Uso de varfarina em pediatria : estudo descritivo (original) (raw)
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Uso De Varfarina Em Pediatria: Características Clínicas e Farmacológicas
Revista Paulista de Pediatria, 2017
RESUMO Objetivo: Descrever como as crianças respondem à anticoagulação oral com varfarina, verificando a influência da idade, da condição clínica, da via de administração da varfarina e do uso de Nutrição Parenteral Total (NPT), e apresentar a presença de fatores de risco para eventos tromboembólicos (TE). Métodos: Estudo transversal retrospectivo com pacientes ≤18 anos que iniciaram o uso da varfarina em um hospital universitário. Os pacientes foram divididos conforme condição clínica, idade, forma de administração do medicamento e uso de NPT. Foram utilizados os dados dos prontuários dos pacientes, considerando os fatores de risco para TE já descritos na literatura, o tempo e a dose necessária para atingir a primeira Razão Normalizada Internacional (INR) no alvo e eventos adversos nesse período. No período posterior ao alcance de INR, foi verificada a manutenção da anticoagulação, por meio da dose prescrita e dos exames de INR. Resultados: Vinte e nove pacientes foram incluídos no...
Cirurgias Orais Em Pacientes Em Uso De Varfarina: Revisão De Literatura
Revista Bahiana de Odontologia, 2016
Introdução: Procedimentos odontológicos realizados em pacientes sob tratamento com drogas anticoagulantes orais estão se tornando cada vez mais comuns. Assim, frequentemente são levantadas questões acerca dos riscos tromboembólicos e de sangramento frente à procedimentos orais invasivos. Objetivo: Revisar as evidências científicas acerca da interrupção da terapia anticoagulante em pacientes em uso de varfarina no contexto de cirurgias orais menores. Métodos: Revisão de literatura nas bases eletrônicas SciELO, PubMed, Lilacs, e Oviatt Library nos meses de janeiro à março de 2016, utilizando como descritores: Anticoagulantes, Varfarina, Cirurgia Odontológica e Hemorragia Bucal. Resultados e Discussão: A continuação da terapia anticoagulante é extremamente importante em pacientes com alto risco ao desenvolvimento de eventos tromboembólicos. A maioria dos estudos mostram que o risco de hemorragia em cirurgias orais em pacientes sob tratamento com varfarina é relativamente pequeno e pode ser controlado por medidas simples de hemostasia. Conclusão: É recomendado que a terapia anticoagulante não seja descontinuada durante a realização de procedimentos cirúrgicos orais menores.
Uso racional de medicamentos na pediatria: doenças na infância 1
2015
Neste primeiro volume estão organizadas as bulas referentes à deficiência do hormônio de crescimento, enurese noturna, hiperplasia adrenal congênita, hipertireoidismo, hipotireoidismo, obesidade, puberdade precoce central e déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), assim como as instruções para leitura e interpretação dos textos e ilustrações das bulas.
Mostra Cientifica Da Farmacia, 2014
O presente estudo teve como objetivo geral verificar o perfil de utilização da Varfarina em pacientes atendidos na Farmácia Básica da Secretaria de Saúde do Município de Quixeramobim-CE no período de abril a maio de 2014. A pesquisa foi do tipo descritiva, observacional, analítica e transversal, com abordagem quantitativa. Fizeram parte da pesquisa 15 pacientes com média de idade 56,2 anos e que recebem o medicamento na unidade de saúde. Os dados foram coletados através de um questionário composto de perguntas estruturadas e semi-estruturadas. Os resultados evidenciaram que 57% dos pacientes eram do sexo masculino, 60% casados, e 40% possuem somente ensino fundamental incompleto. Em relação à terapia com a Varfarina,60% dos pacientes apresentaram posologias diferenciadas, 47% afirmaram o sentir efeitos indesejáveis,87% não apresentaram dúvidas em relação ao uso do medicamento e 93%afirmaram fazer uso de medicamentos concomitantes com ocorrência de interações medicamentosas. Em relação a realização do exame do tempo de protombina,73% disseram realizar regularmente a cada 30 dias. E 53% afirmaram receber informações do farmacêutico sobre a terapia medicamentosa. A atenção farmacêutica tem grande importância para a terapia anticoagulante, pois o farmacêutico, pode também intervir no tratamento se houver riscos de hemorragias ou tromboembolismo para o indivíduo, interferindo positivamente na adesão ao tratamento.
