Manuel Lamas de Mendonça // Manuel Lamas de Mendonça L A M A S de Mendonça (original) (raw)

Papers by Manuel Lamas de Mendonça // Manuel Lamas de Mendonça L A M A S de Mendonça

Research paper thumbnail of Pereira Forjaz e Pereira Forjado (meu borrão final)

Pereira Forjaz e Pereira Forjado , edição daUniversidadeLusíada de Lisboa, 2009

Estado da questão do alegado entronque nos Pereira da casa da Feira dos Forjaz açorianos

Research paper thumbnail of Pereira Forjaz e Pereira Forjado (meu borrão final)

A frase não é nossa, mas aplica-se como uma luva a esta problemática da micro-História social: <<... more A frase não é nossa, mas aplica-se como uma luva a esta problemática da micro-História social: <<os fidalgos são os antepassados dos genealogistas>> 3 .

Research paper thumbnail of Ascendencia Vasco Gil

in Armas e Troféus, Revista de História, Heráldica, Genealogia e Arte, Lisboa, Instituto Português de Heráldica IX Série Janeiro/Dezembro 2008 (publicado em 2009) pp. 97- 172

Ensaio sobre a origem dos Sodré, in Armas e Troféus, Revista de História, Heráldica, Genealogi... more Ensaio sobre a origem dos Sodré, in Armas e Troféus, Revista de História, Heráldica, Genealogia e Arte, Lisboa, Instituto Português de Heráldica IX Série Janeiro/Dezembro 2008 (publicado em 2009) pp. 97- 172 (em co-autoria com Manuel Abranches de Soveral).

Research paper thumbnail of Ensaio sobre a origem dos Machado terceirenses

, in Arquipélago. História, 2.ª série, vol. XIII (2009), Ponta Delgada, Universidade dos Açores, Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais pp. 219-278.

Correcção da ascendência de Gonçalo Eanes e Mécia Machado de Andrade povoadores da ilha Terceira ... more Correcção da ascendência de Gonçalo Eanes e Mécia Machado de Andrade povoadores da ilha Terceira Açores

Research paper thumbnail of Mendoncas nas Ordens

Research paper thumbnail of Quinta da Telhada

1-Nascimento em Lisboa ou Carregado, ou Alenquer (é de referir que Aires Correia não figura no tí... more 1-Nascimento em Lisboa ou Carregado, ou Alenquer (é de referir que Aires Correia não figura no título dos fidalgos que há en a dicta villa d alanquer e seu termo de um numeramento de população mandado fazer em 1497.11.01 por D. Manuel I [34].Sabemos que Aires Correia herdara o ofício da portagem de Lisboa, onde teria casas em S. João da Praça. Mas também veremos adiante que, como ele próprio refere, apreciava a quintã do Paço do Mestre no Inverno e aí residia e caçava. Se excluirmos Alenquer, ACB tanto pode ter nascido em Lisboa como na quinta do Carregado ou na quintã da Telhada. Na sua carta de justificação de serviços ao conde da Castanheira, (BNL, códice 1598, fls 71-72.) carta em que refere ter a comenda de S.M de Ulme (outorgada em 1558) diz-se de 70 anos e servindo há 57, se os anos de serviço fossem contados desde a partida da armada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, a carta dataria de 1557, o que parece impossível uma vez que só receberá a comenda no ano seguinte. Se os anos de serviço fossem contados desde a sua partida para Safim (1510), o que é admissível, os anos de serviço poderiam indiciar que a carta tivesse sido escrita em 1567. Data próxima do recebimento da comenda. Admitimos que a carta possa ter sido escrita entre 1558 e 1559, contando o autor 70 anos de idade, como expressamente refere, a indicar que teria nascido entre 1488 e 1489. Mas a carta de justificação de serviços, referindo-se várias vezes a D. Manuel I que deus tem, menciona o seu sucessor como sua alteza, ou el Rei nosso senhor, neste contexto depreende-se que a missiva foi escrita em vida de D. João III que morreu em 1557.06.11. O que é incompatível com a outorga documentada da comenda de S. Maria de Ulme em 1558 (IAN/TT, Chanc. D. João III, Doações, liv 53, fl. 226 e IAN/TT, OC, liv. 9, fl 42; liv 19, fl. 7v; e liv 19ª, fl.6). Poder-se-á admitir que ACB tivesse entrado de facto na posse da comenda antes do registo na mercê, ou que existissem atrasos no registo das Chancelarias? BARROS, Década I, Livro V, CapVII, da edição 1552, escreve que não tinha mais de 12 anos à data da Morte do pai (1500) o que,

