Luta De Classes Research Papers (original) (raw)

A presente dissertação tem como objetivo analisar a incidência da Federação Anarquista Uruguaia (FAU) nas lutas sociais do Uruguai entre os anos 1968-1973. Fundada em 1956, a FAU se alimentou de uma grande influência de anarquistas como... more

A presente dissertação tem como objetivo analisar a incidência da Federação Anarquista Uruguaia (FAU) nas lutas sociais do Uruguai entre os anos 1968-1973. Fundada em 1956, a FAU se alimentou de uma grande influência de anarquistas como Malatesta e Bakunin, além de inúmeras experiências do movimento operário no país, como foi o caso dos sindicatos autônomos e os grêmios solidários. Posta na clandestinidade junto a outras organizações de esquerda em dezembro de 1967, a FAU seguiu desenvolvendo uma consistente atuação político-social. Nesse período, compreendido pela organização enquanto uma “ditadura constitucional”, ampliou de forma considerável seu raio de influência no movimento sindical e estudantil, conformando uma importante organização de massas, a Resistencia Obrero Estudiantil (ROE) além de impulsionar um campo de agrupações sindicais que sustentavam uma oposição de esquerda à política do Partido Comunista Uruguaio no movimento sindical, a Tendencia Combativa. Também participou ativamente no processo de unificação do movimento sindical, que culmina na conformação da Convención Nacional de Trabajadores (CNT). Além de galgar uma significativa expressão nas lutas de massas, a FAU também desenvolveu um pequeno, embora eficaz, aparato armado, a Organización Popular Revolucionaria 33 Orientales (OPR-33). Apesar de reivindicar expressamente a luta armada como via revolucionária, esta organização não abarcou nas teses do foquismo, que tanto influenciaram organizações no continente, sustentando um projeto de luta armada articulado e e dirigido por uma organização política, com incidência de massas. A luta armada era compreendida, portanto, enquanto uma expressão de auto defesa e impulso das lutas de massas.

"O terceiro artigo, de Daniel Cunha, trata da questão da luta de classes na teoria dos grupos alemães Krisis e Exit, tentando dissolver, através de uma análise imanente, a cristalização teórica que impede uma apreensão crítica de... more

"O terceiro artigo, de Daniel Cunha, trata da questão da luta de classes na teoria dos grupos alemães Krisis e Exit, tentando dissolver, através de uma análise imanente, a cristalização teórica que impede uma apreensão crítica de conceitos originalmente negativos como os de proletariado, classe e luta de classes, e que tende a um auto- ofuscamento de suas próprias pressuposições e consequências práticas. Daí o diálogo de seu título com os Últimos combates de Robert Kurz." (Do editorial da Sinal de Menos #1)

Texto publicado no site Outras Palavras e no Blog Somos Migrantes

Abatract: The present article proposes to discuss the question of the category of totality and its possible analytical contribution to the researches that deal with social movements, from the methodological writings of Marx and some of... more

Abatract: The present article proposes to discuss the question of the category of totality and its possible analytical contribution to the researches that deal with social movements, from the methodological writings of Marx and some of his followers (Korsch, Lukacs, Nildo Viana, etc.).

Este trabalho tem como objetivo analisar as práticas políticas anarquistas durante o período compreendido entre a Revolução Cubana e as ditaduras militares da Argentina, Brasil e Uruguai. Pretendemos no presente estudo analisar as... more

Este trabalho tem como objetivo analisar as práticas políticas anarquistas durante o período compreendido entre a Revolução Cubana e as ditaduras militares da Argentina, Brasil e Uruguai. Pretendemos no presente estudo analisar as transformações nos debates estratégicos
e políticos das organizações anarquistas desses países, assim como elucidar a influência da Revolução Cubana e da luta armada no interior do anarquismo. Servindo-nos de diferentes fontes documentais (cartas, entrevistas, jornais, folhetos e atas) e de um amplo debate historiográfico procuramos neste trabalho elucidar as transformações operadas na sua cultura política, as práticas junto a sindicatos, estudantes e movimentos populares. Pretendemos compreender os fatores em comum que afetaram o anarquismo nos três países e os fatores singulares, assim como, compreender comparativamente as relações, posições estratégicas e debates transnacionais entre as organizações anarquistas. A partir de uma análise baseada na História Política e na História Social e de diferentes procedimentos metodológicos procuramos mapear o campo político anarquista e o resultado da sua adesão ao que convencionamos chamar de gramática guerrilheira e ao latino-americanismo.

Brazilian capitalism traverse from 2015 until today (2019), one of its greatest crisis that occurs simultaneously in the plans of accumulation, the political scene, and institutions. This paper analyzes the crisis between Dilma Rousseff's... more

Brazilian capitalism traverse from 2015 until today (2019), one of its greatest crisis that occurs simultaneously in the plans of accumulation, the political scene, and institutions. This paper analyzes the crisis between Dilma Rousseff's impeachment in 2016 and the election victory of Captain Jair Bolsonaro in 2018. It seeks to show how the problems of accumulation-the result of an increasing conflict between capital and labor, of obstacles in the realization of merchandises and of external effects-have grown into a structural crisis due to the State's inability to reverse this trajectory. This Government-level difficulty stems from (i) the economic "consensus of foolishness" of the dominant sectors, (ii) the displacement of the "power center" of the Brazilian state into the hands of the Lava Jato ("Car Wash") federal police operation, and (iii) the loss of legitimacy of institutions. A significant part of this difficulty is the result of the anti-corruption mechanism (relaxation of legal regulation and generation of instability) used by Lava Jato. This mechanism, when set in motion, has generated a war of all against all in the country, in which foreign interests are the biggest beneficiaries so far.

