Marina Lages Gonçalves Teixeira | Universidade de Sao Paulo (original) (raw)
Papers by Marina Lages Gonçalves Teixeira
O artigo discorre sobre a arquitetura e ocupação urbana produzida pela fábrica de álcool e açúcar... more O artigo discorre sobre a arquitetura e ocupação urbana
produzida pela fábrica de álcool e açúcar, Usina Santana,
localizada na zona rural da capital do Piauí, nordeste brasileiro,
fundada na primeira década do século XX. Detém‑se,
também, na trajetória da empresa que modificou a paisagem
e a configuração urbana de Teresina ao promover a atração
de centenas de trabalhadores para a zona rural da cidade.
A Usina Santana foi responsável por diversificar a economia
piauiense antes marcada pela pecuária extensiva, indústria de
extrativismo vegetal e laticínios. Teresina, capital planejada e
fundada em 1852, possuía caráter institucional e foi ocupada
inicialmente por servidores públicos e pequenas indústrias,
apresentando edifícios de pequeno porte e feições neoclássicas
(TEIXEIRA; CORREIA, 2018). A nova capital do Piauí,
fundada estrategicamente às margens dos rios Parnaíba e Poty,
demonstra a demanda comercial e política do seu planejamento.
E, apesar do discurso historiográfico tratar a cidade como
exemplo de atraso, ao levantarmos sobre as iniciativas da
indústria, Teresina se demonstra inserida na trama capitalista
brasileira (TEIXEIRA, 2019). Diante da atual realidade,
um processo de descarte da materialidade, os levantamentos
arquitetônicos e documentais foram norteados pela da Carta
de Nizhny Tagil sobre o Patrimônio Industrial (2003) e o
trabalho aqui proposto leva em consideração a diversidade
e vulnerabilidade do patrimônio industrial discutidos pelos
Princípios de Dublin (2011). O abandono ou completo descaso
com os exemplares que testemunham a industrialização em
Teresina demonstram a necessidade da documentação desses bens como uma forma de preservação, tendo a Usina Santana,
como um importante exemplar da indústria açucareira e da
economia canavieira tão tradicional do nordeste brasileiro.
Revista ARA, 2020
O artigo busca uma aproximação com a Teoria da Estética da Recepção, iniciada por Hans Robert Jau... more O artigo busca uma aproximação com a Teoria da Estética da Recepção, iniciada por Hans Robert Jauss, para discutir a narrativa dos viajantes que passaram pelo território do Piauí. Aqui tratamos os mesmos como leitores desse espaço definido enquanto literatura e utilizamos como estudo de caso as viagens de Artur Neiva e Belisário Penna, em 1912, e de Paulo Thedim Barreto, em 1938.
Gostaria de agradecer primeiramente à minha mãe, Ivani, por me mostrar que o trabalho e os estudo... more Gostaria de agradecer primeiramente à minha mãe, Ivani, por me mostrar que o trabalho e os estudos me levariam adiante. Por ser sempre o meu exemplo de mulher, mãe, profissional, estudante e pesquisadora. Obrigada por tudo que eu sou. Obrigada, Catarina, por ser minha primeira companhia e meu apoio incondicional em cada passo que dou. Obrigada às minhas tias, também minhas mães-tia Cizinha, tia Leni-e, em especial, obrigada à Tia Luci e tia Corrinha, por me ajudarem a por em prática tudo o que eu sonho. Obrigada, Vovó Socorro, por tanto amor. Você vai estar sempre comigo. Obrigada, Ricardo Lopes e Carolina Martins, por me aconselharem e zelarem pela minha educação e minha trajetória profissional desde o vestibular. Obrigada; Tio Laercio, André, Pedro, Camila, Arnaldo, João Ricardo, e agora o Felipe, pela eterna companhia e por vibrarem junto a cada conquista. Obrigada, professora Telma, pela acolhida desde a primeira tentativa de ingresso no programa. Obrigada por abrir as portas do IAU e por confiar no meu trabalho e pelos ensinamentos ao longo deste percurso. Obrigada, professoras Nilce Aravecchia Botas e Vanda Maria Quecini, por tantas contribuições e atenção ao meu trabalho durante as bancas. Professora Aline Coelho Sanches, obrigada por me acompanhar e me ensinar em várias etapas da jornada do mestrado. Obrigada, sobretudo, por me mostrar o