Research paper thumbnail of Mendonças nas Ordens.doc

II volume of Os Furtado de Mendonça Portugueses, ensaio sobre a sua verdadeira origem

Research paper thumbnail of Quinta da Telhada

1 -Nascimento em Lisboa ou Carregado, ou Alenquer (é de referir que Aires Correia não figura no t... more 1 -Nascimento em Lisboa ou Carregado, ou Alenquer (é de referir que Aires Correia não figura no título dos fidalgos que há en a dicta villa d alanquer e seu termo de um numeramento de população mandado fazer em 1497.11.01 por D. Manuel I [34].Sabemos que Aires Correia herdara o ofício da portagem de Lisboa, onde teria casas em S. João da Praça. Mas também veremos adiante que, como ele próprio refere, apreciava a quintã do Paço do Mestre no Inverno e aí residia e caçava. Se excluirmos Alenquer, ACB tanto pode ter nascido em Lisboa como na quinta do Carregado ou na quintã da Telhada. Na sua carta de justificação de serviços ao conde da Castanheira, (BNL, códice 1598, fls 71-72.) carta em que refere ter a comenda de S.M de Ulme (outorgada em 1558) dizse de 70 anos e servindo há 57, se os anos de serviço fossem contados desde a partida da armada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, a carta dataria de 1557, o que parece impossível uma vez que só receberá a comenda no ano seguinte. Se os anos de serviço fossem contados desde a sua partida para Safim (1510), o que é admissível, os anos de serviço poderiam indiciar que a carta tivesse sido escrita em 1567. Data próxima do recebimento da comenda. Admitimos que a carta possa ter sido escrita entre 1558 e 1559, contando o autor 70 anos de idade, como expressamente refere, a indicar que teria nascido entre 1488 e 1489. Mas a carta de justificação de serviços, referindo-se várias vezes a D. Manuel I que deus tem, menciona o seu sucessor como sua alteza, ou el Rei nosso senhor, neste contexto depreende-se que a missiva foi escrita em vida de D. João III que morreu em 1557.06.11. O que é incompatível com a outorga documentada da comenda de S. Maria de Ulme em 1558 (IAN/TT, Chanc. D. João III, Doações, liv 53, fl. 226 e IAN/TT, OC, liv. 9, fl 42; liv 19, fl. 7v; e liv 19ª, fl.6). Poder-se-á admitir que ACB tivesse entrado de facto na posse da comenda antes do registo na mercê, ou que existissem atrasos no registo das Chancelarias? BARROS, Década I, Livro V, CapVII, da edição 1552, escreve que não tinha mais de 12 anos à data da Morte do pai o que, atirando o nascimento para ci de 1488. CASTANHEDA, Livro I, Cap. XXXVIII, da edição 1554, escreve que teria 11 anos à data da morte do pai. Morreu em 1566.10.17, de acordo com a sua inscrição sepulcral no convento da Carnota (c. de Alenquer), de que ele e sua mulher foram padroeiros, com direito a sepultura perpétua na capela-mor, … conforme existia em 1825, de acordo com HENRIQUES, Guilherme João Carlos, Alenquer e o seu Concelho, Lisboa: 1873, p. 233. e do mesmo autor, na 2.