Este ensaio corresponde ao arrazoado (revisto e ampliado) da conferência pronunciada pelo presente autor no IX Seminário de Análise do Discurso (SEAD), que tematizou a análise do discurso e suas condições de produção, realizado em... more

Este ensaio corresponde ao arrazoado (revisto e ampliado) da conferência pronunciada pelo presente autor no IX Seminário de Análise do Discurso (SEAD), que tematizou a análise do discurso e suas condições de produção, realizado em novembro de 2019, na Universidade Federal do Pernambuco. O objetivo da preleção em tela foi compartilhar algumas hipóteses no tocante à problematização de algumas ferramentas conceituais no espectro teórico marxiano/marxista, diante do desafio de dar repostas a alguns problemas políticos do nosso tempo, atinentes à questão da relação entre ideologia e luta de classes no capitalismo contemporâneo. Neste caso, abordamos a questão da luta de classes no contexto da racionalidade neoliberal no século XXI, sob a dominação do capital fictício (fiktives Kapital) enquanto forma social resultante do processo de substantivação e autonomização do valor (Wert). A hipótese primária assumida aqui é que a forma do valor (Wertform) enquanto razão econômica e social imanente ao conteúdo das relações sociais produzidas a partir do trabalho subjugado ao capital, produz determinações para as formas ideológicas desse conteúdo ser vivenciado subjetivamente pelos indivíduos na trama política da sociabilidade capitalista. Essas determinações fornecem uma nova morfologia ao caráter ideológico da luta de classes, a partir da nova morfologia do trabalho sob a dominação do capital fictício.

Uma análise acerca da dinâmica do fundo público é fundamental, não apenas no sentido de entender sua composição, mas também de identificar o destino desses recursos e o seu significado para a luta de classes. Para tanto, é imprescindível... more

Uma análise acerca da dinâmica do fundo público é fundamental, não apenas no sentido de entender sua composição, mas também de identificar o destino desses recursos e o seu significado para a luta de classes. Para tanto, é imprescindível ter em mente que, dada a regressividade na forma de arrecadação tributária brasileira, quando falamos no montante que compõe o fundo público, estamos falando em recursos que foram arrecadados mediante o pagamento de impostos por parte, fundamentalmente, da classe trabalhadora. A alocação de boa parte desse dinheiro nos circuitos que alimentam e ampliam as possibilidades de rentabilidade financeira significa uma transferência de recursos oriundos do trabalho para as mãos da burguesia financeira — nacional e internacional. Sendo assim, temos como objetivo neste artigo contribuir para o movimento de analisar a articulação entre a dívida e o fundo público em tempos de financeirização. Pretendemos, assim, discutir as especificidades em relação ao papel que a dívida pública cumpre atualmente no processo de produção e reprodução ampliada do capital.

A conjuntura de 1917 a 1919 foi marcada por uma intensa agitação trabalhista em Belém, com o empreendimento de dezenas de greves e manifestações coletivas dos trabalhadores desta cidade. Este artigo tem como objetivo analisar a... more

A conjuntura de 1917 a 1919 foi marcada por uma intensa agitação trabalhista em Belém, com o empreendimento de dezenas de greves e manifestações coletivas dos trabalhadores desta cidade. Este artigo tem como objetivo analisar a participação das mulheres no movimento operário deste contexto. Assim, com base na consulta de periódicos, tanto da grande imprensa comercial diária quanto dos jornais proletários, se mapeou os diversos movimentos paredistas empreendidos e protagonizados pelas trabalhadoras belenenses, bem como seu envolvimento nas greves gerais que eclodiram entre esses anos; verificou-se a presença delas nos sindicatos e associações classistas existentes, assim como a atuação de algumas delas enquanto articulistas e leitoras da imprensa operária – que, por sua vez, também levantava a temática da “emancipação feminina” em suas páginas – que circulou no período.

Esta coletânea reúne um conjunto de trabalhos que foram realizados, nos últimos nove anos, na pesquisa geral do Práxis: Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Estado e Luta de Classes na América Latina, na Unidade Acadêmica de Ciências... more

