modernismo no Brasil Research Papers (original) (raw)

Em co-autoria com Alexandre Prudente Piccolo. Contos de norte a sul do Brasil aqui reunidos apresentam variados retratos nacionais dentre os anos 1890 e 1940. As lendas do boto e do lobisomem, os causos do interior mineiro e goiano, as... more

RESUMO O painel Guernica de Picasso é uma das obras mais vistas e influentes do século XX. Mais do que simplesmente uma obra de arte moderna decisiva, sua imagem marcou o imaginário do século, tornando-se quase uma imagem-símbolo de... more

RESUMO
O painel Guernica de Picasso é uma das obras mais vistas e influentes do século XX. Mais do
que simplesmente uma obra de arte moderna decisiva, sua imagem marcou o imaginário do
século, tornando-se quase uma imagem-símbolo de problemas extra-artísticos como as
guerras, a injustiça social, etc. Ao mesmo tempo, sua vinda ao Brasil para a Bienal de 1953,
centraliza um debate que já havia se iniciado e que terá consequências fundamentais para a
história da arte brasileira: o debate entre figurativos e abstratos. Dos anos 50 até pelo menos
os anos 1980, o quadro será elemento de polêmicas e de recontextualizações expressivas no
debate artístico e político local, tanto quanto o foi no resto do mundo. Este artigo discute as
circunstâncias históricas e os usos que deram à imagem desta obra de Picasso sua força
permanente no imaginário social e na cultura artística e política contemporânea.
PALAVRAS-CHAVE: Guernica; Picasso; imagem.
ABSTRACT
Picasso´s panel, Guernica, is one of the most seen and influential work of art of the twentieth
century. More than simply an important modern work of art, its image marked the imaginary of the
century, becoming almost an image-symbol of extra-artistic ´s problems as wars, social injustice,
etc. At the same time, its exhibitions in Brazil during the Biennial of art in 1953, centralized a
discussion that had already been started and that would have some fundamental consequences to
Brazil´s history of art: the debate between figurative and abstractive. From the fifties until at least
the 1980´s, Guernica would be an element of controversy and of expressive recontextualisetion in
the artistic debate and local politics, as it was all over the world. This article discusses the historical
circumstances and the uses that gave to the image of this Picasso´s work its permanent strength in
the social imaginary, in the artistic culture and in the contemporary politics.
KEY WORDS: Guernica; Picasso; image.

Um ensaio sobre o gênero do terror presente no conto "O Dedo", de Lygia Fagundes Telles

O presente artigo busca refletir sobre a arquitetura modernista em Juiz de Fora, Minas Gerais, com foco nas habitações localizadas no bairro Bom Pastor. Construído na década de 1940 para ser local de residência dos grupos mais abastados... more

O presente artigo busca refletir sobre a arquitetura modernista em Juiz de Fora, Minas Gerais, com foco nas habitações localizadas no bairro Bom Pastor. Construído na década de 1940 para ser local de residência dos grupos mais abastados da sociedade, o bairro incorporou a estética modernista, sendo interessante ressaltar que a praça do bairro recebeu, originalmente, projeto de Burle Marx. Além do Bom Pastor, Juiz de Fora conta com diversas expressões do modernismo arquitetônico, bem como de artistas e intelectuais de outras áreas, sendo que na arquitetura seu representante mais projetado nacionalmente é Arthur Arcuri. Logo, tendo em vista a importância do modernismo no município, também refletiremos sobre a preservação dessas edificações, já que um dos mais autênticos projetos de Arcuri suscitou intensos debates ao não ter seu pedido de tombamento aprovado: a residência que se localizava à rua Brás Bernardino, que contava com cinco painéis do artista plástico Guima, demolida em 2005. Como também, a recente deliberação pelo não tombamento da residência projetada em 1951 no atual bairro Nossa Senhora de Lourdes, após dez anos com processo municipal de tombamento em aberto. Pretende-se, portanto, analisar a experiência arquitetônica modernista na cidade de Juiz de Fora, com ênfase nas residências localizadas no Bairro Bom Pastor, além de promover reflexão sobre a valorização conferida a essas edificações nos dias atuais, verificada pelo interesse em proteger e preservar exemplares dessa tendência e pelas disputas desencadeadas nesse processo.