amor e a dedicação pela docência. Você é exemplo. Professora Maria Ângela, obrigada por me acolher em todos os lugares por onde entrei, por acreditar no meu potencial e me dar tantas oportunidades. À professora Kaki Afonso, obrigada por incentivar meu ingresso na vida acadêmica e por tantas portas abertas. Tomás Moreira e Eulalia Negrelos, obrigada por tantos ensinamentos. Obrigada, Gabriel, por todo amor, dedicação e cuidado comigo. Você e o Cookie tornam o caminho mais leve e bonito. Amanda Mitre, Natália Rezende e Raiane Rosi; obrigada por acompanhar cada passo dessa pesquisa, obrigada por cada ensinamento, cada conselho e cada palavra de calma. Lorena Couto, obrigada pela companhia constante e, além da amizade, obrigada por acreditar em tudo que faço. Obrigada também;
Labor e Engenho
O artigo trata de Teresina, capital do Piauí, no período entre sua fundação e as primeiras década... more O artigo trata de Teresina, capital do Piauí, no período entre sua fundação e as primeiras décadas do século XX. Mostra a configuração urbana inicial da cidade, com sua trama regular, caráter administrativo e forte presença de prédios institucionais de arquitetura neoclássica, reunidos em torno de praças retangulares. Expõe como esta forma inicial da cidade foi alterada pela expansão do comércio, dos serviços e da indústria. Detém-se na indústria, mostrando como a cidade abrigou um conjunto diversificado de fábricas, que contribuíram para uma mudança importante em sua forma urbana, pela geração de bairros operários e pela alteração da paisagem, com seus galpões e chaminés. Faz uma abordagem mais aprofundada da Companhia de Fiação e Tecidos Piauiense: sua origem, arquitetura, impactos na ocupação das terras em seu entorno e contribuição para o surgimento do bairro da Vila Operária.
Revista ARA
O presente artigo se utiliza da Teoria da Estética da Recepção, iniciada por Hans Robert Jauss, p... more O presente artigo se utiliza da Teoria da Estética da Recepção, iniciada por Hans Robert Jauss, para discutir a narrativa dos viajantes que passaram pelo território do Piauí, utilizando como estudo de caso duas viagens chefiadas por Artur Neiva e Belisário Pena, por iniciativa das instituições IOCS e Fundação Oswaldo Cruz, em 1912; e a de Paulo Thedim Barreto, pelo SPHAN, em 1938. O estudo aqui proposto trata os viajantes como leitores de um espaço definido, Piauí, por nós considerado a literatura, assim apresentamos três eixos de análise: o primeiro, o horizonte de expectativas – ou mundivivencial – dos viajantes; o segundo, acerca das implicações estéticas, onde se pretende iniciar a discussão do Brasil dos Sertões e a narrativa sem fronteiras; e, o último, aborda as implicações históricas e a cadeia de recepções envolvida, a partir do qual se trabalha a questão da narrativa histórica e literária sobre os sertões, abordando a construção dos elementos simbólicos e culturais sobre ...
Labor e Engenho
O artigo discorre sobre o desenvolvimento do ensino industrial no Brasil durante a primeira décad... more O artigo discorre sobre o desenvolvimento do ensino industrial no Brasil durante a primeira década do século XX e as relações e transformações da arquitetura utilizada nestes espaços. Tomando como foco de análise a Escola Industrial de Teresina, expõe-se as origens das atividades ligadas ao ensino profissional industrial, sua integração ao plano nacional pelo estabelecimento do decreto nº 7.566, de setembro de 1909 e a estruturação das atividades nos edifícios ao longo das décadas seguintes. Busca-se realizar uma análise aprofundada do projeto elaborado em 1950 pelos arquitetos Renato Soeiro, Thomaz Estrela, Jorge Ferreira e Renato Mesquita para a Escola Industrial de Teresina em termos de: programa, estética, relações entre os espaços, utilização da arquitetura moderna e sua incidência em publicações especializadas nacionais e internacionais do período como a revista Arquitetura e Urbanismo, do IAB; a revista francesa L’architecture D’aujourd’hui e o livro Modern Architecture in Br...