Esta coletânea reúne um conjunto de trabalhos que foram realizados, nos últimos nove anos, na pesquisa geral do Práxis: Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Estado e Luta de Classes na América Latina, na Unidade Acadêmica de Ciências Sociais e Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Campina Grande (PPGCS-UFCG). Com um projeto guarda-chuva que focava um tema original, os “governos pós-neoliberais” na América Latina, trabalhamos diferentes conteúdos de forma teórica e empírica que nos permitiu avançar na compreensão e socialização do conhecimento sobre um tema de relevância desde o ano de 1999, quando se formalizou o grupo. Trabalhamos a partir de debates teóricos como a crise capitalista mundial de 2008, uma crise orgânica, econômica, politica e social que se inicia na principal potência imperialista, bem como a recepção do marxismo na América Latina, partindo da análise das categorias teóricas marxistas, das relações entre Estado, poder político e classes sociais. Na esteira dessa reflexão, problematizamos a relação destes governos “pós-neoliberais” com a classe trabalhadora e os movimentos sociais, mediante o impacto de políticas sociais, o que chamamos de uma “ilusão desenvolvimentista” que se escondia através de outras diferentes nomenclaturas, a saber: neodesenvolvimentismo no Brasil e na Argentina; socialismo do século XXI na Venezuela; capitalismo andino ou socialismo comunitário na Bolívia; e que, como políticas de governo, essencialmente ocasionaram uma reprimarização ainda maior das economias latino-americanas.

Este artigo tenta encontrar o lugar do conceito de condições gerais de produção na compreensão dos problemas urbanos a partir da revisão bibliográfica da obra de Karl Marx, Manuel Castells, Jean Lojkine e João Bernardo, concluindo pela... more

Este artigo tenta encontrar o lugar do conceito de condições gerais de produção na compreensão dos problemas urbanos a partir da revisão bibliográfica da obra de Karl Marx, Manuel Castells, Jean Lojkine e João Bernardo, concluindo pela utilidade do conceito na compreensão dos problemas urbanos da atualidade.

A Península da Juatinga é a região mais isolada do município de Paraty-RJ e abriga diversos núcleos populacionais que se autorreconhecem como povos tradicionais caiçaras. Esses grupos enfrentam diversos conflitos socioambientais... more

A Península da Juatinga é a região mais isolada do município de Paraty-RJ e abriga diversos núcleos populacionais que se autorreconhecem como povos tradicionais caiçaras. Esses grupos enfrentam diversos conflitos socioambientais decorrentes dos diferentes modos de uso e apropriação do território e suas formas de regulação (especulação imobiliária, grilagem de terras, leis ambientais), ameaçando a permanência em seus territórios tradicionais. Diante do modelo de desenvolvimento econômico que se estabeleceu no município e sua inserção na dinâmica industrial capitalista, a educação escolar se tornou necessária como condição objetiva e material de existência desses povos, uma vez que a falta de escolas em algumas comunidades e a impossibilidade de concluir o ensino básico em outras comunidades têm trazido uma série de dificuldades, tais como: impossibilidade de tirar diversos documentos (como a carteira de pescador); a perda de benefícios do governo; pressão do conselho tutelar para a matrícula de crianças e jovens na escola; migração compulsória para outros lugares. A luta pela educação dos povos e comunidades tradicionais, como parte constitutiva de suas lutas pelo direito de reproduzirem seus modos de vida, está inserida no contexto da resistência contra o sistema do capital. Desta forma, esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a relação entre a luta pelo território tradicional dos povos caiçaras da Península da Juatinga e o acesso à educação formal, explicitando os conflitos territoriais que os expropriam dos seus meios de produção e a disputa em torno do projeto de educação pela conquista da hegemonia frente à expansão do capital em Paraty. Para tanto, foram realizadas entrevistas com caiçaras e lideranças locais, representante do Sindicato dos servidores públicos municipais de Paraty, professores que atuam nas escolas localizadas nas comunidades tradicionais, coordenadores das escolas e da Secretaria Municipal de Educação. A escola vem sendo reivindicada pelos povos tradicionais, mas a educação escolar não é uma realidade pronta, estando em disputa, cabendo às lutas sociais consolidá-la como uma instituição de fato pública. Evidencia-se uma clara disputa pelo projeto de educação em Paraty. De um lado, o poder público, através de parcerias públicas privadas, oferece uma educação escolar aligeirada vinculada à ideologia das classes dominantes, que através dos seus aparelhos privados de hegemonia, como a Fundação Roberto Marinho, o Instituto Alpargatas, o Comunitas e a Fundação Itaú Social, subordinam a classe trabalhadora ao empresariado, contribuindo, através da educação, para reproduzir uma ideologia de fim dos conflitos de classe, enfraquecendo a luta histórica dos movimentos sociais contra os mecanismos de expropriação e dominação social. Do outro lado, temos os povos tradicionais, organizados no Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT), que é um movimento de articulação entre os povos tradicionais indígenas, quilombolas e caiçaras de Angra do Reis-RJ, Paraty e Ubatuba-SP, lutando por uma educação que fortaleça não só o movimento, mas, principalmente, que garanta a permanência dos povos tradicionais em seus territórios, construindo uma outra hegemonia. Se antes a expulsão dos caiçaras de seus territórios se dava de modo violento (coerção), atualmente se dá basicamente por mecanismos materiais e ideológicos de convencimento (consenso) dos caiçaras para aderirem ao projeto hegemônico de sociedade. Tais mecanismos materiais envolvem dificuldades de continuarem exercendo suas práticas tradicionais, a negação de direitos sociais e a precarização dos seus modos de vida, que apoiados em uma malha discursiva, reproduzida pela educação escolar, difunde uma ideologia favorável à vida urbano-industrial como única opção, levando-os a deixar seus territórios em busca de acesso a políticas públicas e direitos, na certeza de melhores condições de vida na cidade.

