Geoprocessamento aplicado as questões Ambientais Research Papers (original) (raw)

Na sociedade atual, a Sociedade da Informação, o poder não mais é representado pela posse de territórios ou pelo controle de mercados, mas sim pela capacidade de produzir e utilizar informações. A informação passou a ser a principal fonte... more

Na sociedade atual, a Sociedade da Informação, o poder não mais é representado pela posse de territórios ou pelo controle de mercados, mas sim pela capacidade de produzir e utilizar informações. A informação passou a ser a principal fonte de poder na contemporaneidade.

A popularização da internet, e a proliferação de mídias e programas livres (com acesso a qualquer pessoa que tenha um computador ligado na rede mundial – internet), facilitaram em muito o fluxo de informações e a pulverização do conhecimento. Haja vista a importância que portais eletrônicos de busca e armazenagem de dados apresentam.

Mas não foi apenas a internet que se popularizou nessa onda, mas as ferramentas de geotecnologia também, como os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) e os Sistemas de Posicionamento Global (GPSs). O uso de geotecnologias se tornou cada vez mais comum e necessário em Estudos Ambientais, chegando ao ponto de ser uma das principais ferramentas. No entanto, poucos têm acesso e conhecimento para utilizar este tipo de ferramenta de forma gratuita (CHRISTOFOLETTI, 2002).

No Brasil, o INPE (Instituto Nacional de Informações Ambientais) foi um dos percussores na construção de um SIG democrático e livre. O SPRING (Sistema de Processamento de Informações Geográficas) e o TerraView são ótimos exemplos de programas para computador, desenvolvidos por aquele Instituto, que são gratuitos e de fácil acesso (INPE, 2006).

Os problemas ambientais mais localizados são gerados devido à desinformação da população generalizada em relação à conceitos básicos de Meio Ambiente e as Legislações Ambientais. Assim, a idéia de construir um portal na internet, com informações ambientais básicas, vêm como uma boa solução para a divulgação dessas informações no sentido de popularizar ainda mais os Sistemas de Informações Geográficas.

A escolha do palco dessa análise: a zona sul paulistana, mais especificamente o espaço físico delimitado pelo antigo município de Santo Amaro (anexado à capital do Estado de São Paulo em 1935) (BERARDI, 1981 e ZENHA, 1977). Deu-se em virtude de encontramos nesse Espaço, diversos elementos paisagísticos relevantes estrategicamente para o Estado de São Paulo e para o País; tanto do ponto de vista ambiental, como econômico, social e histórico, onde encontramos, dentre outros elementos, o rio Jurubatuba (margeado por ferrovias e vias expressas); a Macrozona Ambiental do Município de São Paulo, definida pelo Plano Diretor Estratégico da cidade; as represas Billings e Guarapiranga e seus respectivos mananciais; a Escarpa e o Parque Estadual da Serra do Mar; o Astroblema da Cratera de Colônia; as APA’s Capivari-Monos e Bororé-Colônia; o bairro da Colônia Paulista (antiga Colônia Alemã de 1829) (ZENHA, 1950); aldeias indígenas guarani (Tenondé Porá e Nhe’em Porá – Krukutu); o limite sul da mancha urbana da metrópole; o projeto do Anel Viário Metropolitano (Rodoanel Mário Covas); a Ferrovia Santos-Mairinque que escoa grande parte da produção agrícola brasileira para o porto de Santos; dentre outros elementos (CAPOBIANCO, 1998; CAPOBIANCO & WHATELY, 1998; e WHATELY & CUNHA, 2006).

Essa região apresenta uma diversidade paisagística ímpar, que vão do urbano ao florestal, passando por periferias da mancha urbana (ou áreas suburbanas), áreas rurais e Unidades de Conservação. Além disso, conforme elucidamos no parágrafo anterior, é uma área estratégica para o Estado de São Paulo e para o Brasil (R. SANTOS, 2003).

Não é foco da presente Pesquisa a discussão a respeito dos problemas ou uma análise das informações apresentadas, sua importância se restringe a disponibilizar a informação.

Assim, é uma área com diversos projetos governamentais estratégicos, e muito diagnosticada ambientalmente por diversos órgãos públicos, organizações civis e instituições de pesquisa como a SVMA, a SEMPLA, a EMPLASA, o IBGE, a DERSA, o ISA, o POLIS, a USP, dentre outros. Este fato é consideravelmente relevante, pois muitos dados já foram razoavelmente levantados por diversos órgãos e entidades. No entanto carece de serem disponibilizados ao público em geral, o que auxiliaria o Poder Público e a Sociedade a definirem metas, planos, legislações e projetos eficientes e eficazes.