Estudos urbanos Research Papers - Academia.edu (original) (raw)

Rio de Janeiro -2017 1. Jogos Olímpicos (31.: 2016: Rio de Janeiro, Brasil) -Aspectos sociais. I. Calabre, Lia, org. II. Cabral, Eula Dantas Taveira, org. III. Siqueira, Maurício, org. CDD 796.480981 sumário apresentação eula dantas... more

Rio de Janeiro -2017 1. Jogos Olímpicos (31.: 2016: Rio de Janeiro, Brasil) -Aspectos sociais. I. Calabre, Lia, org. II. Cabral, Eula Dantas Taveira, org. III. Siqueira, Maurício, org. CDD 796.480981 sumário apresentação eula dantas taveira cabral competindo por soberania: identidade e representação nacional nos jogos olímpicos e paralímpicos rio 2016 e o caso do kosovo maurício drumond os jogos olímpicos na mídia brasileira eula dantas taveira cabral celebração da diversidade brasileira: uma visada sobre a preparação da cultura para os jogos olímpicos lia calabre e lilian lustosa memória dos jogos rio 2016: desafios metodológicos da construção de um acervo de história oral vivian fonseca e carla siqueira curadoria digital: um processo colaborativo nos acervos digitais dos jogos olímpicos e paralímpicos do rio de janeiro madalena schmid o acervo digital sobre as olimpíadas do rio 2016: uma experiência de gestão e divulgação do conhecimento científico na casa de rui barbosa leonardo magalhães firmino da vila autódromo aos jardins do rei: pobreza, mercado e habitação no rio de janeiro olímpico bruno amadei machado imaginado, vendido, transformado: produções e reproduções no rio de janeiro olímpico samuel thomas jaenisch, lucas gamonal barra de almeida e bruno amadei machado chapéu mangueira e babilônia: programa morar carioca e o legado das olimpíadas rio 2016 clarisse barroso silveira e debora santos gonçalves de bento olimpíadas, esporte e mercado -notas sobre o processo olímpico e suas consequências, para além das competições gustavo césar arêas de souza a construção da cidade olímpica carioca: o que ficará na memória? lucas pacheco campos 7 14 31 45 59 75 85 100 111 127 138 * É uma das coordenadoras gerais do projeto "Preservação da memória das Olimpíadas: processos e ações". É professora do Programa de Pós-Graduação em Memória e Acervos e trabalha com pesquisas e projetos no Setor de Políticas Culturais da FCRB (MinC). Tem pós-doutorado, doutorado e mestrado em Comunicação Social. Atua na sicos, termo aditivo e editais, 2 seleção dos 21 bolsistas, até reuniões com especialistas e parceiros, acompanhando cada atividade, tanto sob os ângulos burocrático, logístico, estratégico e político quanto sob o ângulo científico. Na área de pesquisa, dividiu-se o trabalho em cinco áreas, contando com todos os pesquisadores envolvidos no projeto: 1. Memória: Carla Siqueira e Vivian O projeto teve o apoio dos funcionários da FCRB, que se envolveram ativamente em todas as etapas, principalmente Adélia Cristina Zimbrão da Silva, Amanda Britto Siqueira, Alexandre Pires Domingues e Marcelo Viana Estevão de Moraes. Em relação às instituições apoiadoras, destacaram-se a Autoridade Pública Olímpica (APO) e a Fundação Getulio Vargas. Para entender como a memória dos Jogos Olímpicos ficará disponibilizada para as pessoas, Vivian Fonseca e Carla Siqueira mostram os desafios metodológicos da construção do acervo de história oral do projeto "Preservação da memória das Olimpíadas: projetos e ações". Registram como foi construído o banco de entrevistas com os atores sociais diversos envolvidos desde a constituição da candidatura do Rio de Janeiro como cidade-sede, os Jogos, em 2016, impactos e legados para o Brasil. Fazem "um balanço preliminar das potencialidades, dificuldades e do processo de criação desse acervo de depoimentos sobre a construção e realização do projeto olímpico no Brasil". Mas, qual a melhor tecnologia a ser usada para disponibilizar as pesquisas e atividades feitas no projeto? Para entender quais plataformas tecnológicas amigáveis foram usadas e a importância das tecnologias de informação e comunicação (TICs), Madalena Schmid e Leonardo Firmino mostram ao leitor como a tecnologia pode ser fundamental para auxiliar a sociedade na busca da informação. 1 DEL PRIORE, Mary Lucy. Festas e utopias no Brasil Colonial, p. 10. 2 THOMLISON, Alan; YOUNG, Christopher. National identity and global sports events: culture, politics, and spectacle in the Olympics and the football World Cup. 3 A relação entre esporte e identidades nacionais é um dos temas mais estudados dentro do campo da história do esporte. Como exemplos nacionais e internacionais desses estudos, podem-se apontar os trabalhos de Arnaud (El deporte, vehículo de las representaciones nacionales de los estados europeos), Arnaud e Riordan (Sport and international politics: the impact of fascism and communism on sport), Drumond (Futebol e política, nações em jogo), Dyreson (Globalizing the nation-making process: modern sport in world history), Santos e Melo (1922: celebrações esportivas do centenário), Sotomayor (The sovereign colony: olympic sport, national identity, and international politics in Puerto Rico), Thomlison e Young (National identity and global sports events: culture, politics, and spectacle in the Olympics and the football World Cup). maurício drumond A menor procura pela filiação ao Comitê Paralímpico Internacional é compreensível, levando-se em conta a menor popularidade dos esportes paralímpicos e as dificuldades encontradas para a organização de federações, instalações e campeonatos desses esportes. Sua menor atratividade comercial, se comparada a esportes olímpicos, também torna mais difícil a obtenção de patrocínios por seus atletas, a manutenção de centros de treinamento adequados e a atenção da mídia em geral. Some-se a isso a menor tradição dos Jogos Paralímpicos -se comparados aos Jogos Olímpicos -e do próprio Comitê Paralímpico Internacional, criado apenas em 1989, em relação ao Comitê Olímpico Internacional, ativo desde 1894. 15 Assim, diversos países que contam com comitês olímpicos nacionais estruturados, como Bolívia, Paraguai e Bangladesh, por exemplo, não possuem representação nos Jogos Paralímpicos. Por outro lado, Macau e Ilhas Faroe, Estados de autonomia limitada ligados à China e Dinamarca, respectivamente, possuem representações paralímpicas, ainda que não tenham sido aceitas como membros autônomos do movimento olímpico pelo COI, tendo as Ilhas Faroe conquistado uma medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de 1988, em Seul. Outras representações paralímpicas de Estados dependentes também estiveram presentes nos Jogos Rio 2016. Dessas, Hong Kong e Taipé Chinesa conquistaram medalhas no Rio de Janeiro, sendo que apenas Hong Kong conquistou medalhas de ouro -duas. Nas cerimônias de abertura e encerramento também puderam ser vistas as bandeiras de Aruba, Porto Rico, Palestina e das Ilhas Virgens dos Estados Unidos, que não conquistaram medalhas, mas puderam desfilar com seus símbolos nacionais em transmissão televisiva internacional. O limite do alcance midiático das Paralimpíadas, entretanto, torna esses momentos de expressão nacional muito menos significativos do que nos Jogos Olímpicos.