Coinfecção Leishmaniose Visceral e Vírus Da Imunodeficiência Humana No Brasil: Levantamento De Dados Epidemiológicos (original) (raw)
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Revista de Patologia Tropical, 2016
A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose endêmica na América Latina e 96% dos casos de LV são diagnosticados no Brasil. A coinfecção HIV-LV tem sido diagnosticada em áreas endêmicas e não endêmicas para LV. O aumento do número de casos de coinfecções em todo o mundo deve-se, em parte, à coincidência das áreas de circulação desses organismos. Deve-se ressaltar que a concomitância das duas infecções é potencialmente deletéria, portanto a associação dos dois patógenos constitui um desafio para o diagnóstico e controle da LV. A interação entre Leishmania e HIV é prejudicial, pois há o risco de progressão rápida de ambas as doenças por compartilharem mecanismos imunológicos semelhantes. Neste relato, é apresentado o caso de um paciente com infecção pelo HIV associada à LV, que evoluiu rapidamente para o óbito.
Brazilian Journal of Health Review, 2024
Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença tropical negligenciada, provocada por protozoários do gênero Leishmania. O perfil epidemiológico da LV no Brasil vem mudando rapidamente, devido à urbanização. Dentre as causas do aumento da incidência, destaca-se a infecção pelo HIV. Este quadro pode induzir uma apresentação mais grave da LV, favorecer uma reativação da infecção latente, causar uma resposta terapêutica menos eficaz e aumentar o risco de recidiva após o tratamento. Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico da coinfecção LV-HIV, levando em consideração seus fatores preditivos no Brasil, entre os anos de 2011 e
Aspectos da Coinfecção Leishmaniose visceral e HIV no Nordeste do Brasil
2014
Objetivo : o objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiologico, clinico e laboratorial dos casos de Leishmaniose Visceral (LV) coinfectados com o virus da imunodeficiencia humana (HIV) no nordeste do Brasil de 2007 a 2011. Metodologia : estudo descritivo dos casos de LV coinfectados com HIV, registrados no Sistema de Informacao de Agravos de Notificacao (Sinan). Resultados : dos 9.615 casos de LV, 5,08% eram coinfectados com HIV; o estado da Paraiba apresentou os maiores percentuais de coinfeccao; o sexo masculino representou 81,3% desses casos, os pardos (84,2%) e a faixa etaria 20 a 39 anos (56%) foram os mais acometidos; a taxa de letalidade foi de 10,6%, e o percentual de cura foi de 62%. Conclusao : E notoria a magnitude da coinfeccao LV-HIV no nordeste do Brasil, pois embora o perfil dos pacientes coinfectados por LV -HIV nao seja diferente daqueles com LV classica, a maior letalidade aponta para a necessidade de estruturacao dos servicos de assistencia ao paciente e...
Perfil Epidemiológico De Pacientes Diagnosticados Com Leishmaniose Visceral Humana No Brasil
Revista Ciência e Desenvolvimento
Objetivou-se analisar o perfil epidemiológico de pacientes diagnosticados com Leishmaniose Visceral Humana no Brasil. Sua organização se deu de acordo com as características da Revisão Integrativa da Literatura, seguindo as fases determinadas pelo método para a elaboração, selecionando-se 67 artigos na base de dados Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Scientific Electronic Library Online, Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica, Medical Publisher e Biblioteca Virtual em Saúde utilizando "epidemiologia" e "leishmaniose visceral" como Descritores Controlados em Ciências da Saúde. Após aplicação de critérios de exclusão foram selecionados 10 artigos. Os resultados encontrados mostraram um aumento de casos nas áreas urbanas e uma prevalência no sexo masculino. Através, desses resultados, observou-se que o perfil epidemiológico passou por alterações relacionadas aos seus aspectos geográficos e sociais, o que se reflete nas recorrentes ocorrências em áreas urbanas e periurbanas e em pessoas de baixa renda. Palavras-chave: Epidemiologia. Leishmaniose visceral. Saúde coletiva. Seres humanos.
