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Papers by Gilmar Santini
Eu sou como o monarca de país chuvoso, Rico, mas impotente, jovem, mas idoso, Que, dos seus mestr... more Eu sou como o monarca de país chuvoso, Rico, mas impotente, jovem, mas idoso, Que, dos seus mestres desprezando os vãos caprichos, Se enfada com seu cão e com os outros bichos. Nada o pode alegrar, nem caça, nem falcão, Nem seu povo morrendo face ao seu balcão. Do bufão favorito a grotesca balada Do doente não distrai a fronte já enrugada; Em tumba se transforma o seu leito florido E as damas para quem todo príncipe é lindo, Buscam em vão um traje que, nada discreto, Possa tirar sorriso do jovem esqueleto. O sábio que lhe faz ouro não tem podido De seu ser extirpar o que há de corrompido, E nos banhos de sangue que Roma legou, De que cada velhinho sempre se lembrou, Não soube reaquecer o cadáver inerte Onde corre, não sangue, mas a água do Letes. Baudelaire, As flores do mal. Saturno Goya Palavras-chaves: Literatura brasileira, crítica literária, século XIX, decadência. ZUSAMMENFASSUNG In diesem Beitrag soll ein Teil des Werks von Álvares de Azevedo untersucht werden, um das Festhalten am Mythos der Dekadenz in seinen literarischen Studien "Lucano" und "Literatur und Zivilisation in Portugal" (sowie in seinen Reden von 1849 und 1850 hinweisen). In den genannten Texten hält Azevedo an einer Zeitauffassung fest, die eine zirkuläre Konzeption historischer und literarischer Fakten voraussetzt. In diesem Ansatz wird die Entwicklung der Menschheit als ein Zyklus von Aufstieg und Niedergang verstanden. In diesem Abschnitt des Werks soll gezeigt werden, wie der Autor das Thema der Dekadenz von der Antike über die Renaissance bis hin zur Moderne durchläuft und darstellt. Bei der Analyse dieses Verlaufs geht es darum, die Lektüre zu vertiefen, die weiteren Implikationen zu erkunden und die verschiedenen Perspektiven zu analysieren, die sich aus der Verwendung der Metapher der Nacht und ihrer Bedeutung ergeben. Darüber hinaus verwendet der Autor die Nacht, um eine Zeit des Zwielichts sowohl in der europäischen Literatur als auch in der Politik darzustellen. Von diesem Punkt aus wollen wir die Einsicht des Autors hervorheben, das Thema des Verfalls in Bezug auf amerikanische Länder zu erforschen und es sowohl in der Literatur als auch in der Politik zu thematisieren. Durch diese Verbindung zwischen dem herrschenden Regime und der Idee des politischen Niedergangs demonstriert der Dichter seine Kritikfähigkeit. Die Verwendung der Analogie der Dämmerung zeigt auch die Notwendigkeit, die brasilianische Literatur zu reifen, da sie der europäischen Literatur sehr nahesteht, so dass es für den brasilianischen Schriftsteller eigentlich keine Unabhängigkeit von der portugiesischen Literatur gegeben hat. In diesem Sinne untersucht die Studie nicht nur die Vorstellungen von zirkulärer Zeit und Verfall, die in Azevedos Werk gegenwärtig sind, sondern auch die politischen Auswirkungen dieses Blicks auf den nationalen Niedergang, insbesondere in Bezug auf das aktuelle Regierungsregime im Land. Auf diese Weise versuchen wir, eine umfassende Analyse durchzuführen, die sich mit der Schnittstelle zwischen Literatur, Geschichte, Philosophie und Politik und deren Beziehung zu den Konzepten der Dekadenz in der Arbeit von Álvares de Azevedo befasst.
