Monitorização eletroencefalográfica ambulatorial na epilepsia de difícil controle da infância (original) (raw)

Monitoriza��o eletroencefalogr�fica ambulatorial na epilepsia de dif�cil controle da inf�ncia

Arq Neuro Psiquiat, 2001

RESUMO-O objetivo deste estudo foi analisar através da monitorização eletroencefalográfica ambulatorial contínua e prolongada a distribuição temporal de descargas paroxísticas em sono e em vigília de crianças e adolescentes com epilepsia de difícil controle medicamentoso. Foram selecionadas 21 pacientes na faixa etária de 4 a 17 anos de idade com epilepsia de difícil controle medicamentoso, sendo 52,3 % (n=11) do sexo masculino e 47,7 % (n=10) do feminino, provenientes da Disciplina de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo. Os exames foram realizados com o equipamento Bioware EEG-2008 de monitorização eletroencefalográfica ambulatorial prolongada (Holter cerebral). Observamos maior frequência das descargas epilépticas isoladas e agrupadas no sono diurno e noturno em relação a vigília; o sono, diurno e noturno, levou a ativação de descargas epilépticas, tanto isoladas como agrupadas. O Holter cerebral foi mais eficaz em detectar descargas epileptiformes do que o EEG de rotina em 33,33% dos pacientes. O Holter cerebral se mostrou método útil e preciso na detecção de descargas epilépticas, auxiliando na avaliação das flutuações da frequência da atividade paroxística em crianças com epilepsia de difícil controle medicamentoso, tanto em relação as atividades da vida cotidiana, quanto em relação ao ciclo biológico de sono e vigília.

Eletrencefalograma quatitativo em crianças com epilepsia benigna da infância com pontas centrotemporais: análise de freqüências

Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 2004

Abordaram-se parâmetros quantitativos do eletrencefalograma em crianças com epilepsia benigna da infância com pontas centrotemporais (EBICT). Foram estudadas 27 crianças com diagnósticos de EBICT. Foi realizado o eletrecenfalograma durante vigília, em repouso, e selecionadas cerca de 20 janelas com 2,56 s. Foram calculados os valores de potência absoluta e relativa nas faixas delta, teta, alfa e beta. Os resultados foram comparados aos de 27 crianças sadias pareadas quanto a idade e escolaridade materna. A potência absoluta foi significativamente maior no grupo EBICT nas nas bandas delta e teta para a quase totalidade dos eletrodos e para alguns eletrodos nas faixas alfa e beta. A potência relativa teta foi também maior no grupo EBICT na maioria dos eletrodos. Esses achados sugerem que na EBICT, embora a atividade epileptiforme seja focal. Ocorrem modificações funcionais difusas que incluem alterações do perfil da distribuição das faixas de frequência, com maior potência relativa teta.

Epilepsias na Infância

Revista Neurociências

As crises epilépticas representam um dos mais freqüentes problemas neurológicos na infância. Entre 0,5% e 1% de crianças e adolescentes apresentam uma crise epiléptica associada com um distúrbio metabólico agudo ou um insulto neurológico, muitos dos quais ocorrem no período neonatal. Elevada incidência de epilepsia ocorre no primeiro ano de vida. A síndrome de West ocorre em cerca de 9% das epilepsias na infância, síndrome de Lennox-Gastaut por volta de 1% a 2%, epilepsia de ausência de 10% a 15%, epilepsias mioclônica juvenil ocorre em cerca de 5% e as epilepsia parciais benignas ocorrem em 10% de todas as epilepsias na infância, mas 20% a 25% das epilepsias são diagnosticadas entre 5 e 15 anos.

O valor do eletroencefalograma na avaliação de suspeitas de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor em crianças com epilepsia

Journal of Human Growth and Development, 2010

OBJETIVOS: avaliar o desempenho do Eletroencefalograma (EEG) na predição de suspeitas de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor em crianças menores de cinco anos de idade com triagem positiva para epilepsia. MÉTODO: uma amostra de 1687 (73,8%) crianças de uma coorte de nascidos vivos no ano de 2003 em Passo Fundo/RS foi rastreada nos domicílios para detecção de crises convulsivas. Os casos identificados foram encaminhados para a Entrevista Neurológica para Epilepsia, avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor com o Teste de Denver II e exame eletroencefalográfico. Calculou-se a sensibilidade, a especificidade e valor preditivo do EEG, tomando-se como padrão-ouro a avaliação clínica. RESULTADOS: das 541 (32%) crianças com rastreamento positivo, 59 apresentaram crises convulsivas e 37 realizaram o Teste de Denver II e EEG. Constatou-se 68,9% de EEG alterados e 84,8% de suspeitas de atraso de desenvolvimento, com associação significativa (p