Desde sua criação, marxismo21 tem se comprometido a publicar dossiês de textos digitalizados sobre as produções teóricas e as análises concretas orientadas pela teoria marxista. Ênfase especial tem sido dada à produção teórica produzida... more

Desde sua criação, marxismo21 tem se comprometido a publicar dossiês de textos digitalizados sobre as produções teóricas e as análises concretas orientadas pela teoria marxista. Ênfase especial tem sido dada à produção teórica produzida por intelectuais e militantes marxistas brasileira(o)s.
O tema do feminismo tem recebido atenção do coletivo que integra marxismo21 e já foi objeto de dois dossiês especiais. Referimo-nos ao dossiê sobre o pensamento de Heleieth Saffioti, publicado em março de 2016, que abriga o maior acervo digital de obras desta importante intelectual brasileira, estudiosa e militante da causa feminista, além de trabalhos que discutem a sua obra; e ao dossiê “marxismo, sexualidade e gênero”, lançado em maio de 2017, que conta com uma série de textos que abordam as questões de gênero e de sexualidade e o debate feminista.
Com o objetivo de aprofundar e estimular a discussão acerca deste tema incontornável para a luta d(a)os socialistas, o blog marxismo21, em meados de fevereiro de 2020, engajou-se na organização do dossiê Os desafios do feminismo marxista na atualidade. Para isso, convidou várias militantes, intelectuais e pesquisadoras que têm se dedicado ao estudo das relações entre feminismo e marxismo a fim de que elaborassem um pequeno artigo, num prazo de cerca de 45 dias, que abordasse parte ou a íntegra das seguintes questões: “1) Qual é especificidade do feminismo marxista? É possível falar em feminismos marxistas?; 2) Quais são os pontos de proximidade e contradição do feminismo marxista com as demais correntes feministas, sejam as anticapitalistas ou as burguesas liberais?; 3) O que se vislumbra na conjuntura atual da luta feminista diante da ofensiva do conservadorismo moral?; 4) Qual papel podem desempenhar as feministas na luta contra o governo Bolsonaro e sua base de apoio?; 5) Quais são as possibilidades e as dificuldades para a luta feminista se converter num movimento popular massivo no Brasil?”.

Ensaios de interpretação marxista sobre a política racialista para o Brasil

Resumo: Traduzido ao português, em 1982, Ser escravo no Brasil, de Kátia de Queirós Mattoso, apresentou síntese da escravidão no Brasil, do aprisionamento do cativo na África até sua eventual libertação, no Brasil, pela alforria e pela... more

Resumo: Traduzido ao português, em 1982, Ser escravo no Brasil, de Kátia de Queirós Mattoso, apresentou síntese da escravidão no Brasil, do aprisionamento do cativo na África até sua eventual libertação, no Brasil, pela alforria e pela Abolição. Seguindo as grandes teses de Gilberto Freyre, de 1933-36, o livro restringiu a resistência ao cativo incapaz de adaptar-se à sociedade brasileira paternalista, que lhe prometia mesa farta, pouco trabalho e raramente castigo. O trabalho deslocava a resistência-oposição pela integração consensual entre exploradores e explorados que teria garantido a paz social no país. O presente artigo ensaia crítica geral sumária a esse trabalho clássico, de ampla influência em nossa historiografia especializada. Palavras-chave: Escravidão; Resistência servil; Historiografia

Os povos tradicionais caiçaras da Península da Juatinga, região ambientalmente bem conservada e a mais isolada de Paraty-RJ, enfrentam diversos conflitos socioambientais decorrentes da expansão capitalista sobre os seus territórios,... more

Os povos tradicionais caiçaras da Península da Juatinga, região ambientalmente
bem conservada e a mais isolada de Paraty-RJ, enfrentam diversos conflitos socioambientais
decorrentes da expansão capitalista sobre os seus territórios, modificando seus modos de
vida e impedindo ou dificultando a sua reprodução material e simbólica. Com isso, a
educação escolar se tornou necessária como condição objetiva de existência desses povos,
uma vez que a falta de escolas e ausência de conhecimentos científicos têm trazido uma série
de dificuldades, incluindo a manutenção de suas práticas tradicionais (seus trabalhos). Este
artigo tem como objetivo discutir a relação entre a luta pelo território tradicional e o acesso
à educação formal, tendo Gramsci como referencial teórico. A escola vem sendo
reivindicada pelos povos tradicionais, mas a educação escolar não é uma realidade pronta,
estando em disputa, cabendo às lutas sociais consolidá-la como uma instituição de fato
pública. Evidencia-se uma clara disputa pelo projeto de educação em Paraty. De um lado, o
poder público, através de parcerias públicas privadas, oferece uma educação escolar
aligeirada vinculada à ideologia das classes dominantes, que através dos seus aparelhos
privados de hegemonia, como a Fundação Roberto Marinho, o Instituto Alpargatas, o
Comunitas e a Fundação Itaú Social, subordinam a classe trabalhadora ao empresariado,
contribuindo, através da educação, para reproduzir uma ideologia de fim dos conflitos de
classe, enfraquecendo a luta histórica dos movimentos sociais contra os mecanismos de
expropriação e dominação social. Do outro lado, temos os intelectuais orgânicos dos povos
tradicionais, organizados no Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT), que é um
movimento de articulação entre os povos tradicionais indígenas, quilombolas e caiçaras de
Angra do Reis-RJ, Paraty e Ubatuba-SP, lutando por uma educação que fortaleça não só o
movimento, mas, principalmente, que garanta a permanência dos povos tradicionais em seus
territórios, construindo uma outra hegemonia. Se antes a expulsão dos caiçaras de seus
territórios se dava de modo violento (coerção), atualmente se dá basicamente por
mecanismos materiais e ideológicos de convencimento (consenso) dos caiçaras para
aderirem ao projeto hegemônico de sociedade. Tais mecanismos materiais envolvem
dificuldades de continuarem exercendo suas práticas tradicionais, a negação de direitos
sociais e a precarização dos seus modos de vida, que apoiados em uma malha discursiva,
reproduzida pela educação escolar, difunde uma ideologia favorável à vida urbano-industrial
como única opção, levando-os a deixar seus territórios em busca de acesso a políticas
públicas e direitos, na certeza de melhores condições de vida na cidade.