Dentre as numerosas utopias provincianas que habitam o imaginário dos pernambucanos, uma das mais recorrentes é a crença de que um dia o frevo dominará o Brasil, quiçá o mundo. Este projeto de conquista global ganhou signi cativo impulso... more

Dentre as numerosas utopias provincianas que habitam o imaginário dos pernambucanos, uma das mais recorrentes é a crença de que um dia o frevo dominará o Brasil, quiçá o mundo. Este projeto de conquista global ganhou signi cativo impulso a partir de 1979, quando o compositor e produtor caruaruense Carlos Fernando lançou, pelo selo CBS (atual Sony Music), o primeiro Long-play da série Asas da América, até hoje um marco na modernização do frevo-canção. Daí por diante foram seis LPs com faixas compostas em sua maioria pelo próprio Carlos Fernando e executadas por grandes nomes da MPB, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Jackson do Pandeiro, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Fagner e Elba Ramalho, entre outros. O objetivo, claro, era transformar o frevo num produto fonográ co de alcance nacional. Até então, nenhum pernambucano havia levado o frevo tão longe. Mais do que um competente produtor musical capaz de, pela primeira vez na história da indústria fonográ ca brasileira, reunir medalhões de diferentes gravadoras num único LP, Carlos Fernando foi um compositor de características bem peculiares. Embora ancorado em sonoridades nativas, incorporou em suas criações in uências do rock, do jazz, do cinema e da poesia modernista, como bem observou o amigo e jornalista Amin Stepple. Carlos Fernando dilatou até onde pôde o conceito de "frevo" em nome de sua mais ampla divulgação, provocando reações controversas entre os conterrâneos. Os mais conservadores não conseguiam reconhecer na ousadia do Asas da América as marcas da tradição musical pernambucana. Instrumentos elétricos, como baixo e guitarra, o andamento mais rápido que, segundo Capiba, lembrava o "rock", e as letras que fugiam dos clichês carnavalescos projetavam no frevo pretensões comerciais e artísticas de forma ainda não ensaiada em Pernambuco.

O objetivo deste artigo é apresentar o livro O Turista Aprendiz, de Mário de Andrade, como possibilidade de fonte para a História Ambiental. A obra contém escritos sobre duas viagens realizadas pelo modernista, que tinha intenções de... more

O objetivo deste artigo é apresentar o livro O Turista Aprendiz, de Mário de Andrade, como possibilidade de fonte para a História Ambiental. A obra contém escritos sobre duas viagens realizadas pelo modernista, que tinha intenções de descobrir as diferentes realidades do Brasil. Embora com confi gurações distintas, as duas partes do livro
– que foi editado e publicado postumamente por Telê Lopez – trazem as observações do autor que nos permitem pensar as diversas interações entre o homem e a natureza. Rios, matas, trajetos, climas, transportes, fronteiras, deslocamentos são algumas das possibilidades de reflexão que o livro nos oferece.

As writers produce autobiography, participants of and heirs to literary movements may produce their own historiography. This dissertation argues that the standard triumphalist version of Brazilian Modernism is, in fact, an... more

As writers produce autobiography, participants of and heirs to literary movements may produce their own historiography. This dissertation argues that the standard triumphalist version of Brazilian Modernism is, in fact, an auto-historiography, acritically taken up as the only metalanguage adequate for the discussion of the Modernist movement, nearly always presented as the decisive event in the creation of the national culture. I present the case that the basic and most relevant product of the Brazilian Modernist movement is the writing of its own history, constructed in such a way that no alternative vocabulary would be possible. Each one of the chapters of this dissertation deals with a particular operation or articulator within the modernist project of writing its own history, focusing especially on the autohistoriographical activities of Mario de Andrade, Oswald de Andrade and Antonio Candido. The main thesis defended here is, therefore, that the critical-historiographical project of Brazilian Modernism is ultimately its own greatest achievement and that the movement can be understood as an auto-historiographical avant-garde