Conference Presentations by Marina Lages Gonçalves Teixeira
Anais do 5º Seminário Ibero-americano Arquitetura e Documentação, 2018
A história da arquitetura, assim como a história urbana, passa por uma reflexão a respeito das fo... more A história da arquitetura, assim como a história urbana, passa por uma reflexão a respeito das fontes documentais e do acesso aos acervos históricos que guardam verdadeiros tesouros ainda a serem explorados. Entretanto, a construção historiográfica permanece centralizada em regiões específicas que influenciam, e direcionam até certo grau, o levantamento e a produção acadêmico-científica. No caso brasileiro, percebe-se a força e aglutinação das pesquisas e debates realizados na região sudeste, em grande parte, com alguns outros eixos secundários e, de certa forma, alternativos. Apesar da reconhecida complexidade quando do estudo de um país de dimensões continentaisprincipalmente quando assumidas as especificidades que acompanham os processos latinoamericanos-, é preciso, também, reconhecer o esforço de pesquisadores que buscam ampliar o debate histórico, cingindo regiões pouco estudadas. Como sabido, o exercício que compete ao pesquisador da história da arquitetura perpassa o conhecimento histórico que abrange questões políticas, econômicas, culturais; toda ordem de variantes encontradas no "urbano" e na "cidade", se quisermos assim categorizar seus atributos "sociais" e "materiais/físicos". Um dos movimentos que nos parece imprescindível no que tange a discussão sobre arquitetura e documentação se dá no preenchimento de lacunas históricas. Não apenas para a construção de um quadro que nos permita uma dentre várias possibilidades de interpretação, mas, sobretudo, na construção de uma historiografia que contemple universos ainda periféricos, como é o caso do Piauí. Uma historiografia piauiense que possivelmente foi inaugurada por Paulo T. Barreto, em 1938, através de publicação do SPHAN 1 , trata de um Estado formado por cidades novas e planejadas, com uma arquitetura eclética e adaptada ao clima castigante. Depois disso, um grande hiato marca essa construção, talvez causada pela criação tardia do primeiro curso de arquitetura e urbanismo, apenas em 1993, com uma primeira tentativa de pós-graduação em 2012. O quadro historiográfico da arquitetura e urbanismo Piauiense além de incipiente é produzido de forma pontualem quase sua totalidade, dentro da academia- ,
Anais do I Encontro Nacional Arte e Patrimônio Industrial, 2020
O artigo discorre sobre a arquitetura e ocupação urbana produzida pela fábrica de álcool e açúcar... more O artigo discorre sobre a arquitetura e ocupação urbana
produzida pela fábrica de álcool e açúcar, Usina Santana,
localizada na zona rural da capital do Piauí, nordeste brasileiro,
fundada na primeira década do século XX. Detém‑se,
também, na trajetória da empresa que modificou a paisagem
e a configuração urbana de Teresina ao promover a atração
de centenas de trabalhadores para a zona rural da cidade.
A Usina Santana foi responsável por diversificar a economia
piauiense antes marcada pela pecuária extensiva, indústria de
extrativismo vegetal e laticínios. Teresina, capital planejada e
fundada em 1852, possuía caráter institucional e foi ocupada
inicialmente por servidores públicos e pequenas indústrias,
apresentando edifícios de pequeno porte e feições neoclássicas
(TEIXEIRA; CORREIA, 2018). A nova capital do Piauí,
fundada estrategicamente às margens dos rios Parnaíba e Poty,
demonstra a demanda comercial e política do seu planejamento.
E, apesar do discurso historiográfico tratar a cidade como
exemplo de atraso, ao levantarmos sobre as iniciativas da
indústria, Teresina se demonstra inserida na trama capitalista
brasileira (TEIXEIRA, 2019). Diante da atual realidade,
um processo de descarte da materialidade, os levantamentos
arquitetônicos e documentais foram norteados pela da Carta
de Nizhny Tagil sobre o Patrimônio Industrial (2003) e o
trabalho aqui proposto leva em consideração a diversidade
e vulnerabilidade do patrimônio industrial discutidos pelos
Princípios de Dublin (2011). O abandono ou completo descaso
com os exemplares que testemunham a industrialização em
Teresina demonstram a necessidade da documentação desses bens como uma forma de preservação, tendo a Usina Santana,
como um importante exemplar da indústria açucareira e da
economia canavieira tão tradicional do nordeste brasileiro.