Da constatação de perversas regularidades no modo de punir no Brasil, como a homogeneidade do perfil da população prisional e seu exponencial crescimento na última década, e, em nível global, a adoção da prisão como pena determinada por... more

Da constatação de perversas regularidades no modo de punir no Brasil, como a homogeneidade do perfil da população prisional e seu exponencial crescimento na última década, e, em nível global, a adoção da prisão como pena determinada por lei nas mais diversas sociedades, buscou-se primeiro em Georg Rusche e Otto Kirchheimer e depois em Michel Foucault uma explicação genealógica do moderno poder punitivo. Apreendida a influência que as formas mercantis exerceram sobre as formas jurídicas no estabelecimento do modo de produção capitalista, foi necessário voltar-se a Karl Marx e Evgeny Bronislavovich Pachukanis para compreender esta ascendência em profundidade. Assim, o método materialista histórico dialético tornou-se o condutor das análises empreendidas. Elementos do modo de funcionamento do poder punitivo, determinantes de seu formato atual, foram destacados de seu movimento prático para serem reconstituídos teoricamente com o auxílio de análises críticas de cunho histórico, sociológico e criminológico. Este empreendimento intelectual se deu para compreender a dinâmica das relações entre o capital, a lei penal e a justiça criminal no Brasil, e, ao fim, para conjecturar a medida da possibilidade de uma sociedade sem prisões.

Segundo o cientista político André Singer (2012) o ano da reeleição de Lula da Silva como presidente do Brasil teria marcado o surgimento de um novo fenômeno na política brasileira, o “lulismo”. Lula teria vencido o pleito, em grande... more

Segundo o cientista político André Singer (2012) o ano da reeleição de Lula da Silva como presidente do Brasil teria marcado o surgimento de um novo fenômeno na política brasileira, o “lulismo”. Lula teria vencido o pleito, em grande medida, devido aos votos de pessoas de baxíssima renda, as quais o autor passou a agrupar sob a categoria de “subproletariado”. O subproletariado, que desde a redemocratização em 1985 sempre teria votado, em sua maioria, em candidatos à direita de Lula, passou a sustentar eleitoralmente o lulismo, uma vez que o mesmo padrão de votação se repetiu na vitória de Dilma Rousseff, sucessora de Lula na presidência. Segundo Singer tal padrão eleitoral também teria uma sustentação ideológica, pois a ideologia do subproletariado, que combinaria elementos de esquerda, mudança social, e direita, manutençãoo da ordem social e econômica, seria encampada pelo projeto lulista. Porém, tendo em vista a ascensão social dos segmentos de baxíssima renda que ocorreu a partir de 2004, ainda no primeiro governo Lula, os quais passaram a ser compreendidos como “nova classe média” (Neri, 2008; Lamounier de Souza, 2010), “nova classe trabalhadora” (Souza, 2010) ou ainda como classes trabalhadoras em ascensão (Pochmann, 2012), o que seria possível dizer a respeito da adesão eleitoral e ideológica destes setores ao projeto lulista, uma vez que, teoricamente, teriam deixado de ser subproletários? Se estas pessoas apoiassem Lula, isso reverteria em votos a outros candidatos de oposição ao governo como faz a maior parte da classe média tradicional? Para tentar responder estas e outras perguntas, durante dois anos realizei uma etnografia na Brasilândia, um bairro de periferia da cidade de São Paulo localizado na Zona Noroeste, durante a qual fiz entrevistas em profundidade com dezessete pessoas que haviam ascendido socialmente durante os governos Lula. As entrevistas foram feitas em 2011, um ano não-eleitoral, e em 2012, um ano de eleições municipais em que Fernando Haddad, candidato do PT apoiado por Lula, saiu vitorioso com expressiva votação dos moradores mais pobres da cidade.

