return starts at 3.3 years of education. Nonetheless, in 50% of the North and Northeast states, the female has yet to cross the threshold barrier of increasing returns. The same is true for most of the states in the Center-East and South, excepting Paraná. As a general result, the estimates allow for future construction of human capital functions for each state to test economic policies.
Estudos Econômicos (São Paulo), 2015
ResumoO presente trabalho tem por objetivo comparar duas metodologias para cálculo de desalinhamento cambial. A primeira metodologia consiste na estimação do desalinhamento cambial a partir de técnicas multivariadas de séries de tempo nas quais apenas variáveis associadas ao país em análise são utilizadas na modelagem. A segunda metodologia consiste na utilização de fatores globais, como sugerido pelo Modelo Vetorial Autorregressivo com Correção de Erros Global (VAR-MCEG). O caso brasileiro é analisado a partir das duas metodologias. Os resultados sugerem que as estimativas podem diferir em magnitude para diferentes períodos. Ambas as metodologias sugerem que o canal pelo qual termos de troca afetam a taxa de câmbio real brasileiro é indireto. Melhorias de termos de troca levam a uma melhora da posição internacional de investimento e, logo, geram uma valorização da moeda brasileira. Os resultados da metodologia GVECM sugerem que a taxa de câmbio real brasileira é afetada no longo pr...
The main goal of this paper is to determine which variables have a robust correlationwith the growth rate of per capita Gross Domestic Product (GDP) of Brazilianstates between 1960 and 2000. We have run two tests of robustness suggested bythe literature. The first approach is the Extreme Bounds Analysis (EBA) testproposed by Levine & Renelt (1992). An alternative approach to the previous onewas considered by Sala-i-Martin (1997). The latter author argues that instead ofanalyzing the extremities of the coefficients estimates of a specific variable, it isnecessary to make the analysis of the distribution of all coefficients of this variable.In sum, based on those tests, we can affirm that urbanization, mortality rates,fertility rates, pluviometer, tax burden and migration have a robust correlation withthe growth rates of per capita GDP of the Brazilian states. Moreover, it was notdenied the occurrence of conditional convergence for the Brazilian states.
Influência da insegurança fundiária no crescimento econômico brasileiro
Nós analisamos nesse artigo as conseqüências da insegurança fundiária no crescimento econômico do Brasil a partir de um modelo dinâmico de uma econômia contendo um setor agrícola e um setor manufaturado. A terra é considerada como sendo um fator de produção específico do setor agrícola e, ao mesmo tempo, um suporte de poupança alternativo ao capital empregado no setor de manufaturas. A arbitragem entre a possessão de capital ou de terra depende dos custos de transação específicos ao ativo fundiário, resultante da insegurança fundiária. A insegurança fundiária diminui o preço da terra e modifica a composição da poupança sendo favorável ao capital. Logo, o modelo permite de estabelecer duas restrições : um efeito negativo da insegurança fundiária no preço da terra e um efeito positivo no crescimento econômico. Essas duas restrições são testadas em dados de painel para os 27 estados brasileiros. A insegurança fundiária é estimada pelo número de ocupantes. Os resultados econométricos não invalidam nosso modelo.
Crescimento puxado pela demanda agregada: evidências empíricas para o caso brasileiro
Revista Economia & Tecnologia, 2007
Nos últimos 25 anos a economia brasileira vem crescendo a uma taxa média de cerca de 2,6% a.a, valor bastante inferior a média observada no período 1950-1980 e abaixo da taxa média de crescimento obtida por outros países emergentes como, por exemplo, Rússia, China e Índia. Tendo em vista um crescimento populacional da ordem de 1,5% a.a, o PIB per capita tem crescido nos últimos anos a uma taxa pouco superior a 1% a.a. Nesse ritmo levará quase 70 anos para que a renda per capita brasileira dobre de tamanho, igualando-se ao nível de renda per capita prevalecente hoje em dia em países como Portugal e Espanha. Dessa forma, podemos afirmar que a economia brasileira se encontra numa situação de semi-estagnação. No final da década de 1980 e início da década de 1990, essa situação de semiestagnação era atribuída aos efeitos da inflação crônica que assolava a economia brasileira. Com efeito, em março de 1990, durante o último mês do governo Sarney, a inflação mensal foi de 72%, caracterizando-se um quadro de hiper-inflação (cf. Bresser-Pereira, 2004, p.282).
Revista Contabilidade & Finanças, 2014
Com base em estudos desenvolvidos em anos recentes sobre o uso de dados de alta frequência para a estimação da volatilidade, este artigo implementa o modelo Autorregressivo Heterogêneo (HAR)desenvolvido por Andersen, Bollerslev, e Diebold (2007) e Corsi (2009), e o modelo Componente (2-Comp) desenvolvido por Maheu e McCurdy (2007) e os compara com a família de modelos Autorregressivos com Heteroscedasticidade Generalizados (GARCH)para estimar a volatilidade e os retornos. Durante o período analisado, os modelos que usam dados intraday obtiveram melhores previsões de retornos dos ativos avaliados, tanto dentro como fora da amostra, confirmando assim que esses modelos possuem informações importantes para uma série de agentes econômicos.
Escala de assertividade Rathus-RAS: Adaptação brasileira
2012
RESUMO-Com uma amostra de 302 estudantes solteiros secundaristas e universitários, tendo idade média de 19 anos, foi adaptada e validada para o Brasil a Escala de Assertividade RAS. Uma análise fatorial Alpha mostrou a presença de um grande fator, no qual 20 dos 30 itens originais da escala possuíam cargas relevantes. O fator foi definido como Inibição vs. Desinibição, apresentando uma consistência interna de 0,81 (Alpha de Cronbach). Dois outros fatores apareceram, mas com estrutura ainda muito indefinida. Concluiu-se que a escala é útil para medir Inibição vs. Desinibição, porém apresenta-se modesta para medir o construto assertividade. RATHUS' ASSERTIVENESS SCALE-RAS: BRAZILIAN ADAPTATION ABSTRACT-The RAS was validated for Brazilian population with a sample of 302 single high-school and university students. An Alpha factor analysis revealed the presence of a single major factor in which 20 of the original 30 itens had high loadings. The factor was identified as inhibition vs. uninhibition and had an alpha = .81. Two other factors appeared, but their structure is still not clearly defined. It was concluded that the scale is useful to measure one aspect, but not the full range of meaning of the construct of assertiveness.
2020
This paper analyzes the influence of measurements labeled as leverage points on the performance of state estimators based on the Maximum Correntropy Criterion (MCC). In addition to previously proposed approaches, a statistically robust method for identifying leverage points that has not been applied so far to Power System State Estimation is proposed. Corrective actions to prevent the degrading effects of bad leverage points on MCC-based estimates are also explored. The performance of the proposed methodologies is evaluated through tests conducted on the IEEE 14-bus test system. Resumo: Este artigo analisa a influência de medidas caracterizadas como pontos de alavancamento no desempenho de estimadores de estados baseado no Critério de Máxima Correntropia (CMC). Além de algumas abordagens previamente exploradas na literatura, um método estatisticamente robusto para a identificação de pontos de alavancamento ainda não aplicado à Estimação de Estados em Sistemas de Potência é introduzi...