O presente artigo acompanha o esforço dos poetas modernistas em salvar de colapso o complexo arquitetônico colonial de Ouro Preto, através da criação da SPHAN, logo DPHAN, e da escrita de poemas e textos, desde os primeiros anos da década... more

O presente artigo acompanha o esforço dos poetas modernistas em salvar de colapso o complexo arquitetônico colonial de Ouro Preto, através da criação da SPHAN, logo DPHAN, e da escrita de poemas e textos, desde os primeiros anos da década de 1920 até os fins dos anos 1960.

Este texto discute a influência do surrealismo na poesia amorosa de Murilo Mendes (1901-1975), um dos quatro grandes poetas modernistas brasileiros, a partir do modelo de leitura proposto por Roland Barthes em Le plaisir du texte. São... more

Este texto discute a influência do surrealismo na poesia amorosa de Murilo Mendes (1901-1975), um dos quatro grandes poetas modernistas brasileiros, a partir do modelo de leitura proposto por Roland Barthes em Le plaisir du texte. São considerados principalmente poemas do livro As metamorfoses (1944), com o objetivo de flagrar o movimento entre uma margem sensata e outra subversiva, conforme propõe o ensaísta
francês. Observa-se assim como o espelhamento na vanguarda resulta em ambiguidades, pois obedece ao desejo de crítica à realidade, mas serve também à afirmação do sujeito, afastando o risco (politicamente
desejado) de sua perda ou dissolução.

O artigo discorre sobre o processo de consolidação institucional do movimento modernista, tendo como base a Coleção Nemirovsky.

Pretendemos neste trabalho compreender o Movimento Modernista, em Fortaleza, na década de 1920 e início de 1930. Perpassando os temas, as polêmicas, as redes de sociabilidades, a cidade e a produção tanto dos livros como da imprensa na... more

Pretendemos neste trabalho compreender o Movimento Modernista, em Fortaleza, na década de 1920 e início de 1930. Perpassando os temas, as polêmicas, as redes de sociabilidades, a cidade e a produção tanto dos livros como da imprensa na época. Procuramos entender, também, o Modernismo Cearense como uma experiência peculiar a partir de vetores sociais, culturais, econômicos e materiais específicos do nosso próprio contexto. A partir da documentação levantada e da revisão bibliográfica atualizada sobre o assunto percebemos que as interpretações tradicionais geralmente elegem a experiência paulista como um modelo típico ideal para todas as outras experiências modernistas ocorridas pelas cidades brasileiras, hierarquizando e valorando em melhor ou pior dependendo da sua aproximação ou afastamento dos pressupostos paulistas da Semana de Arte de 1922. O que intentamos defender como hipótese central é que toda experiência histórica, em certo sentido, é única e irrepetível, por isso não podemos colocar a experiência modernista cearense numa caixinha esquemática que esmaga, modifica e distorce a empiria das fontes históricas. O Modernismo Paulista foi de um jeito e o Modernismo Cearense foi de outro, nem melhor ou pior, mas específico e peculiar. É dessa forma que podemos entender melhor a sua profusão de propostas e ideias.