Resenha do livro, Quilombismo, de Abdias de Nascimento, publicado no semanário Em Tempo, de São Paulo, em 3 a 16/07/1980, durante a Ditadura Militar [1964-1985]. Apresenta o livro como parte das visões radialistas e racistas trazidas... more

Resenha do livro, Quilombismo, de Abdias de Nascimento, publicado no semanário Em Tempo, de São Paulo, em 3 a 16/07/1980, durante a Ditadura Militar [1964-1985]. Apresenta o livro como parte das visões radialistas e racistas trazidas diretamente dos Estados Unidos, com objetivo de dividir e debilitar o movimento social então em reorganização.

O presente artigo realiza breve síntese das representações historiográficas sobre a confederação do quilombo de Palmares, desde sua destruição, até a publicação da obra de Édison Carneiro, "O quilombo de Palmares", em 1946. Aborda,... more

O presente artigo realiza breve síntese das representações historiográficas sobre a confederação do quilombo de Palmares, desde sua destruição, até a publicação da obra de Édison Carneiro, "O quilombo de Palmares", em 1946. Aborda, sobretudo, as superações epistemológicas realizadas pelo marxista e surrealista francês Benjamin Péret, em seu estudo sintético sobre Palmares, realizado a partir da obra de Édison Carneiro.

Monografia para conclusão do Bacharelado em História pela Universidade Federal de Goiás

A liberdade é um sonho que acompanhou a história da humanidade. Não se trata de um sonho eterno e que sempre existiu, pois a luta pela liberdade só surge quando ela fica ausente. O surgimento da sociedade de classes marca o nascimento da... more

A liberdade é um sonho que acompanhou a história da humanidade. Não se trata de um sonho eterno e que sempre existiu, pois a luta pela liberdade só surge quando ela fica ausente. O surgimento da sociedade de classes marca o nascimento da exploração e dominação que enclausuram os seres humanos em suas próprias criações sociais. Os seres humanos criam deuses, mercado, dinheiro, propriedade privada, estado, igrejas, partidos políticos, instituições, para suprimir sua própria liberdade. Alguns se sentem à vontade na prisão social instaurada, tal como a classe dominante e suas classes auxiliares. A emergência da sociedade capitalista significa uma nova forma de prisão, escura e asfixiante. A classe capitalista e a burocracia se sentem à vontade nessa prisão, pois é dela que vem sua força e eles assumem o papel de carrascos e carcereiros. Assim como uma prisão traz doenças e destruição, o domínio do capital traz graves desequilíbrios psíquicos, miséria, destruição ambiental, entre diversos outros efeitos que marcam um capítulo nefasto da história da humanidade, no qual nunca se produziu tantos bens materiais e nunca se destruiu de forma tão avassaladora; nunca o desenvolvimento tecnológico foi tão intenso e nunca seu uso foi tão egoísta e limitado. O capitalismo é uma sociedade fundada na exploração e na dominação, cujo objetivo da produção é o lucro e não a satisfação das necessidades humanas. A dinâmica da acumulação capitalista mostra o caráter destrutivo do capitalismo, sempre ávido em cada vez mais acumular, sugando o sangue dos trabalhadores, esgotando as energias psíquicas dos indivíduos, degradando o meio ambiente com um processo de extração sem fim para a produção de bens supérfluos que geram lucro e com o lixo dos produtos descartáveis produzidos. Porém, isto tudo gera sua negação. A negação do capitalismo é expressa principalmente no proletariado, bem como em outras classes exploradas e setores da sociedade. A luta operária promove um avanço no sentido da auto-organização e autoformação, preparando os trabalhadores para a revolução proletária e a libertação humana das garras do capitalismo. A autogestão das lutas é a prefiguração da autogestão social. A utopia autogestionária é um sonho realizável, possível, cuja possibilidade está dada, faltando apenas este processo de luta para desencadear sua realização. Neste sentido, todos devem lutar, em todos os lugares. A luta é uma necessidade para aqueles que entenderam a exigência humana de uma transformação radical da sociedade e que a autogestão social é a única alternativa viável para a humanidade. Esta luta é ampla e radical, tal como seu objetivo, no sentido da liberdade. É, inclusive, uma luta contra si mesmo, contra a cultura, valores, mentalidade, sentimentos, todos herdados da sociedade capitalista, fundada na competição, mercantilização e burocratização. Assim, o que importa não é o que o indivíduo faz de si e sim o que faz daquilo que fizeram dele, tal como já dizia Sartre. A sociedade autogerida é uma forma radicalmente diferente de viver e daí muitos possuem dificuldade até de pensá-la. As experiências históricas já mostraram sua possibilidade e algumas de suas características, bem como a teoria revolucionária produzida por alguns pensadores, inclusive se baseando em tais experiências, como Marx, Pannekoek e outros. O Manifesto Autogestionário aborda estas questões, mostrando a dinâmica do capitalismo e suas contradições, a ameaça da contrarrevolução burocrática, a autogestão das lutas operárias, o papel dos militantes autogestionários e algumas características da futura sociedade autogerida. Sendo assim, é uma arma de luta, que, juntamente com milhares de outras, empunhadas por seres humanos que querem a libertação humana, deve contribuir para a realização da autogestão social.

