Benveniste e a descoberta freudiana (original) (raw)
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Émile Benveniste a abertura para uma poética do disccurso
O objetivo deste capítulo é refletir acerca da abertura do pensamento benvenistiano em direção a uma poética do discurso. Para fazê-lo, são discutidas duas temáticas transversais à obra de Benveniste, quais sejam: a subjetividade e a discursividade; dado que é a partir delas que se erige o projeto de uma antropologia histórica da linguagem. Em um segundo momento, discute-se acerca da linguagem poética, relacionando-se o dossiê Baudelaire e a poética do discurso. O ponto de chegada da reflexão aqui empreendida é apontar para outras possibilidades de pesquisa, ao considerar-se o ponto de vista de que a poética do discurso lança mão.
Benveniste: enunciação e referência
Revista de Estudos da Linguagem, 1997
The aim of this paper is to show how concerned Benveniste was with the theme of 'reference' or the relationship between language and reality. The reintroduction of this theme into Linguistics breaks new ground by showing how the study of language can be combined with an interest in broader problems of social analysis. Benveniste provides a concise and critical review of the problem of 'meaning' in Linguistics. In spite of being accused of a lack of historical postulates, Benveniste's contributions are of paramount importance for discourse analysis, especially in the French tradition.
Émile Benveniste e a Literatura
RESUMO: Manuscritos de Émile Benveniste sobre a língua poética em As Flores do Mal, de Charles Baudelaire, têm suscitado diferentes estudos, tanto na área da Linguística quanto da Literatura. Este artigo aborda a presença do texto literário para além dos manuscritos, investigando sua presença em alguns estudos publicados pelo linguista. Como resultado, constata-se que a literatura comparece em diferentes textos do autor a partir de duas perspectivas: a primeira, como objeto de análise da língua e das línguas; a segunda, como objeto de análise do discurso. Conclui-se que a literatura em Benveniste pode ser entendida como possibilidade de problematizar o signo saussuriano como princípio único de análise, apontando a necessidade de uma nova linguística. Palavras-chave: Linguística da Enunciação; Literatura; Linguagem.
From the rise of linguistics among the Greek thinkers to the dawn of the twentieth century, when it is first seen as a science, Western Linguistics has been developing; there are so much information and considerations on this important journey that important data can escape less attentive eyes. Therefore, the present article aims to point out the main language functions and highlight the main points of the trajectory of Linguistics, from the perspective of Émile Benveniste, described in the first two chapters of his book, Problems in General Linguistics I. By tracing its development, it is intended to offer the reader a useful resource in order to understand the history of transformation and the progress of Western Linguistics.
Émile Benveniste, Leitor De Saussure
Cadernos do IL, 2012
Tendo em vista que, ao longo do Curso de Linguística Geral (CLG), encontramos uma série de instruções ao linguista, sobretudo quanto ao seu papel como teórico da linguagem, o trabalho observa como Émile Benveniste, reconhecido leitor da obra saussuriana, toma para si algumas das tarefas apresentadas no CLG. Busco, na obra benvenistiana, em suas análises e em suas exposições teórico-metodológicas, reflexos da teoria saussuriana, na tentativa de responder em que medida Benveniste executa tanto aquilo que é apenas apontado no CLG, como o que ainda precisava ser feito em Linguística.
Émile Benveniste: A Gênese De Um Pensamento, De Irène Fenoglio
Revista Conexão Letras, 2021
A coletânea Émile Benveniste: a gênese de um pensamento é resultado do esforço de Valdir do Nascimento Flores, Verónica Galíndez e Heloisa Monteiro Rosário para publicar artigos de Irène Fenoglio, linguista e pesquisadora do campo de estudos de genética textual, em português e, assim, proporcionar maior acesso a reflexões importantes acerca do pensamento de Émile Benveniste.
Enunciado: Um Contraponto Entre Os Conceitos De Benveniste e Bakhtin
2015
Este estudo se propoe a discorrer sobre os conceitos de enunciado elaborados por Emile Benveniste e Mikhail Bakhtin, a fim de elencar diferencas e aproximacoes e de analisar se seria possivel, tendo em vista o conceito de enunciado bakhtiniano, a classificacao de enunciados em tipos, como faz Benveniste. A hipotese inicial, de que tal classificacao, levando-se em conta os aspectos da linguagem dos quais se ocupa o Circulo de Bakhtin e o proprio conceito de lingua elaborado por este, nao se faz pertinente foi confirmada a partir da analise do corpus deste estudo, formado por tirinhas do cartunista Mauricio de Souza. Enquanto que, para Benveniste, o fato de os enunciados serem caracterizados como atos e, por isso, unicos e algo que so se aplica aos enunciados classificados pelo teorico como performativos; para Bakhtin, uma vez que todo enunciado tem a caracteristica de unicidade e, por conseguinte, de singularidade, nao e possivel conceber um enunciado que seja repetivel. Logo, para o...
Questões sobre a frase na obra de Émile Benveniste
Entrepalavras, 2012
Para isso, investigou-se como esse termo é tratado em dois textos do autor, nos quais ele dá maior ênfase ao tema, a saber, Os níveis de análise linguística e A forma e o sentido na linguagem. Na análise desses textos, foram destacados excertos que versam sobre o termo frase e evidenciam as noções que estão vinculadas a esse termo. Por meio da análise, pode-se concluir que o termo frase está ligado às noções de forma e sentido, de domínio semântico e de referência.
O Olhar Enunciativo De Benveniste Sobre O Léxico
Organon, 2015
Resumo: Este texto percorre as ideias de Benveniste sobre a formação de nomes em francês. Além de mostrar a inovação de sua abordagem e os avanços que produz na compreensão do léxico, a autora dá visibilidade à refl exão sobre a língua presente nos trabalhos de Benveniste sobre o léxico, refl exão esta fundada em sua abordagem enunciativa da língua. Ela questiona a visão de enunciação tradicionalmente atribuída ao autor, sustentando que não se trata apenas de um ato individual, mas, sobretudo de um ato social.