O objetivo deste artigo é analisar como a poética decadente se configura no livro de contos A ronda do deslumbramento (1922), de José Geraldo Vieira. Defendemos a hipótese de que a obra não apenas demonstra a continuidade da decadência na... more

O objetivo deste artigo é analisar como a poética decadente se configura no livro de contos A ronda do deslumbramento (1922), de José Geraldo Vieira. Defendemos a hipótese de que a obra não apenas demonstra a continuidade da decadência na literatura brasileira durante o século XX, como também atualiza alguns dos principais conteúdos da ficção decadente. Inicialmente, investigamos como o autor aborda a temática das doenças, entre elas a epidemia da chamada gripe espanhola (1918-1920). Em seguida, examinamos como o esteticismo dos contos se estrutura a partir de referências a Oscar Wilde e contra a iconoclastia das vanguardas artísticas novecentistas.

Análise e interpretação da "Carta pras Icamiabas", capítulo IX de Macunaíma o herói sem nenhum caráter.

Esta pesquisa revisita a obra do escritor António de Alcântara Machado, tomando como eixo da análise as diversas dimensões da cidade de São Paulo que ela traz à tona. Lembrado na história da literatura brasileira sobretudo pela autoria de... more

Esta pesquisa revisita a obra do escritor António de Alcântara Machado, tomando como eixo da análise as diversas dimensões da cidade de São Paulo que ela traz à tona. Lembrado na história da literatura brasileira sobretudo pela autoria de Brás, Bexiga e Barra Funda (1927), livro de contos em que trata principalmente da presença italiana e ítalo-brasileira na cidade, o autor é figura ativa nos círculos culturais de São Paulo nas primeiras décadas do século XX, notadamente por sua participação junto aos grupos modernistas. A partir da gama de perspectivas fornecida pela literatura, pelo jornalismo, pela história e pela crítica de espetáculos, sigo suas reflexões acerca de uma série de temas, tais como o lugar de São Paulo na modernização do teatro brasileiro; a renovação da literatura; a criação das identidades brasileira e paulistana; a presença de repertórios estrangeiros na vida cultural e na estética da cidade; e os debates sobre raça, classe e segregação socioespacial. Confiro especial atenção às relações entre cidade e cultura, temas que nos direcionam à convivência tensa entre os diversos tipos que ocupam os espaços da cidade, aos debates sobre a nação e o nacionalismo, à nova composição social e às transformações em curso em São Paulo. Na primeira parte do trabalho, acompanho a maneira como Alcântara Machado, fazendo as vezes de crítico teatral e urbano, observa e participa da produção da cidade, sugerindo intervenções seja no espaço urbano, seja no teatro brasileiro, orientado pela busca de uma modernização pautada por um veio nacionalista bastante específico, que propõe um mergulho nas raízes nacionais enquanto coloca São Paulo na condição de protagonista da história do país. Na Parte II, investigo as aparições de seis tipos sociais da cidade observados e descritos pelo escritor – caipiras, bacharéis e funcionários públicos, mulheres, crianças, italianos (e ítalo-brasileiros) e negros –, que compõe uma galeria de personagens eloquente em relação à maneira desigual com que a narrativa do progresso é apropriada e vivenciada por diferentes grupos. Concluo o trabalho sugerindo uma visão matizada da obra e de Alcântara Machado, atenta à importância do teatro e dos tipos sociais marginais no conjunto de sua reflexão, à complexidade do quadro da cidade que ele levanta e às articulações entre os diferentes gêneros em que ele escreveu.

ABSTRACT: Oswaldo Costa was a key member of the Brazilian modernist Antropofagia (Anthropophagy) movement of the late 1920s, yet he has been largely forgotten by critics and marginalized from national cultural history. Costa articulated... more

