Adriana Reis | Universidade Estadual de Feira de Santana (original) (raw)
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Papers by Adriana Reis
Thérèse Philosophe, uma publicação francesa de 1748, de autoria controversa, foi escrita provavel... more Thérèse Philosophe, uma publicação francesa de 1748, de autoria controversa, foi escrita provavelmente por Jean-Baptiste de Boyer, marquês d'Argens. Um dos best-sellers proibido analisados por Robert Darnton era, segundo ele, "uma literatura que talvez ainda não fosse tachada de pornográfica, mas que levava o sexo muito além das fronteiras da decência reconhecidas no Antigo Regime" (Darnton, 1998, p.105-106). Esta publicação que se tornou um dos livros de circulação proibida na França do período, foi clandestinamente divulgado e "devorado" pelos submundos das letras. Escrito na primeira pessoa Thérèse, suposta autora, escreve a pedido de seu amante, o conde, e "pelo bem da humanidade". Misturando uma narrativa fictícia da meninice de Thérèse com o relato de um episódio real anunciado no subtítulo: Memórias do caso entre padre Dirrag e Mademoiselle Eradice, relata a trajetória de iniciação sexual de uma mulher, em quatro momentos: o primeiro, de influência religiosa, com o Caso Dirrag, o segundo através da companhia de Mme C. e do abbé T, onde entra em contato com a filosofia; o terceiro, através dos relatos de uma prostituta parisiense aposentada, Mme Bois-Laurier, e o quarto, pela experiência de um Conde esclarecido, florescendo finalmente sua sexualidade e sua filosofia. O autor faz uma análise na qual relaciona sexo e filosofia, cópula e metafísica, abordando temas como virgindade, masturbação feminina, maternidade etc.
Thérèse Philosophe, uma publicação francesa de 1748, de autoria controversa, foi escrita provavel... more Thérèse Philosophe, uma publicação francesa de 1748, de autoria controversa, foi escrita provavelmente por Jean-Baptiste de Boyer, marquês d'Argens. Um dos best-sellers proibido analisados por Robert Darnton era, segundo ele, "uma literatura que talvez ainda não fosse tachada de pornográfica, mas que levava o sexo muito além das fronteiras da decência reconhecidas no Antigo Regime" (Darnton, 1998, p.105-106). Esta publicação que se tornou um dos livros de circulação proibida na França do período, foi clandestinamente divulgado e "devorado" pelos submundos das letras. Escrito na primeira pessoa Thérèse, suposta autora, escreve a pedido de seu amante, o conde, e "pelo bem da humanidade". Misturando uma narrativa fictícia da meninice de Thérèse com o relato de um episódio real anunciado no subtítulo: Memórias do caso entre padre Dirrag e Mademoiselle Eradice, relata a trajetória de iniciação sexual de uma mulher, em quatro momentos: o primeiro, de influência religiosa, com o Caso Dirrag, o segundo através da companhia de Mme C. e do abbé T, onde entra em contato com a filosofia; o terceiro, através dos relatos de uma prostituta parisiense aposentada, Mme Bois-Laurier, e o quarto, pela experiência de um Conde esclarecido, florescendo finalmente sua sexualidade e sua filosofia. O autor faz uma análise na qual relaciona sexo e filosofia, cópula e metafísica, abordando temas como virgindade, masturbação feminina, maternidade etc.