Illuminata: lendo e escrevendo como mulher (original) (raw)

Leitura bíblica sob a ótica da mulher

Revista Teopráxis, 2021

Este texto é resultado da experiência de reflexão bíblica sobre as mulheres do Primeiro Testamento, organizado pela Itepa Faculdades, através da plataforma Google meet. O curso, que teve a duração de quinze encontros, foi conduzido seguindo a metodologia da leitura popular da Bíblia na ótica de gênero. O presente texto possui como objetivo partilhar impressões, e constatar através das manifestações, depoimentos e escritos das mulheres envolvidas no curso, o progressivo processo de empoderamento pessoal e do grupo. Reafirmamos nossa fidelidade a Deus que através da Palavra se fez carne “segundo as Escrituras” para salvar/libertar todas as pessoas que estão nas periferias, no ocultamente, ‘sem palavra’, excluídas da sociedade e que na sua grande maioria, são mulheres sem voz e sem vez.

Literatura e escrita feminina na América Latina

Anuário de Literatura, 2013

Utilizarei neste trabalho o termo literatura escrita por mulheres, embora não questione o termo literatura feminina na sua definição de conjunto de textos literários produzidos por mulheres, muito menos escritura feminina, que abrange o fato de que as mulheres participaram na atividade de escrever, e que a literatura é o modo privilegiado no qual a sua escritura se manifesta. Expressão produzida em sociedades hierárquicas e com estruturas patriarcais, no contexto da dominação espanhola e portuguesa que originou um encontro violento entre dois mundos, e significou o começo de uma relação plena de conflitos, acordos e discrepâncias, em que a exclusão e a marginalidade das mulheres indígenas esteve na base da construção das colônias espanholas; não obstante, os vencidos conservaram até a morte suas crenças em um intenso processo de resistência que repercutiu profundamente em nossa história e em nossa cultura.

Mulher e literatura

GV-executivo, 2006

Uma visão limitada persiste na forma como a literatura feminina é avaliada no Brasil. De acordo com ela, as escritoras brasileiras estariam prioritariamente focadas em explorar questões de gênero, e não em tratar de temas literários abrangentes. O artigo mostra que, apesar de haver um jeito feminino de se fazer literatura, ele não se restringe às questões de gênero, mas engloba reflexões profundas, sensíveis e até transgressivas da sociedade instituída e de seu tempo.

Literaturas de mulheres: tecendo leitores/leitoras e escritores/escritoras

Revista UFG

Este artigo visa socializar resultados de propostas de leitura e escrita do projeto de extensão “Exercícios de leitura e escrita a partir de contos e crônicas de escritoras brasileiras”. Para as oficinas, selecionamos contos e crônicas de autoras brasileiras, com objetivos de incentivar a reflexão, a leitura e a escrita sobre os diversos temas que envolvem a escrita feminina. No corpo do artigo, socializaremos os resultados das oficinas em que trabalhamos a crônica “Companheiras”, da escritora paraense Eneida de Moraes (1903-1971). Tais resultados revelaram a importância da leitura interpretativa, que contemplou as etapas do letramento literário. Com relação à escrita, observamos que as produções textuais apontaram para a escrita criativa, como elemento importante para incentivar os extensionistas a perceber o funcionamento dos seus textos, a partir da (re)escrita, de suas experiências individuais e coletivas. Utilizamos Cosson (2018), Ribeiro (2017), Tauveron (2014) e outros.

Escrever como atriz, como mulher

The article highlights aspects of a feminist writing developed during the process of theatrical and written creation of the critical-reflexive memorial Todas Nós: Atuação cênica e Práticas de intimidade. From the perspective of the actress who questions her own practice, her own writing and her references of female artists, the article proposes a critical reflection on the structures that are naturalized and that insert a specific way of thinking and narrating our field, the performing arts in dialogue with the world.

Leitura feminina: motivação, contexto e conhecimento

Ciências & Cognição, 2007

O presente trabalho analisa o nível educacional ea formação do público leitor feminino a partir do século XIX, período caracterizado por uma grande preocupação da sociedade patriarcal com o que elas deveriam ler e com o conteúdo mais apropriado para direcionar tanto o ...

O Bildungsroman feminino na escritura de Clarice Lispector

Literatura contemporânea em perspectiva comparatista (Org. Helena Bonito C. Pereira, ABRALIC), 2018

Este artigo recupera o conceito tradicional do Bildungsroman, direcionando-o às reformulações que o gênero literário passou durante os mais de duzentos anos de sua existência. O romance de formação alemão, na tessitura de Clarice Lispector, sobretudo na obra Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres (1969), será analisado como Bildungsroman feminino, isto é, se em Goethe o foco narrativo é conferido às vivências de um protagonista masculino, na obra da escritora brasileira, diferentemente, confluirá a uma personagem feminina, Loreley, em suas etapas de formação e de vida. A análise é alicerçada sob a vertente de estudiosos que delegam autonomia a essa reformulação crítica, a exemplo de Mikhail Bakhtin, Wilma Maas e Cristina Ferreira Pinto.

Uma escrita feminina: a obra de Clarice Lispector

Psico, 2010

Este artigo rende homenagem à obra de Clarice Lispector no 30º ano de sua morte. Apoiado nas obras de Freud e Lacan propõe uma leitura do trabalho da escritora brasileira que destaca o estilo feminino de sua escrita. Trata-se de operar com as categorias psicanalíticas de castração, privação e estranho, demonstrando na escrita de Clarice a ultrapassagem da lógica fálica.

Eu e meus eus: leitura e escrita de diário em uma Unidade de Internação Feminina

Revista Letras Raras

Esta pesquisa resulta de investigação PIBIC desenvolvida em uma Unidade de Internação Feminina (UIF) com a meta de ampliar o interesse pela leitura e produção textual nas jovens que vivem em situação de encarceramento. O referencial teórico está representado pelas contribuições da leitura literária e da escrita diarista. A metodologia incluiu as seguintes etapas: (i) palestra com apresentação da pesquisa e do livro O Diário de Anne Frank; (ii) oficinas de leitura em horário previamente acertado com a direção da UIF; (iii) oficina para elaboração de capas dos diários; e (iv) produção textual. Os dados para análise são constituídos por gravações das oficinas de leitura e de recortes de trechos dos diários das adolescentes. A pesquisa apresentou como resultado o estímulo às práticas de leitura e escrita com o grupo participante das rodas de leitura, assim como o domínio do gênero textual diário.PALAVRAS-CHAVE: Leitura literária; Escrita diarista; Unidade de Internação Feminina