Diamantino Martins, Valor humano da filosofia. Uma introdução (original) (raw)
Valor humano da filosofia
Uma introdução
Actas del Primer Congreso Nacional de Filosofía (Mendoza 1949), Universidad Nacional de Cuyo, Buenos Aires 1950, tomo II, págs. 943-949.
(Sesiones: II. Situación actual de la filosofía.)
Determinar o valor humano da filosofía supõe resolvida a questão mais geral do valor do conhecimento na vida do homem, porque a filosofía é uma das especies do conhecimento.
Qual o lugar do conhecimento em geral na vida humana? Ordinàriamente tem-se por ideal para a vida o máximo conhecimento tido como possível, das mais simples às mais complexas actividades da vida humana, em que a vontade escolheria em plena luz. Estudando a questão mais de perto, vemos que as nossas escolhas têm sempre uma margem não só de indeterminação mas de indeterminabilidade, antes da sua realização.
Quer isto dizer que existe um elemento de "risco", de "aventura" e de "imprevisto" em toda a escolha humana. Um certo factor de "ignorância" entra necessàriamente como constitutivo da pròpria vida do homem, na sua realização concreta. Só a posteriori, portanto, se pode justificar, na sua individualidade, a vida real: se foi ou não razoável em si a nossa escolha. Antes só se pode qualificar quoad nos: se agimos prudentemente, se calculámos, enquanto humanamente possível, todos os dados ao nosso alcance.
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