ABSTRACT: Oswaldo Costa was a key member of the Brazilian modernist Antropofagia (Anthropophagy) movement of the late 1920s, yet he has been largely forgotten by critics and marginalized from national cultural history. Costa articulated —as no other member of the movement did, including his famous leader Oswald de Andrade— an Antropofagia intellectually engaged in what we call a cannibal critique of colonial modernity and Occidentalism. Costa’s Antropofagia cannibalized the historical archive, reading against the grain of a triumphant Western imperial history. Throughout his contributions to the Revista de Antropofagia, he questioned Brazil’s cultural allegiance to Europe, pointed out the existence of asynchronous temporalities within Brazil, and defied Eurocentric notions of civilization and progress that ideologically structure Brazilian nationalism in the ninetieth and twentieth centuries. He also enacted an anthropophagous re-reading of Brazilian historiography against its celebration of colonialism and proposed the necessity of a cultural decolonization. This article analyzes Costa’s principal contributions to Antropofagia and rescues his hitherto overlooked countercolonial thought from the oblivion of collective forgetting. Moreover, it examines Costa’s significant view of Brazilian modernity as a perfidious armistice with other barbarous temporalities, and of the Westernization of Brazil as a deceptive appearance that hides ever-present colonial antagonisms. ARTICLE AVAILABLE. LINK @ URL http://cultureandhistory.revistas.csic.es/index.php/cultureandhistory/article/view/82/294

In 2015, after an almost 20-year hiatus, the Museu de arte de Sao Paulo (Museum of Art of Sao Paulo, MASP) reinstalled the celebrated crystal easel display designed by the architect Lina Bo Bardi. To present “civilized art” as an... more

In 2015, after an almost 20-year hiatus, the Museu de arte de Sao Paulo (Museum of Art of Sao Paulo, MASP) reinstalled the celebrated crystal easel display designed by the architect Lina Bo Bardi. To present “civilized art” as an authentic Brazilian expression, however, Bardi needed to assure his readers that it, too, was autonomous and local. In his chapter on the Brazilian art falling into this category, titled “Approach to Modernity,” Bardi thus glossed over the art of the colonial period and largely dismissed the academic and neoclassical art of the nineteenth-century as spurious and derivative. In his writings about modern Brazilian painting, Bardi thus construed a Brazilian modern art narrative based on European notions of the genius loci, the avant-garde and originality that reflected the Western model of modernity and art history.

In questa seconda edizione del libro, rivista e ampliata rispetto alla prima (del 2002), si focalizza una caratteristica tendenza della letteratura brasiliana, quella di rivedere la storia, di ritornare al passato per riscoprire e... more

In questa seconda edizione del libro, rivista e ampliata rispetto alla prima (del 2002), si focalizza una caratteristica tendenza della letteratura brasiliana, quella di rivedere la storia, di ritornare al passato per riscoprire e ricostituire la memoria perduta delle proprie radici. Tale processo è stato avviato, anche se in modo ancora titubante, dai romantici, ma ha trovato compiutezza e maturità nei primi decenni di ventesimo secolo grazie allo sforzo degli intellettuali e scrittori modernisti di calarsi a fondo nella propria realtà. Si prende in considerazione quindi il lungo percorso fatto dagli scrittori nel tentativo di definire un’identità nazionale che parte dal Romanticismo ma che ha il suo fulcro nel Modernismo.
L’analisi si concentra su tre scrittori, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo e Raul Bopp, autori rispettivamente delle opere poetiche Pau-brasil (1925), Martin Cererê (1928) e Cobra Norato (1930), tre libri che ripropongo una rivisitazione e una ricostruzione mitica (in Cassiano Ricardo e Raul Bopp) e storica (in Oswald de Andrade) del Brasile con l’intento di valorizzare gli elementi dell’identità nazionale e, soprattutto, di recuperare le dimensioni perdute, rimosse o emarginate del proprio passato.

ABSTRACT BRAZIL, THE REINVENTION OF MODERNITY Le Corbusier, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer The seed of modern architecture in those climate made it possible to achieve its that its expressive potential was more reasonableness. It means that,... more

