LUIS ANDRE NEPOMUCENO - Academia.edu (original) (raw)
Papers by LUIS ANDRE NEPOMUCENO
Caligrama: Revista de Estudos Românicos, 2005
Resumo: No presente artigo, propõe-se uma análise da carta Fam. I 9 (dos Rerum [amiliarium liori)... more Resumo: No presente artigo, propõe-se uma análise da carta Fam. I 9 (dos Rerum [amiliarium liori), de Francesco Petrarca, quecoloca emevidência algumas das considerações fundamentais do humanista italiano sobre aarte da eloquência; e discute-se ainda a composição de alguns procedimentos utilizados porPetrarca na construção de uma relação entrea retórica e asvirtudes do espírito.
Remate de Males
O artigo avalia a dimensão autobiográfica, bem como o papel da ficcionalização e da construção de... more O artigo avalia a dimensão autobiográfica, bem como o papel da ficcionalização e da construção de um sujeito identitário, no epistolário de Emily Dickinson, especialmente a partir de referências externas, como os ensaios de Ralph Waldo Emerson e David Thoreau. Leitora de ambos, grandes expoentes do ensaísmo norte-americano do séc. XIX, Dickinson buscou traçar nas suas cartas a amigos e familiares uma espécie de personagem de si mesma, esboçando múltiplas identidades fragmentadas que, no todo, compunham contraditoriamente a configuração de um sujeito único, constituído de elementos advindos da estética romântica (a rebeldia anticlerical, as transgressões sociais, a prática da escrita sem regras, o ser enigmático e solitário), em especial aqueles já pensados pelo ensaísmo de Emerson e Thoreau. Tímida e conservadora na conduta de vida, Dickinson procurou exercer a arte do ensaio de forma inteiramente diversa, por meio de suas cartas, único veículo de comunicação com o mundo, já que em ...
Remate de Males, Aug 20, 2012
Todas As Letras Revista De Lingua E Literatura, Sep 3, 2014
LITERATURA por quatro anos, e depois um moço da câmara, a quem serviu por um ano e meio. Porém, n... more LITERATURA por quatro anos, e depois um moço da câmara, a quem serviu por um ano e meio. Porém, não tendo o suficiente para lhe bastar na sustentação, o narrador tenta a sorte no caminho da Índia. Com tantos episódios memoráveis, já se poderia pensar em matéria para um romance inteiro, mas cumpre dizer que estamos apenas no primeiro dos 226 capítulos do volume. A Peregrinação de Fernão Mendes Pinto é um livro praticamente sem par na história do Renascimento português. O suposto livro de memórias (que é também crônica, romance, livro de viagens e historiografia) narra as aventuras de seu autor por 21 anos no Oriente, peregrinando pelos mais diversos reinos da Ásia, atuando como mercador, embaixador, pirata, tendo sido "treze vezes cativo, & dezessete vendido" (PINTO, 1971, cap. 1, p. 29), e por fim, anotando costumes, valores e condutas dos povos orientais da Índia, Etiópia, Arábia, China, Japão, Tartária, Sião, Pegu, Sumatra e outras províncias. A edição princeps, com título imenso 1 , saiu postumamente em Lisboa, em 1614, sob os cuidados do famoso editor Pedro Craesbeeck, com o Privilégio Real de 1613, e as licenças de 1603 2. Mendes Pinto teria deixado seu livro pronto desde 1580, mas não cuidou de publicar aquele imenso volume que, a se dar crédito a sua modéstia, ele dizia que era apenas para o ABC de suas filhas. Quando o escritor faleceu em 1583, o manuscrito original, hoje desaparecido, ficou aos cuidados dessas mesmas filhas, que entregaram o volume à Casa Pia das Penitentes de Lisboa, "uma instituição de caridade criada por D. João III para amparar mulheres de rua e pela qual Mendes Pinto mantinha 'particular devoção', como se lê na dedicatória da primeira edição" (LIMA, 1998, p. 17). O livro, portanto, conforme se depreende do frontispício da edição princeps, saiu com todas as licenças necessárias e, apesar de suas ironias à crise do império português no Oriente e às práticas hipócritas do catolicismo de certos personagens, não parece ter tido qualquer problema com a censura régia ou com a Inquisição. Entretanto, antes mesmo de vir a lume, cópias do relato de Mendes Pinto parecem ter circulado na Europa, mesmo fora de Portugal, senão em seu todo, pelo menos em parte, sobretudo aquela em que se trata da vida, dos milagres e da viagem missionária de Francisco Xavier ao Japão, de que o próprio Mendes Pinto teria feito parte em 1549. Já no século XVI, Gian Pietro Maffei, que esteve com o autor da Peregrinação no seu retiro em Portugal, publicou os Historiarum indicarum libri XVI, com valiosas informações colhidas em sua entrevista com Mendes Pinto; e logo depois, Orazio Tursellini publicaria uma biografia de Francisco Xavier, tendo-se servido da Peregrinação para colher informações sobre o santo (CATZ, 1978, p. 67). O fato de Maffei ter consultado Mendes Pinto sobre questões do Oriente pouco antes da morte deste revela que, em Portugal, muitos sabiam que o aventureiro e viajante vinha escrevendo um livro, numa época em que jesuítas e historiadores aqueciam o mercado editorial renascentista com assuntos da Ásia Extrema e de seus habitantes exóticos, temática que tivera início com a narrativa de Marco Polo, no século XIV, mas só agora, 200 anos depois, via sua expansão motivada pelas novas conquistas do império marítimo português. Recebido em março de 2014. Aprovado em julho de 2014.
