Wagner Argolo | Federal University of Bahia (original) (raw)
Papers by Wagner Argolo
In this article, we traced the five hundred years of Brazil’s social-linguistic history, commenti... more In this article, we traced the five hundred years of Brazil’s social-linguistic history, commenting and criticizin g moments that we considered crucial along the way. Hence, we began in the 16th century, with the arrival of the Portuguese colonizers, dealing with aspects such as the adoption of Tupinambá as the language for the initial contact, together with its consequences. Later in the same century, we approached the arrival of Africans and the linguistic consequences that this important demographic fact would bring to the linguistic contact scene in the following centuries. Finally, we dealt with the Post-Independence Brazilian linguistic situation, emphasizing the remaining indigenous languages, the European and Asiatic immigration languages, which arrived during the 19th century, and the current frame of the Portuguese language in Brazil.
In this article, we have as main objectives the explanation of how it has been through the overco... more In this article, we have as main objectives the explanation of how it has been through the overcoming of the linguistic barrier and the initial cooptation of labor for the sugar mills ocurred during the beginning of the Portuguese colonization in Brazil, with emphasis on the southern region of Bahia and for the period between 1500 and 1549. As a secondary objective, we seek to emphasize the importance of the development, within the scope of linguistic science, of the discipline of social history of language (BURKE, 1995), since it investigates one of the main aspects of a language: its social role, exercised by its speakers in their daily interpersonal relations – a noteworthy dimension – to the extent that successful character of early linguistic relations between distinct peoples can be determinant for less deleterious social interactions, as well as having important consequences on the formation of a national identity.
This article presents a historical retrospective of the Ilheus Captaincy from its foundation in 1... more This article presents a historical retrospective of the Ilheus Captaincy from its foundation in 1534 until 1593. We have used the<br> Thomas Ferreira Process, a manuscript found in the Torre do Tombo National Archive in Lisbon, Portugal, to penetrate the intricacies of that region's social-linguistic dynamics in this period of Brazilian history. Based on Thomas Ferreira Process, we confirmed hypotheses already raised elsewhere (e.g., Rodrigues 2006, Cancela 2012) that Tupinambá was the supra-ethnic language of Brazil's early colonization, at least regarding the Ilheus Captaincy. At the same time, we can launch new hypotheses about what would have been the linguistic configuration (monolingualism and bilingualism situation) of that captaincy in the sixteenth century. Moreover, we aim to investigate the communication environment in which these linguistic configurations have manifested,<br> namely, the environments [i] outside sugarcane mills, [ii] inside the mills,...
The following article has as its goal creating the basis for the working up of a Linguistic histo... more The following article has as its goal creating the basis for the working up of a Linguistic history of the South of Bahia. In order to do it, it is used as its theoretical references the principles from sociolinguistic theory – concerning to its conception of language – and from creolistics – concerning to changes induced by the contact of languages. The obtained results are presented in a proposal of periodization of the linguistic history of the South of Bahia, in a survey of its language and speakers’ synoptic chart, observed in the region throughout its history, and in the trial to explain how took place the changing from a multilingual context, at the colonial period, into a unilingual context, nowadays.
In this paper, we analyse the concept of functional bidialectalism, pointed as a possible solutio... more In this paper, we analyse the concept of functional bidialectalism, pointed as a possible solution for problems related to Portuguese teaching as maternal language in brazilian schools. After that, based on elements from theoretical linguistics and on socio-historical data, we present the differentiation made between pattern norm and standard norm, emphasizing that this fact generates, as a consequence of its ascertainment, the necessity of modifying the concept of functional bidialectalism, for the fact it does not still include this differentiation. Hence, we propose the concept of functional bidialectalism with adjustment – in which the differentiation mentioned above would be already included –, as a manner of correlating it, in a more exact way, to brazilian sociolinguistic reality, because it interferes directly in Portuguese teaching as maternal language.
Estudos de Lingüística Galega, 2018
Neste artigo, tentamos esboçar uma reanálise de como se perdeu o traço de quantidade das vogais l... more Neste artigo, tentamos esboçar uma reanálise de como se perdeu o traço de quantidade das vogais latinas, levantando as seguintes hipóteses que a guiaram: i) a perda da quantidade vocálica teve início já durante as Guerras Púnicas; ii) tal mudança teve como uma de suas fontes irradiadoras o Norte e parte do Sudeste da Península Ibérica; iii) tal mudança foi o resultado de processos de aquisição do latim como segunda língua, por povos conquistados, e foi transmitida às gerações seguintes, completando-se. Esta última hipótese é a principal e está atrelada à visão de complementaridade entre os estudos da Sociolinguística e do Gerativismo, denominada, por Tarallo (1987), seu primeiro teorizador, de Sociolinguística Paramétrica. Para fazer esta atrelagem, procuramos estender sua teorização ao nível do objeto, de modo a que os processos sócio-históricos que envolveram a expansão do latim pudessem ser conjugados com o paradigma gerativista de aquisição da linguagem-o que inclui a assunção da existência prévia do componente biológico-cerebral, que disponibiliza uma Gramática Universal para o uso inato da criança, quando começa a adquirir uma língua. Portanto, trata-se de um trabalho situado, simultaneamente, na linguística teórica e na linguística românica. Palabras chave Linguística teórica; linguística românica; mudança fonológica; latim; português Sumario 1. Introdução. 2. A perda da quantidade vocálica e suas importantes repercussões. 3. A Sociolinguística Paramétrica: uma reflexão ao nível do objeto teórico. 3.1. Aquisição da linguagem. 3.2. Fonética e Fonologia. 4. Estudos anteriores sobre a perda da quantidade vocálica. 5. Conclusão.
