Guy Debord and the Situationist International (original) (raw)

The Critical Marxism of Guy Debord: May '68 Revisited from a Situationist Perspective

2018

Neste ensaio, pretendemos evidenciar o marxismo crítico de Guy Debord a partir de uma revisitação de Maio de 1968. Cinquenta anos depois deste evento, com efeito, impõese a pergunta: «Em que medida a definição situacionista da subjectividade anticapitalista ainda mantém a sua pertinência histórico crítica?» Não sendo simples, a resposta equivale, afinal, à avaliação do marxismo debordiano, tendo em vista discriminar, a seu respeito, o que está vivo e o que está morto.

Guy Debord e a Internacional Situacionista: crítica unitária da economia política e da cultura

Revista Angelus Novus

O artigo apresenta o conceito de espetáculo, formulado na década de 1960 pelo situacionista francês Guy Debord (1931-94), como nucleado por uma indivisível reflexão social (crítica da economia política) e estética (crítica da cultura). Demonstra-se também como é precisamente com base nessa crítica unitária da passividade, fundada nas separações tanto da economia como da cultura mercantis, que a Internacional Situacionista (1957-72) aspirou a uma inédita unificação prática dos programas até então separados das vanguardas políticas e estéticas.

Guy Debord e Alice Becker-Ho – Aos Libertários

Originalmente escrito em francês, mas “com espírito e estilo deliberadamente espanhóis”, o comunicado Aos libertários foi assinado por Guy Debord e sua companheira Alice e publicado na Espanha em setembro de 1980. Entre 1979 e 1984, Debord deixou Paris para viver entre a Itália e a Espanha, experiência que rendeu importantes análises políticas sobre as novas técnicas de governo em gestação na Itália, naquela altura o “laboratório mais moderno da contra-revolução internacional”, além de ter colaborado com o início de uma movimentação internacional contra o encarceramento de dezenas de libertários espanhóis vítimas tanto do regime pós-franquista, quanto do silêncio mantido pela “C.N.T. reconstituída” sobre essa questão, considerada “prioritária” pelo antigo situacionista. Menos de dois meses após a publicação do libelo Aos libertários (e contra o regime espanhol) os anarquistas nele citados seriam soltos por “falta de provas”. [Nota do tradutor]

Espetáculo, comunicação e comunismo em Guy Debord

Kriterion-revista De Filosofia, 2007

The present work is oriented by the hypothesis that Guy Debord's reflection on language and criticism of the commodity fetishism are inseparable aspects of a single and same point of departure of the criticism of "the society of the spectacle", centred on the criticism of language and commodity-form. Debord sets his view on a transition, concerning the horizon of the aesthetic and social reflection on language, from the concept of expression to that of communication or dialogue. He seeks to compile, maintain and surpass the critical characteristic of uncommunicative expression (and, therefore, refractory to the pseudo communication of the bourgeois society), as it was conceived and experienced by modern art and the vanguards of the beginning of the 20th century, formulating the social critical perspective of direct communication.

A Sociedade do Espetaculo - Guy Debord

A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura.

Guy Debord e a Internacional Situacionista: Amparo À Geografia Na Crítica À Cidade Moderna

Caminhos de Geografia, 2017

Este artigo busca analisar o pensamento do teórico francês Guy Debord dentro de uma perspectiva geográfica. Tal leitura é feita a partir de três conceitos elaborados por esse teórico entre os anos 1950-1960, a saber: a psicogeografia, a deriva e a criação de situações. Formando uma espécie de manual de instruções ou modo de usar crítico das cidades europeias, Debord sugerese nos valermos de uma interpretação geográficaum caminho de superação que parta do espaço utilitário e alcance o lugar. Esse movimento é, segundo esse pensador, essencial para reverter a alienação e reificação do homem que vive sob o signo das grandes cidades. Os resultados deste trabalho, a par dos estudos de Geografia, revelam a importância não apenas de Guy Debord, mas também da Internacional Situacionista da transformação urbana no atendimento às necessidades do grande capital. Acreditamos que estudar o pensamento debordiano nesse contexto também propicia um melhor entendimento decomo a Geografia, eminentemente crítica, veio a se apropriar das ideias situacionistas, privilegiando o lugar e confrontando a idealização do urbano nos moldes capitalistas.

Guy Debord e o caráter fetichista da imagem na sociedade do espetáculo

Pilares da Filosofia: estudos acerca da ética, política, linguagem, conhecimento e ensino de filosofia, 2020

