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UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / Rio de Janeiro State University
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Papers by Lucas Siqueira
Este artigo explora alguns dos modos pelos quais as análises do Estado integral e da hegemonia fe... more Este artigo explora alguns dos modos pelos quais as análises do Estado integral e da hegemonia feitas por Gramsci nos Cadernos do cárcere foram interpretadas, criticadas e desenvolvidas nas décadas de 1960 e 1970 por dois marxistas franceses e um marxista grego radicado na França: Louis Althusser, Christine Buci-Glucksmann e Nicos Poulantzas. Embora os três tenham sido lidos essencialmente como marxistas estruturalistas, suas apropriações de Gramsci foram marcadamente distintas e, na verdade, antagônicas. Aqui não tenho espaço para apresentar o trabalho de Gramsci como ponto de referência para esse exercício, mesmo que uma leitura inocente fosse possível. Assim, inicio com a recepção, em geral crítica, que Althusser fez da filosofia da práxis de Gramsci e sua visão alternativa da ideologia e dos Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE). Em seguida, retomarei três momentos na recepção mais positiva de Gramsci por parte de Poulantzas, notadamente no que se refere à especificidade histórica da luta burguesa pela hegemonia nacional-popular e o papel que o Estado capitalista
Este artigo explora alguns dos modos pelos quais as análises do Estado integral e da hegemonia fe... more Este artigo explora alguns dos modos pelos quais as análises do Estado integral e da hegemonia feitas por Gramsci nos Cadernos do cárcere foram interpretadas, criticadas e desenvolvidas nas décadas de 1960 e 1970 por dois marxistas franceses e um marxista grego radicado na França: Louis Althusser, Christine Buci-Glucksmann e Nicos Poulantzas. Embora os três tenham sido lidos essencialmente como marxistas estruturalistas, suas apropriações de Gramsci foram marcadamente distintas e, na verdade, antagônicas. Aqui não tenho espaço para apresentar o trabalho de Gramsci como ponto de referência para esse exercício, mesmo que uma leitura inocente fosse possível. Assim, inicio com a recepção, em geral crítica, que Althusser fez da filosofia da práxis de Gramsci e sua visão alternativa da ideologia e dos Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE). Em seguida, retomarei três momentos na recepção mais positiva de Gramsci por parte de Poulantzas, notadamente no que se refere à especificidade histórica da luta burguesa pela hegemonia nacional-popular e o papel que o Estado capitalista