ª edição , correcta e aumentada do mesmo trabalho, Parte XI : A freguesia de S. Estêvão, Fascículo II: O ex-convento da Carnota , Lisboa: 1901, p. 20. Não existe actualmente (1976.03.14, cf SMITH, Ronald Bishop, António Correa Baharem, Lisboa: 1977, p.11) qualquer vestígio da sepultura, quer na capela-mor da igreja da Carnota, donde foi removida no século XVII, posteriormente a 1603 (IAN/TT, Santo António dos Capuchos, maço 15, pp. 2-3), dado que os descendentes não cumpriram as disposições testamentárias nem o estipulado nas obrigações decorrentes do padroado) nem nas capelas laterais da mesma igreja. A confirmação da data da morte de ACB em fontes primárias encontra-se IAN/TT, Chanc. D. Sebastião e D. Henrique, liv. 19, fl. 338v. 2 -O pai: ACB era filho de Aires Correia, cavaleiro da Casa Real, que sucedeu a seu pai no ofício de almoxarife da portagem de Lisboa, e na quintã do Paço do Mestre, Telhada, Ribas de Alenquer, por aforamento de 1478.01.30 (IAN/TT., Ordem de Santiago,liv. I, fls. 96v-97. e liv. 20, fls. 113-115. Este Aires Correia (pai de ACB) introduziu benfeitorias de casas e vinhas na quintã do Paço do Mestre entre 1478 e 1486 (IAN/TT., Ordem de Santiago, liv 20 fls. 114v-115). De uma carta escrita por António Pereira Marramaque a António Correia Baharém, por ocasião do casamento deste último (BNL, códice1598, fls. 11v-12.) extraímos esta significativa passagem "… contava meu sogro, que, quando o Senhor Ayres Correa vosso pai ouue essa quinta (anteriormente referira-se expressamente à quintã do Paço do Mestre) que agora he vossa a gabara um dia no Paço muito a alguns fidalgos, dizendo que era muito boa de Jnuerno, e que tinha muita caça, mas que no verão hauia nella alguas maleitas, por razão dos ares que não eram muito sãos: ao que D. João de Sousa, que era seu primo respondera que pera a quintã ser doentia mais nojo lhe fazia o nome que os ares: que lho mudasse, e que então ficaria dambos os tempos. Era o senhor vosso pai affeiçoado ao serviço do Mestre, e dom João muito descontente disso". Por influência do seu parente D. João de Sousa, que acima vimos ser partidário dos Bragança-Viseu, e que ascende a guarda-mor de D. Manuel I, integrou a armada de Pedro Álvares Cabral pelas razões e circunstâncias descritas numa recolha de episódios da vida na corte portuguesa quinhentista atribuíveis no que toca ao primeiro quartel de Quinhentos a Rui Lourenço de Távora, trinchante do rei D. João III, na "anedota" LVIII (Anedotas portuguesas e memórias biográficas da corte quinhentista e histórias e ditos galantes que sucederão e se disseram no paço, leitura do texto, introdução, notas e índices por LUND, Cristopher L ,Livraria Almedina, Coimbra: 1980, pp.92-95.).