Itinerarios Revista De Literatura, 2005
Scripta, 2012
Edições da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, têm se multiplicado nos últimos anos, especialme... more Edições da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, têm se multiplicado nos últimos anos, especialmente depois de algumas publicações referenciais como a de Adolfo Casais Monteiro, levada a estampa em 1952-53 (em Lisboa, pela Sociedade de Intercâmbio Luso-brasileiro e, no Rio de Janeiro, pela Editora da Casa do Estudante), e republicada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, em 1983, na Coleção "Biblioteca de Autores Portugueses"; ou a de António José Saraiva, que saiu entre 1961-1984, em 4 volumes, pela Livraria Sá da Costa Editora. 1 E desde o século XIX que se vem tentando recuperar o texto complexo de Mendes Pinto, a partir da edição princeps de 1614, aos cuidados do famoso editor Pedro Craesbeeck, também essa uma edição problemática, pois que revisada e alterada pelo cronista real Francisco de Andrade, que dividiu os capítulos do texto original e escreveu os enunciados. A tarefa, portanto, é inglória, senão impossível, uma vez desaparecido o manuscrito autógrafo. No entanto, e ao mesmo tempo, a recuperação das lições originais do texto de 1614 foi seriamente levada a cabo pela mais recente edição do livro de Mendes Pinto. Circulando com apenas 750 cópias, e com estudos e notas em inglês, certamente para maior alcance de público além dos consumidores em Portugal (o livro é pouco estudado no Brasil), a edição crítica que saiu impressa aos cuidados de Jorge Santos Alves é, antes de qualquer coisa, um dos maiores
Todas As Letras Revista De Lingua E Literatura, Jul 5, 2009
Resumo: O presente trabalho analisa as idéias humanistas defendidas por Petrarca em seu texto Inv... more Resumo: O presente trabalho analisa as idéias humanistas defendidas por Petrarca em seu texto Invective contra medicum, escrito em oposição a um médico anônimo da corte papal de Avignon.
Revista Cerrados, Dec 9, 2011
... Mas é possível que Lavinia Dickinson, irmã mais nova da poeta, tenha tido uma surpresa ... lo... more ... Mas é possível que Lavinia Dickinson, irmã mais nova da poeta, tenha tido uma surpresa ... longa viagem à Europa; e por fim, o casamento de Susan Gilbert com Austin ... que muitos de seus interlocutores estivessem ainda amarrados ao gosto sentimental do período vitoriano. ...