Research, Society and Development, 2021
Introdução: Leishmaniose visceral (LV) e infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) são problemas de saúde pública, com altos números de casos e letalidade no mundo. Objetivo: Avaliar os fatores associados a coinfecção leishmania/HIV no Brasil. Metodologia: Estudo de coorte retrospectiva com análise univariada e multivariada de 28.265 indivíduos, notificados e com diagnóstico confirmado de LV, no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), de 2007 a 2018, no Brasil. Resultados: A maioria dos indivíduos coinfectados era jovem, homem, da raça não branca, moradores da zona urbana, com até oito anos de escolaridade e que entraram nesse estudo como caso novo. Maiores chances de coinfecção foram observadas para indivíduos de faixas etárias de onze a dezenove anos (OR=1,74), vinte a trinta e nove anos (OR=13,06) e acima de quarenta anos (OR=6,96), que fizeram uso de antimoniato de N-metilglucamina (OR=4,36), anfotericina B desoxicolato (OR=6,21) e anfotericina B lipossoma...
Análise Dos Dados Epidemiológicos De Idosos Acometidos Pela Leishmaniose Visceral No Brasil
Políticas de Envelhecimento Populacional 3, 2019
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Coinfecção Leishmania-HIV no Brasil: aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais
Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2011
Objetivo: o objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico, clínico e laboratorial dos casos de leishmaniose visceral (LV) coinfectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) no Brasil, em 2007 e 2008. Metodologia: foi realizado um estudo descritivo dos casos de LV coinfectados com HIV, registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan); foram contempladas características demográficas, epidemiológicas, clínicas, laboratoriais e de evolução. Resultados: de 7.556 casos de LV, 3,7% eram coinfectados com HIV; o sexo masculino representou 78,1% desses casos e a média de idade foi de 34,7 anos; os casos estavam distribuídos em quatro macrorregiões do país e suas manifestações clínicas mais prevalentes foram febre, emagrecimento, esplenomegalia e hepatomegalia. Conclusão: o perfil dos pacientes coinfectados por Leishmania-HIV não difere daqueles com LV clássica, à exceção da letalidade (9,7%); faz-se necessário integrar as vigilâncias de leishmanioses e aids e aprimorar a vigilância da coinfecção leishmanioses-HIV-aids.
Esse trabalho tem como objetivo estabelecer relações entre duas doenças, o HIV/AIDS e a Leishmaniose Visceral, tendo como base a utilização de ferramentas da cartografia temática. Para a elaboração desse trabalho foi necessária a aquisição e tratamento de dados de casos de coinfecção por HIV/AIDS e Leishmaniose Visceral no estado de São Paulo para sua inserção no software ArcGIS 10.2, possibilitando assim a visualização dos dados por meio de cartas temáticas que, posteriormente, foram organizadas numa prancha formando um sequencial por anos. Elaborou-se também um cartograma com o acúmulo de casos notificados, desenvolvendo-se uma visão de conjunto da temática do estudo no período de 2008 a 2013.
Ciência Animal Brasileira, 2019
Objetivou-se verificar a prevalência da leishmaniose visceral canina (LVC) em área periurbana com foco de transmissão no Distrito Federal (DF) e também avaliar a prevalência de coinfecções como dirofilariose, anaplasmose, erliquiose e doença de Lyme em cães sororreagentes para LVC. Inicialmente, amostras de soros dos cães da área de estudo foram testadas à reação imunocromatográfica que contém dois antígenos recombinantes ̶ rK39 e rK26 − (DPP) para Leishmania sp. O soro dos animais reagentes ao teste de DPP foi confirmado para LVC com ELISA. As amostras reagentes a ambos os testes foram analisadas para possíveis coinfecções através do teste de SNAP (IDEXX 4Dx Plus). Foram avaliados 240 cães, dos quais 132 (55%) obtiveram resultados reagentes para DPP e para ELISA concomitantemente, sendo diagnosticados com LVC. Destes, 26 (20%) foram reagentes para Ehrlichia canis ou E. ewangii, 9 (7%) apresentaram positividade para Anaplasma phagocytophilum ou A. platys e, nessas amostras que se apresentaram reagentes, observou-se a ocorrência de coinfecção de anaplasmose, erliquiose e leishmaniose em 3 (2,3%) animais. Verificou-se alta prevalência da LVC na região periurbana do DF, destacando-se a necessidade de diagnóstico mais preciso quanto a coinfecções que possivelmente podem influenciar no prognóstico e manifestação do quadro clínico desses pacientes.