Fitting In Reviews (original) (raw)

Recentemente tivemos o simpático "How to have a sex" e a comédia "Você está aí Deus? Sou eu, Margareth", descrevendo a puberdade feminina com muita graça. Aqui, "Fitting in" tem uma proposta de filmar uma adolescente um pouco mais madura, mas com um problema realmente sério a se discutir: uma jovem com a síndrome MRKH. A síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH), também conhecida simplesmente como síndrome de Mayer-Rokitansky, é uma condição congênita rara que afeta o desenvolvimento do sistema reprodutivo feminino. Ela é caracterizada pela ausência total ou parcial do útero (útero), do colo do útero e da ****, embora os ovários e outras características sexuais secundárias geralmente se desenvolvam normalmente. A síndrome de MRKH é geralmente diagnosticada durante a adolescência, quando as meninas não menstruam normalmente. Então, as cenas sobre mesntrução no filme (ou a falta dela), ganham contornos de drama, e aos poucos vamos vendo a menina se consumir por não seguir aquilo que socialmente se espera para um "desenvolvimento normal" do seu corpo feminino. Embora eu tenha um pé atrás com filmes mais intimistas (no sentido de cair fácil num egocentrismo), aqui o timing para o drama ficou perfeito, e vemos a jovem atriz Maddie Ziegler ser explorada em diversas facetas, como aiga, como filha, como namorada, como aluna, e vemos sua angústia aumentando à medida que vai se descobrindo. As causas exatas da síndrome de MRKH ainda não são totalmente compreendidas, mas é considerada uma condição congênita, o que significa que está presente desde o nascimento. Estudos sugerem que fatores genéticos e ambientais podem desempenhar um papel no seu desenvolvimento, mas no filme não há nada conclusivo: trata-se de saber lidar com as consequências. Em uma cena particularmente desajeitada (crível por se tratar de um papel adolescente), a garota inclusive se questiona se não teria um corpo trans, indo visitar grupos LGBTQIAP+. Muito interessante como o roteiro consegue transmitir o sufocamento de estar fora dos padrões. O tratamento da síndrome de MRKH geralmente envolve a criação de uma **** funcional por meio de cirurgia, conhecida como cirurgia de ****. Existem várias técnicas cirúrgicas disponíveis para criar uma ****, e a escolha depende das preferências da paciente e da recomendação do médico. No seu quarto, com alargadores em formato de pênis, uma cena que poderia criar tensão sexual acaba por ter uma tensão psicológica mesmo, tratada com muita sensibilidade e onde o filme se permite criar cenas mais escapistas. Um belo filme sobre uma doença que eu, particularmente, não conhecia, o que me obrigou a pesquisar para escrever essa crítica e, assim, refletir um pouco mais sobre a condição humana (em especial a feminina). Muito bom.