Portugal contemporâneo: estudos de história (original) (raw)
Pedro passaria a ser visto como "um soberano que tinha herdado a Coroa de uma monarquia com poderes absolutos e mesmo assim havia decidido, sem nenhuma imposição revolucionária, transformá-la numa Monarquia Constitucional"; tal era "a maior demonstração possível do talante liberal daquele monarca". V. também Carvalho, 1848, pp. 5-6. 84 Campinos, 1975, pp. 11-13. 85 "Contra o absolutismo, a Carta apresentava-se como um documento que instituía uma monarquia, senão representativa, pelo menos constitucional. Contra o constitucionalismo democrático radical, ela constituía-se como a salvaguarda da prerrogativa régia, a garantia contra o governo de um só grupo e de uma só câmara, como o modelo capaz de combinar os diversos interesses presentes no corpo da nação, sob a égide da religião, da ordem e da autoridade social estabelecidas" (Hespanha, 2004, p. 365).