ABSTRACT
BRAZIL, THE REINVENTION OF MODERNITY
Le Corbusier, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer
The seed of modern architecture in those
climate made it possible to achieve its
that its expressive potential was more
reasonableness. It means that, those rational and functional principles gave way to a new way of doing arquitecture, which took control of architecture, without neglecting its essence. We investigated this condition of autonomy of the discipline, that can probably be traced in different times and places, analysing the beginning and the affirmation of modern architecture in Brazil, with reference to Le Corbusier journeys to this country.
Our research is structured in four essential moments for the understanding of the beginning and affirmation of the brazilian modern architecture: the first meeting of Le Corbusier with Brazil (1929); the participation of Le Corbusier in the project of the Ministry of Education and Health in Rio de Janeiro (1936); the affirmation and the development of the brazilian architecture with the pavilion of Brazil for the New York World's Fair (1938-39) projected by Oscar Niemeyer and Lucio Costa and with Pampulha building’s (1940-43) of Oscar Niemeyer. To complet the journey, we must talk about the plano piloto to Brasilia of Lúcio Costa (1956) built with the palaces of Niemeyer, and the last visit of Le Corbusier to Brazil in 1962, when he visited the new capital.
Our objective is to analyze the turning point in Brazilian architecture, which led to the development and evolution of a new modern language, able to overcome the limitations of rational forms.
Definitely our purpose is to decode how the rationalist principles, sown by Le Corbusier in Brazil, were interpreted by the Brazilian architects, and gave rise to the definition of a modern architecture for self-expression.

[Tese de doutorado] A literatura de Graciliano Ramos sofre expressiva guinada estética, a partir de 1937, depois de passar dez meses na prisão. Embora quase todos os seus livros tenham partido de um conto, apenas depois de sua liberdade,... more

[Tese de doutorado]
A literatura de Graciliano Ramos sofre expressiva guinada estética, a partir de 1937, depois de passar dez meses na prisão. Embora quase todos os seus livros tenham partido de um conto, apenas depois de sua liberdade, o escritor alagoano passou a se dedicar à narrativa curta, em sua concepção, organização e crítica. Os contos produzidos nesse período foram reunidos em Insônia (1947), mas alguns deles foram também publicados em Dois dedos (1945) e Histórias incompletas (1946), cada um destes dois como esboço de uma proposta estética que tomaria consistência apenas no livro posterior. A estrutura do conto passa a orientar, então, a atividade criativa de Graciliano, que abandona o gênero romanesco e busca a forma mais “razoável” para expressar criticamente as tensões entre indivíduo e sociedade. Além disso, o escritor incorpora organicamente alguns procedimentos de tendências artísticas herdadas das vanguardas históricas, não de modo conciliado, mas por meio de apropriações críticas e diferenciais. Com isso, Graciliano elabora estratégias estético-narrativas na concepção de Insônia, que se tornam fundamentais para a escrita de Memórias do cárcere (1953), cujos capítulos apresentam, em sua maioria, aspectos congruentes a alguns contos de Insônia, especialmente os aqui denominados “Noturnos”. As categorias simbólicas de “noturnidade” e “insonolência” tornam-se também fundamentais para o desenvolvimento do conceito de memória em Graciliano Ramos, um dos componentes decisivos para a construção do livro sobre a cadeia. Portanto, a tese busca comprovar a importância de Insônia na concepção de Memórias do cárcere, bem como das articulações do substrato do vivido na reconfiguração estética do projeto literário do escritor e na produção de sua contística.

Este artigo tem como pretensão analisar a Semana de Arte Moderna de 1922, através dos periódicos modernistas, principalmente através das Revistas Klaxon e Estética. A primeira paulista, capitaneada pelo intelectual Mário de Andrade, já a... more

Este artigo tem como pretensão analisar a Semana de Arte Moderna de 1922, através dos periódicos modernistas, principalmente através das Revistas Klaxon e Estética. A primeira paulista, capitaneada pelo intelectual Mário de Andrade, já a segunda pelos jovens modernistas Sérgio Buarque de Holanda e Prudente de Moraes, neto, na cidade do Rio de Janeiro. Lançadas durante a chamada “fase heroica” do modernismo, serão importantes na construção e estabelecimento da Semana de Arte Moderna, sendo Klaxon a primeira dessa leva, que duraria de 1922 a 1923. Já Estética lançada posteriormente no ano de 1924, que perduraria por apenas três volumes. O ponto central do artigo é estabelecer uma ponte entre essas duas cidades, desconstruindo a narrativa paulista de “marco canônico” do modernismo brasileiro, e estabelecendo um diálogo entre Mário de Andrade e Sérgio Buarque de Holanda através das correspondências trocadas entre ambos, entre o período de 1922 a 1944.