Falhas infusionais no uso do cateter venoso periférico em pediatria: revisão integrativa
Online Braz J Nurs, 2009
During the time of maintenance therapy in the peripheral vein, many problems, known as faults that prevent the infusion therapy has continued a venous vessel. Looking for additional efforts and contribute to the improvement of nursing care provided to children in use of intravenous therapy, it was proposed this research to identify the available evidence in the literature on the main fault infusions related to the use of peripheral venous catheters in pediatrics and propose strategies for reducing them. In this research, was selected as a method of the resources of evidence-based practice, the integrative review of the literature, which enables the synthesis and analysis of scientific knowledge has produced on the subject investigated. Showed that the main flaw is the infusion phlebitis. With regard to the time of peripheral venous catheter venous access in the average time is 72 hours. Forward to the results mentioned in the material included in this integrative review, considers to be necessary to intensify efforts for the development of research design in producing strong evidence on the subject investigated, especially in reality the practice of pediatric nursing Brazil.
Uso de medicamentos nefrotóxicos em pediatria : prevalência, fatores de riscos e prevenção
2006
Kidneys are vulnerable to chemical agent-induced injuries. Children (neonates and infants) are a particular at risk age group because they have renal functions less developed than that of adults. The exposure of children to medicines considered to be nephrotoxic agents-namely the aminoglycosides, nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAID) and angiotensin converting enzyme (ACE) inhibitory drugs-should be avoided whenever possible. Hospitalized children are pointed out to be the group at greatest risk of nephrotoxicity due to their high level of exposure to these medicines as well as the frequent and improper use of non standardized medicines in this age range. This study was realized to determine the prevalence of use of potentially-nephrotoxic drugs (PND) and the frequency of concomitant risk factors in hospitalized children younger than 2 years old in a medical ward in a pediatric hospital in Fortaleza, Brazil.A prospective, observational, follow-up study was developed. All children younger than 2 years old admitted to the general ward were included and followedup. Sociodemographic data, pathological and pharmacotherapeutic antecedents were recorded, as well as information about the use of drugs and the attendance of risk factors for nephrotoxicity associated with aminoglycosides, NSAID and ACE inhibitors. Also, the occurrence of adverse events was identified. Data was taken from medical records and interviews with the mothers of the children. Statistical analysis involved cumulative frequency, cumulative percentage, central tendency measures, Student "t" test and ANOVA. During the study period (September/2005 to March/2006), 120 admissions were recorded. Three patients were excluded because of incomplete data. The results represented 117 admissions that affected 103 different children. The prevalence of the use of PND was 96,6%. A total of 1065 drugs were used, 69% with potential intrinsic nephrotoxicity based on available literature. The mean number of PND used was 6,3 ± 4,0 per patient. The PND most frequently used were: metamizole (10,1%), ranitidine (6,2%) and prednisone (5,1%). Around 18% of children used aminoglycosides, 65,8% and 4,3% had taken NSAID and ACE inhibitory drugs respectively. A total of 368 risk factors for nephrotoxicity were detected (3,5±1,8 risk factors/patient). The most frequent factors were: the use of at least one PND (30,7%), the use of 2 or more PND (28,3%) and the use of NSAID concomitantly with that of potassium-rich salt substitutes(10%). The PND use was considered high. The frequency of risk factors for nephrotoxicity also reached considerable levels. It would be important to know if there exist safer therapeutic alternatives and what preventative measures could be adopted in each case. The contribution of a clinical pharmacist to a safe pharmacotherapy for hospitalized children would be a strategy for reducing PND-associated risk.
Uso do óxido nítrico em pediatria
Jornal de Pediatria, 2003
Resumo Objetivo: Rever a literatura sobre óxido nítrico inalatório e descrever suas principais indicações clínicas em pediatria. Fontes dos dados: Revisão bibliográfica e seleção de publicações mais relevantes sobre óxido nítrico inalatório, utilizando a base de dados Medline (últimos dez anos) e a base de dados Cochrane de revisões sistemáticas. Síntese dos dados: A revisão incluiu os seguintes tópicos: introdução; metabolismo e efeitos biológicos; aplicações clínicas; dose, administração e retirada do gás; precações e efeitos adversos e contra-indicações. Quanto às aplicações clínicas, foram descritos o uso de óxido nítrico em hipertensão pulmonar persistente e insuficiência respiratória de recém-nascidos, síndrome do desconforto respiratório agudo, hipertensão pulmonar primária, cirurgia cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, anemia falciforme e broncoespasmo. Conclusões: O óxido nítrico inalatório é um tratamento com amplas possibilidades de utilização em clínica pediátrica. Seu uso é seguro em ambiente de terapia intensiva sob monitorização rigorosa. Como vasodilatador pulmonar seletivo, o óxido nítrico tem efeitos benéficos sobre as trocas gasosas e ventilação. Estudos controlados que enfoquem a administração precoce do gás são necessários em muitas condições, principalmente na síndrome do desconforto respiratório agudo.