Scripta, Mar 31, 2012
Edições da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, têm se multiplicado nos últimos anos, especialme... more Edições da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, têm se multiplicado nos últimos anos, especialmente depois de algumas publicações referenciais como a de Adolfo Casais Monteiro, levada a estampa em 1952-53 (em Lisboa, pela Sociedade de Intercâmbio Luso-brasileiro e, no Rio de Janeiro, pela Editora da Casa do Estudante), e republicada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, em 1983, na Coleção "Biblioteca de Autores Portugueses"; ou a de António José Saraiva, que saiu entre 1961-1984, em 4 volumes, pela Livraria Sá da Costa Editora. 1 E desde o século XIX que se vem tentando recuperar o texto complexo de Mendes Pinto, a partir da edição princeps de 1614, aos cuidados do famoso editor Pedro Craesbeeck, também essa uma edição problemática, pois que revisada e alterada pelo cronista real Francisco de Andrade, que dividiu os capítulos do texto original e escreveu os enunciados. A tarefa, portanto, é inglória, senão impossível, uma vez desaparecido o manuscrito autógrafo. No entanto, e ao mesmo tempo, a recuperação das lições originais do texto de 1614 foi seriamente levada a cabo pela mais recente edição do livro de Mendes Pinto. Circulando com apenas 750 cópias, e com estudos e notas em inglês, certamente para maior alcance de público além dos consumidores em Portugal (o livro é pouco estudado no Brasil), a edição crítica que saiu impressa aos cuidados de Jorge Santos Alves é, antes de qualquer coisa, um dos maiores
Todas As Letras Revista De Lingua E Literatura, Jul 13, 2009
Caligrama: Revista de Estudos Românicos, 2005
Resumo: No presente artigo, propõe-se uma análise da carta Fam. I 9 (dos Rerum [amiliarium liori)... more Resumo: No presente artigo, propõe-se uma análise da carta Fam. I 9 (dos Rerum [amiliarium liori), de Francesco Petrarca, quecoloca emevidência algumas das considerações fundamentais do humanista italiano sobre aarte da eloquência; e discute-se ainda a composição de alguns procedimentos utilizados porPetrarca na construção de uma relação entrea retórica e asvirtudes do espírito.
Fragmentos: Revista de Língua e Literatura …, 2008
The present article analyses Seneca's considerations on language and rhetoric contained in his Le... more The present article analyses Seneca's considerations on language and rhetoric contained in his Letters to Lucilius, written when the philosopher was old and retired from public life. So we can understand his defense of stylistic simplicity and the relationship established by him between language and government program, the proposal of the Letters to Lucilius is compared to texts from other Latin theoreticians, especially Cicero and Quintilian, who lived different political backgrounds, and who proposed rhetorical styles compatible to their historical and political viewpoints.
Revista Todas as Letras, 2009
Caligrama: Revista de Estudos Românicos, 2005
Resumo: No presente artigo, propõe-se uma análise da carta Fam. I 9 (dos Rerum [amiliarium liori)... more Resumo: No presente artigo, propõe-se uma análise da carta Fam. I 9 (dos Rerum [amiliarium liori), de Francesco Petrarca, quecoloca emevidência algumas das considerações fundamentais do humanista italiano sobre aarte da eloquência; e discute-se ainda a composição de alguns procedimentos utilizados porPetrarca na construção de uma relação entrea retórica e asvirtudes do espírito.
Remate de Males
O artigo avalia a dimensão autobiográfica, bem como o papel da ficcionalização e da construção de... more O artigo avalia a dimensão autobiográfica, bem como o papel da ficcionalização e da construção de um sujeito identitário, no epistolário de Emily Dickinson, especialmente a partir de referências externas, como os ensaios de Ralph Waldo Emerson e David Thoreau. Leitora de ambos, grandes expoentes do ensaísmo norte-americano do séc. XIX, Dickinson buscou traçar nas suas cartas a amigos e familiares uma espécie de personagem de si mesma, esboçando múltiplas identidades fragmentadas que, no todo, compunham contraditoriamente a configuração de um sujeito único, constituído de elementos advindos da estética romântica (a rebeldia anticlerical, as transgressões sociais, a prática da escrita sem regras, o ser enigmático e solitário), em especial aqueles já pensados pelo ensaísmo de Emerson e Thoreau. Tímida e conservadora na conduta de vida, Dickinson procurou exercer a arte do ensaio de forma inteiramente diversa, por meio de suas cartas, único veículo de comunicação com o mundo, já que em ...