Abordagem crítica e sintética do status do trabalhador escravizado na historiografia brasileira, da Colônia até os dias atuais. Discussão sobre a razão da atual hegemonia das visões revisionistas sobre o passado escravista do Brasil

A fuga constituiu uma das principais formas de resistência do trabalhador escravizado. O combate pelos escravistas da tentativa de fuga do cativo determinou a economia, a legislação, o comportamento, a arquitetura, etc. das sociedades... more

A fuga constituiu uma das principais formas de resistência do trabalhador escravizado. O combate pelos escravistas da tentativa de fuga do cativo determinou a economia, a legislação, o comportamento, a arquitetura, etc. das sociedades escravistas. Quanto ao escravismo colonial brasileiro, o fenômeno precedeu a própria introdução maciça de africanos escravizados nas colônias luso-americanas, a partir de 1560, constituindo-se a seguir fenômeno endêmico até o final da instituição. A fuga dos cativos das fazendas cafeiculturas paulistas pôs fim à instituição.

O problema da organização sempre acompanhou o movimento revolucionário do proletariado e suas expressões teórico-políticas. Como os trabalhadores devem ser organizar? Como os militantes revolucionários se organizam? Duas questões,... more

O problema da organização sempre acompanhou o movimento revolucionário do proletariado e suas expressões teórico-políticas. Como os trabalhadores devem ser organizar? Como os militantes revolucionários se organizam? Duas questões, complementares e que são fundamentais para se pensar a práxis revolucionária. Assim, o propósito que nos colocamos aqui é discutir e colocar algumas questões e posicionamentos que abre espaço para se pensar a organização revolucionária, ou seja, a organização dos militantes revolucionários. Organizamos o texto da seguinte forma. Inicialmente fazemos uma breve discussão sobre algumas das principais teorias da organização revolucionária. Neste contexto, resgatamos alguns elementos do pensamento de Marx, Rosa Luxemburgo, Gorter, Rühle, Pannekoek, sem o objetivo de retomar a totalidade de suas ideias sobre organização, mas selecionando apenas os aspectos que nos interessam com mais intensidade para nossa discussão posterior. Posteriormente, apresentamos uma breve discussão sobre as organizações burocráticas e sua recusa, entrando tanto no processo de constituição das ideologias que nascem a partir delas quanto de suas práticas e consequências sociais. A partir daí passamos a analisar as organizações proletárias, elemento importante por ser referência para pensarmos a organização revolucionária e também para discutirmos a necessidade de dupla organização ou organização unitária. O passo seguinte é analisar a organização revolucionária e destacar um determinado modo de concebê-la, como expressão política do proletariado e, portanto, em seu processo social e histórico e ligação indissolúvel com o movimento revolucionário do proletariado, o que significa descartar sua autonomização e separação do movimento revolucionário do proletariado. Isto permite passar para a discussão seguinte, que é a questão da organização interna, o que remete para a questão da decisão coletiva e autodisciplina, entrando em questões como a da liberdade individual e compromisso coletivo. Uma vez estabelecido estas reflexões, falta discutir a relação da organização revolucionária com o proletariado e a sociedade civil (movimentos sociais, etc.). Aqui reside uma questão importante, que remete ao momento da ação da organização revolucionária sobre as lutas sociais existentes.

Antologia de Karl Marx e Friedrich Engels sobre o conceito de classe

O tema geral desta monografia é a atuação política e ideológica do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville. A rigor analisamos o desenvolvimento industrial e a constituição da classe operária de Joinville, a trajetória histórica do... more

O tema geral desta monografia é a atuação política e ideológica do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville. A rigor analisamos o desenvolvimento industrial e a constituição da classe operária de Joinville, a trajetória histórica do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville, a influencia da CUT e de correntes do Partido dos Trabalhadores nas direções sindicais e, por fim, sua atuação e o posicionamento diante do primeiro governo Dilma Rousseff (2011-2014). Embora vetada pela estrutura sindical oficial brasileira, a aliança entre sindicatos e partidos políticos mostrou-se fundamental para o surgimento do “novo sindicalismo” e, de acordo com nosso estudo, para se entender a inflexão na trajetória política do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville. A partir dos anos de 1980, sob influencia de setores de esquerda católicos, orientados pela Teologia da Libertação, da CUT e do Partido dos Trabalhadores, começa a se gestar uma transformação no Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville que rompe com peleguismo assumindo um sindicalismo reivindicativo e grevista, durante os anos 1990. Entretanto, nos anos 2000, durante os governos do Partido dos Trabalhadores nos âmbitos federal e, localmente, em Joinville (2009 2012), a aliança entre sindicato e partido acaba por se revelar um freio à atuação combativa do Sindicato dos Metalúrgicos, na medida em que a entidade optará pela negociação em detrimento da confrontação. Esta prática, todavia, não impediu que movimentos “espontâneos” fossem realizadas colocando por vezes a direção sindical para negociar a pauta de greves deflagradas no chão de fábrica.
Palavras-chave: Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville; Partido dos Trabalhadores; Relação Partidos e Sindicatos.

