Trabalho e tempo livre (original) (raw)

Experiências sobre tempo de trabalho e tempo livre para o ócio

2013

This article results from an exploratory study about work and leisure. Its objectives were to check how workers with higher education assess the quantitative distribution of their time and also to analyze how they assess the quality of the experiences they come across during both their work and free time. A questionnaire was used with 62 postgraduate-level students who are active workers. The data was analyzed both quantitatively and qualitatively. The main results indicate negative assessment on time distribution for work and leisure and on the quality of the experiences lived in each of these moments although the experiences which happened during leisure time were more valued by the subjects. The conclusion was that it is important that leisure, as part of a whole human experience, be redefined in the workers’ lives, and that they relearn how to live their lives in a slower, lighter, and more meaningful way.

Corpo, tempo e trabalho

Caderno Espaço Feminino

Na sociedade do desempenho, os indivíduos internalizam a ideia de que devem atingir certos níveis de produtividade. A proposta deste artigo é, com base na perspectiva da divisão sexual do trabalho e na análise de dados apresentados em pesquisas sobre o trabalho feminino, apresentar reflexões sobre as formas de apropriação da vida das mulheres na sociedade do desempenho.PALAVRAS-CHAVE: Divisão Sexual do Trabalho. Sociedade do Desempenho.

Trabalho e Lazer

LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 2016

Este estudo problematiza inter-relações existentes entre trabalho, tempo, educação e lazer. A principal referência teórica apropriada para compreensão do tema em debate dá-se em torno da sociologia do trabalho, associada a determinadas perspectivas da Educação Física e do Lazer. Trata-se de um ensaio organizado em capítulos, discutindo-se determinados aspectos referentes ao modo de estruturação do trabalho, sua relação com o tempo, Educação Física e lazer. O sentido dado ao trabalho e sua possível ressignificação são os elementos fundamentais propostos, no intuito de contribuir para a reflexão a respeito do modelo de sociedade atual. Novas práticas corporais relacionadas à Educação Física, bem como a educação para e pelo lazer são estratégias percebidas como promissoras à mudança de valores, em que o homem possa, de fato, viver em liberdade.

TEMPO LIVRE

A questão do tempo livre: o que as pessoas fazem com ele, que chances eventualmente oferece o seu desenvolvimento, não pode ser formulada em generalidade abstrata. A expressão, de origem recente, aliás-antes se dizia ócio, e este era um privilégio de uma vida folgada e, portanto, algo qualitativamente distinto e muito mais grato, mesmo desde o ponto de vista do conteúdo-, aponta a uma diferença específica que o distingue do tempo não livre, aquele que é preenchido pelo trabalho e, poderíamos acrescentar, na verdade, determinado desde fora. O tempo livre é acorrentado ao seu oposto. Esta oposição, a relação em que ela se apresenta, imprime-lhe traços essenciais. Além do mais, muito mais fundamentalmente, o tempo livre dependerá da situação geral da sociedade. Mas esta, agora como antes, mantém as pessoas sob um fascínio. Nem em seu trabalho, nem em sua consciência dispõem de si mesmas com real liberdade. Até mesmo aquelas sociologias conciliadoras que utilizam o conceito de papéis como chave reconhecem isso, enquanto, como o sugere esse conceito de papéis tomado do teatro, a existência que a sociedade impõe às pessoas não se identifica com o que as pessoas são ou poderiam ser em si mesmas. Decerto, não se pode traçar uma divisão tão simples entre as pessoas em si e seus assim chamados papéis sociais. Estes penetram profundamente nas próprias características das pessoas, em sua constituição íntima. Numa época de integração social sem precedentes, fica difícil estabelecer, de forma geral, o que resta nas pessoas, além do determinado pelas funções. Isto pesa muito sobre a questão do tempo livre. Não significa menos do que, mesmo onde o encantamento se atenua e as pessoas estão ao menos subjetivamente convictas de que agem por vontade própria, essa vontade é modelada por aquilo de que desejam estar livres fora do horário de trabalho. A indagação adequada ao fenômeno do tempo livre seria, hoje, porventura, esta: "Que ocorre com ele com o aumento da produtividade no trabalho, mas persistindo as condições de não-liberdade, isto é, sob relações de produção em que as pessoas nascem inseridas e que, hoje como antes, lhes prescrevem as regras de sua existência?" Já agora, o tempo livre aumentou sobremaneira; graças às invenções, ainda não totalmente utilizadas-em termos econômicos-nos campos da energia atômica e da automação, poderá aumentar cada vez mais. Se se curasse responder à questão sem asserções

Trabalho - duração do trabalho

Vê-se, portanto, que, para a prorrogação de jornada, nessa modalidade em comento, basta o acordo individual, isto é, o acordo direto entre patrão e empregado. Isto porque esta modalidade de compensação Pois bem, com a Reforma trabalhista, houve a regulamentação expressa dessa modalidade de jornada, no art. 59-A da CLT. Admite-se, agora, a fixação de jornada de 12h de trabalho por 36h descanso.