Patrimonio E Memoria, Aug 4, 2007
Gilmar Tenório SANTINI O humor, em toda a literatura universal, foi um estado de espírito. Na Ida... more Gilmar Tenório SANTINI O humor, em toda a literatura universal, foi um estado de espírito. Na Idade Média, o humor foi o resultado da decomposição do regime feudal com o teocrático, que contribuiu para a fusão do oficial com o não oficial, superando assim as formas clássicas, que não comportavam os dois gêneros: a tragédia e a comédia. No Renascimento, o humor assume uma postura mais esclarecida, um estado de consciência artística, de aspirações a um fim preciso, isto é, torna-se a consciência nova e crítica. Por outro lado, do Renascimento ao Romantismo, o humor em várias de suas
Eu sou como o monarca de país chuvoso, Rico, mas impotente, jovem, mas idoso, Que, dos seus mestr... more Eu sou como o monarca de país chuvoso, Rico, mas impotente, jovem, mas idoso, Que, dos seus mestres desprezando os vãos caprichos, Se enfada com seu cão e com os outros bichos. Nada o pode alegrar, nem caça, nem falcão, Nem seu povo morrendo face ao seu balcão. Do bufão favorito a grotesca balada Do doente não distrai a fronte já enrugada; Em tumba se transforma o seu leito florido E as damas para quem todo príncipe é lindo, Buscam em vão um traje que, nada discreto, Possa tirar sorriso do jovem esqueleto. O sábio que lhe faz ouro não tem podido De seu ser extirpar o que há de corrompido, E nos banhos de sangue que Roma legou, De que cada velhinho sempre se lembrou, Não soube reaquecer o cadáver inerte Onde corre, não sangue, mas a água do Letes. Baudelaire, As flores do mal. Saturno Goya Palavras-chaves: Literatura brasileira, crítica literária, século XIX, decadência. ZUSAMMENFASSUNG In diesem Beitrag soll ein Teil des Werks von Álvares de Azevedo untersucht werden, um das Festhalten am Mythos der Dekadenz in seinen literarischen Studien "Lucano" und "Literatur und Zivilisation in Portugal" (sowie in seinen Reden von 1849 und 1850 hinweisen). In den genannten Texten hält Azevedo an einer Zeitauffassung fest, die eine zirkuläre Konzeption historischer und literarischer Fakten voraussetzt. In diesem Ansatz wird die Entwicklung der Menschheit als ein Zyklus von Aufstieg und Niedergang verstanden. In diesem Abschnitt des Werks soll gezeigt werden, wie der Autor das Thema der Dekadenz von der Antike über die Renaissance bis hin zur Moderne durchläuft und darstellt. Bei der Analyse dieses Verlaufs geht es darum, die Lektüre zu vertiefen, die weiteren Implikationen zu erkunden und die verschiedenen Perspektiven zu analysieren, die sich aus der Verwendung der Metapher der Nacht und ihrer Bedeutung ergeben. Darüber hinaus verwendet der Autor die Nacht, um eine Zeit des Zwielichts sowohl in der europäischen Literatur als auch in der Politik darzustellen. Von diesem Punkt aus wollen wir die Einsicht des Autors hervorheben, das Thema des Verfalls in Bezug auf amerikanische Länder zu erforschen und es sowohl in der Literatur als auch in der Politik zu thematisieren. Durch diese Verbindung zwischen dem herrschenden Regime und der Idee des politischen Niedergangs demonstriert der Dichter seine Kritikfähigkeit. Die Verwendung der Analogie der Dämmerung zeigt auch die Notwendigkeit, die brasilianische Literatur zu reifen, da sie der europäischen Literatur sehr nahesteht, so dass es für den brasilianischen Schriftsteller eigentlich keine Unabhängigkeit von der portugiesischen Literatur gegeben hat. In diesem Sinne untersucht die Studie nicht nur die Vorstellungen von zirkulärer Zeit und Verfall, die in Azevedos Werk gegenwärtig sind, sondern auch die politischen Auswirkungen dieses Blicks auf den nationalen Niedergang, insbesondere in Bezug auf das aktuelle Regierungsregime im Land. Auf diese Weise versuchen wir, eine umfassende Analyse durchzuführen, die sich mit der Schnittstelle zwischen Literatur, Geschichte, Philosophie und Politik und deren Beziehung zu den Konzepten der Dekadenz in der Arbeit von Álvares de Azevedo befasst.
Patrimonio E Memoria, Aug 4, 2007
Gilmar Tenório SANTINI O humor, em toda a literatura universal, foi um estado de espírito. Na Ida... more Gilmar Tenório SANTINI O humor, em toda a literatura universal, foi um estado de espírito. Na Idade Média, o humor foi o resultado da decomposição do regime feudal com o teocrático, que contribuiu para a fusão do oficial com o não oficial, superando assim as formas clássicas, que não comportavam os dois gêneros: a tragédia e a comédia. No Renascimento, o humor assume uma postura mais esclarecida, um estado de consciência artística, de aspirações a um fim preciso, isto é, torna-se a consciência nova e crítica. Por outro lado, do Renascimento ao Romantismo, o humor em várias de suas