Riocentro attack (original) (raw)
Atentado de Riocentro es el nombre por el que se conoce un fallido ataque con bomba al Centro de Convenciones de Riocentro, en Río de Janeiro, en la noche del 30 de abril de 1981, cuando se realizaba un espectáculo conmemorativo del Día del Trabajador, bajo la dictadura militar de Brasil. El atentado, perpetrado por sectores del Ejército Brasileño, insatisfechos con la apertura democrática en ciernes, acentuó las contradicciones de cara a la democratización del país, completada cuatro años después, con las primeras elecciones presidenciales de Brasil en 24 años.[cita requerida]
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| dbo:abstract | Atentado de Riocentro es el nombre por el que se conoce un fallido ataque con bomba al Centro de Convenciones de Riocentro, en Río de Janeiro, en la noche del 30 de abril de 1981, cuando se realizaba un espectáculo conmemorativo del Día del Trabajador, bajo la dictadura militar de Brasil. El atentado, perpetrado por sectores del Ejército Brasileño, insatisfechos con la apertura democrática en ciernes, acentuó las contradicciones de cara a la democratización del país, completada cuatro años después, con las primeras elecciones presidenciales de Brasil en 24 años.[cita requerida] Las bombas, llevadas al complejo en un coche deportivo marca Puma GTE, fueron colocadas en el pabellón por el sargento Guilherme Pereira do Rosário y por el capitán Wilson Dias Machado. Con el evento ya en marcha, una de las bombas explosionó prematuramente dentro del coche, con los dos militares dentro, en el aparcamiento de Riocentro, matando al sargento e hiriendo gravemente al capitán Machado. Una segunda explosión tuvo lugar a algunos kilómetros de distancia, en la miniestación eléctrica responsable del suministro de energía a Riocentro. La bomba fue lanzada por encima del muro de la miniestación, pero explosionó en su patio y la electricidad del pabellón no se vio interrumpida. En la tentativa de encubrir el fracaso de la operación, el SNI (Serviço Nacional de Informações) culpó a las organizaciones de izquierda –en la época, prohibidas– por el ataque. Esa hipótesis, que no se sostenía en pie, fue desechada años más tarde cuando se comprobó que el atentado fue obra de los sectores más radicales del Gobierno (principalmente del CIEx y del SNI). La investigación de la Policía Militar no llegó a ninguna conclusión, sin embargo, el archivo de la causa motivó la renuncia del general Golbery do Couto e Silva, Jefe de la Casa Civil del gobierno del general João Figueiredo y uno de los creadores del SNI. El caso se reabrió en 1999, después de la aparición de nuevas evidencias. Tras tres meses de investigación de la Procuraduría general de la República, pues se consideró que el atentado no estaba cubierto por la ley de Amnistía – que perdonaba crímenes políticos entre 1961 y 1979 – se condenó al capitán Machado por homicidio culposo, condena extendida al sargento Rosário, fallecido. Además se culpó por falso testimonio y desobediencia al general en la reserva Newton Cruz y al coronel Freddie Perdigão, fallecido dos años antes, por comandar la operación. El caso, sin embargo, fue archivado el mismo año sin punición a los implicados por decisión del Superior Tribunal Militar, que tomó en consideración una decisión anterior del propio Tribunal que encuadró el caso bajo la ley de Amnistía. En 2014, una Comisión Nacional de la Verdad presentó un informe preliminar sobre el atentado, afirmando que formó parte de una acción articulada del Estado brasileño. (es) The Riocentro attack (Portuguese: Atentado do Riocentro) was an attempted terrorist attack that took place on the evening of 30 April 1981, during a May Day celebration concert at the Riocentro convention center in Rio de Janeiro, Brazil. The bombing, carried out by officers of the Brazilian Army, was a false flag operation intended to frame left-wing guerrillas as violent and thereby halting the country's transition towards democracy. It ended up having the opposite effect, accelerating the end of Brazil's military regime, in power since 1964. One of the perpetrators of the attack died, while the other was injured, from an accidental detonation of one of the bombs. A criminal inquiry from the time was inconclusive. There have been renewed investigations since 1999, one of which, conducted by the National Truth Commission, concluded that military authorities were responsible for the planning and execution of the bombing. (en) O Atentado do Riocentro, também chamado Caso do Riocentro, foi um ataque terrorista perpetrado por setores do Exército Brasileiro e da Polícia Militar do Rio de Janeiro na noite de 30 de abril de 1981, com o objetivo de incriminar grupos que se opunham à ditadura militar no Brasil e, assim, justificar a necessidade do seu aparato de repressão e retardar a abertura política em andamento. Exemplo emblemático do terrorismo de Estado praticado pela ditadura, previa uma série de explosões no Centro de Convenções do Riocentro, no Rio de Janeiro, quando ali se encontravam 20 mil pessoas durante um espetáculo de MPB em comemoração do Dia do Trabalhador. Parte de uma longa série de atentados a bomba conduzidos por membros das Forças Armadas do Brasil, o atentado foi planejado como o maior ataque terrorista da história do país e recebeu intensa preparação, com conhecimento e participação da alta cúpula militar e, possivelmente, do próprio presidente da República, o general João Figueiredo. As explosões levariam o público a assustar-se e a buscar escapar rapidamente do Riocentro, ocasionando grande número de feridos e, potencialmente, centenas de pessoas pisoteadas. Contudo, a condução desastrada da operação minou os seus efeitos. Uma das bombas explodiu longe de seu alvo e outra detonou prematuramente, danificando os explosivos restantes e vitimando dois dos terroristas, o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que morreu instantaneamente, e o capitão Wilson Dias Machado, que ficou gravemente ferido. Na sequência dessas falhas, outros militares removeram discretamente os explosivos instalados no palco do show, antes que explodissem. Na tentativa de assegurar a impunidade de seus autores, durante as investigações o Exército forjou evidências e creditou o ataque a organizações de esquerda que na época se encontravam inativas, uma conclusão que, imediatamente, foi recebida como sendo mentirosa. As investigações seriam reabertas muitas vezes ao longo dos anos, mas sempre freadas por decisões do Judiciário de que os crimes estariam cobertos pela Lei da Anistia — tecnicamente, aplicável apenas a crimes cometidos entre 1961 e 1979 — e, mais tarde, de que eles estariam prescritos. Em seu último episódio, em 2014 foram formalmente acusados de crimes relacionados ao atentado os generais Newton Cruz, Otávio Aguiar de Medeiros, Job Lorena de Sant’Anna e Edson Sá Rocha, e os coronéis Freddie Perdigão Pereira e Wilson Machado, dentre outros, mas o Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu pelo trancamento da ação penal, e mais tarde essa decisão foi mantida pelo Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. A farsa em torno das investigações teve consequências severas, incluindo uma divisão das Forças Armadas entre os que apoiavam o ataque e aqueles que exigiam justiça contra os terroristas, e a renúncia do general Golbery do Couto e Silva, então Chefe da Casa Civil e o artífice do governo Figueiredo. Sob vigorosa pressão da sociedade, de setores das Forças Armadas e de políticos da oposição, o governo Figueiredo jamais pôde recuperar sua autoridade e viu-se incapaz de eleger um sucessor. O episódio, com seus desdobramentos, tornou-se um marco da decadência e do esgotamento da ditadura militar, que, quatro anos depois, daria lugar à Nova República. (pt) |
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