Books by Manuel Lamas de Mendonça // Manuel Lamas de Mendonça L A M A S de Mendonça

Research paper thumbnail of LIVRO 17 Fev 2019.docx FINAL FINAL

A Ordem Militar de Avis Revisitada, 2019

Abstract The present dissertation has the purpose of revisiting some of the more relevant questi... more Abstract

The present dissertation has the purpose of revisiting some of the more relevant questions and outstanding issues concerning the Military Order of São Bento de Avis, from its foundation till Dom Jorge’s tenure as Master, the latter corresponding to the last autonomous phase of this militia prior to its annexation to the Portuguese Crown.
This overview of the secular journey of the Order, however, has as its aim an attempt at drawing the Order’s slow and hard effort at adjustment, quest for identity and raison d’être against successive political and military, but also socio-economic, backgrounds, as well as varying Zeitgeists, by their very nature fluid and elusive.
The Order of Avis was founded at a specific period of time to answer particular and temporally limited questions of political orientation and military strategy, characteristic of a peninsular society still in flux and deeply embroiled in a clash of cultures.
However, in the long run, and even in the time-scale of the institution’s life-span, this foundational background was quickly replaced by a hesitating gravitation towards the monarchy which, in three very short centuries, became a regular orbit as a consequence of its absorption by the Crown.
The investigation undertaken, with minute analysis of the contents of the almost one thousand folios included in the Livros do Convento da Ordem de Avis: nos. 13, 14 and 15 (reports on comenda audits) made possible a many-sided approach to a territory corresponding to about 30% of the militia’s fiefdoms, placed at the heart of its domains.
These apparently arid and repetitive sources, once the “small olives” have been pressed from the multitude of facts and events which they record, will yield a “less commonplace olive oil” as it is graded, quantified and classified according to standards.
Rural history, such as attempted by the masters whose inspiration is followed herein, prevents the evaporation of everyday events and sociological and spiritual traits, thereby not solely leaving the reader with a concentrated, economics-minded, residue.
This look at four decades of the final autonomous period of a Military Order has attempted to sketch the physical and human landscape, as well as to quantify scales and hierarchies of what existed, who owned what, to produce how much, valued at such and such an amount. And also to determine how such quantities were shared in accordance with the Rule, statutes, norms and the kingdom’s Ordinations, in the legislative field. Or, in accordance with deep human nature and prevailing mentalities, what deviation there was between a decision and its actual practice, that invariable means of diagnosing the liveliness and strength or, conversely, the crumbling and foundering, of societies and their institutions.
Palavras-chave
História de Portugal; Ordens Militares; Ordem de Avis (séculos XII-XVI); estruturas políticas, administrativas, económicas e sociais; visitações; estatutos e normas.

Key-Words
Portuguese History; Military Orders; Order of Avis (XII-XVI centuries); political, economical and social approaches, visitações(audits), statutes and rules.

Research paper thumbnail of Os Furtado de Mendonça Portugueses. Ensaio sobre a sua verdadeira origem

Ed. Masmedia, ISBN 972-97430-7-X, 2004

Edição, criação gráfica e paginação Manuel Abranches de Soveral Contactos masmedia@netcabo.pt d m... more Edição, criação gráfica e paginação Manuel Abranches de Soveral Contactos masmedia@netcabo.pt d mãos Furtado. Sendo também certa a ligação destes Furtado ao Porto, como se depreende das supracitadas confrontações. Não há assim razão, bem pelo contrário, para duvidar da informação de Alão. Pelo que Pedro Furtado e Marinha Gilbertiz foram pais de Fernão Peres Furtado, devendo este ser o marido da documentada Maria Mendes e portanto pai do bispo D. Paio Furtado. Com efeito, entre 1214 e 1246 foi bispo de Lamego um D. Paio Furtado, prelado activo que, entre muitas outras referências em fontes primárias, se documenta como filho de uma Maria Mendes, proprietária em Soutelo do Douro. A este propósito, o padre Miguel de Oliveira, na sua História Eclesiástica de Portugal, adianta que o antecessor de D. Paio Furtado no bispado de Lamego se encontra documentado a usar também o apelido Furtado. Mas, uma vez mais, não tivemos acesso ás fontes em que se terá estribado o padre Miguel de Oliveira para produzir esta afirmação, que não consta de outras fontes bibliográficas, antes pelo contrário.

Research paper thumbnail of Ensaio sobre a origem dos Resende / Sodré

Separata da revista Armas e Troféus, IX série, Janeiro / Dezembro de 2008 , 2008

Como diria o difamado senhor de La Palisse, existem coisas boas que provocam efeitos colaterais p... more Como diria o difamado senhor de La Palisse, existem coisas boas que provocam efeitos colaterais perversos. Um exemplo de coisa boa é o revigorado interesse pelas monografias genealógicas que, tendo um encontrado um nicho de mercado viável, não cessam de se multiplicar, despertando a curiosidade e o interesse de quantos se interessam por estas coisas. Um efeito colateral perverso é o ponto de partida de algumas dessas mesmas monografias. Com efeito, se estas reproduzem, mais ou menos fielmente, mais ou menos selectivamente, o que é possível "espremer" dos assentos paroquiais, notariais, fontes publicadas, apontamentos diversos e genealogias manuscritas, aceitam geralmente como premissa aquilo que outros escreveram sobre os genearcas a partir dos quais desenvolvem as suas descendências.

