Greve de Massas Partido politico e Sindicatos: Apontamentos (capítulo de livro) (original) (raw)

Abstract

MASS STRIKE, POLITICAL PARTY AND UNIONS: APPOINTMENTS ABSTRACT: The study deals with texts by Rosa Luxemburg, which helped to guide the paths of the proletarian class in the complex context of the Second Socialist International (1889-1914). The objective is to present Luxemburg’s propositions on the mass strike as a new strategy of action and revolutionary expression of the class struggle. The research is of a bibliographic nature, carried out with a Marxist theoretical approach, in the line of historical-dialectical materialism. Results: Luxemburg guided the actions of the proletarian class, based on the assumptions of Marxian orthodoxy. She confronted the strategies of several years of preparation and education of the German working class by the SPD, with the Russian mass strike process, in which the workers learned and educated themselves in the heat of the struggle. Rosa recovered the class struggle, in a revolutionary perspective. She subverted the understanding of the time about an anarchist general strike, interpreting the historical events of Russian mass strikes. Conclusion: Luxemburg points to a conception of a socialist party, different from the SPD, which distanced itself from the masses, wants a party that maintains a constant dialectical relationship with the proletarian mass. A party that educates and is educated by the proletarian masses in the course of a dialectical process, of antagonism with the forces of capital. KEYWORDS: Mass strike; Rosa Luxemburg; Russian revolution; proletarian class. RESUMO: O estudo trata de textos de Rosa Luxemburgo, que ajudaram a guiar os caminhos da classe proletária no complexo contexto da II Internacional socialista (1889- 1914). O objetivo é apresentar proposições de Luxemburgo sobre a greve de massas como nova estratégia de ação e expressão revolucionária da luta de classes. A pesquisa é de caráter bibliográfico, realizada com um enfoque teórico marxista, na vertente do materialismo histórico-dialético. Resultados: Luxemburgo orientou as ações da classe proletária, com base nos pressupostos da ortodoxia marxiana. Ela confrontou as estratégias de vários anos de preparação e educação do operariado alemão pelo SPD, com o processo de greve de massas russos, em que os trabalhadores aprenderam e se educaram no calor da luta. Recuperou a luta de classes, em perspectiva revolucionária. Subverteu a compreensão da época sobre greve geral de caráter anarquista, interpretando os acontecimentos históricos das greves de massas russas. Conclusão: Luxemburgo sinaliza para uma concepção de partido socialista, diferente do SPD, que se distanciava das massas, deseja um partido que mantenha uma relação dialética constante com a massa proletária. Partido que educa e que seja educado pelas massas proletárias no percurso de um processo dialético, de antagonismo com as forças do capital. PALAVRAS-CHAVE: Greve de massas; Rosa Luxemburgo; revolução russa; classe proletária.

Loading...

Loading Preview

Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.

References (22)

  1. BASSO, L. El Pensamiento político de Rosa Luxemburg. Tradução de Josef Greifeu. Barcelona: Ediciones Península, 1976.
  2. CÉSAR, R. Concepção de partido em Rosa Luxemburg. Cadernos Cemarx, Unicamp, v. 4, 2007.
  3. BERNSTEIN, E. Socialismo evolucionário. Tradução de Manuel Teles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar/ Instituto Teotônio Vilela, 1997.
  4. DEL ROIO, M. Classe e partido em Gramsci (1913-1926). In: LIMA FILHO, P. A. D.; NOVAES, H. ; MACEDO, R. F. Movimentos sociais e crises contemporâneas à luz dos clássicos do materialismo crítico. Uberlândia: Navegando Publicações, 2017. p. 101-128.
  5. FRÖLICH, P. Rosa Luxemburg: vida y obra. Madrid: Fundamentos, 1976.
  6. GUÉRIN, D. Rosa Luxemburgo e a espontaneidade revolucionária. Tradução de Cecília Bonamine. São Paulo: Perspectiva, 1982.
  7. LÊNIN, V. I. Obras escolhida 2. Rio de Janeiro: Editorial Vitória Ltda, v. 2, 1955.
  8. LOUREIRO, I. M. Rosa Luxemburg: os dilemas da ação revolucionária. 2. ed. São Paulo: UNESP / Fundação Perseu Abramo, 2004.
  9. LÖWY, M. A centelha se acende na ação: a autoeducação dos trabalhadores no pensamento de Rosa Luxemburgo. Educação e Filosofia, Uberlândia, v. 28, n. 55, p. 27-38, 2014.
  10. LUKÁCS, G. Prefácio a Greve de massas, partido e sindicatos. In: LÖWY, M. A evolução política de Lukács. São Paulo: Cortez, 1998. p. 320-326.
  11. LUKÁCS, G. História e consciência de classe: estudo sobre a dialética marxista. Tradução de Rodnei Nascimento. 2. ed. São Paulo: Wmf/Martins Fontes, 2012a.
  12. LUXEMBURGO, R. Textos escolhidos I (1899-1914). Tradução de Stefan Klein. Organizado por Isabel Loureiro. São Paulo: Unesp, v. 1, 2011a. 511 p.
  13. LUXEMBURGO, R. Greve de massas, partido e sindicatos. In: LUXEMBURGO, R. Textos escolhidos I (1889-1914). Tradução de Stefan Klein. Organizado por Isabel Loureiro. São Paulo: UNESP, v. 1, 2011d. p. 263-350.
  14. LUXEMBURGO, R. Reforma social ou revolução? In: LUXEMBURGO, R. Rosa Luxemburgo: textos escolhidos I. Tradução de Stefan Klein. São Paulo: Unesp, 2011e. p. 1-112.
  15. LUXEMBURGO, R. Questões de organização da social-democracia russa. In: LUXEMBURGO, R. Rosa Luxemburgo: textos escolhidos I. São Paulo: UNESP, 2011g. p. 151-176.
  16. MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do partido comunista (1848). Tradução de Sueli Tomazini Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2001.
  17. MUSSE, R. O debate sobre a revolução russa de 1905 na social-democracia alemã. Revista de História, São Paulo, v. 139, p. 21-34, 1998.
  18. NEGT, O. Rosa Luxemburg e a renovação do marxismo. In: HOBSBAWM, E. História do marxismo: o marxismo na época da segunda internacional (segunda Parte). Tradução de Carlos Nélson Coutinho. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984. p. 11-52.
  19. SALVADORI, M. L. Kautsky entre ortodoxia e revisionismo. In: HOBSBAWAM, E. J., et al. História do marximo: marxismo na época da Segunda internacional. Tradução de Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, v. 2 (Primeira Parte), 1982. p. p.299-339.
  20. SALVADORI, M. L. A social-democracia alemã e a revolução russa de 1905: debate sobre a greve de massas e sobre as diferenças entre Oriente e Ocidente. In: HOBSBAWM, E. J. História do Marxismo: marxismo na época da segunda internacional. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984. p. 243-290.
  21. SEMERARO, G. Gramsci e os novos embates da filosofia da práxis. 3. ed. Aparecida: Ideias & Letras, 2006.
  22. SOUZA, L. E. V. D. A recepção alemã à revolução russa de 1905. Tese de doutrorado. São Paulo: USP, 2012.