Revista ARA, 2020
O artigo busca uma aproximação com a Teoria da Estética da Recepção, iniciada por Hans Robert Jau... more O artigo busca uma aproximação com a Teoria da Estética da Recepção, iniciada por Hans Robert Jauss, para discutir a narrativa dos viajantes que passaram pelo território do Piauí. Aqui tratamos os mesmos como leitores desse espaço definido enquanto literatura e utilizamos como estudo de caso as viagens de Artur Neiva e Belisário Penna, em 1912, e de Paulo Thedim Barreto, em 1938.
Gostaria de agradecer primeiramente à minha mãe, Ivani, por me mostrar que o trabalho e os estudo... more Gostaria de agradecer primeiramente à minha mãe, Ivani, por me mostrar que o trabalho e os estudos me levariam adiante. Por ser sempre o meu exemplo de mulher, mãe, profissional, estudante e pesquisadora. Obrigada por tudo que eu sou. Obrigada, Catarina, por ser minha primeira companhia e meu apoio incondicional em cada passo que dou. Obrigada às minhas tias, também minhas mães-tia Cizinha, tia Leni-e, em especial, obrigada à Tia Luci e tia Corrinha, por me ajudarem a por em prática tudo o que eu sonho. Obrigada, Vovó Socorro, por tanto amor. Você vai estar sempre comigo. Obrigada, Ricardo Lopes e Carolina Martins, por me aconselharem e zelarem pela minha educação e minha trajetória profissional desde o vestibular. Obrigada; Tio Laercio, André, Pedro, Camila, Arnaldo, João Ricardo, e agora o Felipe, pela eterna companhia e por vibrarem junto a cada conquista. Obrigada, professora Telma, pela acolhida desde a primeira tentativa de ingresso no programa. Obrigada por abrir as portas do IAU e por confiar no meu trabalho e pelos ensinamentos ao longo deste percurso. Obrigada, professoras Nilce Aravecchia Botas e Vanda Maria Quecini, por tantas contribuições e atenção ao meu trabalho durante as bancas. Professora Aline Coelho Sanches, obrigada por me acompanhar e me ensinar em várias etapas da jornada do mestrado. Obrigada, sobretudo, por me mostrar o amor e a dedicação pela docência. Você é exemplo. Professora Maria Ângela, obrigada por me acolher em todos os lugares por onde entrei, por acreditar no meu potencial e me dar tantas oportunidades. À professora Kaki Afonso, obrigada por incentivar meu ingresso na vida acadêmica e por tantas portas abertas. Tomás Moreira e Eulalia Negrelos, obrigada por tantos ensinamentos. Obrigada, Gabriel, por todo amor, dedicação e cuidado comigo. Você e o Cookie tornam o caminho mais leve e bonito. Amanda Mitre, Natália Rezende e Raiane Rosi; obrigada por acompanhar cada passo dessa pesquisa, obrigada por cada ensinamento, cada conselho e cada palavra de calma. Lorena Couto, obrigada pela companhia constante e, além da amizade, obrigada por acreditar em tudo que faço. Obrigada também;
Labor e Engenho
O artigo trata de Teresina, capital do Piauí, no período entre sua fundação e as primeiras década... more O artigo trata de Teresina, capital do Piauí, no período entre sua fundação e as primeiras décadas do século XX. Mostra a configuração urbana inicial da cidade, com sua trama regular, caráter administrativo e forte presença de prédios institucionais de arquitetura neoclássica, reunidos em torno de praças retangulares. Expõe como esta forma inicial da cidade foi alterada pela expansão do comércio, dos serviços e da indústria. Detém-se na indústria, mostrando como a cidade abrigou um conjunto diversificado de fábricas, que contribuíram para uma mudança importante em sua forma urbana, pela geração de bairros operários e pela alteração da paisagem, com seus galpões e chaminés. Faz uma abordagem mais aprofundada da Companhia de Fiação e Tecidos Piauiense: sua origem, arquitetura, impactos na ocupação das terras em seu entorno e contribuição para o surgimento do bairro da Vila Operária.