Fórum Linguístico, 2018
Neste artigo, procuramos traçar os quinhentos anos de história social-linguística do Brasil, abor... more Neste artigo, procuramos traçar os quinhentos anos de história social-linguística do Brasil, abordando, comentando e criticando momentos que consideramos cruciais ao longo de tal percurso. Assim, começamos pelo século XVI, com a chegada dos colonizadores portugueses, tratando de aspectos como a adoção do tupinambá, por parte destes, como língua de contato inicial, assim como de suas consequências. Em seguida, ainda no mesmo século, abordamos a chegada dos africanos e as consequências linguísticas que este importante fator demográfico traria para o cenário de contato linguístico nos séculos seguintes. Por fim, tratamos da situação linguística brasileira pós-Independência, com ênfase para as línguas indígenas remanescentes, para as línguas da imigração europeia e asiática, que aqui chegaram no século XIX, e para o quadro atual da língua portuguesa no Brasil.
Estudos de Lingüística Galega, 2016
Neste artigo, temos como objetivo desenvolver parte do que Mattos e Silva (1988) denominou Linguí... more Neste artigo, temos como objetivo desenvolver parte do que Mattos e Silva (1988) denominou Linguística histórica lato sensu, através da sistematização da "zona intermediária" entre a ciência linguística e a ciência histórica-no que se refere ao estudo da face externa de uma língua. Para tanto, expomos aspectos da epistemologia e metodologia de ambas as ciências, com vistas a demonstrar, em seguida, como atuam em conjunto, citando exemplos de trabalhos em que tal compartilhamento já é feito de maneira intuitiva, e enquadrando-os nas vertentes que denominamos história social-linguística-neste caso, coincidindo com a denominação já utilizada pela referida autora (2004)e história cultural-linguística. Por fim, além de dar uma amostra do compartilhamento metodológico que já é feito há décadas em trabalhos de linguistas-historiadores, procuramos sugerir algumas inovações neste compartilhamento, e.g. a utilização da prosopografia-método típico da ciência histórica-, no intuito de possibilitar uma produtividade ainda maior em trabalhos que ocupam esta zona intermediária entre ciências. Palabras chave Epistemologia, metodologia, linguística, história Sumario 1. Introdução. 2. A ciência histórica: o primeiro passo rumo a uma história linguística. 2.1. História social e história cultural: delimitando as vertentes. 3. A ciência linguística: o segundo passo e a caracterização de uma história linguística. 3.1. A Sociolinguística. 3.2. O compartilhamento epistemológico. 3.3. Um pequeno esclarecimento e alguns exemplos. 4. Sobre a necessidade de considerar as histórias linguísticas (sociais e culturais) dentro do espectro mais amplo da história transnacional. 5. O compartilhamento metodológico. 5.1. História social-linguística. 5.2. História cultural-linguística. 6. Conclusão.
Linguagem: Estudos e Pesquisas, 2014
Neste artigo, tratamos das línguas gerais brasileiras, campo da linguística histórica ainda não d... more Neste artigo, tratamos das línguas gerais brasileiras, campo da linguística histórica ainda não devidamente explorado, principalmente porque, até a segunda metade do século XVIII, foram mais faladas – no Brasil e no Grão-Pará e Maranhão – do que a língua portuguesa. Nosso foco está no questionamento, através da exposição de documentos que atestam a existência de uma língua geral no sul da Bahia, da afirmação, feita por Rodrigues (1996), de que, na região costeira entre o Rio de Janeiro e o Piauí, não houve a formação de uma língua geral.
The objective of this article is to present a panoramic view of the historical trajectory of thre... more The objective of this article is to present a panoramic view of the historical trajectory of three Brazilian general languages: the language spoken in Sao Paulo, South of Bahia and Amazon, taking into account Brazil’s sociolinguistic history. Concerning the first two languages, their similar formation processes are analyzed within a sociohistorical context without language shifts. Regarding the last language, also known as Nheengatu, its formation process is analyzed taking into account a socio-historical context with language shifts, arguing — in conjunction with intralinguistic data from Anchieta’s (1595), Figueira’s (1687 [1621]) and Couto de Magalhaes’ (1876) grammars — in favor of the hypothesis according to which it would be a Creole language based on Tupinamba. At last, a general language concept is presented — broad in its meaning and concise in words — that could embody both the contexts explored in this article and contexts explored elsewhere.