Research paper thumbnail of Pereira Forjaz e Pereira Forjado (meu borrão final)

Pereira Forjaz e Pereira Forjado , edição daUniversidadeLusíada de Lisboa, 2009

Estado da questão do alegado entronque nos Pereira da casa da Feira dos Forjaz açorianos

Research paper thumbnail of Pereira Forjaz e Pereira Forjado (meu borrão final)

A frase não é nossa, mas aplica-se como uma luva a esta problemática da micro-História social: <<... more A frase não é nossa, mas aplica-se como uma luva a esta problemática da micro-História social: <<os fidalgos são os antepassados dos genealogistas>> 3 .

Research paper thumbnail of Ascendencia Vasco Gil

in Armas e Troféus, Revista de História, Heráldica, Genealogia e Arte, Lisboa, Instituto Português de Heráldica IX Série Janeiro/Dezembro 2008 (publicado em 2009) pp. 97- 172

Ensaio sobre a origem dos Sodré, in Armas e Troféus, Revista de História, Heráldica, Genealogi... more Ensaio sobre a origem dos Sodré, in Armas e Troféus, Revista de História, Heráldica, Genealogia e Arte, Lisboa, Instituto Português de Heráldica IX Série Janeiro/Dezembro 2008 (publicado em 2009) pp. 97- 172 (em co-autoria com Manuel Abranches de Soveral).

Research paper thumbnail of Ensaio sobre a origem dos Machado terceirenses

, in Arquipélago. História, 2.ª série, vol. XIII (2009), Ponta Delgada, Universidade dos Açores, Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais pp. 219-278.

Correcção da ascendência de Gonçalo Eanes e Mécia Machado de Andrade povoadores da ilha Terceira ... more Correcção da ascendência de Gonçalo Eanes e Mécia Machado de Andrade povoadores da ilha Terceira Açores

Research paper thumbnail of Mendoncas nas Ordens

Research paper thumbnail of Quinta da Telhada

1-Nascimento em Lisboa ou Carregado, ou Alenquer (é de referir que Aires Correia não figura no tí... more 1-Nascimento em Lisboa ou Carregado, ou Alenquer (é de referir que Aires Correia não figura no título dos fidalgos que há en a dicta villa d alanquer e seu termo de um numeramento de população mandado fazer em 1497.11.01 por D. Manuel I [34].Sabemos que Aires Correia herdara o ofício da portagem de Lisboa, onde teria casas em S. João da Praça. Mas também veremos adiante que, como ele próprio refere, apreciava a quintã do Paço do Mestre no Inverno e aí residia e caçava. Se excluirmos Alenquer, ACB tanto pode ter nascido em Lisboa como na quinta do Carregado ou na quintã da Telhada. Na sua carta de justificação de serviços ao conde da Castanheira, (BNL, códice 1598, fls 71-72.) carta em que refere ter a comenda de S.M de Ulme (outorgada em 1558) diz-se de 70 anos e servindo há 57, se os anos de serviço fossem contados desde a partida da armada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, a carta dataria de 1557, o que parece impossível uma vez que só receberá a comenda no ano seguinte. Se os anos de serviço fossem contados desde a sua partida para Safim (1510), o que é admissível, os anos de serviço poderiam indiciar que a carta tivesse sido escrita em 1567. Data próxima do recebimento da comenda. Admitimos que a carta possa ter sido escrita entre 1558 e 1559, contando o autor 70 anos de idade, como expressamente refere, a indicar que teria nascido entre 1488 e 1489. Mas a carta de justificação de serviços, referindo-se várias vezes a D. Manuel I que deus tem, menciona o seu sucessor como sua alteza, ou el Rei nosso senhor, neste contexto depreende-se que a missiva foi escrita em vida de D. João III que morreu em 1557.06.11. O que é incompatível com a outorga documentada da comenda de S. Maria de Ulme em 1558 (IAN/TT, Chanc. D. João III, Doações, liv 53, fl. 226 e IAN/TT, OC, liv. 9, fl 42; liv 19, fl. 7v; e liv 19ª, fl.6). Poder-se-á admitir que ACB tivesse entrado de facto na posse da comenda antes do registo na mercê, ou que existissem atrasos no registo das Chancelarias? BARROS, Década I, Livro V, CapVII, da edição 1552, escreve que não tinha mais de 12 anos à data da Morte do pai (1500) o que,

