História da escravidão no Brasil Research Papers (original) (raw)

CASTRO, Hebe M. Mattos de. Laços de família e direitos no final da escravidão. In: NOVAIS, Fernando A. (Org.). História da Vida Privada no Brasil 2: Império: a corte e a modernidade nacional. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.... more

CASTRO, Hebe M. Mattos de. Laços de família e direitos no final da escravidão. In: NOVAIS, Fernando A. (Org.). História da Vida Privada no Brasil 2: Império: a corte e a modernidade nacional. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. Cap. 7. p. 337-383. Fichamento Comentado • "Da independência do Haiti ainda no final do século XVIII à Lei Áurea no Brasil, as abolições constituíram talvez mais ampla e profunda transformação social nas Américas" (Castro, 1998, pág. 338) Comentário: As abolições, devido ao seu caráter desestruturados de uma sociedade já estruturada e que não aceita mudanças, é um dos grandes fatores. De uma transformação social, uma rápida transformação social • "Apesar disso, a continuidade da escravidão na jovem monarquia se fez fundamentada no direito positivo: o direito de propriedade dos seniores sobre seus escravos, assimilando estes, juridicamente, a simples mercadorias. Do ponto de vista legal, portanto, esvaziava-se a relação escravista de seu liame senhorial para enfatizar seu sentido comercial" (Castro, 1998, pág. 341) Comentário: Na monarquia brasileira a escravidão era parte fundamental e complexa para a. estruturação social brasileira, não apenas como uma relação de senhor e escravo, mas como propriedade, o cativo não é mais agora um empregado sem direitos, mas agora é uma propriedade do senhor, o descaracterizando-o do papel de humano. • "Em outras palavras, ao contrário da maioria das regiões escravistas da América, o Império dispensou o discurso 'científico' do tempo sobre as diferenças raciais para embasar a legitimidade da escravidão, não impondo qualquer restrição legal aos descendentes de africanos nascidos livres" (Castro, 1998, pág. 341) Comentário: Ao contrário de outras regiões, o brasil não aceitou a ideia de "superioridade racial" até então muito usada pelos. Países que ainda tinham um sistema escravista, apenas de propriedade, de coisa. Assim, de certeza forma, deixando o sistema vigente mais maleável. • "Como regra geral, o que se depreende da leitura desse processo [o caso de Antônio Ramos citado na página 342], bem como o de outros documentos similares, é que a palavra negro foi utilizada na linguagem coloquial, por quase todo o século XIX, como uma espécie de sinônimo de escravo ou ex-escravo, com variantes que definiam os diversos tipos de cativos, como africano-comumente chamado de "preto" até meados do século-ou o cativo nascido no Brasil-conhecido como 'crioulo'-, entre outras variações locais ou regionais." (Castro, 1998, pág. 342) Comentário: Podemos ver, de certa forma uma tentativa de tipificar o ex-escravo, ou arte mesmo. O escravo, os deixando a margem da sociedade, não como um componente, mas como um agregado social. • "Não se deve perder de vista que os escravos formavam geralmente uma minoria, em meio a uma população livre multiétnica e em grande parte composta de descendentes de africanos." (Castro, 1998, pág. 343) Comentário: interessante falar que os escravos já se tornavam uma minoria em. uma complexa sociedade no final do período imperial e consequentemente do sistema escravista, posto que