Neste artigo, tentamos esboçar uma reanálise de como se perdeu o traço de quantidade das vogais l... more Neste artigo, tentamos esboçar uma reanálise de como se perdeu o traço de quantidade das vogais latinas, levantando as seguintes hipóteses que a guiaram: i) a perda da quantidade vocálica teve início já durante as Guerras Púnicas; ii) tal mudança teve como uma de suas fontes irradiadoras o Norte e parte do Sudeste da Península Ibérica; iii) tal mudança foi o resultado de processos de aquisição do latim como segunda língua, por povos conquistados, e foi transmitida às gerações seguintes, completando-se. Esta última hipótese é a principal e está atrelada à visão de complementaridade entre os estudos da Sociolinguística e do Gerativismo, denominada, por Tarallo (1987), seu primeiro teorizador, de Sociolinguística Paramétrica. Para fazer esta atrelagem, procuramos estender sua teorização ao nível do objeto, de modo a que os processos sócio-históricos que envolveram a expansão do latim pudessem ser conjugados com o paradigma gerativista de aquisição da linguagem -o que inclui a assunção da existência prévia do componente biológico-cerebral, que disponibiliza uma Gramática Universal para o uso inato da criança, quando começa a adquirir uma língua. Portanto, trata-se de um trabalho situado, simultaneamente, na linguística teórica e na linguística românica.
RESUMO: Neste artigo, procuramos traçar os quinhentos anos de história social-linguística do Bras... more RESUMO: Neste artigo, procuramos traçar os quinhentos anos de história social-linguística do Brasil, abordando, comentando e criticando momentos que consideramos cruciais ao longo de tal percurso. Assim, começamos pelo século XVI, com a chegada dos colonizadores portugueses, tratando de aspectos como a adoção do tupinambá, por parte destes, como língua de contato inicial, assim como de suas consequências. Em seguida, ainda no mesmo século, abordamos a chegada dos africanos e as consequências linguísticas que este importante fator demográfico traria para o cenário de contato linguístico nos séculos seguintes. Por fim, tratamos da situação linguística brasileira pós-Independência, com ênfase para as línguas indígenas remanescentes, para as línguas da imigração europeia e asiática, que aqui chegaram no século XIX, e para o quadro atual da língua portuguesa no Brasil.
The objective of this article is to present a panoramic view of the historical trajectory of thre... more The objective of this article is to present a panoramic view of the historical trajectory of three Brazilian general languages: the language spoken in São Paulo, South of Bahia and Amazon, taking into account Brazil's sociolinguistic history. Concerning the rst two languages, their similar formation processes are analyzed within a socio-historical context without language shifts. Regarding the last language, also known as Nheengatu, its formation process is analyzed taking into account a socio-historical context with language shifts, arguing — in conjunction with intralinguistic data from Anchieta's (1595), Figueira's (1687 [1621]) and Couto de Magalhães' (1876) grammars — in favor of the hypothesis according to which it would be a Creole language based on Tupinambá. At last, a general language concept is presented — broad in its meaning and concise in words — that could embody both the contexts explored in this article and contexts explored elsewhere.
Neste artigo, temos como objetivo desenvolver parte do que Mattos e Silva (1988) denominou Linguí... more Neste artigo, temos como objetivo desenvolver parte do que Mattos e Silva (1988) denominou Linguística histórica lato sensu, através da sistematização da “zona intermediária” entre a ciência linguística e a ciência histórica – no que se refere ao estudo da face externa de uma língua. Para tanto, expomos aspectos da epistemologia e metodologia de ambas as ciências, com vistas a demonstrar, em seguida, como atuam em conjunto, citando exemplos de trabalhos em que tal compartilhamento já é feito de maneira intuitiva, e enquadrando-os nas vertentes que denominamos história social-linguística – neste caso, coincidindo com a denominação já utilizada pela referida autora (2004) – e história cultural-linguística. Por fim, além de dar uma amostra do compartilhamento metodológico que já é feito há décadas em trabalhos de linguistas-historiadores, procuramos sugerir algumas inovações neste compartilhamento, e.g. a utilização da prosopografia – método típico da ciência histórica –, no intuito de possibilitar uma produtividade ainda maior em trabalhos que ocupam esta zona intermediária entre ciências.
Na fase atual dos estudos histórico-linguísticos, relativos ao português brasileiro, são abundant... more Na fase atual dos estudos histórico-linguísticos, relativos ao português brasileiro, são abundantes os artigos, resenhas, teses e livros que ressaltam a grande variação dialetal inerente à língua oficial do Brasil, tanto entre regiões, quanto entre classes sociais distintas. De modo que, apesar da grande resistência por parte dos muitos que ainda defendem o purismo excludente do ensino tradicional de gramática, a consciência de que o português do Brasil se manifesta de maneiras diferentes dentro de suas fronteiras territoriais já começa a tomar forma, haja vista os debates, entre gramáticos e linguistas (cientistas da língua), que já começam a ganhar espaço na imprensa de modo geral. Paralelamente a esse fato animador, desde 2010, começaram a ser publicadas gramáticas escritas por cientistas da língua, tendo como base a chamada norma culta brasileira, em sua modalidade oral, no intuito de que as estruturas linguísticas nelas afixadas como regra padrão de uso correspondam a uma norma linguística que pode ser realmente observada na prática dos falantes, possuidores de nível superior de escolaridade, buscando, assim, atualizar os obsoletos livros de gramática ainda utilizados na disciplina de língua portuguesa nas escolas brasileiras.