Research paper thumbnail of Mendonças nas Ordens.doc

II volume of Os Furtado de Mendonça Portugueses, ensaio sobre a sua verdadeira origem

Research paper thumbnail of Quinta da Telhada

1 -Nascimento em Lisboa ou Carregado, ou Alenquer (é de referir que Aires Correia não figura no t... more 1 -Nascimento em Lisboa ou Carregado, ou Alenquer (é de referir que Aires Correia não figura no título dos fidalgos que há en a dicta villa d alanquer e seu termo de um numeramento de população mandado fazer em 1497.11.01 por D. Manuel I [34].Sabemos que Aires Correia herdara o ofício da portagem de Lisboa, onde teria casas em S. João da Praça. Mas também veremos adiante que, como ele próprio refere, apreciava a quintã do Paço do Mestre no Inverno e aí residia e caçava. Se excluirmos Alenquer, ACB tanto pode ter nascido em Lisboa como na quinta do Carregado ou na quintã da Telhada. Na sua carta de justificação de serviços ao conde da Castanheira, (BNL, códice 1598, fls 71-72.) carta em que refere ter a comenda de S.M de Ulme (outorgada em 1558) dizse de 70 anos e servindo há 57, se os anos de serviço fossem contados desde a partida da armada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, a carta dataria de 1557, o que parece impossível uma vez que só receberá a comenda no ano seguinte. Se os anos de serviço fossem contados desde a sua partida para Safim (1510), o que é admissível, os anos de serviço poderiam indiciar que a carta tivesse sido escrita em 1567. Data próxima do recebimento da comenda. Admitimos que a carta possa ter sido escrita entre 1558 e 1559, contando o autor 70 anos de idade, como expressamente refere, a indicar que teria nascido entre 1488 e 1489. Mas a carta de justificação de serviços, referindo-se várias vezes a D. Manuel I que deus tem, menciona o seu sucessor como sua alteza, ou el Rei nosso senhor, neste contexto depreende-se que a missiva foi escrita em vida de D. João III que morreu em 1557.06.11. O que é incompatível com a outorga documentada da comenda de S. Maria de Ulme em 1558 (IAN/TT, Chanc. D. João III, Doações, liv 53, fl. 226 e IAN/TT, OC, liv. 9, fl 42; liv 19, fl. 7v; e liv 19ª, fl.6). Poder-se-á admitir que ACB tivesse entrado de facto na posse da comenda antes do registo na mercê, ou que existissem atrasos no registo das Chancelarias? BARROS, Década I, Livro V, CapVII, da edição 1552, escreve que não tinha mais de 12 anos à data da Morte do pai o que, atirando o nascimento para ci de 1488. CASTANHEDA, Livro I, Cap. XXXVIII, da edição 1554, escreve que teria 11 anos à data da morte do pai. Morreu em 1566.10.17, de acordo com a sua inscrição sepulcral no convento da Carnota (c. de Alenquer), de que ele e sua mulher foram padroeiros, com direito a sepultura perpétua na capela-mor, … conforme existia em 1825, de acordo com HENRIQUES, Guilherme João Carlos, Alenquer e o seu Concelho, Lisboa: 1873, p. 233. e do mesmo autor, na 2.