Varfarina e femprocumona: experiência de um ambulatório de anticoagulação
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2010
Resumo Fundamento: Os anticoagulantes orais são amplamente utilizados na cardiologia. Contudo, uma avaliação sobre o seu uso na prática clínica ainda é necessária. Objetivos: Descrever as diferenças na manutenção do controle da anticoagulação, bem como a incidência de eventos hemorrágicos e tromboembólicos entre os usuários de varfarina e femprocumona. Métodos: Estudo de coorte não concorrente de 127 pacientes em uso de anticoagulação oral. Resultados: A femprocumona foi o anticoagulante mais utilizado em 60% dos pacientes. A prevalência de INR<2 na última consulta era maior entre os usuários de varfarina (46% vs. 19,5%; p<0,001). Durante o seguimento, os usuários da femprocumona estiveram dentro dos níveis terapêuticos em 60,7% do período em comparação com 45,6% dos usuários da Varfarina (OR:1,84;CI95%:1,59-2,1;p<0,001). A incidência de sangramentos foi de 5,/100 pacientes/ano no grupo da femprocumona contra 18,8/100 pacientes/anos no grupo varfarina (RR:,5;CI95%:1,87-6,48;p<0,001). Conclusão: Pacientes que faziam uso da varfarina permaneceram em níveis subterapêuticos por um maior período, contudo também apresentaram mais eventos hemorrágicos. Usuários da femprocumona eram mais jovens e estavam utilizando a anticoagulação oral por um período maior, tendo apresentado menos efeitos adversos dessas medicações. (Arq Bras Cardiol 2010; 94(1) : 41-45) Palavras Chave: varfarina, femprocumona, anticoagulantes, hemorragia, anticoagulantes / administração & dosagem.
Uso (ou abuso) de fármacos na idade pediátrica
Acta Pediatrica Portuguesa, 2011
Introdução e Objectivos: A exposição a fármacos na idade pediátrica pode ser nociva. A utilização elevada de medicamentos não aprovados em Pediatria, bem como o uso para sintomas em que a sua eficácia não foi comprovada, tem sido descrita de forma preocupante. Foi objectivo deste estudo avaliar o padrão de consumo de fármacos numa população pediátrica portuguesa. Métodos: Estudo transversal, com recrutamento prospectivo dos casos e amostra de conveniência; recolha de dados por inquérito; incluídas crianças, sem doença crónica, que recorreram ao serviço de urgência de um hospital na área da Grande Lisboa, num período de dois meses. Resultados: Foram incluídas 189 crianças com idade média de 5,8 anos. A proporção de crianças com consumo de fármacos, nos três meses precedentes, foi de 120/189 (63,5%)-superior entre os seis e 24 meses (74% vs 58,5%; p=0,038). Os fármacos mais prescritos foram os analgésicos/antipiréticos e anti-inflamatórios (83/202, 41,1%), os antibióticos (52/202, 25,8%) e os anti-histamínicos (14/202, 7%). Em 96/202 casos (47,5%) eram medicamentos não sujeitos a receita médica e em 33/174 (19,1%) "automedicações". Verificou-se utilização de anti-histamínicos, expectorantes, analgésicos e anti-inflamatórios não recomendados para a faixa etária. O consumo de antibióticos foi mais elevado entre os seis e 24 meses (36% vs 18,5%; p=0,012), com predomínio da associação amoxicilina/ácido clavulânico (21/52, 40,4%). Em seis casos foram relatados possíveis efeitos secundários. Conclusões: De acordo com o nosso conhecimento este é o primeiro estudo em Portugal a avaliar o padrão de utilização de fármacos em Pediatria. Este consumo foi elevado, sobretudo na infância precoce, evidenciando a necessidade de vigilância e regulamentação adequadas. Os medicamentos não sujeitos a receita médica, amplamente utilizados, poderão associar-se a riscos acrescidos, pela facilidade no seu acesso. O uso frequente de antibióticos, sobretudo de largo espectro, poderá vir a associar-se ao desenvolvimento de resistências.