O Caso de uma Matemática que Fala do Corpo que se Olha. Ou, o Corpo que se Olha com a Arte e Fala de Matemática (original) (raw)

Perspectivas da Educação Matemática

Este artigo trata-se de um exercício de pensamento sobre aquilo que nos constitui, uma postura filosófica e crítica do que somos. Problematiza-se, pois, a existência objetiva e material de certas regras que a matemática nos impele a obedecer e a seguir quando participamos de um discurso. Para tanto, movimentam-se certos modos de olhar e representar o corpo humano, ao se discutir acerca de uma prática discursiva em que a matemática aparece como conteúdo, como matéria de estudo, como saber, como linguagem, como pensamento, mas também, como uma estética que nos relaciona com o mundo. Compreende-se que a matemática, esteticamente, também exerce relações de saber e poder em nossa formação, nos subjetivando e nos capturando, reverberando, ao que parece, em uma estética de pensamento sobre o mundo e em sala de aula, em que o saber matemático se coloca como meio de falar das coisas e sobre elas.