ª edição , correcta e aumentada do mesmo trabalho, Parte XI : A freguesia de S. Estêvão, Fascículo II: O ex-convento da Carnota , Lisboa: 1901, p. 20. Não existe actualmente (1976.03.14, cf SMITH, Ronald Bishop, António Correa Baharem, Lisboa: 1977, p.11) qualquer vestígio da sepultura, quer na capela-mor da igreja da Carnota, donde foi removida no século XVII, posteriormente a 1603 (IAN/TT, Santo António dos Capuchos, maço 15, pp. 2-3), dado que os descendentes não cumpriram as disposições testamentárias nem o estipulado nas obrigações decorrentes do padroado) nem nas capelas laterais da mesma igreja. A confirmação da data da morte de ACB em fontes primárias encontra-se IAN/TT, Chanc. D. Sebastião e D. Henrique, liv. 19, fl. 338v. 2 -O pai: ACB era filho de Aires Correia, cavaleiro da Casa Real, que sucedeu a seu pai no ofício de almoxarife da portagem de Lisboa, e na quintã do Paço do Mestre, Telhada, Ribas de Alenquer, por aforamento de 1478.01.30 (IAN/TT., Ordem de Santiago,liv. I, fls. 96v-97. e liv. 20, fls. 113-115. Este Aires Correia (pai de ACB) introduziu benfeitorias de casas e vinhas na quintã do Paço do Mestre entre 1478 e 1486 (IAN/TT., Ordem de Santiago, liv 20 fls. 114v-115). De uma carta escrita por António Pereira Marramaque a António Correia Baharém, por ocasião do casamento deste último (BNL, códice1598, fls. 11v-12.) extraímos esta significativa passagem "… contava meu sogro, que, quando o Senhor Ayres Correa vosso pai ouue essa quinta (anteriormente referira-se expressamente à quintã do Paço do Mestre) que agora he vossa a gabara um dia no Paço muito a alguns fidalgos, dizendo que era muito boa de Jnuerno, e que tinha muita caça, mas que no verão hauia nella alguas maleitas, por razão dos ares que não eram muito sãos: ao que D. João de Sousa, que era seu primo respondera que pera a quintã ser doentia mais nojo lhe fazia o nome que os ares: que lho mudasse, e que então ficaria dambos os tempos. Era o senhor vosso pai affeiçoado ao serviço do Mestre, e dom João muito descontente disso". Por influência do seu parente D. João de Sousa, que acima vimos ser partidário dos Bragança-Viseu, e que ascende a guarda-mor de D. Manuel I, integrou a armada de Pedro Álvares Cabral pelas razões e circunstâncias descritas numa recolha de episódios da vida na corte portuguesa quinhentista atribuíveis no que toca ao primeiro quartel de Quinhentos a Rui Lourenço de Távora, trinchante do rei D. João III, na "anedota" LVIII (Anedotas portuguesas e memórias biográficas da corte quinhentista e histórias e ditos galantes que sucederão e se disseram no paço, leitura do texto, introdução, notas e índices por LUND, Cristopher L ,Livraria Almedina, Coimbra: 1980, pp.92-95.).

