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Papers by Gilvan Veiga Dockhorn

Research paper thumbnail of Brasil e Portugal

Coimbra University Press, Sep 14, 2020

Research paper thumbnail of Dos silêncios e das narrativas do passado recente aos impactos na atual política brasileira

Comunicación social e opinión pública nas ditaduras: narrativas, idearios e representacións, 2021, ISBN 9788481588927, págs. 182-210, 2021

Research paper thumbnail of Brasil e Portugal. Ditaduras e transições para a democracia

p o s i ç õ e s , o p o s i ç õ e s , l e g A d o s 1 1 Este texto foi desenvolvido no âmbito dos... more p o s i ç õ e s , o p o s i ç õ e s , l e g A d o s 1 1 Este texto foi desenvolvido no âmbito dos projetos ECOS: Historicizar Memórias da Guerra Colonial, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (IF/00757/2013) e CROME: Memórias cruzadas, políticas do silêncio: as guerras coloniais e de libertação em tempos pós-coloniais, financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC-2016-STG-715593).

Research paper thumbnail of Quem comanda? O Conselho da Revolução e o papel das Forças Armadas na Revolução Portuguesa

Research paper thumbnail of The Could War and the civil military coup of 1964 in Brazil

Revista Portuguesa de História, 2014

A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitali... more A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença.

Research paper thumbnail of GOVERNO BOLSONARO, ONDA CONSERVADORA E O PASSADO SEMPRE PRESENTE Gilvan Veiga Dockhorn

Gilvan Veiga Dockhorn

Jair Messias Bolsonaro é produto de uma nova correlação de forças políticas no bloco dirigente e ... more Jair Messias Bolsonaro é produto de uma nova correlação de forças políticas no bloco dirigente e inseriu no debate público, com um alcance e projeção inéditos, a questão da postura do governo e seus representantes em um Estado Democrático com relação ao passado autoritário recente. Bolsonaro e o bolsonarismo, ou seja, o conjunto de seus seguidores irredutíveis, reproduzem elementos do histórico conservadorismo de parte significativa da sociedade. Reatualizaram esse histórico ao encontrarem espaço como resposta imediata à crise de representação política, exposta e potencializada pela Operação Lava Jato (que identificou sujeitos do sistema político à corrupção e espúrias relações entre empresários e o poder público) gerando insatisfação e descrédito no sistema político como um todo. Na ausência de projetos progressistas com credibilidade e na incapacidade de os partidos da esquerda tradicional responderem a estas insatisfações, preponderou a retórica antipolítica e grupos conservadores apropriaram estas demandas. Estes grupos canalizaram parte destas insatisfações em votos ao candidato que se apresentou como outsider, nacionalista, livre de ideologias e portador de soluções imediatas. Outra parte significativa do eleitorado, cerca de um terço, desconsiderou as eleições ou não acolheu nenhuma das 13 opções apresentadas como candidatos. Segundo o Superior Tribunal Eleitoral, no segundo turno das eleições em 28 de outubro de 2018, foram 31.371.704 de abstenções (21,30%), 8.608.105 anularam seu voto (7,43%) e 2.486.593 (2,14%) votaram em branco. Uma série de elementos se somaram não apenas viabilizando a vitória de Jair Bolsonaro nas urnas, mas o avanço de uma agenda conservadora. Entre estes elementos podem ser elencados a disfuncionalidade das instituições (gerando desconfiança e rejeição da sociedade), a exaustão do modo petista de governar, o chamado "lulismo", que, apesar dos avanços em políticas sociais, acabou por seguir práticas tradicionais, e por vezes não republicanas, da velha política brasileira. Soma-se nessa conjuntura a emergência de uma cultura política digital anti-institucional, a frustração pela ineficiência ou mesmo ausência de políticas públicas (principalmente nas áreas de segurança e saúde), adicionada a uma grave crise econômica. Não deve ser desprezada também a reação de atores que se percebiam excluídos ou desprestigiados da arena política (como a oficialidade militar, as forças de segurança e religiosos

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Coimbra University Press, Sep 14, 2020

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Comunicación social e opinión pública nas ditaduras: narrativas, idearios e representacións, 2021, ISBN 9788481588927, págs. 182-210, 2021

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p o s i ç õ e s , o p o s i ç õ e s , l e g A d o s 1 1 Este texto foi desenvolvido no âmbito dos... more p o s i ç õ e s , o p o s i ç õ e s , l e g A d o s 1 1 Este texto foi desenvolvido no âmbito dos projetos ECOS: Historicizar Memórias da Guerra Colonial, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (IF/00757/2013) e CROME: Memórias cruzadas, políticas do silêncio: as guerras coloniais e de libertação em tempos pós-coloniais, financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC-2016-STG-715593).

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Revista Portuguesa de História, 2014

A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitali... more A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença.

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Gilvan Veiga Dockhorn

Jair Messias Bolsonaro é produto de uma nova correlação de forças políticas no bloco dirigente e ... more Jair Messias Bolsonaro é produto de uma nova correlação de forças políticas no bloco dirigente e inseriu no debate público, com um alcance e projeção inéditos, a questão da postura do governo e seus representantes em um Estado Democrático com relação ao passado autoritário recente. Bolsonaro e o bolsonarismo, ou seja, o conjunto de seus seguidores irredutíveis, reproduzem elementos do histórico conservadorismo de parte significativa da sociedade. Reatualizaram esse histórico ao encontrarem espaço como resposta imediata à crise de representação política, exposta e potencializada pela Operação Lava Jato (que identificou sujeitos do sistema político à corrupção e espúrias relações entre empresários e o poder público) gerando insatisfação e descrédito no sistema político como um todo. Na ausência de projetos progressistas com credibilidade e na incapacidade de os partidos da esquerda tradicional responderem a estas insatisfações, preponderou a retórica antipolítica e grupos conservadores apropriaram estas demandas. Estes grupos canalizaram parte destas insatisfações em votos ao candidato que se apresentou como outsider, nacionalista, livre de ideologias e portador de soluções imediatas. Outra parte significativa do eleitorado, cerca de um terço, desconsiderou as eleições ou não acolheu nenhuma das 13 opções apresentadas como candidatos. Segundo o Superior Tribunal Eleitoral, no segundo turno das eleições em 28 de outubro de 2018, foram 31.371.704 de abstenções (21,30%), 8.608.105 anularam seu voto (7,43%) e 2.486.593 (2,14%) votaram em branco. Uma série de elementos se somaram não apenas viabilizando a vitória de Jair Bolsonaro nas urnas, mas o avanço de uma agenda conservadora. Entre estes elementos podem ser elencados a disfuncionalidade das instituições (gerando desconfiança e rejeição da sociedade), a exaustão do modo petista de governar, o chamado "lulismo", que, apesar dos avanços em políticas sociais, acabou por seguir práticas tradicionais, e por vezes não republicanas, da velha política brasileira. Soma-se nessa conjuntura a emergência de uma cultura política digital anti-institucional, a frustração pela ineficiência ou mesmo ausência de políticas públicas (principalmente nas áreas de segurança e saúde), adicionada a uma grave crise econômica. Não deve ser desprezada também a reação de atores que se percebiam excluídos ou desprestigiados da arena política (como a oficialidade militar, as forças de segurança e religiosos