Compartilhamento do Comum (original) (raw)
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Revista Cientifica E Curriculum Issn 1809 3876, 2014
O objetivo deste ensaio "Comum para quem?" é explicar a um público amplo, internacional, a ideia geral da reforma da educação nos Estados Unidos e a necessidade desta ser entendida no contexto de uma agenda política maior, defendida por uma coagulação das forças corporativas e federais para assumir o controle da educação pública. Esta história é, certamente, de âmbito nacional e se reflete com toda a certeza e complexidade nos Padrões do Currículo Comum estabelecidos pelo Estado. No entanto, agendas políticas maiores não são visíveis no ar e os detalhes em ambientes locais, incluindo o meu próprio estado de Wisconsin, são fundamentais para a compreensão dos "quadros", através do qual coligações de oposição e apoio à educação pública são formados. Assim, neste ensaio, detalhadamente, o autor − que é alternadamente professor, vídeo-documentarista e defensor da educação pública − personaliza o que esta tomada de controle da educação pública aparenta, de dentro da luta. Para concluir, uma das principais constatações é que a luta contra o Currículo Nacional Comum, enquanto autenticamente significativa, muitas vezes é desagregada (intencionalmente?) do ataque generalizado ao ensino público sob a forma de cortes no financiamento da escola, subsídios à escolas privadas usando os impostos pagos pelos contribuintes, e modelos de valor agregado que ligadas por avaliações de desempenho e consequente remuneração de professores limitam a autonomia profissional do professor e do pesquisador na formação de professores.
O fato do conceito de Ambiência estar assumindo papel de destaque na pesquisa em Arquitetura e Urbanismo pode ser explicado, em parte, pela lacuna existente nos estudos urbanos, que haviam sido extremados em diferentes especialidades e não eram mais capazes de dar conta de uma visão mais ampla do ambiente das cidades.
O Comum Como Ação Coletiva No Espaço e Cotidiano
2018
Entendendo o espaço como algo aberto, inacabado, produto e produtor, porém também material, visível e representação de relações sociais, então, sua produção é condição, meio e produto da reprodução espacial, sendo repleto de intencionalidades. Assim, em cada momento histórico se produz um espaço condizente com o modo de produção vigente e, na atual fase do capitalismo, esse está atrelado aos processos de mercadificação e metropolização, que cada vez mais excluem e segregam a sociedadejá que a produção do espaço se dá em função de necessidades políticoeconômicas e não para reprodução da vida social. O cotidiano, por sua vez, tem se caracterizado pela busca da ampliação do consumo como totalidade da reprodução focada no consumo; aparecendo, então, como o local da reprodução de tradições e valores, do banal, do programado e, por isso, de permanência e manutenção de situações alienadas e alienantes. O artigo busca demonstrar que também é no espaço que se materializam as tensões, interações e as lutas entre dominação e resistências, apoiando-se no cotidianojá que neste está guardada a possiblidade de mudanças, na medida em que é nele que a existência humana se realiza. A partir disso, visualizamos que os comunsentendidos como recursos materiais ou imateriais coletivamente compartilhados, usados e geridos por uma comunidadeseriam espaços apropriados coletivamente pela sociedade e se configuram como perspectivas de transição para uma cidade e uma sociedade mais justas.
Revista Trabalho Necessário, 2020
A TN 36 se propoe a apresentacao de artigos que tragam leituras teoricas e dados provenientes de investigacoes empiricas sobre o que, aqui, queremos ressaltar pelo conceito de “comum” e que se depreende das experiencias sociais partilhadas nas comunidades reconhecidas via de regra pelo conceito de “campesinato”, as quais podem ser reconhecidas em sua diversidade atraves de distintas e significativas formas de sociabilidade e identidade auto estabelecidas, com tambem reconhecidas por politicas publicas: na agricultura familiar, entre comunidades originarias indigenas, tradicionais (quilombolas, caicaras, ribeirinhas, etc.) ou contemporâneas (de reassentados atingidos por barragens, de sem terras que ocuparam terras e nela criaram territorialidade e ate de “retomadores” de seu territorio, enfim, entre aqueles que foram despejados e depois retornam).
Revista Rascunhos - Caminhos da Pesquisa em Artes Cênicas, 2017
Resumo Registro audiovisual do Encontro de Compartilhamento com Eleonora Fabião, Mara Leal, participantes do evento e transeuntes, sob mediação de Paulina Caon. O Encontro aconteceu durante o VII InterFaces Internacional Performance e Pedagogia: Poéticas e Políticas da Cena. A opção foi realizar uma mesa itinerante. Cada participante recebeu das palestrantes uma cadeira na saída do auditório do MUnA (Museu Universitário de Arte) e, por cerca de duas horas, caminharam todos juntos pelo bairro do Fundinho. Pararam em pontos específicos previamente definidos pelas performers para conversar sobre temas como autobiografia, performance na rua, pedagogia e encontro. Mara, Eleonora e todos os presentes trocaram experiências e memórias de vida em performance.
