Um retrato dos estudos de gênero na produção científica brasileira: análise das publicações em revistas de Geografia entre os anos de 2010 e 2020. (original) (raw)

Gênero e Educação: uma investigação sobre a publicações em periódicos científicos paranaenses (2017-2020)

Revista Brasileira de Pesquisas Jurídicas (Brazilian Journal of Law Research), 2020

Nos últimos anos o mundo assiste a um embate que se desenvolve em várias esferas sociais, dentre elas a educacional, entre os estudos feministas e os movimentos antigênero. No Brasil isso ficou mais evidente a partir de 2015 com a discussão e a aprovação dos Planos Municipais e Estaduais de Educação, nos quais grupos antigênero articularam uma ofensiva a qualquer palavra que pudesse remeter a questão da diversidade sexual e de gênero no texto final dos planos. Nesta mesma direção podemos citar a tramitação do projeto de Lei Escola Sem Partido (PLS 193/2016) que se iniciou em junho de 2016 e que visava limitar a atuação dos professores a partir da vigilância ideológica. Se no começo esse projeto objetivava um espectro mais amplo das ideias de esquerda, nos últimos anos de tentativa de sua aprovação acrescentou um número considerável de artigos relativos à proibição das discussões de gênero na escola. Outro exemplo foi o ataque ao programa Brasil sem Homofobia que levou a sua suspensã... RODRIGUES, C. R.; GUARIZA , N. M. Gênero e Educação: uma investigação sobre a publicações em periódicos científicos paranaenses (2017-2020): Gender and Education: an investigation into publications in scientific journals from Paraná (2017-2020). Revista Brasileira de Pesquisas Jurídicas (Brazilian Journal of Law Research), Avarré: Eduvale, v. 1, n. 2, p. 7-24, 2020. DOI: 10.51284/rbpj.01.crr. ISSN 2675-8431 Disponível em: https://ojs.eduvaleavare.com.br/index.php/rbpj/article/view/7\. Acesso em: 11 dez. 2020.

Panorama das pesquisas que articulam gênero na imprensa alternativa

E-book do VI Encontro Nordeste de História da Mídia, 2021

A pesquisa tem por objetivo principal realizar o levantamento do estado da arte dos artigos que articulam gênero na imprensa alternativa, para analisar como esses estudos vêm se delineando e observar lacunas. Partindo do pressuposto de que a imprensa alternativa se coloca como espaço de visibilidade para temas que geralmente não são debatidos nos veículos tradicionais, pretende-se averiguar quais os objetos e temáticas mais abordadas, para verificar se as pesquisas também consideram a diversidade de gênero e de assuntos. O corpus é constituído por 44 artigos que correspondem ao tema proposto, publicados em 16 revistas da área da Comunicação e Informação, classificadas com qualis A1, A2, B1 e B2. A análise de conteúdo é o método utilizado para categorizar os dados. Como resultado, observou se uma diversificação nos objetos de estudo, principalmente com jornais segmentados, jornais não segmentados, programas radiofônicos, imprensa LGBTQI+. Entretanto, os dados sugerem uma limitação temática dos trabalhos, muito voltados para análises documentais, o que indica uma provável tradição de estudos sob a perspectiva histórica quando se aborda gênero na imprensa alternativa.

Gênero e a Invisibilidade Da Mulher Nos Livros Didáticos De Geografia Do Ensino Médio No Sul De Santa Catarina

Revista Inter Ação

Esta pesquisa procura contribuir com os estudos que articulam a temática educação, gênero e ensino de Geografia, com a finalidade de compreender o papel do livro didático na construção da desigualdade de gênero. O estudo trata das representações imagéticas da mulher disseminadas nos livros didáticos de Geografia do Ensino Médio. Para esta pesquisa escolhemos como objeto de estudo o livro didático de Geografia intitulado Conexões (vol. 1, 2 e 3) da Editora Moderna, que tem como autoras/es: Lygia Terra, Regina Araújo e Raul Borges Guimarães, distribuído no ano de 2010 nas escolas da rede pública estadual da cidade de Criciúma (SC/Brasil). As imagens analisadas reforçam a divisão sexual do trabalho, no qual as mulheres aparecem executando tarefas repetitivas, que exigem paciência e habilidades manuais, consideradas tradicionalmente tarefas femininas.