Se o "encarceramento em massa" é um dos símbolos do Estado Penal, usado contra cidadãos que insurgem contra a ordem, motivados por algum tipo de descontentamento, a solução para o encarceramento em massa seria a garantia da plenitude do... more

Se o "encarceramento em massa" é um dos símbolos do Estado Penal, usado contra cidadãos que insurgem contra a ordem, motivados por algum tipo de descontentamento, a solução para o encarceramento em massa seria a garantia da plenitude do Estado de Direito? Mas o que seria na prática esse Estado de Direito? Seria o sinônimo de uma Democracia Burguesa, eurocêntrica, machista e cristã no Brasil? Seria possível uma efetiva democracia em um país onde o capitalismo se organiza através de alianças com os mais diversos elementos antidemocráticos? Qual a função do racismo nesta equação? As disputas ideológicas que envolvem esses temas estão muitas vezes ancoradas em terrenos conceituais mo-vediços que nos prejudicam uma apreensão real do pro-blema, dificultando o estabelecimento de uma práxis efe-tivamente emancipatória. Sem a pretensão de esgotar esse debate, proponho neste ensaio, esboçar uma reflexão crítica sobre os conceitos de Criminalização da Pobreza, Estado Penal e e Encarceramento em Massa, para, em seguida, discutir as relações recíprocas entre capitalismo e racismo na sociedade brasileira..

Esta resenha apresenta a obra da escritora e militante estadunidense Angela Davis Mulheres, raça e classe (2016), a qual, como indica o próprio título, intersecciona mulheres, raça e classe, aprofundando discussões como: condição da... more

Esta resenha apresenta a obra da escritora e militante estadunidense Angela Davis Mulheres, raça e classe (2016), a qual, como indica o próprio título, intersecciona mulheres, raça e classe, aprofundando discussões como: condição da mulher no período da escravidão; ligação entre a luta feminista e movimento antiescravagista; racismo e sexismo; direito das mulheres e questões de raça em uma sociedade de classes; a influência das mulheres na esquerda marxista; estupro e racismo; direitos reprodutivos e; a questão do trabalho doméstico na perspectiva de classe. Pautada no pensamento marxista, a autora aborda as três categorias (mulheres, raça e classe) sem hierarquizar os modos de opressão e defende que as lutas pelos direitos das mulheres e antirracistas devem vislumbrar o fim do capitalismo.

Existe una conexión indirecta entre las protestas masivas de junio de 2013 y el ciclo ascendente de luchas y huelgas de los trabajadores en Brasil, ya que este episodio multitudinario surge en medio de un proceso ya iniciado y, al mismo... more

Existe una conexión indirecta entre las
protestas masivas de junio de 2013 y el
ciclo ascendente de luchas y huelgas de
los trabajadores en Brasil, ya que este
episodio multitudinario surge en medio
de un proceso ya iniciado y, al mismo
tiempo, lo impulsa. El recurso a la huelga,
como arma para enfrentar los bajos salarios,
la pérdida de derechos y las pésimas
condiciones de trabajo, volvió a ser un
instrumento de lucha a pesar, o a contrapelo,
de las tradiciones y las prácticas
de las principales direcciones sindicales.
En la manifestaciones de junio de 2013
prevaleció un perfil de jóvenes precarios
con bajos salarios y, no obstante, sus demandas
tenían contenidos universales
y clasistas: transporte, salud, educación,
libertad de expresión y de manifestación,
contra la represión policiaca y los monopolios
de los medios de comunicación
de masa. Actualmente, en los meses siguientes
al mundial del fútbol, el número
y el impacto de las huelgas no se está
repitiendo, posiblemente por la escalada
represiva y criminalizante contra los militantes
de los movimientos sociales.

O artigo visa analisar o modelo político-econômico neodesenvolvimentista, buscando desnudar a correlação de forças que possibilitou sua implantação e que levou a mudanças significativas no contexto nacional. Procuramos relacionar a... more

O artigo visa analisar o modelo político-econômico neodesenvolvimentista, buscando desnudar a correlação de forças que possibilitou sua implantação e que levou a mudanças significativas no contexto nacional. Procuramos relacionar a política econômica do governo, ao longo dos últimos anos, com os movimentos das frações da classe dominante brasileira, a conjuntura internacional e o desempenho econômico que tem influenciado diretamente estas políticas. Assim, busca-se demonstrar que a política nacional foi determinada, neste período, principalmente pela disputa entre setores da classe dominante. Disputa esta que se realizou devido à contestação da hegemonia neoliberal no Brasil, sustentada pela fração financeira e que passou a ser contrabalanceada por uma política neodesenvolvimentista, que buscou, no governo federal e na cooptação das classes subalternas, romper com o domínio dos setores financeiros. Esta disputa leva o país a uma crise política de grandes proporções, que culminou na queda do governo Dilma e na erosão do neodesenvolvimentismo.

Trata-se da análise crítica e contextualização histórica deste importante documento da história contemporânea, escrito nos anos 1970, nos Estados Unidos. Texto publicado na revista Marx & o Marximo, vol.4, n.7, jul/dez de 2016. p.343-360.... more

Trata-se da análise crítica e contextualização histórica deste importante documento da história contemporânea, escrito nos anos 1970, nos Estados Unidos. Texto publicado na revista Marx & o Marximo, vol.4, n.7, jul/dez de 2016. p.343-360. Link da revista: http://www.niepmarx.blog.br/revistadoniep/index.php/MM/issue/view/8.