Mary Garcia Castro - Academia.edu (original) (raw)
Papers by Mary Garcia Castro
Primero Congresso da …, 2004
Neste trabalho se re-acessa o debate sobre o conceito de vulnerabilidade social, saindo da refere... more Neste trabalho se re-acessa o debate sobre o conceito de vulnerabilidade social, saindo da referencia única a "riscos", discutindo a importância de conceber o que estamos chamando de "vulnerabilidades positivas" ou o sentido de alerta que muitas vulnerabilidades sugerem, como desencantos, buscas, pedidos de socorro, falta de referências, projetos coletivos que mobilizem os jovens, assim como limites de uma cultura de consumo e por um i ndividualismo narcíseo. Vulnerabilidades positivas também abrangem questões que comumente são associadas por adultos a negatividades, mas que podem potencializar mudanças civilizatorias e engajamentos positivos, fazer diferença. Apresenta-se breve debate sobre o conceito de vulnerabilidade e se recorre a pesquisas da UNESCO no Brasil que ilustram situações de vulnerabilidades negativas, voltando ao final à ênfase sobre a importância de também focalizar os jovens como atores e mais potencializar o desenvolvimento de vulnerabilidades positivas.
ODEERE
Esta peça decola de conferencia apresentada em 25 de março de 2023 no XIX Seminário do Dia Mundia... more Esta peça decola de conferencia apresentada em 25 de março de 2023 no XIX Seminário do Dia Mundial de Combate à Discriminação Étnica, VIII Seminário do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade e o I Seminário do Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, no ODEERE - Órgão de Educação e Relações Étnicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), campus de Jequié BA. Agradeço à Comissão Organizadora[i], o convite, a sugestão do tema para a conferencia, e a possibilidade de, ainda que virtualmente, estar no ODEERE e PPGREC, casas de saberes que me acolheram entre 2017 e 2018, em um pós doutorado, e que muito contribuíram para minha virada para uma perspectiva feminista decolonial e para estudos étnicos.
Caderno CRH
Os estudos de cunho feminista conseguiram legitimar o termo gênero, ressaltando a construção cult... more Os estudos de cunho feminista conseguiram legitimar o termo gênero, ressaltando a construção cultural-ideológica e econômica do sexo. Também os estudos sobre etnia e raça, conseguiram tirar as discussões sobre racismo do plano empiricista, evidenciando os processos culturais e econômicos que lhe davam sustentação. Falta fazer o mesmo caminho, para demonstrar que idade possui também, em países do Terceiro Mundo, um sentido econômico, cultural e ideológico (o 'ageism', segundo a literatura anglo-saxônica), não sendo apenas a mera demarcação de etapa biológica ou ciclo de vida No caso das mulheres, a idade delimita espaços de circulação econômica, social, sexual e afetiva, até mais rígidos que para os homens. Em dissertação defendida em 1989 1 , procuro contribuir ao tema, discutindo algumas qualificações da divisão social do trabalho, quanto a gênero, raça, geração e posição no grupo familiar, para entender o uso e preço da força de trabalho feminina no mercado. Procedo a distintas delimitações de mercados relacionados àquela divisão, com dados secundários, ressaltando a propriedade de desagregar setores de atividades segundo mercados propriamente capitalista e secundário, usando informações sobre ocupação, setor de atividade, posição na ocupação e rendimento. Sigo o debate feminista-marxista sobre o binômio produção e repro
Caderno CRH
Este é um ensaio que reflete sobre impasses do conhecimento, privilegiando o conceito de gênero e... more Este é um ensaio que reflete sobre impasses do conhecimento, privilegiando o conceito de gênero e tomando para referência o trabalho da mulher. Ao longo do seu desenvolvimento ele passa por tópicos diversos e insinua várias questões, discutindo o corpo, o masculino, as relações entre gênero e etnicidade e a interação entre necessidades e desejos. Explorando as potencialidades de uma divisão social do trabalho baseada no conceito de gênero, suas análises evidenciam como esse conceito possibilita um novo conhecimento da vida social, e não apenas outro paradigma para o estudo de questões femininas. This article proposes a critical revision of the feminist use of the concept of sexual division of labor under a gender perspective. It aims to expand this debate preventing another essentialist explanatory discourse. The body, the masculine, race/ethnicity and the interplay between needs and desires are recalled. A gendered social division of labor is not restricted to labor use, but also t...