“E sem dúvida o nosso tempo... prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao ser” (FEUERBACH apud DEBORD, 1997, p. 13). Essa passagem, retirada do prefácio da segunda edição de A essência do cristianismo de Ludwig Feuerbach e escolhida por Guy Debord para introduzir o livro A sociedade do espetáculo de 1967, pode soar como uma afirmação óbvia e até mesmo banal se for lida por olhares desatentos. Especialmente quando esses olhares estão submetidos à perspectiva enviesada de uma sociedade saturada pela desenfreada renovação hipertecnológica característica dos séculos XX e XXI e inundada por diversos tipos de imagens provenientes desse progresso técnico, como aquelas encontradas nas telas de cinema, nas televisões, nos outdoors, nos anúncios publicitários, e mais atualmente nas telas dos computadores e nos smartphones. Conforme ressaltou o comentador Anselm Jappe, poucos autores contemporâneos tiveram suas ideias propagadas de modo tão deformado quanto Debord, e na maioria das vezes sem qualquer referência a seu nome (JAPPE, 1999, p. 14). Não é raro encontrar a expressão “sociedade do espetáculo” sendo utilizada à exaustão, principalmente em debates pretensamente sociológicos sobre os efeitos da mídia na vida cotidiana, como sinônimo de uma sociedade governada pela “tirania da mídia e dos meios de comunicação de massa”. A noção de “imagem” explorada pelo pensador francês também sofreu prejuízo com essa simplificação de sua teoria, sendo comumente reduzida a uma mera descrição do fluxo massivo de informações e de entretenimento transmitido pelos diversos meios de comunicação disponíveis. Desse modo, a crítica do espetáculo e das imagens empreendida por Debord, diluída e esvaziada de seu significado original, encontrou-se reduzida a uma denúncia ingênua de uma suposta versão moderna e ampliada da política romana do pão e circo, na qual as pessoas são mantidas anestesiadas da realidade enquanto consomem passivamente informações e entretenimento emanados das telas das televisões, do cinema, dos computadores, dos celulares. Tal ponto de vista acaba imputando unicamente às mídias e aos meios eletrônicos toda a responsabilidade pela alienação dos indivíduos na modernidade, reduzindo Debord a uma caricatura moralista de discurso antitecnológico. Para Jappe (2005, p. 264-265), somente uma sociedade já profundamente reificada de antemão poderia fazer de um objeto como a televisão seu principal bem de consumo e seu supremo feitiço. Pois a facilidade com que esse dispositivo — cujo mecanismo permitiu transmitir aos espectadores isolados em seus cubículos domésticos um universo de imagens — foi aceito em praticamente todos os lugares não se explicaria se não fosse pelo já fortalecido estado de apatia e tédio que tomou conta das relações humanas embrutecidas e esvaziadas pela razão econômica, o que fez as pessoas preferirem olhar para uma tela do que construírem diálogos entre si mesmas. Em suma, não foi a invenção do tubo de raios catódicos que criou a sociedade do espetáculo, mas foi a sociedade do espetáculo que permitiu a afluência de invenções técnicas que reafirmassem seu domínio sobre os seres humanos (JAPPE, 2005, p. 265).

A Sociedade do Espetáculo E A Administração: Uma Nota Crítica Sobre Guy Debord

RESUMO O presente trabalho procura analisar a teoria crítica de Guy Debord na Administração. Este artigo é necessário por notarmos o crescimento da área. Acreditamos que a incorporação de novos autores e teorias é contribui para área gerando novas formas de leitura dos objetos. Com isso, reavaliam-se as leituras existentes no intuito de gerar uma permanente autocrítica da área. Nesse movimento, descobrimos que muitos trabalhos sobre autores ou temas incorporados na Administração se baseiam na recepção empreendida anteriormente em outras áreas. Muitas vezes, essa recepção tenderá a um ou outro caminho de leitura que não se desenvolve em um terreno estável. Por esse motivo, propomos um estudo do teórico francês Guy Debord e sua teoria crítica. O teórico se contrapõe a forma de organização social existente na segunda metade do século XX chamada por ele de sociedade do espetáculo. Essa seria uma sociedade em que a separação generalizada é onipresente. A escolha de Guy Debord se deve ao alcance de sua teoria, estando ela presente no pensamento de diversos outros intelectuais hoje AGAMBEN, 2002; 2007c; VIRNO, 2003; PERNIOLA, 2009). Guy Debord possui diversos caminhos de leitura já realizados em várias áreas, dentre elas Comunicação, Literatura, Cinema, Filosofia, Ciências Políticas entre outras. Porém, não encontramos muitas leituras estáveis sobre o autor seja no Brasil ou pelo mundo. Este artigo pretende descobrir como é a recepção da teoria crítica do espetáculo na área de Administração e como os trabalhos realizam essa recepção. Para isso, buscamos artigos em revistas e eventos nacionais que apresentam alguma discussão sobre o autor e sua teoria. Com base no material encontrado, realizamos a análise de seu conteúdo avaliando a estabilidade das leituras conforme nosso entendimento da obra de Guy Debord e sua recepção AQUINO, 2005; 2006; KURZ, 1999; AGAMBEN, 2002; 2007c). Concluímos que os artigos encontrados mantêm um caminho de leitura instável. A perspectiva dominante nos trabalhos é o enfoque na crítica da sociedade do espetáculo como uma crítica da sociedade midiática. Portanto, o caminho seguido pelos textos analisados é constituído como um entendimento parcial da crítica de Guy Debord. Por fim, apresentaremos algumas possibilidades de discussões a partir do pensamento do autor, sugerindo temas que relacionam a Administração e a arte, a cultura, a linguagem, o movimento social e a teoria crítica.