As políticas públicas de combate e controle da dengue e de seu vetor Aedes aegypti no Brasil (original) (raw)
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Hygeia, 2008
A dengue se tornou ao longo dos anos um grande problema de saúde pública no mundo e atinge principalmente os países de clima tropicais em razão do clima quente e úmido, que forma condições ideais para proliferação do mosquito. Porém as condições de saneamento destes países é um dos fatores agravantes neste processo, com o acúmulo de recipientes, em sua maioria artificiais, que favorecem a procriação do Aedes aegypti. O problema é tão grave que chega atingir entre 50 a 100 milhões de pessoas anualmente no mundo, destas 550 mil necessitam de hospitalização e 20 mil vão a óbito. O Aedes aegypti está totalmente adaptado ao ambiente urbano, onde encontra junto aos domicílios, as condições necessárias para o seu desenvolvimento. No Brasil há muito tempo vem sendo realizadas campanhas a fim de acabar com este problema. Enquanto que as políticas nas primeiras décadas do século XX eram voltadas para o controle da dengue, em razão do seu descontrole, hoje as políticas públicas voltadas para esta doença vêm com o objetivo de encontrar o seu controle e não mais a erradicação da doença. Para levantamento da dengue no Brasil, os dados foram cedidos pelo Ministério da Saúde do Brasil, através da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária. Palavras chaves: políticas de combate a dengue, saúde pública, doença tropical.
Dengue No Brasil: Gestão De Políticas Públicas De Controle e Erradicação
Revista Estudo & Debate, 2016
A dengue é uma doença endêmica que se transformou em um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Nesse contexto, este estudo tem como escopo analisar o panorama das políticas públicas, referente ao controle e erradicação da dengue, através do levantamento dos casos de contágio nos anos de 2004 a 2014. Após a análise, conclui-se que a falta de informação, a ausência de campanhas de educação ambiental, a rápida proliferação do mosquito e a inexistência de ações governamentais proativas de prevenção, estão entre os principais fatores que ensejam a vulnerabilidade de algumas políticas públicas, mesmo em regiões com vultosas disponibilidades de recursos orçamentários para combater a doença.
BEPA. Boletim Epidemiológico Paulista
Introdução: Vários autores têm apontado limitações nas medidas adotadas para o controle de Aedes aegypti e da dengue. Além disso, há falta de evidência sobre a relação entre níveis de infestação por Ae. aegypti e ocorrência de dengue. Este trabalho objetivou avaliar a relação entre ocorrência de dengue e medidas de controle e infestação por Ae. aegypti em uma cidade do sudoeste brasileiro no período de 2001 a 2006. Métodos: A razão de incidência de dengue (variável dependente) e a cobertura das atividades de controle e índices de infestação (covariáveis) foram calculadas usando unidades espaciais e os anos. Foi ajustado um modelo de Poisson espaço-temporal Inflado de Zeros, considerando os seguintes períodos: Setembro de 2001 a Agosto de 2006 e Setembro de 2003 a Agosto de 2006. Resultados: Atividades de rotina para o controle do vetor (com visita regular a todos os imóveis) foram consideradas fator protetor para ocorrência de dengue. Porém, para controlar fetivamente a ocorrência d...