Estrutura a termo da taxa de juros e imunização: novas perspectivas na gestão do risco de taxa de juros em fundo de pensão (original) (raw)

Gerenciamento de risco de fundos de pensão no Brasil: alocação estratégica ou simples foco na meta atuarial?

Revista Economia Gestao, 2008

Fortes Félix Resumo Fundos de pensão representam um problema clássico de administração de carteiras, no qual a gestão se centra obrigatoriamente em torno de uma meta atuarial que representa uma referência para a alocação de ativos, no sentido de conseguir retornos que garantam o passivo. Por outro lado, a idéia de que essa meta também baliza o risco nem sempre é evidente, já que, tradicionalmente, o mercado financeiro utiliza riscos absolutos, traduzidos em medidas como o VaR, como um parâmetro suficiente para adequação dos níveis aceitáveis de risco. Em alguns países, essa percepção mais sutil, relacionando risco e meta atuarial, já existe. No Brasil ela vem se tornando mais clara, até pela ação dos agentes reguladores, que começam a perceber que medidas de aderência das carteiras a suas metas são muito mais significativas do que medidas de risco absoluto. O que esse estudo pretendeu mostrar foi que uma dessas medidas-o tracking-error-, se definido de forma a considerar as peculiaridades do mercado brasileiro, constitui-se em medida capaz de detectar riscos que o VaR não detectaria. Além disso, utilizamo-nos de exemplo com vista a mostrar que a alocação estratégica dos ativos no Brasil constitui-se muito mais em um exercício de manutenção de aderência à meta atuarial do que propriamente em perseguição de rentabilidades. Palavras-chave: Fundos de pensão; Risco atuarial; Meta atuarial. Os fundos de pensão são hoje, no mundo inteiro, uma potência financeira com ativos cuja ordem de grandeza se situa na casa das dezenas de trilhões de dólares. Particularmente, no Brasil, constituem um mercado envolvendo parcelas significativas e crescentes do PIB. Por um lado, o mercado financeiro brasileiro já tem as entidades fechadas de previdência complementar, as chamadas EFPC, como uma figura permanente, e as fundações representam hoje, segundo a ANBID (2003), um mercado de R$ 119 bilhões em recursos administrados.

Imunização do risco de taxa de juros de mercado (ETTJ) em uma carteira previdenciária simulada

Nesta pesquisa apresentam-se as principais estraté- gias de imunização do risco da taxa de juros de mercado (ETTJ), utilizando medidas clássicas na avaliação de riscos, a duration (duração), a duração modificada e a convexidade. O objetivo deste estudo é realizar a imunização do risco de taxa de juros do passivo de uma carteira previdenciária simulada de uma Entidade de Previdência Complementar, na qual os recursos garantidores são investidos em títulos públicos pós-fixados em IPCA, denominados Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B). A principal linha de ação é igualar a duração modificada do ativo em relação ao passivo no intuito de alinhar os valores presentes do ativo e do passivo quando haja alterações nas taxas de juros de mercado.

Risco Atuarial no contexto da Supervisão Baseada em Riscos para Fundos de Pensão: um estudo sobre Tábuas de Mortalidade e Taxas de Juros

Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2012

O presente trabalho de conclusão de curso tem por objetivo apresentar metodologia para Taxas de Juros, Tábuas de Mortalidade e cálculos atuariais, utilizando de tábuas geracionais e Estrutura a Termo de Taxa de Juros na Previdência Complementar Fechada, fazendo uma análise das Projeções Atuariais de longo prazo e seus impactos na mensuração do Passivo Atuarial de um grande Fundo de Pensão. Elaborou-se um Algoritmo Computacional no Softtware Estatístico SAS para estruturação das projeções atuariais e se analisou os impactos desta nova metodologia.

Risco de longevidade e mecanismos de proteção nos Fundos de Pensão: revisão sistemática de literatura

Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano

O risco de longevidade é conceituado como a probabilidade de que os recursos destinados para o pagamento das aposentadorias acabem antes do final da vida do indivíduo. Este trabalho tem por objetivo apresentar dados preliminares da revisão sistemática de literatura sobre os principais mecanismos para proteção (hedge) desse risco de longevidade em fundos de pensão. Foram identificados 40 trabalhos aplicados diretamente aos fundos de pensão. As principais estratégias de hedge encontradas foram Anuidades, Seguros, Mercado de Capitais e Títulos Públicos, representando 72% do total. Derivativos, Títulos Privados e outros representaram 28%. Um dos trabalhos citou a proposição de uma estratégia baseada em fundos que investem em empresas de pesquisa do bem-estar, saúde e longevidade. Propõe-se uma reflexão sobre o benefício duplo desses investimentos como instrumentos de hedge e contribuição para a saúde, bem-estar e longevidade da população global.

Problemas de agência no panorama normativo das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão)

Economic Analysis of Law Review

Este estudo analisa o arcabouço legal relacionado à governança de entidades fechadas de previdência complementar, para identificar se as normas vigentes impõem a adoção de estruturas de governança eficientes, sob a ótica da teoria da agência. A governança ineficiente propicia problemas de agência que podem resultar desde má performance de investimentos, quando em níveis mais brandos, até graves danos aos investidores em razão de má conduta da administração, quando em níveis extremos. Portanto, este estudo propõe a análise da legislação, à luz da teoria da agência.

A economia de escala no custo administrativo dos fundos de pensão brasileiros

2013

O uso eficiente dos recursos administrativos tem sido um tema bastante relevante no mercado de fundos de pensao e por isso e necessario fazer uma analise se existe ganho de escala nas Entidades Fechadas de Previdencia Complementar. Para Malhotra, Marisetty e Ariff (2001), a economia de escala e determinada quando os custos totais aumentam proporcionalmente menos do que a producao. Este trabalho tem por objetivo o estudo do modelo proposto por Mitchell e Bateman (2004) para o calculo do ganho de escala e analisar se, no caso brasileiro, esse ganho realmente existe. A existencia do ganho de escala, em fundos de pensao, ja foi comprovada em outros paises, no entanto, esse teste ainda nao foi realizado no Brasil. A metodologia empregou na analise estatistica o modelo de regressao linear multipla de Mitchell e Bateman (2004) que apresentou uma significância de 82,64% (R2 ajustado) indicando que as variacoes na despesa administrativa sao explicadas pelas variacoes nas variaveis independen...

A Estrutura a termo das taxas de juros no Brasil : testando a hipótese de expectativas

2007

O estudo da estrutura a termo das taxas de juros no Brasil está nos estágios iniciais. Neste trabalho realiza-se uma série de testes para avaliar a validade da hipótese de expectativas a dados brasileiros. Os resultados apontam que a hipótese de expectativa é insuficiente para descrever os dados satisfatoriamente. Para explicar esse achado, levantam-se algumas possibilidades: a) a presença de suavização nas taxas de juros de curto prazo pelo banco central (MCCALLUM, 1994); b) a ineficiência informacional dos mercados a termo; c) alguma forma de irracionalidade no processo de formação de expectativas pelos agentes; e d) a instabilidade macroeconômica do período analisado, que torna os testes estatísticos questionáveis.