Padrão eletrográfico ictal subclínico em um caso de epilepsia parcial benigna da infância com pontas centro-temporais

Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 2005

Há poucos relatos na literatura do padrão ictal na epilepsia parcial benigna da Infância com pontas Centrotemporais (EPCT). Esse trabalho descreve o caso de um menino, de 7 anos, sem antecedentes de sofrimento neonatal ou distúrbio do desenvolvimento neuropsicomotor, com de história familiar de epilepsia. A ressonância magnética do encéfalo foi normal. O paciente apresentou uma única crise durante sono, seguida de breve déficit motor membro superior esquerdo. O EEG dois dias após a crise evidenciou atividade de base normal com pontas centro-temporais bilaterais, e duas descargas subclínicas de ponta-onda rítmicas, de duração superior a 50 segundos em região centro-temporal direita. Este padrão de descarga rítmica não foi descrito na EPCT anteriormente.

Diagnósticos de enfermagem de pacientes pediátricos com epilepsia: um estudo prospectivo

ConScientiae Saúde, 2008

Nesse estudo, procurou-se identificar os diagnósticos de enfermagem mais freqüentes de cinco pacientes pediátricos com epilepsia submetidos a tratamento em um hospital privado, de caráter filantrópico, no Estado de São Paulo. Realizou-se pesquisa descritiva, cuja coleta de dados foi obtida, por meio de entrevista, com os acompanhantes dos pacientes entre 0 e 11 anos de idade, média de 4,35 anos. Foram levantados os problemas de enfermagem que serviram de base para a elaboração dos diagnósticos, obedecendo à Taxonomia II, da NANDA (2003-2004). Os diagnósticos reais mais freqüentes foram mobilidade física prejudicada, 5(19%); proteção ineficaz, 5(19%); constipação 4(16%) e padrão de sono perturbado, 3(12%). Os diagnósticos de risco mais freqüentes foram de lesão 5(18%), de traumas 5(18%), de aspiração 3(12%), de quedas 3(12%) e de síndrome de morte súbita da criança 3(12%). Os diagnósticos de enfermagem delineiam a estrutura das ações de enfermagem na área de epileptologia e saúde púb...

Tratamento Cirúrgico Da Epilepsia Na Infância

lasse.med.br

O sucesso da cirurgia da epilepsia na infância é recente, praticamente após a década de 80, embora casuísticas significativas já tivessem sido publicadas em casos de epilepsia temporal (Davidson & Falconer, 75; Rasmussen, 77), mas convivendo com o peso do ...

Investigando a freqüência escolar de crianças com epilepsia

we used two instruments: Data sheet of identification and characterization of the child and Data sheet to record the attendance school. The results showed that children in special schools had higher rates of absenteeism compared to students in regular schools. Additionally, we observed that these children use more drugs and have implications on health more severe than children in regular schools. Thus, it is the childhood epilepsy as a disease complex that brings substantial effects on various areas of children's lives by reinforcing the need for studies that might expand the knowledge to and the experiences associated with the education of these children.

Protocolos de investigação de variáveis psicológicas na epilepsia infantil

Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2001

A epilepsia é uma condição crônica comum na infância, cujo diagnóstico mostra dificuldades psicossociais e de ajustamento familiar, que parecem estar relacionadas com crenças e qualidade da interação pais-filhos. Este trabalho teve como objetivo esquematizar estratégias de investigação para as variáveis familiares e psicológicas: crenças, impacto da doença, relacionamento familiar, identificação de mudanças. A partir do levantamento de relatos dos pais de crianças com epilepsia e de aspectos da literatura, foram elaborados questionários psicológicos para identificar as importantes variáveis que afetam a vida da criança com epilepsia e sua família. Diante deste contexto, pode-se concluir que o uso de protocolos de investigação mais adequados facilita a avaliação psicológica e garante a coleta de dados.

Neuropatologia das epilepsias de difícil controle: estudo de 300 casos consecutivos

Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 1999

RESUMO -Fazemos uma análise das alterações neuropatológicas encontradas em 300 casos consecutivos de cirurgia da epilepsia realizadas durante período de 6 anos. O material foi predominantemente de lobo temporal (70,33%), sendo a esclerose hipocampal o diagnóstico mais frequente (44%), seguido das neoplasias (15%) e dos distúrbios da migração neuronal (10%). Os tumores mais frequentes foram o ganglioglioma (42,22%) e tumor neuroepitelial disembrioplástico (20%). Segue revisão dos diagnósticos mais comuns em epilepsia baseados nessa série e relatados na literatura.