Research paper thumbnail of LIVRO 17 Fev 2019.docx FINAL FINAL

A Ordem Militar de Avis Revisitada, 2019

Abstract The present dissertation has the purpose of revisiting some of the more relevant questi... more Abstract

The present dissertation has the purpose of revisiting some of the more relevant questions and outstanding issues concerning the Military Order of São Bento de Avis, from its foundation till Dom Jorge’s tenure as Master, the latter corresponding to the last autonomous phase of this militia prior to its annexation to the Portuguese Crown.
This overview of the secular journey of the Order, however, has as its aim an attempt at drawing the Order’s slow and hard effort at adjustment, quest for identity and raison d’être against successive political and military, but also socio-economic, backgrounds, as well as varying Zeitgeists, by their very nature fluid and elusive.
The Order of Avis was founded at a specific period of time to answer particular and temporally limited questions of political orientation and military strategy, characteristic of a peninsular society still in flux and deeply embroiled in a clash of cultures.
However, in the long run, and even in the time-scale of the institution’s life-span, this foundational background was quickly replaced by a hesitating gravitation towards the monarchy which, in three very short centuries, became a regular orbit as a consequence of its absorption by the Crown.
The investigation undertaken, with minute analysis of the contents of the almost one thousand folios included in the Livros do Convento da Ordem de Avis: nos. 13, 14 and 15 (reports on comenda audits) made possible a many-sided approach to a territory corresponding to about 30% of the militia’s fiefdoms, placed at the heart of its domains.
These apparently arid and repetitive sources, once the “small olives” have been pressed from the multitude of facts and events which they record, will yield a “less commonplace olive oil” as it is graded, quantified and classified according to standards.
Rural history, such as attempted by the masters whose inspiration is followed herein, prevents the evaporation of everyday events and sociological and spiritual traits, thereby not solely leaving the reader with a concentrated, economics-minded, residue.
This look at four decades of the final autonomous period of a Military Order has attempted to sketch the physical and human landscape, as well as to quantify scales and hierarchies of what existed, who owned what, to produce how much, valued at such and such an amount. And also to determine how such quantities were shared in accordance with the Rule, statutes, norms and the kingdom’s Ordinations, in the legislative field. Or, in accordance with deep human nature and prevailing mentalities, what deviation there was between a decision and its actual practice, that invariable means of diagnosing the liveliness and strength or, conversely, the crumbling and foundering, of societies and their institutions.
Palavras-chave
História de Portugal; Ordens Militares; Ordem de Avis (séculos XII-XVI); estruturas políticas, administrativas, económicas e sociais; visitações; estatutos e normas.

Key-Words
Portuguese History; Military Orders; Order of Avis (XII-XVI centuries); political, economical and social approaches, visitações(audits), statutes and rules.

Research paper thumbnail of Os Furtado de Mendonça Portugueses. Ensaio sobre a sua verdadeira origem

Ed. Masmedia, ISBN 972-97430-7-X, 2004

Edição, criação gráfica e paginação Manuel Abranches de Soveral Contactos masmedia@netcabo.pt d m... more Edição, criação gráfica e paginação Manuel Abranches de Soveral Contactos masmedia@netcabo.pt d mãos Furtado. Sendo também certa a ligação destes Furtado ao Porto, como se depreende das supracitadas confrontações. Não há assim razão, bem pelo contrário, para duvidar da informação de Alão. Pelo que Pedro Furtado e Marinha Gilbertiz foram pais de Fernão Peres Furtado, devendo este ser o marido da documentada Maria Mendes e portanto pai do bispo D. Paio Furtado. Com efeito, entre 1214 e 1246 foi bispo de Lamego um D. Paio Furtado, prelado activo que, entre muitas outras referências em fontes primárias, se documenta como filho de uma Maria Mendes, proprietária em Soutelo do Douro. A este propósito, o padre Miguel de Oliveira, na sua História Eclesiástica de Portugal, adianta que o antecessor de D. Paio Furtado no bispado de Lamego se encontra documentado a usar também o apelido Furtado. Mas, uma vez mais, não tivemos acesso ás fontes em que se terá estribado o padre Miguel de Oliveira para produzir esta afirmação, que não consta de outras fontes bibliográficas, antes pelo contrário.

Research paper thumbnail of Ensaio sobre a origem dos Resende / Sodré

Separata da revista Armas e Troféus, IX série, Janeiro / Dezembro de 2008 , 2008

Como diria o difamado senhor de La Palisse, existem coisas boas que provocam efeitos colaterais p... more Como diria o difamado senhor de La Palisse, existem coisas boas que provocam efeitos colaterais perversos. Um exemplo de coisa boa é o revigorado interesse pelas monografias genealógicas que, tendo um encontrado um nicho de mercado viável, não cessam de se multiplicar, despertando a curiosidade e o interesse de quantos se interessam por estas coisas. Um efeito colateral perverso é o ponto de partida de algumas dessas mesmas monografias. Com efeito, se estas reproduzem, mais ou menos fielmente, mais ou menos selectivamente, o que é possível "espremer" dos assentos paroquiais, notariais, fontes publicadas, apontamentos diversos e genealogias manuscritas, aceitam geralmente como premissa aquilo que outros escreveram sobre os genearcas a partir dos quais desenvolvem as suas descendências.