Revistas científicas e a constituição do campo de estudos de gênero: um olhar desde as "margens

Revista Estudos Feministas, 2004

This paper deals with the role of scientific journals on the constitution of the field of gender studies in a peripheral country, Brazil. Studies in sociology of science, the role played in the fields of history of science and R&D policy by scientific papers and the author's experience as editors of CADERNOS PAGU constitute the tools to analyze the interaction of publishing and feminist agency in the production of knowledge. Our aim is to discuss the effect of tensions and "negotiations" in the publication of scientific journals and in the constitution of the field of gender studies. The political agency, tensions, "negotiations", peer-review processes, "gate-keeping" of scientific knowledge, editorial and translation policies and so on are dealt with in the framework of science publication, the "speciation" of a field of research and the reproduction of centrality and periphery within our own country. Finally, we pointed to directions to increase journal visibility, content diversification and to foster cooperation with Latin American and international researchers.

GÊNERO E SEXUALIDADE: ONDE ESTÃO NO LIVRO DIDÁTICO DE GEOGRAFIA

XIII ENANPEGE, 2019

Resumo: Este trabalho objetiva analisar questões de gênero e sexualidade no livro didático de Geografia. O livro didático continua sendo a principal ferramenta didática para os docentes em pleno século XXI, então é preciso estabelecer olhares contemporâneos e atentos a este artefato cultural tão usual ao longo dos séculos. A análise é feita na confluência entre Geografia e Educação, pelo viés dos Estudos Culturais, onde os conceitos de gênero e sexualidade são tencionados, com a intenção de explorar o potencial para a resistência dos seus significados. Palavras-chave: Ensino de Geografia, diversidades, gênero e sexualidade, livro didático. PARA INICIAR UMA DISCUSSÃO GEOGRÁFICA Hoje a discussão acerca de questões que envolvam gênero e sexualidade está na mídia. É papel da escola ensinar no currículo gênero e sexualidade. O conceito de Gênero enfrenta as desigualdades que historicamente foram construídas para os papéis dos homens e das mulheres, se não aborda isso dentro da escola perdemos a possibilidade de combater essa desigualdade histórica de violência. O Brasil é o décimo países mais violento em termos de violência de gênero. Assim pode ser a escola um lugar para possibilitar esta desconstrução histórica. E para além do papel da escola, abordar gênero e sexualidade no componente curricular Geografia, também é importante, pois é um dos principais assuntos da atualidade visto o número de debates que se vê na mídia, um tema pouco ou nada estudado nas aulas de geografia com a perspectiva de reflexão. O objetivo para esse desafio pode ser a compreensão da desigualdade do gênero a partir da sua histórica construção social no espaço geográfico. QUEM TÊM MEDO DESTE TAL GÊNERO AFINAL?

As masculinidades à brasileira: um balanço das produções sobre o tema nos periódicos científicos

BIB - Revista Brasileira de Informações Bibliográficas em Ciências Sociais, 2021

O presente trabalho objetivou analisar a produção científica brasileira sobre o tema das masculinidades na área de ciências humanas, com especial ênfase na área da Sociologia. Para tanto, utilizamos como base de consulta a plataforma Scientific Eletronic Library Online (SciELO), a fim de mapear os artigos sobre o tema, totalizando 165 artigos. Primeiro, foi realizada uma análise geral, considerando-se o ano das publicações, as revistas que publicaram e as áreas temáticas. Em seguida, uma análise sistemática aprofundada dos artigos catalogados apenas na área da sociologia. Nesse tópico, foi realizada uma sistematização em relação ao conceito de masculinidades, aos tipos de masculinidades e, ainda, às referências bibliográficas. Os resultados demonstram crescimento nas pesquisas brasileiras sobre o tema, ainda que seja um tópico que careça de sistematização dos referenciais teórico-metodológicos, o que poderia significar aperfeiçoamento de pesquisas no futuro.

Estudos dos gêneros jornalísticos no Brasil

Revista Temática, 2021

Este artigo apresenta os trabalhos pioneiros de Luiz Beltrão e José Marques de Melo sobre os gêneros jornalísticos na imprensa brasileira, tendo em vista que, antes deles, pelo menos no Brasil, o jornalismo chegou a ser considerado um gênero literário. O artigo também analisa a classificação de Manuel Chaparro e sua crítica ao paradigma anglo-saxão, que divide o jornalismo em opinião e informação. Ao fim, são comentadas as perspectivas lançadas pelos acadêmicos que se instalaram no campo mais recentemente: estudiosos que entregaram pesquisas sobre gêneros no radiojornalismo, telejornalismo e webjornalismo, e que passaram a enfatizar o hibridismo nos formatos, por exemplo.