(SYN)THESIS
Considera-se este artigo, notas, modelado com o objetivo de contribuirpara debates sobre reproduç... more Considera-se este artigo, notas, modelado com o objetivo de contribuirpara debates sobre reprodução social, trabalho doméstico e maternidade, em curso e por vir. É também parte hoje de um projeto de vida que se norteia por “decolonizar saberes”, mais conhecer sobre a mãe África, a ancestralidade comum, e, de alguma forma, lidar criticamente com a minha branquitude. Após breves referências às etnias Igbo e Yorùbáeàs autoras nigerianas Amaudime e Oyéwùmí, discuto artigo de Amadiume (2005), mais referido à cultura Igbo e publicações de Oyéwùmí (2000, 2005 e 2015) que decolam da filosofia de vida da cultura Yorùbá, destacando críticas dessas autoras a formulações feministas ocidentais sobre gênero e maternidade. De Oyéwùmí (2015) pinço o conceito de “matripotência” sugerido pela cultura Yorùbá e o que considera como “materfobia” em perspectivas feministas ocidentais. Identifico, acima de tais divergências, a propriedade, ou melhor, a potencialidade da maternidade para a reprodução social.
Caderno CRH, 1995
A autora coloca-se em meio ao drama de reconhecer os limites da Razao e do Sujeito, ao tempo em q... more A autora coloca-se em meio ao drama de reconhecer os limites da Razao e do Sujeito, ao tempo em que afirma sua conviccao de que e valido manter as utopias de esquerda no bojo desta revisao de tudo. O texto passa em revista a complexidade das equacoes em que se situa o sujeito na trajetoria de construcao da liberdade - o binomio movimentos sociais versus classes, o desafio recentemente percebido do pacto de sustentabilidade com a natureza, o estabelecimento de bandeiras sociais e politicas especificas em pleno processo de globalizacao da economia. Este processo, se agudiza desigualdades, potencializa, por outro lado, a subversao de significados. Enfim, o tempo e novo em termos de desafio e renovado em termos de disposicao. On the threshold of a new millennium: The author places herself in the middle of a drama to recognise the limits of Reason and the Subject, while affirming her conviction that the maintaining of leftist Utopias is valid in the centre of this revision. The text surveys the complexity of the equations in which the Subject is situated in the trajectory of the construction of Freedom - the binomial {social movements versus classes}, the recently perceived challenge of the pact of Preservation with Nature, and the establishment of specific social and political flags in the on-going globalization of the economy. This process, if it widens inequalities, on the other hand, empowers the subversion of meanings. Publicacao Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br
Enlaçando sexualidades: uma tessitura interdisciplinar no reino das sexualidades e das relações de gênero, 2016
Migrações e identidades: várias óticas e perspectivas, 2017
All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons... more All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0.
Si la condition d’indetermination sociale la caracterise, « la jeunesse n’est qu’un mot » ecrivai... more Si la condition d’indetermination sociale la caracterise, « la jeunesse n’est qu’un mot » ecrivait Pierre Bourdieu, les transformations de la condition juvenile, et plus particulierement celle des milieux populaires gagne a s'analyser en prenant en compte les transformations majeures des societes contemporaines (structures familiales, systemes scolaires, marches du travail). Nos societes oscillent souvent entre deux images de la jeunesse : l’une, plutot sombre, qui se refere a une jeunesse a ...
Where Did All the Men Go?, 2019
Revista Brasileira de Estudos de População, 2013
This text deals with migration and emphasizes questions related to human rights and citizenship. ... more This text deals with migration and emphasizes questions related to human rights and citizenship. It combines reflections and research into newspaper articles, focusing basically on headlines published between early 2003 and February 2004. Newspaper headlines that indicate contradictory but complementary movements are classified at the end of the article: to wit, a wide variety of voices and the assumption by locals, especially in the United States and Europe, of sentiments against the other, the migrant, countered by the growth of sympathetic movements and protests, often led by the migrants themselves. Besides indications from the media, literary essays are presented to indicate how the concepts of migrant and foreigner take on different meanings. Finally, the concept of strangeness is used to discuss the concept of strangeness an question the borderline between migrants and natives.
Cet article relate une recherche effectuee a partir d’une etude de groupes de contacts avec des j... more Cet article relate une recherche effectuee a partir d’une etude de groupes de contacts avec des jeunes (15 - 29 ans) a la fin de l’annee 2011 dans les favelas des Unites de police pacificatrices (Unidades de Policia Pacificadora -UPPs), recemment implantees a Rio de Janeiro. Il debat de la relation difficile qu’entretient la jeunesse pauvre, noire, et stigmatisee par une serie de prejuges sociaux, avec l’Etat. Ceci, en prenant en consideration le fait que ce programme leur parvient par le truchement d’un appareil de la securite publique, historiquement repressive : la police. Nous defendons ici le fait qu’il faille mieux connaitre et comprendre, partant des jeunes, leurs discours et leurs pratiques, et ainsi s’eloigner des codifications sociales afin de voir au-dela des violences et des « illegalites » qui leur sont imputees.