Resumo: Neste artigo, tratamos das línguas gerais brasileiras, campo da linguística histórica ain... more Resumo: Neste artigo, tratamos das línguas gerais brasileiras, campo da linguística histórica ainda não devidamente explorado, principalmente porque, até a segunda metade do século XVIII, foram mais faladas -no Brasil e no Grão-Pará e Maranhão -do que a língua portuguesa. Nosso foco está no questionamento, através da exposição de documentos que atestam a existência de uma língua geral no sul da Bahia, da afirmação, feita por Rodrigues (1996), de que, na região costeira entre o Rio de Janeiro e o Piauí, não houve a formação de uma língua geral.
Resumo: Neste artigo, procuramos delimitar o contexto sem interrupção de transmissão linguística ... more Resumo: Neste artigo, procuramos delimitar o contexto sem interrupção de transmissão linguística entre gerações para a Língua Geral do Sul da Bahia e para a Língua Geral de São Paulo, baseados nas constatações de , relativas a esta última região. Além disso, expomos argumentos para esclarecer a nossa visão de que o sul da Bahia possuía as condições demográficas para o desenvolvimento de uma população mameluca, consequentemente apresentando as condições sociolinguísticas que explicariam a ocorrência de uma Língua Geral na costa central do Brasil.
Neste trabalho, lidamos com o tema língua geral, um campo da lingüística histórica para o qual as... more Neste trabalho, lidamos com o tema língua geral, um campo da lingüística histórica para o qual as merecidas atenções ainda não têm se voltado. Isto porque, entre os séculos XVI e XVIII, ou seja, durante todo o período colonial, as línguas gerais exerceram um papel mais importante do que o da língua portuguesa, pois foi através delas que se estabeleceram as relações sociais que tornaram possível a colonização da costano caso do Estado do Brasile da região amazônicano caso do Estado do Grão-Pará e Maranhão, então um Estado administrativamente distinto, vindo a integrarse ao Estado do Brasil, apenas, em 1823. Nosso foco está no questionamento da afirmação, feita por Aryon Rodrigues, de que, em toda a região costeira situada entre o Rio de Janeiro e o Piauí, não houve as condições sociolingüísticas dentro das quais uma língua geral poderia surgir, motivo pelo qual o referido autor restringiu a ocorrência dessas línguas apenas às regiões próximas ao extremo sul e ao extremo norte do atual território brasileiro, excluindo, dessa maneira, toda a sua costa central, já mencionada. Nesse sentido, baseados em dados presentes nas cartas de Luís dos Santos Vilhena, encontradas nos volumes de A Bahia no século XVIII, e em trechos da Relação das povoações de lugares da Comarca do Sul, encontrados no artigo Os índios do sul da Bahia: população, economia e sociedade (1740-1854), de Luiz Mott, nós mostramos evidências de que, na Bahia, em oposição à afirmação de Aryon Rodrigues, exposta acima, tivemos a ocorrência de uma língua geral na região sul deste estado, dentro de condições sociolingüísticas muito semelhantes às de São Paulo, onde se formou uma língua geral, que o especialista em línguas indígenas chamou de língua geral paulista.
In this article, we traced the five hundred years of Brazil’s social-linguistic history, commenti... more In this article, we traced the five hundred years of Brazil’s social-linguistic history, commenting and criticizin g moments that we considered crucial along the way. Hence, we began in the 16th century, with the arrival of the Portuguese colonizers, dealing with aspects such as the adoption of Tupinambá as the language for the initial contact, together with its consequences. Later in the same century, we approached the arrival of Africans and the linguistic consequences that this important demographic fact would bring to the linguistic contact scene in the following centuries. Finally, we dealt with the Post-Independence Brazilian linguistic situation, emphasizing the remaining indigenous languages, the European and Asiatic immigration languages, which arrived during the 19th century, and the current frame of the Portuguese language in Brazil.
In this article, we have as main objectives the explanation of how it has been through the overco... more In this article, we have as main objectives the explanation of how it has been through the overcoming of the linguistic barrier and the initial cooptation of labor for the sugar mills ocurred during the beginning of the Portuguese colonization in Brazil, with emphasis on the southern region of Bahia and for the period between 1500 and 1549. As a secondary objective, we seek to emphasize the importance of the development, within the scope of linguistic science, of the discipline of social history of language (BURKE, 1995), since it investigates one of the main aspects of a language: its social role, exercised by its speakers in their daily interpersonal relations – a noteworthy dimension – to the extent that successful character of early linguistic relations between distinct peoples can be determinant for less deleterious social interactions, as well as having important consequences on the formation of a national identity.
