Infraestrutura De Integração Research Papers (original) (raw)

No ano 2000, foi lançada a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), incorporada no ano de 2008 ao Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN), iniciativas que retomaram o ideário integracionista pelo prisma territorial. Ambas as instâncias de planejamento seguiram o mesmo padrão de organização, um Portfólio (geral) com mais de 500 obras e uma Agenda (AIC e API) com 31 projetos considerados essenciais para a integração regional. Desta maneira, ao analisar a repercussão das obras no espaço, percebe-se que conforme modifica-se a ―escala geográfica‖ de análise identifica-se novos elementos. No âmbito continental destacam-se duas estratégias: 1- Na Região Setentrional, área abarcada pela floresta Amazônica, o foco foi a ampliação das infraestruturas de transporte existentes (destaque para hidrovias), mas especialmente a criação de novas Hidroelétricas, obras de grande dimensões que canalizaram importantes investimentos; 2- Já a Região Austral, área em que localiza-se o Pacto Andino (CAN) e principalmente o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), centralizou mais da metade das obras e investimentos, cujo foco foi o setor de transportes. Já ao reduzir a escala de análise, para a Região Austral, mas especificamente o caso do MERCOSUL, área abarcada no projeto pelo EID Mercosul-Chile, comprovamos a hipótese que as obras potencializam as interações espaciais (circulação de capitais, pessoas, informações e mercadorias) entre Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile. Por fim, ao restringir a escala da pesquisa ao caso brasileiro comprovou-se que essas obras ainda que possuam como foco áreas dinâmicas economicamente, ao ampliar a fluidez territorial resultaram em importante fator de desenvolvimento, cuja repercussão ocorreu em múltiplas escalas: nacional, regional, inter/intra-urbano.