Primero Congresso da …, 2004
Neste trabalho se re-acessa o debate sobre o conceito de vulnerabilidade social, saindo da refere... more Neste trabalho se re-acessa o debate sobre o conceito de vulnerabilidade social, saindo da referencia única a "riscos", discutindo a importância de conceber o que estamos chamando de "vulnerabilidades positivas" ou o sentido de alerta que muitas vulnerabilidades sugerem, como desencantos, buscas, pedidos de socorro, falta de referências, projetos coletivos que mobilizem os jovens, assim como limites de uma cultura de consumo e por um i ndividualismo narcíseo. Vulnerabilidades positivas também abrangem questões que comumente são associadas por adultos a negatividades, mas que podem potencializar mudanças civilizatorias e engajamentos positivos, fazer diferença. Apresenta-se breve debate sobre o conceito de vulnerabilidade e se recorre a pesquisas da UNESCO no Brasil que ilustram situações de vulnerabilidades negativas, voltando ao final à ênfase sobre a importância de também focalizar os jovens como atores e mais potencializar o desenvolvimento de vulnerabilidades positivas.
ODEERE
Esta peça decola de conferencia apresentada em 25 de março de 2023 no XIX Seminário do Dia Mundia... more Esta peça decola de conferencia apresentada em 25 de março de 2023 no XIX Seminário do Dia Mundial de Combate à Discriminação Étnica, VIII Seminário do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade e o I Seminário do Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, no ODEERE - Órgão de Educação e Relações Étnicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), campus de Jequié BA. Agradeço à Comissão Organizadora[i], o convite, a sugestão do tema para a conferencia, e a possibilidade de, ainda que virtualmente, estar no ODEERE e PPGREC, casas de saberes que me acolheram entre 2017 e 2018, em um pós doutorado, e que muito contribuíram para minha virada para uma perspectiva feminista decolonial e para estudos étnicos.
Caderno CRH
Os estudos de cunho feminista conseguiram legitimar o termo gênero, ressaltando a construção cult... more Os estudos de cunho feminista conseguiram legitimar o termo gênero, ressaltando a construção cultural-ideológica e econômica do sexo. Também os estudos sobre etnia e raça, conseguiram tirar as discussões sobre racismo do plano empiricista, evidenciando os processos culturais e econômicos que lhe davam sustentação. Falta fazer o mesmo caminho, para demonstrar que idade possui também, em países do Terceiro Mundo, um sentido econômico, cultural e ideológico (o 'ageism', segundo a literatura anglo-saxônica), não sendo apenas a mera demarcação de etapa biológica ou ciclo de vida No caso das mulheres, a idade delimita espaços de circulação econômica, social, sexual e afetiva, até mais rígidos que para os homens. Em dissertação defendida em 1989 1 , procuro contribuir ao tema, discutindo algumas qualificações da divisão social do trabalho, quanto a gênero, raça, geração e posição no grupo familiar, para entender o uso e preço da força de trabalho feminina no mercado. Procedo a distintas delimitações de mercados relacionados àquela divisão, com dados secundários, ressaltando a propriedade de desagregar setores de atividades segundo mercados propriamente capitalista e secundário, usando informações sobre ocupação, setor de atividade, posição na ocupação e rendimento. Sigo o debate feminista-marxista sobre o binômio produção e repro
Caderno CRH
Este é um ensaio que reflete sobre impasses do conhecimento, privilegiando o conceito de gênero e... more Este é um ensaio que reflete sobre impasses do conhecimento, privilegiando o conceito de gênero e tomando para referência o trabalho da mulher. Ao longo do seu desenvolvimento ele passa por tópicos diversos e insinua várias questões, discutindo o corpo, o masculino, as relações entre gênero e etnicidade e a interação entre necessidades e desejos. Explorando as potencialidades de uma divisão social do trabalho baseada no conceito de gênero, suas análises evidenciam como esse conceito possibilita um novo conhecimento da vida social, e não apenas outro paradigma para o estudo de questões femininas. This article proposes a critical revision of the feminist use of the concept of sexual division of labor under a gender perspective. It aims to expand this debate preventing another essentialist explanatory discourse. The body, the masculine, race/ethnicity and the interplay between needs and desires are recalled. A gendered social division of labor is not restricted to labor use, but also t...