This article presents a historical retrospective of the Ilheus Captaincy from its foundation in 1... more This article presents a historical retrospective of the Ilheus Captaincy from its foundation in 1534 until 1593. We have used the<br> Thomas Ferreira Process, a manuscript found in the Torre do Tombo National Archive in Lisbon, Portugal, to penetrate the intricacies of that region's social-linguistic dynamics in this period of Brazilian history. Based on Thomas Ferreira Process, we confirmed hypotheses already raised elsewhere (e.g., Rodrigues 2006, Cancela 2012) that Tupinambá was the supra-ethnic language of Brazil's early colonization, at least regarding the Ilheus Captaincy. At the same time, we can launch new hypotheses about what would have been the linguistic configuration (monolingualism and bilingualism situation) of that captaincy in the sixteenth century. Moreover, we aim to investigate the communication environment in which these linguistic configurations have manifested,<br> namely, the environments [i] outside sugarcane mills, [ii] inside the mills,...
The following article has as its goal creating the basis for the working up of a Linguistic histo... more The following article has as its goal creating the basis for the working up of a Linguistic history of the South of Bahia. In order to do it, it is used as its theoretical references the principles from sociolinguistic theory – concerning to its conception of language – and from creolistics – concerning to changes induced by the contact of languages. The obtained results are presented in a proposal of periodization of the linguistic history of the South of Bahia, in a survey of its language and speakers’ synoptic chart, observed in the region throughout its history, and in the trial to explain how took place the changing from a multilingual context, at the colonial period, into a unilingual context, nowadays.
In this paper, we analyse the concept of functional bidialectalism, pointed as a possible solutio... more In this paper, we analyse the concept of functional bidialectalism, pointed as a possible solution for problems related to Portuguese teaching as maternal language in brazilian schools. After that, based on elements from theoretical linguistics and on socio-historical data, we present the differentiation made between pattern norm and standard norm, emphasizing that this fact generates, as a consequence of its ascertainment, the necessity of modifying the concept of functional bidialectalism, for the fact it does not still include this differentiation. Hence, we propose the concept of functional bidialectalism with adjustment – in which the differentiation mentioned above would be already included –, as a manner of correlating it, in a more exact way, to brazilian sociolinguistic reality, because it interferes directly in Portuguese teaching as maternal language.
Estudos de Lingüística Galega, 2018
Neste artigo, tentamos esboçar uma reanálise de como se perdeu o traço de quantidade das vogais l... more Neste artigo, tentamos esboçar uma reanálise de como se perdeu o traço de quantidade das vogais latinas, levantando as seguintes hipóteses que a guiaram: i) a perda da quantidade vocálica teve início já durante as Guerras Púnicas; ii) tal mudança teve como uma de suas fontes irradiadoras o Norte e parte do Sudeste da Península Ibérica; iii) tal mudança foi o resultado de processos de aquisição do latim como segunda língua, por povos conquistados, e foi transmitida às gerações seguintes, completando-se. Esta última hipótese é a principal e está atrelada à visão de complementaridade entre os estudos da Sociolinguística e do Gerativismo, denominada, por Tarallo (1987), seu primeiro teorizador, de Sociolinguística Paramétrica. Para fazer esta atrelagem, procuramos estender sua teorização ao nível do objeto, de modo a que os processos sócio-históricos que envolveram a expansão do latim pudessem ser conjugados com o paradigma gerativista de aquisição da linguagem-o que inclui a assunção da existência prévia do componente biológico-cerebral, que disponibiliza uma Gramática Universal para o uso inato da criança, quando começa a adquirir uma língua. Portanto, trata-se de um trabalho situado, simultaneamente, na linguística teórica e na linguística românica. Palabras chave Linguística teórica; linguística românica; mudança fonológica; latim; português Sumario 1. Introdução. 2. A perda da quantidade vocálica e suas importantes repercussões. 3. A Sociolinguística Paramétrica: uma reflexão ao nível do objeto teórico. 3.1. Aquisição da linguagem. 3.2. Fonética e Fonologia. 4. Estudos anteriores sobre a perda da quantidade vocálica. 5. Conclusão.
Fórum Linguístico, 2018
Neste artigo, procuramos traçar os quinhentos anos de história social-linguística do Brasil, abor... more Neste artigo, procuramos traçar os quinhentos anos de história social-linguística do Brasil, abordando, comentando e criticando momentos que consideramos cruciais ao longo de tal percurso. Assim, começamos pelo século XVI, com a chegada dos colonizadores portugueses, tratando de aspectos como a adoção do tupinambá, por parte destes, como língua de contato inicial, assim como de suas consequências. Em seguida, ainda no mesmo século, abordamos a chegada dos africanos e as consequências linguísticas que este importante fator demográfico traria para o cenário de contato linguístico nos séculos seguintes. Por fim, tratamos da situação linguística brasileira pós-Independência, com ênfase para as línguas indígenas remanescentes, para as línguas da imigração europeia e asiática, que aqui chegaram no século XIX, e para o quadro atual da língua portuguesa no Brasil.
