Urban Morphogenesis Research Papers - Academia.edu (original) (raw)
Resumo: O objectivo da salvaguarda dos bens patrimoniais é a consolidação de traços identitários dos nossos antepassados. O homem necessita de memória histórica, ou seja, de interiorização do passado; como ser cultural, ele não poderá... more
Resumo: O objectivo da salvaguarda dos bens patrimoniais é a consolidação de traços identitários dos nossos antepassados. O homem necessita de memória histórica, ou seja, de interiorização do passado; como ser cultural, ele não poderá evoluir sem o sentimento das tradições. A evocação e a invocação da História, de necessidade vital para o futuro do homem como essência histórica, não podem extinguir-se. É um facto social incontestado que os cidadãos têm consciência do valor histórico e da riqueza etnográfica da sua herança colectiva, espelho e vector da sua identidade, mobilizando-se com determinação assumida nas tarefas urgentes da sua defesa. Com estes combates e manifestações de vigoroso dinamismo intenta-se preservar, para as gerações vindouras, a precariedade dos vestígios materiais de milénios de história humana e de entidade cultural. O conceito alargado de memória cultural relaciona-se com todas as áreas da moderna percepção de defesa do património, desde a clássica área da conservação e restauro do património arqueológico à conservação de um monumento técnico. Ele encerra a força e o valor da tradição com o testemunho dos valores estéticos e éticos inerentes. Preservar e documentar o passado e a identidade histórica significa declarar-se também partidário da coexistência qualificada do novo na História, mercê de um diálogo articulado e mutuamente benéfico com a actualidade, com a 'nova vida' e exigências socioculturais e com as consequentes transformações da arquitectura, perante as oportunidades e capacidades do desenvolvimento da ciência e das inovações tecnológicas. A salvaguarda do património arquitectónico é considerada como um modo de defesa global do ambiente que não se preocupa só com a protecção do espaço vital natural, mas também com a do espaço vital colectivo desenhado pelo homem no decurso da sua existência. Não faltam, por isso, normas e directivas internacionais apelando todas para a necessidade de salvaguarda integrada da herança comunitária.
Abstract: The goal of safeguarding historical heritage is to consolidate the identity traits of our ancestors. Man needs historical memory, that is, of interiorization of the past; as a cultural being, it can not evolve without the feeling of traditions. The evocation of history, of vital necessity for the future of man as a historical essence, can not be extinguished. It is an uncontested social fact that citizens are aware of the historical value and ethnographic richness of their collective heritage, mirror of their identity, mobilizing with determination in the urgent tasks of their defense. With these manifestations of vigorous dynamism we try to preserve for the generations to come the precariousness of the material vestiges of millennia of human history and of cultural entity. The broad concept of cultural memory is related to all areas of the modern perception of heritage defense, from the area of conservation and restoration of the archaeological heritage to the conservation of a technical monument. It closes the strength and value of tradition with the witness of inherent aesthetic and ethical values. Preserving the past and the historical identity means to declare itself also a partisan of the qualified coexistence of the new in history, through an articulated dialogue with the present, with the 'new life' and sociocultural requirements and with the consequent transformations of architecture, given the opportunities and capacities of the development of science and technological innovations. The safeguarding of the architectural heritage is considered as a global defense of the environment which is not only concerned with the protection of the natural living space but also with the collective life space designed by man in the course of his life. That is why international norms are not lacking, all appealing to the need for an integrated safeguard of the community heritage.