Distanciamento Social e Tempo Livre

LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer

A partir da oficialização do decreto sobre a pandemia do novo Coronavírus divulgado pela OMS em março/2020, esta pesquisa vislumbrou analisar as primeiras consequências do distanciamento social no dia-a-dia de discentes da Universidade Estadual de Minas Gerias (UEMG), através de três grandes eixos: moradia; trabalho/renda e saúde/bem-estar. Para tanto, um questionário, tipo survey, foi elaborado com 42 questões. Percebeu-se uma precariedade crescente quanto à qualidade de vida e acesso aos aparatos eletrônicos, devido à crise socioeconômica engendrada pela pandemia, dos discentes e seus familiares. Foi perceptível uma nova conjuntura em termos espaciais e temporais na vida dos discentes, afetando o tempo de trabalho, o tempo livre e os lazeres. Conclui-se que, caso não haja uma ação efetiva do poder público, a desigualdade social do país tende a estender-se de súbito, com impactos agudos na dimensão do lazer.

Tempo Livre, Lazer e Terciário

Lazer. Da libertação do espaço à conquista das práticas. Imprensa da Universidade de Coimbra, 2008

A terciarização moderna vai a par com o aumento do tempo livre e com a formação do mito da sociedade dos ócios. Na sociedade contemporânea a separação na forma como é usado o tempo pelos seus elementos traduz a estrutura de divisão social do trabalho, a qual manifesta correspondências marcantes nos usos do tempo. A predominância deste ou daquele tipo de uso, a maneira como o tempo é aproveitado, está vezes, em relação com a condição social dos indivíduos. Estas diferenciações enraízam-se em modificações sociais que tomaram lugar sobretudo no século passado, como sejam a redução dos horários de trabalho, o direito às férias... Actualmente, no processo de terciarização das sociedades urbano/industriais assumem lugar importante uma panóplia de actividades de serviços e de comércio cuja relação com as práticas do tempo livre e do lazer manifestas. A redução e a delimitação do tempo de trabalho têm como corolário a formação de um tempo livre. Este engloba um tempo de lazer que pode reflectir a importância das formas actuais de massificação do ócio. Daí que se possa compreender o grande interesse, por parte dos grandes grupos económicos, pela produção dos ócios e, por consequência, em se apossarem dos espaços que permaneciam menos aproveitados: a alta montanha, o mar, a praia. A variedade de espaços é imensa e apesar de serem espaços de divertimento, descanso e desenvolvimento, são, também, espaços de consumo virados para o ócio, criando, por isso, e para além das pretensões de sociabilização, uma vincada segregação social. No entanto, as práticas do tempo livre e do lazer são marcadas, para além das ambiguidades referidas por dualidades diversas. Estas dualidades evidenciam, tanto no modo de produção como na temporalidade, a fronteira ténue entre lazer e trabalho e tempo livre e trabalho. O desenvolvimento destas práticas conduziu à diferenciação espacial, cuja maior acentuação se manifesta nas áreas urbanas. A ilustração destes problemas será feita com em dois exemplos: em primeiro lugar a propósito da distribuição regional de práticas culturais e desportivas em Portugal; em segundo, através actividades relacionadas com os ócios e a sua distribuição espacial em Coimbra. No primeiro exemplo, numa que tem como unidade de referência o distrito, dá-se importância à distribuição das casas de espectáculos e aos seus utilizadores. Nas práticas desportivas, através da contabilização de indivíduos têm uma actividade desportiva federada ou profissional, faz-se a ilustração das diferenças de quantitativos existentes a nível distrital. Tanto as práticas culturais como as desportivas oferecem uma leitura que indicia desigualdades entre o litoral e o interior, frequentemente referidas no âmbito do económico, mas que se reflectem no acesso cultura, ao recreio e ao desporto. No segundo exemplo, valorizam-se as distribuições actividades ligadas ao lazer e ao tempo livre, tendo como estrutura de referência a rede viária da cidade de Coimbra. Salienta-se, pontualmente, a utilização dos espaços de ócio (ao livre e em espaços fechados) tais como verdes e estruturas desportivas e, também, os espaços de sociabilização e os de valorização cultural. Como o ócio é, frequentemente, sinónimo de aumento de consumo, faz-se também a representação de alguns comércios que contribuem ou são utilizados para a de prossecução de práticas de ócio.

Os trabalhos e os dias

Empregados no departamento pós-venda da empresa Cosson Anne -40 anos Nicole -30 anos Yvette -20 anos Guillermo -42 anos, antigo técnico de consertos, atualmente encarregado pelo controle de recebimento das revisões no departamento pós-venda Jaudouard -45 anos, chefe de departamento