Estudos de Lingüística Galega, 2016
Neste artigo, temos como objetivo desenvolver parte do que Mattos e Silva (1988) denominou Linguí... more Neste artigo, temos como objetivo desenvolver parte do que Mattos e Silva (1988) denominou Linguística histórica lato sensu, através da sistematização da "zona intermediária" entre a ciência linguística e a ciência histórica-no que se refere ao estudo da face externa de uma língua. Para tanto, expomos aspectos da epistemologia e metodologia de ambas as ciências, com vistas a demonstrar, em seguida, como atuam em conjunto, citando exemplos de trabalhos em que tal compartilhamento já é feito de maneira intuitiva, e enquadrando-os nas vertentes que denominamos história social-linguística-neste caso, coincidindo com a denominação já utilizada pela referida autora (2004)e história cultural-linguística. Por fim, além de dar uma amostra do compartilhamento metodológico que já é feito há décadas em trabalhos de linguistas-historiadores, procuramos sugerir algumas inovações neste compartilhamento, e.g. a utilização da prosopografia-método típico da ciência histórica-, no intuito de possibilitar uma produtividade ainda maior em trabalhos que ocupam esta zona intermediária entre ciências. Palabras chave Epistemologia, metodologia, linguística, história Sumario 1. Introdução. 2. A ciência histórica: o primeiro passo rumo a uma história linguística. 2.1. História social e história cultural: delimitando as vertentes. 3. A ciência linguística: o segundo passo e a caracterização de uma história linguística. 3.1. A Sociolinguística. 3.2. O compartilhamento epistemológico. 3.3. Um pequeno esclarecimento e alguns exemplos. 4. Sobre a necessidade de considerar as histórias linguísticas (sociais e culturais) dentro do espectro mais amplo da história transnacional. 5. O compartilhamento metodológico. 5.1. História social-linguística. 5.2. História cultural-linguística. 6. Conclusão.
Linguagem: Estudos e Pesquisas, 2014
Neste artigo, tratamos das línguas gerais brasileiras, campo da linguística histórica ainda não d... more Neste artigo, tratamos das línguas gerais brasileiras, campo da linguística histórica ainda não devidamente explorado, principalmente porque, até a segunda metade do século XVIII, foram mais faladas – no Brasil e no Grão-Pará e Maranhão – do que a língua portuguesa. Nosso foco está no questionamento, através da exposição de documentos que atestam a existência de uma língua geral no sul da Bahia, da afirmação, feita por Rodrigues (1996), de que, na região costeira entre o Rio de Janeiro e o Piauí, não houve a formação de uma língua geral.
The objective of this article is to present a panoramic view of the historical trajectory of thre... more The objective of this article is to present a panoramic view of the historical trajectory of three Brazilian general languages: the language spoken in Sao Paulo, South of Bahia and Amazon, taking into account Brazil’s sociolinguistic history. Concerning the first two languages, their similar formation processes are analyzed within a sociohistorical context without language shifts. Regarding the last language, also known as Nheengatu, its formation process is analyzed taking into account a socio-historical context with language shifts, arguing — in conjunction with intralinguistic data from Anchieta’s (1595), Figueira’s (1687 [1621]) and Couto de Magalhaes’ (1876) grammars — in favor of the hypothesis according to which it would be a Creole language based on Tupinamba. At last, a general language concept is presented — broad in its meaning and concise in words — that could embody both the contexts explored in this article and contexts explored elsewhere.
Neste artigo, tentamos esboçar uma reanálise de como se perdeu o traço de quantidade das vogais l... more Neste artigo, tentamos esboçar uma reanálise de como se perdeu o traço de quantidade das vogais latinas, levantando as seguintes hipóteses que a guiaram: i) a perda da quantidade vocálica teve início já durante as Guerras Púnicas; ii) tal mudança teve como uma de suas fontes irradiadoras o Norte e parte do Sudeste da Península Ibérica; iii) tal mudança foi o resultado de processos de aquisição do latim como segunda língua, por povos conquistados, e foi transmitida às gerações seguintes, completando-se. Esta última hipótese é a principal e está atrelada à visão de complementaridade entre os estudos da Sociolinguística e do Gerativismo, denominada, por Tarallo (1987), seu primeiro teorizador, de Sociolinguística Paramétrica. Para fazer esta atrelagem, procuramos estender sua teorização ao nível do objeto, de modo a que os processos sócio-históricos que envolveram a expansão do latim pudessem ser conjugados com o paradigma gerativista de aquisição da linguagem -o que inclui a assunção da existência prévia do componente biológico-cerebral, que disponibiliza uma Gramática Universal para o uso inato da criança, quando começa a adquirir uma língua. Portanto, trata-se de um trabalho situado, simultaneamente, na linguística teórica e na linguística românica.
RESUMO: Neste artigo, procuramos traçar os quinhentos anos de história social-linguística do Bras... more RESUMO: Neste artigo, procuramos traçar os quinhentos anos de história social-linguística do Brasil, abordando, comentando e criticando momentos que consideramos cruciais ao longo de tal percurso. Assim, começamos pelo século XVI, com a chegada dos colonizadores portugueses, tratando de aspectos como a adoção do tupinambá, por parte destes, como língua de contato inicial, assim como de suas consequências. Em seguida, ainda no mesmo século, abordamos a chegada dos africanos e as consequências linguísticas que este importante fator demográfico traria para o cenário de contato linguístico nos séculos seguintes. Por fim, tratamos da situação linguística brasileira pós-Independência, com ênfase para as línguas indígenas remanescentes, para as línguas da imigração europeia e asiática, que aqui chegaram no século XIX, e para o quadro atual da língua portuguesa no Brasil.
