Conservadores Research Papers - Academia.edu (original) (raw)

"Se, durante os próximos anos, ou seja, durante o período com o qual os políticos práticos estão somente preocupados, um movimento contínuo em direção a um maior controle do governo na maior parte do mundo é quase certo, isso se deve,... more

"Se, durante os próximos anos, ou seja, durante o período com o qual os políticos práticos estão somente preocupados, um movimento contínuo em direção a um maior controle do governo na maior parte do mundo é quase certo, isso se deve, mais do que qualquer outra coisa, à falta de um programa real, ou talvez melhor dizendo, uma filosofia coerente dos grupos que desejam se opor. A posição é ainda pior do que a mera falta de programa implicaria; o fato é que quase em todos os lugares os grupos que fingem se opor ao socialismo, ao mesmo tempo apoiam políticas que, se os princípios em que se baseiam fossem generalizados, seria nada menos do que conduzir para o socialismo do que as políticas declaradamente socialistas." Friedrich Hayek2 Não é o propósito deste ensaio provocar uma controvérsia com qualquer conservador ou com qualquer cristão que acredita que o Conservadorismo é bom e mereça ser defendido. Este ensaio é sim um reconhecimento de um estado já existente de hostilidades entre o Cristianismo e o Conservadorismo-hostilidades iniciadas pelos próprios conservadores. Talvez seja uma surpresa para alguns leitores que existe uma distinção entre o Cristianismo e Conservadorismo – deixando de lado as hostilidades-só por isso este ensaio é necessário. Conservadorismo como não-Cristianismo O problema com o Conservadorismo é o mesmo problema com o Liberalismo: ele não é cristão. Se fosse para examinar o índice do clássico de George H. Nash, o The Conservative Intellectual Movement in America,3 ele seria duramente pressionado para encontrar um único cristão listado lá. É seguro dizer que dos vinte e quatro colaboradores para uma antologia do pensamento 1 1 Nota do Editor: Uma versão anterior deste ensaio apareceu pela primeira vez no The Journal of Christian Reconstruction em 1978. (Naqueles os dias, o Reconstrucionismo estava em desenvolvimento, e o movimento ainda era semibíblico). Os eventos atuais provocam a revisão e republicação deste ensaio. Apesar de ter sido escrito há quase 30 anos, este ensaio continua a ser relevante, pois pouca coisa mudou para melhor. Se mudou alguma coisa, os que professam ser cristãos são mais crédulos, confusos e comprometidos hoje do que eram há 30 anos. Por 50 anos cristãos na América foram enganados por Romanistas como Patrick Buchanan, William Bennett, e William F. Buckley Jr., para apoiar os seus programas anticristãos, candidatos e teologias. A ascensão da Direita Religiosa, da Maioria Moral de Jerry Falwell, Coalisão Cristã de Pat Robertson, Centro de Reivindicação pela América de D. James Kennedy, do Movimento Reconstructionista de Rousas Rushdoony, Gary North e Greg Bahnsen exacerbaram e não corrigiram a situação. Agora romanistas são convidados a abordar as conferências políticas de D. James Kennedy, e supostos protestantes endossam livros de romanistas devotos, e estão se tornando em romanistas e ortodoxos. E o Movimento Reconstrucionista, seus aliados e ramificações, se tornaram ferramentas da ação política romanista, pela substituição da ação política e cultural pela proclamação do Evangelho, substituindo escatologia pela soteriologia, substituindo a ação política e cultural para o anúncio do Evangelho, substituindo escatologia pela soteriologia, desconfigurando o próprio Evangelho, e assim, tornando-se instrumento da ação política romanista. As lições deste ensaio continuam sendo ignoradas. Tradução desta nota por Claudio Spilla.