Remate de Males, Aug 20, 2012
Todas As Letras Revista De Lingua E Literatura, Sep 3, 2014
LITERATURA por quatro anos, e depois um moço da câmara, a quem serviu por um ano e meio. Porém, n... more LITERATURA por quatro anos, e depois um moço da câmara, a quem serviu por um ano e meio. Porém, não tendo o suficiente para lhe bastar na sustentação, o narrador tenta a sorte no caminho da Índia. Com tantos episódios memoráveis, já se poderia pensar em matéria para um romance inteiro, mas cumpre dizer que estamos apenas no primeiro dos 226 capítulos do volume. A Peregrinação de Fernão Mendes Pinto é um livro praticamente sem par na história do Renascimento português. O suposto livro de memórias (que é também crônica, romance, livro de viagens e historiografia) narra as aventuras de seu autor por 21 anos no Oriente, peregrinando pelos mais diversos reinos da Ásia, atuando como mercador, embaixador, pirata, tendo sido "treze vezes cativo, & dezessete vendido" (PINTO, 1971, cap. 1, p. 29), e por fim, anotando costumes, valores e condutas dos povos orientais da Índia, Etiópia, Arábia, China, Japão, Tartária, Sião, Pegu, Sumatra e outras províncias. A edição princeps, com título imenso 1 , saiu postumamente em Lisboa, em 1614, sob os cuidados do famoso editor Pedro Craesbeeck, com o Privilégio Real de 1613, e as licenças de 1603 2. Mendes Pinto teria deixado seu livro pronto desde 1580, mas não cuidou de publicar aquele imenso volume que, a se dar crédito a sua modéstia, ele dizia que era apenas para o ABC de suas filhas. Quando o escritor faleceu em 1583, o manuscrito original, hoje desaparecido, ficou aos cuidados dessas mesmas filhas, que entregaram o volume à Casa Pia das Penitentes de Lisboa, "uma instituição de caridade criada por D. João III para amparar mulheres de rua e pela qual Mendes Pinto mantinha 'particular devoção', como se lê na dedicatória da primeira edição" (LIMA, 1998, p. 17). O livro, portanto, conforme se depreende do frontispício da edição princeps, saiu com todas as licenças necessárias e, apesar de suas ironias à crise do império português no Oriente e às práticas hipócritas do catolicismo de certos personagens, não parece ter tido qualquer problema com a censura régia ou com a Inquisição. Entretanto, antes mesmo de vir a lume, cópias do relato de Mendes Pinto parecem ter circulado na Europa, mesmo fora de Portugal, senão em seu todo, pelo menos em parte, sobretudo aquela em que se trata da vida, dos milagres e da viagem missionária de Francisco Xavier ao Japão, de que o próprio Mendes Pinto teria feito parte em 1549. Já no século XVI, Gian Pietro Maffei, que esteve com o autor da Peregrinação no seu retiro em Portugal, publicou os Historiarum indicarum libri XVI, com valiosas informações colhidas em sua entrevista com Mendes Pinto; e logo depois, Orazio Tursellini publicaria uma biografia de Francisco Xavier, tendo-se servido da Peregrinação para colher informações sobre o santo (CATZ, 1978, p. 67). O fato de Maffei ter consultado Mendes Pinto sobre questões do Oriente pouco antes da morte deste revela que, em Portugal, muitos sabiam que o aventureiro e viajante vinha escrevendo um livro, numa época em que jesuítas e historiadores aqueciam o mercado editorial renascentista com assuntos da Ásia Extrema e de seus habitantes exóticos, temática que tivera início com a narrativa de Marco Polo, no século XIV, mas só agora, 200 anos depois, via sua expansão motivada pelas novas conquistas do império marítimo português. Recebido em março de 2014. Aprovado em julho de 2014.