The objective of this article is to present a panoramic view of the historical trajectory of thre... more The objective of this article is to present a panoramic view of the historical trajectory of three Brazilian general languages: the language spoken in São Paulo, South of Bahia and Amazon, taking into account Brazil's sociolinguistic history. Concerning the rst two languages, their similar formation processes are analyzed within a socio-historical context without language shifts. Regarding the last language, also known as Nheengatu, its formation process is analyzed taking into account a socio-historical context with language shifts, arguing — in conjunction with intralinguistic data from Anchieta's (1595), Figueira's (1687 [1621]) and Couto de Magalhães' (1876) grammars — in favor of the hypothesis according to which it would be a Creole language based on Tupinambá. At last, a general language concept is presented — broad in its meaning and concise in words — that could embody both the contexts explored in this article and contexts explored elsewhere.
Neste artigo, temos como objetivo desenvolver parte do que Mattos e Silva (1988) denominou Linguí... more Neste artigo, temos como objetivo desenvolver parte do que Mattos e Silva (1988) denominou Linguística histórica lato sensu, através da sistematização da “zona intermediária” entre a ciência linguística e a ciência histórica – no que se refere ao estudo da face externa de uma língua. Para tanto, expomos aspectos da epistemologia e metodologia de ambas as ciências, com vistas a demonstrar, em seguida, como atuam em conjunto, citando exemplos de trabalhos em que tal compartilhamento já é feito de maneira intuitiva, e enquadrando-os nas vertentes que denominamos história social-linguística – neste caso, coincidindo com a denominação já utilizada pela referida autora (2004) – e história cultural-linguística. Por fim, além de dar uma amostra do compartilhamento metodológico que já é feito há décadas em trabalhos de linguistas-historiadores, procuramos sugerir algumas inovações neste compartilhamento, e.g. a utilização da prosopografia – método típico da ciência histórica –, no intuito de possibilitar uma produtividade ainda maior em trabalhos que ocupam esta zona intermediária entre ciências.
Na fase atual dos estudos histórico-linguísticos, relativos ao português brasileiro, são abundant... more Na fase atual dos estudos histórico-linguísticos, relativos ao português brasileiro, são abundantes os artigos, resenhas, teses e livros que ressaltam a grande variação dialetal inerente à língua oficial do Brasil, tanto entre regiões, quanto entre classes sociais distintas. De modo que, apesar da grande resistência por parte dos muitos que ainda defendem o purismo excludente do ensino tradicional de gramática, a consciência de que o português do Brasil se manifesta de maneiras diferentes dentro de suas fronteiras territoriais já começa a tomar forma, haja vista os debates, entre gramáticos e linguistas (cientistas da língua), que já começam a ganhar espaço na imprensa de modo geral. Paralelamente a esse fato animador, desde 2010, começaram a ser publicadas gramáticas escritas por cientistas da língua, tendo como base a chamada norma culta brasileira, em sua modalidade oral, no intuito de que as estruturas linguísticas nelas afixadas como regra padrão de uso correspondam a uma norma linguística que pode ser realmente observada na prática dos falantes, possuidores de nível superior de escolaridade, buscando, assim, atualizar os obsoletos livros de gramática ainda utilizados na disciplina de língua portuguesa nas escolas brasileiras.
Resumo: Neste artigo, tratamos das línguas gerais brasileiras, campo da linguística histórica ain... more Resumo: Neste artigo, tratamos das línguas gerais brasileiras, campo da linguística histórica ainda não devidamente explorado, principalmente porque, até a segunda metade do século XVIII, foram mais faladas -no Brasil e no Grão-Pará e Maranhão -do que a língua portuguesa. Nosso foco está no questionamento, através da exposição de documentos que atestam a existência de uma língua geral no sul da Bahia, da afirmação, feita por Rodrigues (1996), de que, na região costeira entre o Rio de Janeiro e o Piauí, não houve a formação de uma língua geral.
Resumo: Neste artigo, procuramos delimitar o contexto sem interrupção de transmissão linguística ... more Resumo: Neste artigo, procuramos delimitar o contexto sem interrupção de transmissão linguística entre gerações para a Língua Geral do Sul da Bahia e para a Língua Geral de São Paulo, baseados nas constatações de , relativas a esta última região. Além disso, expomos argumentos para esclarecer a nossa visão de que o sul da Bahia possuía as condições demográficas para o desenvolvimento de uma população mameluca, consequentemente apresentando as condições sociolinguísticas que explicariam a ocorrência de uma Língua Geral na costa central do Brasil.
