Imagens e representações de Portugal. António Ferro e a elaboração identitária da Nação (original) (raw)

2015

Abstract

O século XX europeu nasceu sob o signo da insegurança, afastado das certezas e das promessas de progresso indefinido da centúria de Oitocentos, situação agravada com a I Guerra Mundial. O mundo pós 1918, dominado no plano económico pelas sequelas da crise de 1929 e da Grande Depressão, viria a ser o período de consolidação de ditaduras fascistas e nacionalistas um pouco por toda a Europa, uma época de marcados nacionalismos. Em Portugal, a política do Estado Novo, oficializado em 1933, no seguimento da ditadura militar instaurada em 1926, assumiu como missão restaurar a alma da pátria portuguesa e assegurar o prestígio da Nação, interna e externamente. Para tal, foi criado logo em 1933 um organismo responsável pela propaganda de Portugal, mas também do regime e do seu chefe, o Secretariado de Propaganda Nacional. A presente tese centra-se, assim, na ação deste organismo, dirigido por António Ferro entre 1933 e 1949, no respeitante à elaboração identitária de Portugal, isto é, a construção de um ideário que expressava a identidade da Nação portuguesa, naquilo que se propunha ser a sua autenticidade. Em termos gerais, analisa-se que imagem de Portugal foi construída neste período, para que públicos, internos e externos, descortinando os meios/plataformas acionados e os elementos discursivos utilizados, situando-os dentro da Política do Espírito protagonizada por Ferro e pelo Secretariado Nacional de Propaganda, avaliando-se as motivações inerentes a este processo, pessoais e institucionais.

Carla Ribeiro hasn't uploaded this paper.

Let Carla know you want this paper to be uploaded.

Ask for this paper to be uploaded.