Maloca: Revista de Estudos Indígenas
Este artigo consiste em uma revisão parcial dos modelos de organização social produzidos pela etnografia referente aos povos de língua tukano do rio Uaupés, a partir dos anos de 1960, por meio dos quais ficaram conhecidos por suas peculiaridades no contexto dos estudos sobre o parentesco amazônico. Discutindo alguns traços desses modelos a partir de sua expressão nos mitos de origem, procura-se reconsiderar a pertinência do conceito de afinidade potencial entre esses povos, e, com isso, recolocá-los em um debate mais amplo e problematizar o emprego do conceito de hierarquia no âmbito das relações entre seus sibs ou clãs.
Encontro ANPPAS, 2010
RESUMO No rio Cuieiras, Baixo rio Negro-Amazônia Central existem seis comunidades que vivem na região há mais de 60 anos. Estas populações habitam as margens dos rios e a terra-firme e reproduzem todo um saber-fazer na convivência com os rios e com os elementos da floresta, sendo a pesca, a caça, a agricultura e o extrativismo os principais sistemas produtivos. A sazonalidade dos sistemas hídricos da Bacia do rio Cuieiras e a rica biodiversidade local influenciam diretamente nas formas de uso dos recursos das populações locais, que, nesta dinâmica, desenvolveram uma complexa escala espacial de acesso aos recursos. Observa-se na região do rio Cuieiras, que a implantação de certos programas governamentais, vem desestabilizando as relações socioambientais da região e limitando as comunidades locais na dinâmica do uso de recurso. Neste sentido, o mapeamento participativo mostrou ser uma ferramenta interessante no processo de empoderamento das comunidades locais e ordenamento territorial da região. PALAVRAS-CHAVE Uso de Recursos Naturais, Mapeamento participativo e Ordenamento Territorial.
10º Projetar Lisboa, 2021
Na perspectiva de estabelecer elementos de abordagem para um possível chão comum, esse artigo apresentará o caso da comunidade tradicional de fundo de pasto de Bruteiro e Traíra, do município de Jaguarari na Bahia, Brasil. A partir desse recorte serão discutidos os agenciamentos das propriedades coletivas dessa região, seu histórico e características sociais, culturais e ecológicas, com o intuito de aproximá-los das discussões e leituras que atravessam o debate contemporâneo acerca do comum. Desse modo, o estudo desses territórios de fundo de pasto rebate diretamente no pensar identidades, cartografias, paisagens e metodologias para construir e habitar de forma integrada com o meio ambiente a partir de seus limites reais. A análise de duas comunidades fundo de pasto no semiárido baiano permite um entendimento mais amplo do desenvolvimento de microssistemas de ocupação humana que convivem em harmonia com a caatinga e seu clima severo, configurando áreas onde projetos de economias extrativistas, como mineradoras e afins tiveram mais dificuldade de prosperar. O artigo pretende percorrer essas questões a partir do problema da representação cartográfica e imagética desses territórios, ponto fundamental que aproxima a geografia do pensamento arquitetônico urbanístico. Por fim, essa pesquisa se desenvolveu no âmbito da disciplina “Tópicos Especiais em Teoria, História e Crítica da Arte e da Arquitetura”, ministrada pela professora Ana Luiza Nobre no Programa de Pós Graduação em Arquitetura do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio no segundo semestre de 2020, onde o estudo sobre fundos de pastos configurou um dos elementos do seu projeto “Atlas do Chão”.
Saberes compartilhados: reflexões sobre Educação e Ensino de História, 2022
“(..) sem a pretensão alcançar todo o leque de possibilidades e problemas com os quais os territórios da Educação tem lidado há, pelo menos, meio século, os estudos reunidos neste livro podem ser vistos, antes de mais nada, como provas da pujante produção historiográfica imersa no Ensino de História ou em diálogos inequívocos com este campo do nosso ofício, que tem encontrado caminhos e soluções inteligentes aos desafios educacionais ainda vigentes.”
Bem Comum: Público e/ou Privado?
2014
Francisco de la Fuente Sanchez Engenheiro electrotécnico pelo IST (1965), desenvolveu a sua carreira profissional sobretudo no sector eléctrico. Já na EDP, e após a nacionalização do sector, desempenhou funções na área da Distribuição, onde chegou a director-geral da Distribuição Tejo. Com a constituição do Grupo EDP (1994) foi eleito para o Conselho de Administração em 1996, assumindo o cargo de presidente até 2006. Desempenhou funções em diversas empresas do sector em Portugal, Espanha e Brasil. Foi presidente do BCSD Portugal e da Fundação EDP. É vice-presidente do Conselho de Administração da EFACEC, administrador da Sonae Capital e vogal cooptado do Conselho de Escola do IST. Foram-lhe concedidas diversas distinções profissionais e, em 2006, foi-lhe atribuída pelo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.