Neste trabalho, lidamos com o tema língua geral, um campo da lingüística histórica para o qual as... more Neste trabalho, lidamos com o tema língua geral, um campo da lingüística histórica para o qual as merecidas atenções ainda não têm se voltado. Isto porque, entre os séculos XVI e XVIII, ou seja, durante todo o período colonial, as línguas gerais exerceram um papel mais importante do que o da língua portuguesa, pois foi através delas que se estabeleceram as relações sociais que tornaram possível a colonização da costano caso do Estado do Brasile da região amazônicano caso do Estado do Grão-Pará e Maranhão, então um Estado administrativamente distinto, vindo a integrarse ao Estado do Brasil, apenas, em 1823. Nosso foco está no questionamento da afirmação, feita por Aryon Rodrigues, de que, em toda a região costeira situada entre o Rio de Janeiro e o Piauí, não houve as condições sociolingüísticas dentro das quais uma língua geral poderia surgir, motivo pelo qual o referido autor restringiu a ocorrência dessas línguas apenas às regiões próximas ao extremo sul e ao extremo norte do atual território brasileiro, excluindo, dessa maneira, toda a sua costa central, já mencionada. Nesse sentido, baseados em dados presentes nas cartas de Luís dos Santos Vilhena, encontradas nos volumes de A Bahia no século XVIII, e em trechos da Relação das povoações de lugares da Comarca do Sul, encontrados no artigo Os índios do sul da Bahia: população, economia e sociedade (1740-1854), de Luiz Mott, nós mostramos evidências de que, na Bahia, em oposição à afirmação de Aryon Rodrigues, exposta acima, tivemos a ocorrência de uma língua geral na região sul deste estado, dentro de condições sociolingüísticas muito semelhantes às de São Paulo, onde se formou uma língua geral, que o especialista em línguas indígenas chamou de língua geral paulista.
Resumo Neste artigo, tentamos esboçar uma reanálise de como se perdeu o traço de quantidade das... more Resumo
Neste artigo, tentamos esboçar uma reanálise de como se perdeu o traço de quantidade das vogais latinas, levantando as seguintes hipóteses que a guiaram: i) a perda da quantidade vocálica teve início já durante as Guerras Púnicas; ii) tal mudança teve como uma de suas fontes irradiadoras o Norte e parte do Sudeste da Península Ibérica; iii) tal mudança foi o resultado de processos de aquisição do latim como segunda língua, por povos conquistados, e foi transmitida às gerações seguintes, completando-se. Esta última hipótese é a principal e está atrelada à visão de complementaridade entre os estudos da Sociolinguística e do Gerativismo, denominada, por Tarallo (1987), seu primeiro teorizador, de Sociolinguística Paramétrica. Para fazer esta atrelagem, procuramos estender sua teorização ao nível do objeto, de modo a que os processos sócio-históricos que envolveram a expansão do latim pudessem ser conjugados com o paradigma gerativista de aquisição da linguagem – o que inclui a assunção da existência prévia do componente biológico-cerebral, que disponibiliza uma Gramática Universal para o uso inato da criança, quando começa a adquirir uma língua. Portanto, trata-se de um trabalho situado, simultaneamente, na linguística teórica e na linguística românica.
RESUMO: Neste artigo, procuramos traçar os quinhentos anos de história social-linguística do Bras... more RESUMO: Neste artigo, procuramos traçar os quinhentos anos de história social-linguística do Brasil, abordando, comentando e criticando momentos que consideramos cruciais, ao longo de tal percurso. Assim, começamos pelo século XVI, com a chegada dos colonizadores portugueses, tratando de aspectos como a adoção do tupinambá, por parte destes, como língua de contato inicial, assim como de suas consequências. Em seguida, ainda no mesmo século, abordamos a chegada dos africanos e as consequências linguísticas que este importante fator demográfico traria para o cenário de contato linguístico nos séculos seguintes. Por fim, tratamos da situação linguística brasileira Pós-Independência, com ênfase para as línguas indígenas remanescentes, para as línguas da imigração europeia e asiática, que aqui chegaram no século XIX, e para o quadro atual da língua portuguesa no Brasil e no mundo.
PALAVRAS-CHAVE: Linguística Histórica; Brasil; multilinguismo; contato linguístico.
Esta tese tem como tema a história social-linguística do Sul da Bahia, desde 1534, no século XVI,... more Esta tese tem como tema a história social-linguística do Sul da Bahia, desde 1534, no século XVI, a 1940, no século XX. Por ser um trabalho que exige a aplicação conjunta de fundamentos epistemológicos e metodológicos da ciência linguística e da ciência histórica, no primeiro capítulo (Parte I), é feita uma análise de tais fundamentos em ambas as ciências, procurando-se, ao final, demonstrar como, teoricamente, se pode levar a termo a sua aplicação conjunta. No segundo e terceiro capítulos (Parte II) – relativos, respectivamente, às Capitanias de Ilhéus e de Porto Seguro –, é aplicado, na prática, o conjunto de fundamentos epistemológicos e metodológicos da ciência linguística e da ciência histórica, através da reconstrução, propriamente dita, da história social-linguística do Sul da Bahia, em que se delimitam os ambientes de comunicação – determinados pelas vicissitudes de sua história econômica e política – dentro dos quais se manifestou o multilinguismo majoritariamente indígena da região, ao longo dos seus primeiros quatro séculos. No quarto e último capítulo (Parte III), é desenvolvida a hipótese de como, no século XIX, o multilinguismo do Sul da Bahia foi extinto e de como o português tornou-se a única língua materna atualmente falada na região.