Itinerarios Revista De Literatura, 2005
Scripta, 2012
Edições da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, têm se multiplicado nos últimos anos, especialme... more Edições da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, têm se multiplicado nos últimos anos, especialmente depois de algumas publicações referenciais como a de Adolfo Casais Monteiro, levada a estampa em 1952-53 (em Lisboa, pela Sociedade de Intercâmbio Luso-brasileiro e, no Rio de Janeiro, pela Editora da Casa do Estudante), e republicada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, em 1983, na Coleção "Biblioteca de Autores Portugueses"; ou a de António José Saraiva, que saiu entre 1961-1984, em 4 volumes, pela Livraria Sá da Costa Editora. 1 E desde o século XIX que se vem tentando recuperar o texto complexo de Mendes Pinto, a partir da edição princeps de 1614, aos cuidados do famoso editor Pedro Craesbeeck, também essa uma edição problemática, pois que revisada e alterada pelo cronista real Francisco de Andrade, que dividiu os capítulos do texto original e escreveu os enunciados. A tarefa, portanto, é inglória, senão impossível, uma vez desaparecido o manuscrito autógrafo. No entanto, e ao mesmo tempo, a recuperação das lições originais do texto de 1614 foi seriamente levada a cabo pela mais recente edição do livro de Mendes Pinto. Circulando com apenas 750 cópias, e com estudos e notas em inglês, certamente para maior alcance de público além dos consumidores em Portugal (o livro é pouco estudado no Brasil), a edição crítica que saiu impressa aos cuidados de Jorge Santos Alves é, antes de qualquer coisa, um dos maiores
Todas As Letras Revista De Lingua E Literatura, Jul 5, 2009
Resumo: O presente trabalho analisa as idéias humanistas defendidas por Petrarca em seu texto Inv... more Resumo: O presente trabalho analisa as idéias humanistas defendidas por Petrarca em seu texto Invective contra medicum, escrito em oposição a um médico anônimo da corte papal de Avignon.
Revista Cerrados, Dec 9, 2011
... Mas é possível que Lavinia Dickinson, irmã mais nova da poeta, tenha tido uma surpresa ... lo... more ... Mas é possível que Lavinia Dickinson, irmã mais nova da poeta, tenha tido uma surpresa ... longa viagem à Europa; e por fim, o casamento de Susan Gilbert com Austin ... que muitos de seus interlocutores estivessem ainda amarrados ao gosto sentimental do período vitoriano. ...
Scripta, Mar 31, 2012
Edições da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, têm se multiplicado nos últimos anos, especialme... more Edições da Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, têm se multiplicado nos últimos anos, especialmente depois de algumas publicações referenciais como a de Adolfo Casais Monteiro, levada a estampa em 1952-53 (em Lisboa, pela Sociedade de Intercâmbio Luso-brasileiro e, no Rio de Janeiro, pela Editora da Casa do Estudante), e republicada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, em 1983, na Coleção "Biblioteca de Autores Portugueses"; ou a de António José Saraiva, que saiu entre 1961-1984, em 4 volumes, pela Livraria Sá da Costa Editora. 1 E desde o século XIX que se vem tentando recuperar o texto complexo de Mendes Pinto, a partir da edição princeps de 1614, aos cuidados do famoso editor Pedro Craesbeeck, também essa uma edição problemática, pois que revisada e alterada pelo cronista real Francisco de Andrade, que dividiu os capítulos do texto original e escreveu os enunciados. A tarefa, portanto, é inglória, senão impossível, uma vez desaparecido o manuscrito autógrafo. No entanto, e ao mesmo tempo, a recuperação das lições originais do texto de 1614 foi seriamente levada a cabo pela mais recente edição do livro de Mendes Pinto. Circulando com apenas 750 cópias, e com estudos e notas em inglês, certamente para maior alcance de público além dos consumidores em Portugal (o livro é pouco estudado no Brasil), a edição crítica que saiu impressa aos cuidados de Jorge Santos Alves é, antes de qualquer coisa, um dos maiores
Todas As Letras Revista De Lingua E Literatura, Jul 13, 2009
Caligrama: Revista de Estudos Românicos, 2005
Resumo: No presente artigo, propõe-se uma análise da carta Fam. I 9 (dos Rerum [amiliarium liori)... more Resumo: No presente artigo, propõe-se uma análise da carta Fam. I 9 (dos Rerum [amiliarium liori), de Francesco Petrarca, quecoloca emevidência algumas das considerações fundamentais do humanista italiano sobre aarte da eloquência; e discute-se ainda a composição de alguns procedimentos utilizados porPetrarca na construção de uma relação entrea retórica e asvirtudes do espírito.
Fragmentos: Revista de Língua e Literatura …, 2008
The present article analyses Seneca's considerations on language and rhetoric contained in his Le... more The present article analyses Seneca's considerations on language and rhetoric contained in his Letters to Lucilius, written when the philosopher was old and retired from public life. So we can understand his defense of stylistic simplicity and the relationship established by him between language and government program, the proposal of the Letters to Lucilius is compared to texts from other Latin theoreticians, especially Cicero and Quintilian, who lived different political backgrounds, and who proposed rhetorical styles compatible to their historical and political viewpoints.
Revista Todas as Letras, 2009