(SYN)THESIS
Considera-se este artigo, notas, modelado com o objetivo de contribuirpara debates sobre reproduç... more Considera-se este artigo, notas, modelado com o objetivo de contribuirpara debates sobre reprodução social, trabalho doméstico e maternidade, em curso e por vir. É também parte hoje de um projeto de vida que se norteia por “decolonizar saberes”, mais conhecer sobre a mãe África, a ancestralidade comum, e, de alguma forma, lidar criticamente com a minha branquitude. Após breves referências às etnias Igbo e Yorùbáeàs autoras nigerianas Amaudime e Oyéwùmí, discuto artigo de Amadiume (2005), mais referido à cultura Igbo e publicações de Oyéwùmí (2000, 2005 e 2015) que decolam da filosofia de vida da cultura Yorùbá, destacando críticas dessas autoras a formulações feministas ocidentais sobre gênero e maternidade. De Oyéwùmí (2015) pinço o conceito de “matripotência” sugerido pela cultura Yorùbá e o que considera como “materfobia” em perspectivas feministas ocidentais. Identifico, acima de tais divergências, a propriedade, ou melhor, a potencialidade da maternidade para a reprodução social.
Caderno CRH, 1995
A autora coloca-se em meio ao drama de reconhecer os limites da Razao e do Sujeito, ao tempo em q... more A autora coloca-se em meio ao drama de reconhecer os limites da Razao e do Sujeito, ao tempo em que afirma sua conviccao de que e valido manter as utopias de esquerda no bojo desta revisao de tudo. O texto passa em revista a complexidade das equacoes em que se situa o sujeito na trajetoria de construcao da liberdade - o binomio movimentos sociais versus classes, o desafio recentemente percebido do pacto de sustentabilidade com a natureza, o estabelecimento de bandeiras sociais e politicas especificas em pleno processo de globalizacao da economia. Este processo, se agudiza desigualdades, potencializa, por outro lado, a subversao de significados. Enfim, o tempo e novo em termos de desafio e renovado em termos de disposicao. On the threshold of a new millennium: The author places herself in the middle of a drama to recognise the limits of Reason and the Subject, while affirming her conviction that the maintaining of leftist Utopias is valid in the centre of this revision. The text surveys the complexity of the equations in which the Subject is situated in the trajectory of the construction of Freedom - the binomial {social movements versus classes}, the recently perceived challenge of the pact of Preservation with Nature, and the establishment of specific social and political flags in the on-going globalization of the economy. This process, if it widens inequalities, on the other hand, empowers the subversion of meanings. Publicacao Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br
Enlaçando sexualidades: uma tessitura interdisciplinar no reino das sexualidades e das relações de gênero, 2016
Migrações e identidades: várias óticas e perspectivas, 2017
All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons... more All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license. Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0.
Si la condition d’indetermination sociale la caracterise, « la jeunesse n’est qu’un mot » ecrivai... more Si la condition d’indetermination sociale la caracterise, « la jeunesse n’est qu’un mot » ecrivait Pierre Bourdieu, les transformations de la condition juvenile, et plus particulierement celle des milieux populaires gagne a s'analyser en prenant en compte les transformations majeures des societes contemporaines (structures familiales, systemes scolaires, marches du travail). Nos societes oscillent souvent entre deux images de la jeunesse : l’une, plutot sombre, qui se refere a une jeunesse a ...
Where Did All the Men Go?, 2019
Revista Brasileira de Estudos de População, 2013
This text deals with migration and emphasizes questions related to human rights and citizenship. ... more This text deals with migration and emphasizes questions related to human rights and citizenship. It combines reflections and research into newspaper articles, focusing basically on headlines published between early 2003 and February 2004. Newspaper headlines that indicate contradictory but complementary movements are classified at the end of the article: to wit, a wide variety of voices and the assumption by locals, especially in the United States and Europe, of sentiments against the other, the migrant, countered by the growth of sympathetic movements and protests, often led by the migrants themselves. Besides indications from the media, literary essays are presented to indicate how the concepts of migrant and foreigner take on different meanings. Finally, the concept of strangeness is used to discuss the concept of strangeness an question the borderline between migrants and natives.
Cet article relate une recherche effectuee a partir d’une etude de groupes de contacts avec des j... more Cet article relate une recherche effectuee a partir d’une etude de groupes de contacts avec des jeunes (15 - 29 ans) a la fin de l’annee 2011 dans les favelas des Unites de police pacificatrices (Unidades de Policia Pacificadora -UPPs), recemment implantees a Rio de Janeiro. Il debat de la relation difficile qu’entretient la jeunesse pauvre, noire, et stigmatisee par une serie de prejuges sociaux, avec l’Etat. Ceci, en prenant en consideration le fait que ce programme leur parvient par le truchement d’un appareil de la securite publique, historiquement repressive : la police. Nous defendons ici le fait qu’il faille mieux connaitre et comprendre, partant des jeunes, leurs discours et leurs pratiques, et ainsi s’eloigner des codifications sociales afin de voir au-dela des violences et des « illegalites » qui leur sont imputees.