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Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (Federal University of Santa Catarina)
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Em Ser e Tempo, Heidegger procurou estabelecer como se processa a relação do homem com o mundo e ... more Em Ser e Tempo, Heidegger procurou estabelecer como se processa a relação do homem com o mundo e como um e outro poderiam ser definidos fora da dualidade sujeito/objeto. Com este intuito ele introduziu o conceito de mundo como instância fundamental para romper com o esquema sujeito-objeto. Este rompimento se concretizaria na medida em que não se teria mais um sujeito frente a um objeto ou vice-versa, mas uma copertença de constituição entre o objeto (mundo) e o sujeito (homem). Com a inserção do conceito de mundo Heidegger transformou o esquema sujeito-objeto na articulação do Dasein-entemundo. Dentro dessa articulação, o conceito de mundo abrange tudo que existe na natureza assim como toda e qualquer forma de produção artística ou científica. Entretanto, o conceito de mundo não diz respeito apenas àquilo com que o homem (Dasein) mantém relação, antes significa um momento estrutural e, nesse sentido, constitutivo do homem. A articulação Dasein-ente-mundo acontece, justamente, na interseção dessas instâncias: quando dá-se o mundo simultaneamente dá-se o Dasein e demais entes e reciprocamente. A copertinência de fundamentação ontológica dessas instâncias registra, na filosofia heideggeriana, a quebra do esquema dual por não apresentar privilégio de constituição do mundo em relação ao homem e vice-versa. Da relação de copertinência entre mundo e homem, Heidegger definiu o homem com a expressão 'ser-no-mundo' e os demais entes como 'entes intramundanos'.
Em Ser e Tempo, Heidegger procurou estabelecer como se processa a relação do homem com o mundo e ... more Em Ser e Tempo, Heidegger procurou estabelecer como se processa a relação do homem com o mundo e como um e outro poderiam ser definidos fora da dualidade sujeito/objeto. Com este intuito ele introduziu o conceito de mundo como instância fundamental para romper com o esquema sujeito-objeto. Este rompimento se concretizaria na medida em que não se teria mais um sujeito frente a um objeto ou vice-versa, mas uma copertença de constituição entre o objeto (mundo) e o sujeito (homem). Com a inserção do conceito de mundo Heidegger transformou o esquema sujeito-objeto na articulação do Dasein-entemundo. Dentro dessa articulação, o conceito de mundo abrange tudo que existe na natureza assim como toda e qualquer forma de produção artística ou científica. Entretanto, o conceito de mundo não diz respeito apenas àquilo com que o homem (Dasein) mantém relação, antes significa um momento estrutural e, nesse sentido, constitutivo do homem. A articulação Dasein-ente-mundo acontece, justamente, na interseção dessas instâncias: quando dá-se o mundo simultaneamente dá-se o Dasein e demais entes e reciprocamente. A copertinência de fundamentação ontológica dessas instâncias registra, na filosofia heideggeriana, a quebra do esquema dual por não apresentar privilégio de constituição do mundo em relação ao homem e vice-versa. Da relação de copertinência entre mundo e homem, Heidegger definiu o homem com a expressão 'ser-no-mundo' e os demais entes como 'entes intramundanos'.