Retomar o pensamento dos povos nativos do Brasil em uma perspectiva de reflexão teórica profunda exige desestabilizar o cânone de uma forma de estar no mundo baseada exclusivamente na lógica predicativa. Pensar para além da obsessão do... more

Retomar o pensamento dos povos nativos do Brasil em uma perspectiva de reflexão teórica profunda exige desestabilizar o cânone de uma forma de estar no mundo baseada exclusivamente na lógica predicativa. Pensar para além da obsessão do ente foi um exercício, em alguma medida, tentado por uma vertente do Modernismo Brasileiro, que encontrou nas cosmologias ameríndias a inspiração para um movimento ético, estético e teórico que dá tintas tropicais a um pensamento tipicamente brasileiro. Dentro desta perspectiva, a presente edição da revista IHU On-Line reúne uma série de entrevistas que tratam de literatura a política, de arte a filosofia, para pensar a contemporaneidade.

Resumo: Este artigo enfoca a recepção crítica da obra de Guimarães Rosa, a partir de 1946 até o início do século XXI, e analisa os argumentos empregados para lidar com a presença da região na literatura do autor. O discurso crítico, desde... more

Resumo: Este artigo enfoca a recepção crítica da obra de Guimarães Rosa, a partir de 1946 até o início do século XXI, e analisa os argumentos empregados para lidar com a presença da região na literatura do autor. O discurso crítico, desde o lançamento de Sagarana, manifesta uma relação conturbada com as características comumente associadas ao Regionalismo, ora reconhecendo, ora negando sua presença na ficção rosiana. Ao invés de fomentar novas percepções críticas acerca da literatura produzida com base em espaços regionais, a obra de Guimarães Rosa parece ter contribuído, involuntariamente, para a consolidação de matrizes de pensamento que negam ao regional o estatuto literário. O termo Regionalismo é grafado com inicial maiúscula ao longo do texto, uma vez que ele é aqui tomado como indicador de uma vertente literária. // Abstract: This essay focuses on the critical reception of Guimarães Rosa's work, from 1946 to the beginning of the 21st century, and analyzes the arguments employed to deal with the presence of the region in the author's literary work. Since Sagarana's publication, critical discourse has expressed a troubled relationship with the features usually associated with Regionalism, whether by recognizing or denying its presence in Guimarães Rosa's fiction. Instead of encouraging new critical perceptions pertaining literature written in association with regional spaces, Guimarães Rosa's work seems to have contributed, unwillingly, to consolidate building blocks that deny the regional a literary status. Throughout the essay, the term Regionalism is spelled with its first letter capitalized, as it is considered an indicator of a literary strand.

Este presente artigo tem como pretensão identificar as influências sofridas por Sérgio Buarque de Holanda, tanto do modernismo carioca, quanto do modernismo paulista. Percebe-se que Sérgio flutua muito bem entre as duas formas de... more

Este presente artigo tem como pretensão identificar as influências sofridas por Sérgio Buarque de Holanda, tanto do modernismo carioca, quanto do modernismo paulista. Percebe-se que Sérgio flutua muito bem entre as duas formas de modernismo. Do Rio ele traz a base afetiva, familiar, as rodas de choro e a boemia. Já de São Paulo, ele traz esse modernismo mais radical e menos parnasiano, como ele próprio costumava chama-los: “modernistas academizantes”.

The relationship between Mario de Andrade and Monteiro Lobato : a question of misundestanding ?