Revista ARA
O presente artigo se utiliza da Teoria da Estética da Recepção, iniciada por Hans Robert Jauss, p... more O presente artigo se utiliza da Teoria da Estética da Recepção, iniciada por Hans Robert Jauss, para discutir a narrativa dos viajantes que passaram pelo território do Piauí, utilizando como estudo de caso duas viagens chefiadas por Artur Neiva e Belisário Pena, por iniciativa das instituições IOCS e Fundação Oswaldo Cruz, em 1912; e a de Paulo Thedim Barreto, pelo SPHAN, em 1938. O estudo aqui proposto trata os viajantes como leitores de um espaço definido, Piauí, por nós considerado a literatura, assim apresentamos três eixos de análise: o primeiro, o horizonte de expectativas – ou mundivivencial – dos viajantes; o segundo, acerca das implicações estéticas, onde se pretende iniciar a discussão do Brasil dos Sertões e a narrativa sem fronteiras; e, o último, aborda as implicações históricas e a cadeia de recepções envolvida, a partir do qual se trabalha a questão da narrativa histórica e literária sobre os sertões, abordando a construção dos elementos simbólicos e culturais sobre ...
Labor e Engenho
O artigo discorre sobre o desenvolvimento do ensino industrial no Brasil durante a primeira décad... more O artigo discorre sobre o desenvolvimento do ensino industrial no Brasil durante a primeira década do século XX e as relações e transformações da arquitetura utilizada nestes espaços. Tomando como foco de análise a Escola Industrial de Teresina, expõe-se as origens das atividades ligadas ao ensino profissional industrial, sua integração ao plano nacional pelo estabelecimento do decreto nº 7.566, de setembro de 1909 e a estruturação das atividades nos edifícios ao longo das décadas seguintes. Busca-se realizar uma análise aprofundada do projeto elaborado em 1950 pelos arquitetos Renato Soeiro, Thomaz Estrela, Jorge Ferreira e Renato Mesquita para a Escola Industrial de Teresina em termos de: programa, estética, relações entre os espaços, utilização da arquitetura moderna e sua incidência em publicações especializadas nacionais e internacionais do período como a revista Arquitetura e Urbanismo, do IAB; a revista francesa L’architecture D’aujourd’hui e o livro Modern Architecture in Br...
Anais do 5º Seminário Ibero-americano Arquitetura e Documentação, 2018
A história da arquitetura, assim como a história urbana, passa por uma reflexão a respeito das fo... more A história da arquitetura, assim como a história urbana, passa por uma reflexão a respeito das fontes documentais e do acesso aos acervos históricos que guardam verdadeiros tesouros ainda a serem explorados. Entretanto, a construção historiográfica permanece centralizada em regiões específicas que influenciam, e direcionam até certo grau, o levantamento e a produção acadêmico-científica. No caso brasileiro, percebe-se a força e aglutinação das pesquisas e debates realizados na região sudeste, em grande parte, com alguns outros eixos secundários e, de certa forma, alternativos. Apesar da reconhecida complexidade quando do estudo de um país de dimensões continentaisprincipalmente quando assumidas as especificidades que acompanham os processos latinoamericanos-, é preciso, também, reconhecer o esforço de pesquisadores que buscam ampliar o debate histórico, cingindo regiões pouco estudadas. Como sabido, o exercício que compete ao pesquisador da história da arquitetura perpassa o conhecimento histórico que abrange questões políticas, econômicas, culturais; toda ordem de variantes encontradas no "urbano" e na "cidade", se quisermos assim categorizar seus atributos "sociais" e "materiais/físicos". Um dos movimentos que nos parece imprescindível no que tange a discussão sobre arquitetura e documentação se dá no preenchimento de lacunas históricas. Não apenas para a construção de um quadro que nos permita uma dentre várias possibilidades de interpretação, mas, sobretudo, na construção de uma historiografia que contemple universos ainda periféricos, como é o caso do Piauí. Uma historiografia piauiense que possivelmente foi inaugurada por Paulo T. Barreto, em 1938, através de publicação do SPHAN 1 , trata de um Estado formado por cidades novas e planejadas, com uma arquitetura eclética e adaptada ao clima castigante. Depois disso, um grande hiato marca essa construção, talvez causada pela criação tardia do primeiro curso de arquitetura e urbanismo, apenas em 1993, com uma primeira tentativa de pós-graduação em 2012. O quadro historiográfico da arquitetura e urbanismo Piauiense além de incipiente é produzido de forma pontualem quase sua totalidade, dentro da academia- ,
Anais do I Encontro Nacional Arte e Patrimônio Industrial, 2020